LUIZAEu toda orgulhosa da minha amiga falei:— Tu foi sincera, e não poderia esperar outra coisa vindo de ti.— Tinha que ser amiga! — E ele?— Ele perguntou se tinha alguma chance.— Eu sabia que ele não desistiria — falei empolgada.— Eu falei o que eu tinha falado para você a respeito de ter meus planos traçados para morar em Porto Alegre, e que ele está estabilizado em São Paulo. Ele falou que isso não era um problema, que ele tem um avião, e que ele pode estar indo para Porto Alegre, ou o avião pode ficar me buscando para eu vir para cá.— Uau! Ele te quer muito guria.— Amiga, é muito precipitado da parte dele e foi o que eu falei para ele.— O que é precipitado Mariana? — falei impaciente.— Luiza, a gente acabou de se conhecer, a gente mal conversou, tem toda essa história complicada com o Gustavo.— Eu te entendo.— Eu disse tudo isso para ele, e disse também que a gente poderia deixar as coisas acontecerem.— Só queria deixar claro que vocês fazem um casal lindo... Mas cont
LUIZAJá que a Mari havia ido dormir na cobertura do Davi, o Rafa e a Manu foram embora rapido, e a Célia dormiu cedo, eu e o Felipe dormimos na cobertura no Morumbi. O que foi ótimo para nós dois, já que não ficávamos sozinhos há alguns dias.Eu havia bebido um pouco demais no happy hour de despedida, o que me deixou bem animada.Ainda no estacionamento, antes de subir para o apartamento, eu comecei a beijar o Felipe, e sentei bruscamente no seu colo, que desceu um pouco mais o banco dele. Eu estava de short jeans, e o Felipe de bermuda, então fiquei roçando o meu jeans no membro dele, que reagiu na mesma hora. Nos beijamos, e a urgência era inegável. Parecia que tínhamos passado dias sem nos ver. Eu tirei minha blusa, ficando só de sutiã, enquanto que o Felipe também tirou a camisa dele. Eu saí do colo do Felipe, tirei o meu short, o Felipe abaixou a sua bermuda, e eu sentei novamente no colo dele. Dessa vez ele baixou a cueca, expondo o seu membro, enquanto que eu puxei minha calcin
FELIPEEstávamos no nosso camarote na balada, comemorando o fato da minha noiva nerd linda ter passado no vestibular, quando avistei a Gabriela e suas amigas no camarote do lado.A Manu, o Rafa e a Luiza perceberam a presença da Gabriela, já que ela não fez muita questão de ser discreta.O clima ficou nitidamente estranho. Tentávamos fingir que ela não estava ali, mas aquilo estava nos incomodando, então a Luiza disse:— Se você quiser podemos ir embora.— Por mim não é necessário, a não ser que esteja te incomodando.— Eu estou bem! Então vamos ficar, certo? — perguntou.— Sim, vamos ficar! — falei decidido a não deixar a presença desagradável da Gabriela nos afetar.Continuamos tomando os nossos drinks, dançamos, estavamos os quatro nos divertindo bastante, a Luiza estava se divertindo muito, e eu até tinha esquecido do ambiente pesado que ficou quando vimos que a Gabriela estava no camarote do lado.A Luiza e a Manu saíram para ir no banheiro, e eu e o Rafa ficamos conversando, quan
LUIZAPassaram-se alguns dias, e eu lembrei das meninas da boate. Senti saudades da Bruna, da Nanda e da Tati. Então tentei procurar as meninas nas redes sociais.Eu acho que eu estava tão determinada a esquecer tudo que passei naquela boate, que fiquei todo esse tempo, sem procurar as gurias. Mas, a verdade é que sinto falta delas e do Maguila. Então comecei a minha busca. Sem o sobrenome estava bem difícil, já que as gurias tem nomes mais comuns. Então fiz uma pesquisa no Google, e achei a boate. Na descrição da boate dizia que na casa noturna tinha lounge bar, música eletrônica, pista, DJ e atmosfera de sensualidade, com dançarinas em palco. Dançarinhas? Sei...Acabei conseguindo achar a rede social da casa, e apenas a insuportável da Renata a seguia. Acabei encontrando o Maguila na rede social dela, e da rede social do Maguila, eu achei as três gurias, e deixei direct para as três, com meu número. A Bruna foi a primeira que viu, me respondendo quase que de imediato.— Barbie lind
LUIZAContinuei conversando com as gurias, e elas me contaram várias outras coisas. Me contaram inclusive que hoje em dia a Renata fala super mal do Chefe, e vive puxando o saco do novo chefe.— Aquela guria não é nada fácil — falei. — Não mesmo! Só torce para time que está ganhando — disse Nanda.— Ela só está onde lhe convém — completou Tati.— E vocês como estão? — perguntei: — Como está sua família Tati? E sua irmãzinha?— Estamos bem! — disse ela. — Minha irmã é muito inteligente, o neurologista pediátrico que cuida da síndrome de down dela, disse que ela é muito esperta, e muito independente. Semana que vem, eu e a minha mãe iremos inaugurar uma loja de comidas artesanais, mais voltada para o público nordestino. Se tudo der certo, em três meses saio da boate.— Bah! Que incrível! Me passa a localização da loja, quero ir lá na inauguração —Falei empolgada e muito feliz por ela.— Minha amiga será a mais nova empresária bem sucedida de São Paulo — disse Bruna sorrindo. — E você
LUIZATinham muitos fotógrafos e repórteres na frente da confraternização da empresa do Felipe, e isso me pegou de surpresa. Principalmente porque nenhuma das perguntas feitas eram sobre a construtora dele, e sim sobre nós, ou quem eu era, ou sobre a Gabriela. O Felipe percebeu que eu estava desconfortável, apressou o passo, e nós entramos no local.Já na parte interna estava mais tranquilo, tinham alguns fotógrafos, mas provavelmente contratados para o evento.Logo avistamos a Manu e Rafa. Eles estavam extremamente elegantes. O Rafa vestia um smoking preto também, e um sapato social. Já a Manu usava um vestido na cor areia com duas alças para o mesmo lado. O vestido era todo justo na parte de cima, porém mais solto embaixo. Seu cabelo estava todo voltado para o mesmo lado da alça do vestido, deixando seu ombro à mostra, e a maquiagem em tons bege e marrom, a deixaram ainda mais linda.Nos abraçamos e então comentei:— Uau! Essa minha amiga está uma gata.— Olha quem fala! Você está
LUIZAAssim que acordamos, começamos a providenciar tudo para o churrasco. O Felipe estava feliz com a chegada do pai, e a Claudinha também estava ansiosa para vê-lo.Passava um pouco do meio-dia quando o Sr. Roberto chegou, então fomos até a porta para recebê-lo.— Sr. Roberto, quanto tempo! — disse Claudinha empolgada. — O senhor faz muita falta.— Clau minha querida, senti saudades! Como você está?— Estou bem Sr. Roberto! Cuidando do nosso menino, e agora cuidando da Luiza, que é mais uma filha que Deus me deu — falou alisando os meus cabelos.— Viu que nora bonita o meu filho arrumou para mim Clau? E ela ainda me achou bonitão — falou sorrindo.Minhas bochechas ficaram vermelhas na mesma hora. Eu ainda queria muito matar o Rafael.— Ela achou foi? Ela estava agora a pouco enquanto temperava a carne, me contando essa história — falou Claudinha sorrindo — Ela disse que não sabia onde enfiava a cara ontem — disse fazendo pão e filho rirem.- Quer dizer que hoje eu vou comer um chur
LUIZA Passaram-se algumas horas, e o Felipe permanecia trancado dentro daquele escritório. O Sr. Roberto havia ido embora já fazia algum tempo, e eu e a Claudinha estavamos preocupados. Foi aí que eu resolvi bater na porta, e tentar conversar com ele. Dei duas batidas na porta, e então falei:— Amor, deixa eu entrar? Eu queria conversar com você, mas se você não quiser, eu fico apenas em silêncio aí com você — falei com a cabeça encostada na porta, na esperança de que ele abrisse.Ele abriu a porta em silêncio, e eu entrei também em silêncio. Pude ver uma garrafa de whisky quase vazia, e um copo com um dedo de whisky dentro. Pude perceber também pelo semblante dele, que já havia bebido e chorado bastante.Ele se sentou na cadeira, encostando sua cabeça, e ficou olhando para o nada, e logo começou a falar:— Eu achei que havia superado todos os traumas que a falta da minha mãe me causaram, e achei que os anos de terapia haviam me feito mais forte, e que se um dia eu ficasse frente a