Ethan sentiu o efeito do álcool pulsando em suas veias quando saiu do bar. A noite estava fresca, e a movimentação ao redor da boate criava um burburinho constante de vozes e risadas. Ao seu lado, a loira segurava seu braço, rindo de algo que ele não prestou atenção. Ele não sabia nem o nome dela. Não se importava. A intenção nunca foi conhecer alguém, apenas anestesiar o incômodo que Isabella havia deixado nele.Mas então ele a viu.Isabella estava exausta. Os últimos dias no trabalho tinham sido um verdadeiro teste de paciência. Ethan parecia determinado a provocá-la de todas as formas possíveis, mesmo que fosse apenas com sua presença. Ele não dizia nada, não fazia nenhuma cena, mas seu olhar sobre ela era como uma corrente elétrica sempre à espreita. E isso a irritava. Se ele queria se divertir com outras mulheres, ótimo. Que aproveitasse. Ela não tinha mais nada a ver com aquilo. Mas então, por que ainda doía? Na tentativa
Isabella passou o dia inteiro se convencendo de que dar uma chance para Alex era o certo a se fazer. Ele era gentil, atencioso e claramente interessado nela. Ao contrário de Ethan, que só a fazia sentir um turbilhão de emoções conflitantes, Alex era uma escolha segura. E segurança era o que ela precisava agora. Então, quando recebeu a mensagem dele no final da tarde convidando-a para jantar, decidiu aceitar sem hesitar. **Alex:** *Que tal um jantar hoje? Lugar tranquilo, só nós dois. Você escolhe o restaurante.* **Isabella:** *Parece uma boa ideia. Nos encontramos às 20h?* **Alex:** *Perfeito. Manda o endereço.* Após enviar a localização de um restaurante italiano que gostava, Isabella pegou sua bolsa e se preparou para sair do escritório. Mas o destino parecia determinado a testá-la. Assim que virou o corredor para pegar o elevador, trombou em alguém. Seu corpo quase perdeu o equilíbri
Ethan Carter nunca gostou de perder. No mundo dos negócios, ele dominava qualquer situação. No escritório, sua palavra era lei. Com as mulheres, nunca precisou se esforçar — elas sempre vinham até ele, seduzidas pelo poder, pela presença dominante, pelo mistério que ele emanava. Mas Isabella Castillo era diferente. Ela não apenas resistiu, mas agora o evitava. E ele odiava isso. Naquela noite, Ethan estava sentado em seu apartamento luxuoso, um copo de uísque na mão, olhando para a cidade iluminada através das enormes janelas de vidro. O líquido âmbar queimava em sua garganta, mas não tanto quanto a frustração em seu peito. Ele tentou esquecê-la. Deus sabia o quanto tentou. Saiu com outras mulheres, permitiu-se ser envolvido em jogos de sedução vazios, procurou distrações em todos os lugares possíveis. Mas nada funcionava. Nada preenchia o vazio que Isabell
O restaurante estava movimentado, o som das conversas e dos talheres se misturando em um ambiente elegante e sofisticado. Isabella tentava manter sua atenção em Alex, mas sua mente vagava. Desde que ele estendeu a mão para tocá-la e ela recuou instintivamente, sabia que estava se enganando. Foi então que o ar ao seu redor mudou. Um silêncio quase palpável tomou conta de uma parte do restaurante, e Isabella sentiu um arrepio na nuca antes mesmo de levantar os olhos. Ethan Carter havia entrado. Seu porte enigmático e a confiança quase cruel que exalava fizeram com que todas as mulheres do salão desviassem a atenção para ele ao mesmo tempo. Era impossível ignorá-lo. O terno escuro impecável moldava seu corpo, a expressão de domínio puro no rosto fazia com que qualquer um pensasse duas vezes antes de cruzar seu caminho. Mas Isabella não precisou de nada disso para sentir o imp
O telefone ainda estava em sua mão quando Isabella entrou em seu apartamento. Seu coração batia acelerado, como se quisesse saltar de seu peito. Ela relia a mensagem de Ethan repetidas vezes, cada palavra se infiltrando nela como um veneno viciante. *"Não se engane, Isabella. Você pode tentar fugir, mas seu corpo sempre vai me pertencer."* Ela apertou os olhos e jogou o celular no sofá, tentando recuperar o controle. Não podia deixar que Ethan a manipulasse desse jeito. Não depois de tudo. Mas, no fundo, ela sabia que ele já tinha poder demais sobre ela. Caminhou até a cozinha e serviu-se de um copo de vinho, esperando que o líquido a acalmasse. Seu encontro com Alex deveria ter sido um recomeço, uma tentativa de seguir em frente, mas Ethan havia surgido como um furacão, destruindo qualquer possibilidade antes mesmo de ela conseguir dar o primeiro passo. E o pior de tudo? Ele sabia disso.
Ethan Carter permaneceu imóvel, observando a porta por onde Isabella acabara de sair. Ela o estava testando. Ela tentava se convencer de que podia seguir em frente, de que podia apagá-lo como se o que tinham fosse algo trivial, descartável. Ele riu, um som seco e sem humor. Tão ingênua.Caminhou lentamente até sua mesa, pegando o copo de uísque e girando o líquido âmbar antes de levá-lo aos lábios. A bebida desceu queimando, mas a ardência era insignificante comparada ao incêndio que Isabella provocava dentro dele. Ele queria arrancá-la da cabeça. Do corpo. Da alma. Mas não conseguia. Desde o momento em que a vira com Alex naquele restaurante, a risada dela soando para outro homem, os olhos brilhando de um jeito que ele queria que brilhassem apenas para ele, uma fúria irracional o dominava. Ele tentou lidar com isso da pior forma possível. Tentou afogá-la no álcool,
Ethan fechou os olhos e expirou lentamente, tentando apagar as lembranças que o assombravam. Mas era impossível. As sombras do passado o perseguiam, misturando-se com o presente, e Isabella estava no centro disso tudo. Ele sabia que estava se afundando em algo perigoso. Ela não era apenas mais uma mulher com quem ele poderia se divertir e depois esquecer. Não, Isabella era um desafio, um perigo real para a fortaleza que ele construiu ao longo dos anos. Por isso ele a afastou. Porque, se a deixasse chegar perto demais, ela poderia destruí-lo. E ainda assim, mesmo depois de tudo, ele a queria. Queria sentir sua pele novamente, ouvir sua voz e ver aquele olhar desafiador que sempre o fazia perder o controle. Ele se levantou da cadeira e caminhou até a janela, observando as luzes da cidade. Quantas vezes já havia feito isso? Quantas vezes se perdeu na solidão e no vazio que criara para si mesmo? Sua mãe o abandonou. Seu p
O ar no escritório de Ethan parecia carregado, como se cada partícula ao redor deles estivesse eletrizada. Isabella tentou recuar, mas suas costas já estavam contra a mesa. O olhar de Ethan a prendia, queimava sobre sua pele, dominava cada centímetro de seu ser. Ele ergueu a mão e segurou sua cintura com firmeza, puxando-a para mais perto, até que não houvesse espaço entre seus corpos. Isabella sentiu a respiração quente dele contra sua pele, e sua mente ficou em alerta. — Você pode tentar resistir, Isabella. Mas sabe tão bem quanto eu que não há como fugir disso. — Sua voz era baixa, rouca, carregada de uma promessa perigosa. O coração dela batia frenético, sua respiração irregular. Ethan inclinou-se, deixando os lábios roçarem sua pele exposta, bem na curva do pescoço. Isabella sentiu um arrepio violento percorrer sua espinha, e suas mãos se fecharam contra a camisa dele em uma tentativa de manter o controle. — Você é minha. Sempre