Isabella saiu do escritório de Ethan com o coração disparado, os pensamentos em completo caos. O que havia acabado de acontecer era prova suficiente de que ele ainda tinha controle sobre seus sentidos, e isso a deixava furiosa consigo mesma. Ela precisava manter distância. Precisava fazer com que aquilo acabasse de uma vez por todas. Mas, no fundo, uma parte dela se perguntava se queria mesmo isso. Caminhou até sua mesa tentando recuperar a compostura, mas Claire, sua colega de trabalho, não deixou seu estado passar despercebido. — O que aconteceu? Parece que viu um fantasma. — Está tudo bem — Isabella respondeu rapidamente, evitando o olhar curioso da amiga. — Tem certeza? Porque sempre que você entra na sala do CEO, sai parecendo que acabou de correr uma maratona. — Claire… por favor. A amiga ergueu as mãos em rendição. — Tudo bem, tudo bem. Mas se precisar falar sobre alguma co
Isabella entrou no quarto e fechou a porta atrás de si com força, como se isso pudesse manter Ethan do lado de fora de sua mente. Mas não podia. Ele estava ali, em cada batida acelerada de seu coração, em cada centímetro de sua pele que ainda sentia o calor da proximidade dele.Ela passou a mão pelos cabelos, tentando se recompor."Isso precisa parar", pensou.Respirou fundo e foi até a varanda do quarto. A cidade brilhava abaixo dela, movimentada, viva, completamente alheia à tempestade que acontecia dentro dela.Um barulho no corredor a fez congelar. Passos. Ela sabia quem era antes mesmo de ouvir as batidas firmes na porta.Ethan.Seu instinto gritava para ignorá-lo, mas ela sabia que ele não desistiria tão fácil. Então, reuniu toda a coragem que possuía e abriu a porta.Ele estava ali, encostado no batente, as mãos nos bolsos da calça social, os olhos cravados nela com uma intensidade que a fez engolir em seco.<
O dia seguinte amanheceu com um céu cinza sobre Chicago, mas o clima entre Isabella e Ethan estava muito diferente do que antes. Havia algo no ar, uma tensão que não era apenas desejo, mas também incerteza. Isabella ainda tentava processar a forma como Ethan havia se comportado no dia anterior. Ele estava diferente. Mais atencioso, cuidadoso… gentil. Isso a confundia. Ela estava acostumada a vê-lo como um homem dominante, acostumado a ter o que queria sem precisar se preocupar com os sentimentos alheios. Mas agora… ele parecia estar tentando ser algo mais. Ethan, por outro lado, estava satisfeito com sua estratégia. Ele percebeu que Isabella reagia a sua aproximação de maneira mais sutil, que ela parecia menos na defensiva. Isso não significava que ele havia mudado seu objetivo – Isabella ainda era dele, e ele não deixaria ninguém tirá-la de suas mãos. Mas, se ela precisava enxergá-lo como um homem capaz de ser mais do que apenas desej
A viagem de volta ao hotel foi silenciosa. O jantar havia mudado algo entre eles. Isabella sentia isso, mas ainda não sabia como lidar com essa nova versão de Ethan. Ele estava tentando se aproximar dela de uma maneira que não envolvia apenas desejo e dominação. Isso a deixava desconfortável, não porque não gostava, mas porque não sabia se podia confiar. Quando chegaram ao hotel, ele a acompanhou até a porta do quarto. — Obrigada pelo jantar — disse Isabella, mantendo o paletó dele sobre os ombros. Ethan a observou por um instante, seus olhos escuros analisando cada detalhe de sua expressão. — Você está me analisando? — ela perguntou, tentando soar casual. Ele deu um sorriso leve. — Talvez. — E o que está vendo? — Uma mulher tentando resistir a algo que já está acontecendo. O coração dela deu um salto. — Você acha que sabe tudo, não é? Ethan deu um passo
Ethan sempre teve controle absoluto sobre sua vida. Cada decisão era tomada com precisão, cada passo calculado. Mas quando se tratava de Isabella, tudo era diferente. Ela bagunçava seus pensamentos, despertava sentimentos que ele não estava pronto para admitir. Ele percebeu que, por mais que tentasse lutar contra, estava se envolvendo com ela de uma forma que nunca havia permitido antes. E isso o assustava. Por isso, ele tomou uma decisão. Se Isabella queria distância, ele daria isso a ela. Nos dias que seguiram a viagem para Chicago, Ethan começou a se afastar aos poucos. No trabalho, limitou-se a conversas estritamente profissionais. Os olhares intensos, as provocações, os momentos de tensão entre os dois… tudo isso foi reduzido a meros cumprimentos e interações necessárias. Ele ainda a observava, claro. Era impossível não fazer isso. Mas agora se obrigava a manter uma barreira invisível entre eles. E Isab
O escritório parecia o mesmo de sempre: os telefones tocando, os teclados ecoando pelos corredores, as vozes abafadas de reuniões importantes. Mas, para Isabella, algo estava diferente. Algo estava faltando. Ethan. Havia uma semana desde que ele partira em sua viagem de negócios. E, desde o momento em que atravessou as portas do escritório para pegar o voo, Isabella sentiu o peso da sua ausência de uma forma que não conseguia explicar. Ela tentou ignorar no início. Convenceu-se de que estava apenas estranhando a rotina sem ele. Afinal, Ethan Carter era uma presença intensa, dominante, quase impossível de ignorar. Não era surpresa que, sem ele ali, o escritório parecesse… vazio. Mas, conforme os dias se arrastavam, Isabella percebeu que não era só a rotina que sentia falta. Era dele. A primeira semana Ela se jogou no trabalho, determinada
A manhã no escritório seguiu seu ritmo usual, mas para Isabella, cada segundo parecia se arrastar. Desde que Ethan voltou, agora acompanhado de Marie Olivie, ela se esforçava para não demonstrar o que sentia. Mas a verdade era que sua mente estava um caos. Os dias sem Ethan tinham sido difíceis, mas também haviam lhe dado tempo para refletir. Ela sentia falta dele—mais do que queria admitir. Mas agora, vendo-o tão à vontade com Marie, o orgulho ferido falava mais alto. Isabella permaneceu sentada em sua mesa, encarando a tela do computador sem realmente enxergar nada. O riso suave de Marie ecoou pelo escritório, e Isabella sentiu o peito apertar. "Desde quando isso me incomoda tanto?", pensou, irritada consigo mesma. — Isabella, você está me ouvindo? — A voz de Claire a tirou de seus devaneios. — O quê? — Você está há cinco minutos encarando esse relatório sem digitar uma única palavra — Claire estreitou os olhos
Isabella saiu da sala de reuniões com passos firmes, mas por dentro, sentia-se uma bagunça. O sangue fervia em suas veias, não apenas pelo flerte descarado de Marie, mas também pela forma como Ethan simplesmente aceitava aquela proximidade sem ao menos afastá-la. Era ridículo como aquilo a afetava. No entanto, ela se recusava a dar esse gostinho a Marie. Assim que voltou para seu escritório, sentou-se à mesa e respirou fundo. Tinha trabalho a fazer, e não deixaria suas emoções interferirem. Mas a concentração se tornou uma batalha. Cada vez que fechava os olhos, a cena voltava à sua mente: Marie tocando o braço de Ethan, inclinando-se para sussurrar algo, rindo como se apenas ela tivesse esse direito. A voz de Marie ecoava em sua cabeça: *"Sabe, Ethan, algumas pessoas simplesmente não sabem lidar com o fato de que não são especiais."* Isabella ap