Ethan fechou os olhos e expirou lentamente, tentando apagar as lembranças que o assombravam. Mas era impossível. As sombras do passado o perseguiam, misturando-se com o presente, e Isabella estava no centro disso tudo. Ele sabia que estava se afundando em algo perigoso. Ela não era apenas mais uma mulher com quem ele poderia se divertir e depois esquecer. Não, Isabella era um desafio, um perigo real para a fortaleza que ele construiu ao longo dos anos. Por isso ele a afastou. Porque, se a deixasse chegar perto demais, ela poderia destruí-lo. E ainda assim, mesmo depois de tudo, ele a queria. Queria sentir sua pele novamente, ouvir sua voz e ver aquele olhar desafiador que sempre o fazia perder o controle. Ele se levantou da cadeira e caminhou até a janela, observando as luzes da cidade. Quantas vezes já havia feito isso? Quantas vezes se perdeu na solidão e no vazio que criara para si mesmo? Sua mãe o abandonou. Seu p
O ar no escritório de Ethan parecia carregado, como se cada partícula ao redor deles estivesse eletrizada. Isabella tentou recuar, mas suas costas já estavam contra a mesa. O olhar de Ethan a prendia, queimava sobre sua pele, dominava cada centímetro de seu ser. Ele ergueu a mão e segurou sua cintura com firmeza, puxando-a para mais perto, até que não houvesse espaço entre seus corpos. Isabella sentiu a respiração quente dele contra sua pele, e sua mente ficou em alerta. — Você pode tentar resistir, Isabella. Mas sabe tão bem quanto eu que não há como fugir disso. — Sua voz era baixa, rouca, carregada de uma promessa perigosa. O coração dela batia frenético, sua respiração irregular. Ethan inclinou-se, deixando os lábios roçarem sua pele exposta, bem na curva do pescoço. Isabella sentiu um arrepio violento percorrer sua espinha, e suas mãos se fecharam contra a camisa dele em uma tentativa de manter o controle. — Você é minha. Sempre
Isabella saiu do escritório de Ethan com o coração disparado, os pensamentos em completo caos. O que havia acabado de acontecer era prova suficiente de que ele ainda tinha controle sobre seus sentidos, e isso a deixava furiosa consigo mesma. Ela precisava manter distância. Precisava fazer com que aquilo acabasse de uma vez por todas. Mas, no fundo, uma parte dela se perguntava se queria mesmo isso. Caminhou até sua mesa tentando recuperar a compostura, mas Claire, sua colega de trabalho, não deixou seu estado passar despercebido. — O que aconteceu? Parece que viu um fantasma. — Está tudo bem — Isabella respondeu rapidamente, evitando o olhar curioso da amiga. — Tem certeza? Porque sempre que você entra na sala do CEO, sai parecendo que acabou de correr uma maratona. — Claire… por favor. A amiga ergueu as mãos em rendição. — Tudo bem, tudo bem. Mas se precisar falar sobre alguma co
Isabella entrou no quarto e fechou a porta atrás de si com força, como se isso pudesse manter Ethan do lado de fora de sua mente. Mas não podia. Ele estava ali, em cada batida acelerada de seu coração, em cada centímetro de sua pele que ainda sentia o calor da proximidade dele.Ela passou a mão pelos cabelos, tentando se recompor."Isso precisa parar", pensou.Respirou fundo e foi até a varanda do quarto. A cidade brilhava abaixo dela, movimentada, viva, completamente alheia à tempestade que acontecia dentro dela.Um barulho no corredor a fez congelar. Passos. Ela sabia quem era antes mesmo de ouvir as batidas firmes na porta.Ethan.Seu instinto gritava para ignorá-lo, mas ela sabia que ele não desistiria tão fácil. Então, reuniu toda a coragem que possuía e abriu a porta.Ele estava ali, encostado no batente, as mãos nos bolsos da calça social, os olhos cravados nela com uma intensidade que a fez engolir em seco.<
O dia seguinte amanheceu com um céu cinza sobre Chicago, mas o clima entre Isabella e Ethan estava muito diferente do que antes. Havia algo no ar, uma tensão que não era apenas desejo, mas também incerteza. Isabella ainda tentava processar a forma como Ethan havia se comportado no dia anterior. Ele estava diferente. Mais atencioso, cuidadoso… gentil. Isso a confundia. Ela estava acostumada a vê-lo como um homem dominante, acostumado a ter o que queria sem precisar se preocupar com os sentimentos alheios. Mas agora… ele parecia estar tentando ser algo mais. Ethan, por outro lado, estava satisfeito com sua estratégia. Ele percebeu que Isabella reagia a sua aproximação de maneira mais sutil, que ela parecia menos na defensiva. Isso não significava que ele havia mudado seu objetivo – Isabella ainda era dele, e ele não deixaria ninguém tirá-la de suas mãos. Mas, se ela precisava enxergá-lo como um homem capaz de ser mais do que apenas desej
A viagem de volta ao hotel foi silenciosa. O jantar havia mudado algo entre eles. Isabella sentia isso, mas ainda não sabia como lidar com essa nova versão de Ethan. Ele estava tentando se aproximar dela de uma maneira que não envolvia apenas desejo e dominação. Isso a deixava desconfortável, não porque não gostava, mas porque não sabia se podia confiar. Quando chegaram ao hotel, ele a acompanhou até a porta do quarto. — Obrigada pelo jantar — disse Isabella, mantendo o paletó dele sobre os ombros. Ethan a observou por um instante, seus olhos escuros analisando cada detalhe de sua expressão. — Você está me analisando? — ela perguntou, tentando soar casual. Ele deu um sorriso leve. — Talvez. — E o que está vendo? — Uma mulher tentando resistir a algo que já está acontecendo. O coração dela deu um salto. — Você acha que sabe tudo, não é? Ethan deu um passo
Ethan sempre teve controle absoluto sobre sua vida. Cada decisão era tomada com precisão, cada passo calculado. Mas quando se tratava de Isabella, tudo era diferente. Ela bagunçava seus pensamentos, despertava sentimentos que ele não estava pronto para admitir. Ele percebeu que, por mais que tentasse lutar contra, estava se envolvendo com ela de uma forma que nunca havia permitido antes. E isso o assustava. Por isso, ele tomou uma decisão. Se Isabella queria distância, ele daria isso a ela. Nos dias que seguiram a viagem para Chicago, Ethan começou a se afastar aos poucos. No trabalho, limitou-se a conversas estritamente profissionais. Os olhares intensos, as provocações, os momentos de tensão entre os dois… tudo isso foi reduzido a meros cumprimentos e interações necessárias. Ele ainda a observava, claro. Era impossível não fazer isso. Mas agora se obrigava a manter uma barreira invisível entre eles. E Isab
O escritório parecia o mesmo de sempre: os telefones tocando, os teclados ecoando pelos corredores, as vozes abafadas de reuniões importantes. Mas, para Isabella, algo estava diferente. Algo estava faltando. Ethan. Havia uma semana desde que ele partira em sua viagem de negócios. E, desde o momento em que atravessou as portas do escritório para pegar o voo, Isabella sentiu o peso da sua ausência de uma forma que não conseguia explicar. Ela tentou ignorar no início. Convenceu-se de que estava apenas estranhando a rotina sem ele. Afinal, Ethan Carter era uma presença intensa, dominante, quase impossível de ignorar. Não era surpresa que, sem ele ali, o escritório parecesse… vazio. Mas, conforme os dias se arrastavam, Isabella percebeu que não era só a rotina que sentia falta. Era dele. A primeira semana Ela se jogou no trabalho, determinada