FELIPESe passou uma semana desde o dia que descobrimos que teríamos um bebê, e chegou o dia da ultrassonografia transvaginal. Iríamos escutar o coraçãozinho do nosso bebê, e ver se estava tudo bem com ele. Chegamos na clínica, e logo a Dra. Juliana veio nos atender. Fomos até a sala para o exame de ultrassonografia transvaginal, e a médica pediu para que a Luiza trocasse a roupa para o procedimento. Assim que a Luiza voltou, ela pediu que ela sentasse na cadeira, e reclinou ela para começar o exame.Antes de começar o procedimento, a Dra. Juliana começou a nos explicar:— Esse exame confere se o embrião se implantou no local correto, mede o colo do útero, avalia de quantas semanas é a gravidez e ajuda no cálculo da data provável do parto. Dependendo do tempo de gravidez, dá inclusive para já ouvir os batimentos cardíacos do bebê durante esse ultrassom. Como a Luiza está apenas com seis semanas, vamos fazer o possível para escutar o coraçãozinho dele, tudo bem?— Sim — respondemos
LUIZA— POSITIVOOOOO... AHHHH — gritei de felicidade.— Eu estou grávida! Guria, eu estou grávida — Mari falava eufórica e assustada. Nos abraçamos sorrindo e chorando ao mesmo tempo. — Vamos fazer uma chamada de vídeo para Manu — falei e ela assentiu na mesma hora.Começamos a chamar a Manu em vídeo, que infelizmente não pode estar conosco, pois tinha uma reunião na empresa dela no primeiro horário. Mas, depois de algumas poucas chamadas nos atendeu.— Estava no meio de uma apresentação na reunião, mas como sabia do que se tratava, eu falei que precisava urgente ir ao banheiro — Manu nos contou sorrindo no outro lado da tela — E aí? E aí? Meu sobrinho vem?— Estou gravida amiga — Mari contou sem conseguir conter as lágrimas. Não só ela, eu não conseguia parar de chorar. Não sei se por conta dos hormônios ou por saber que iríamos fazer tudo aquilo juntas. Nossos filhos iriam crescer juntos assim como foi com nós duas, e eu não poderia está mais feliz.— EU SABIAAAAAA — Manu gritou. —
FELIPEDescobrir que seríamos pais de um casal de gêmeos foi emocionante demais. Eu sempre sonhei em ter uma família, mas nem nos meus melhores sonhos eu imaginei que poderia ser tão feliz. Eu nem imaginava que fosse capaz de amar da forma que eu amo a Luiza, e nunca imaginei que ser pai iria me deixar tão completo. Eu posso dizer com toda certeza que hoje eu sou o homem mais feliz desse mundo, mais completo e mais realizado. Minha família é a minha vida e o que tenho de mais precioso nesse mundo. Depois que descobrimos o sexo dos nossos bebês, eu e a Luiza concordamos que ela escolheria o nome da menina, e que eu escolheria o nome do garoto. A Luiza sem pensar duas vezes escolheu que o nome da menina seria Ana, em homenagem a sua mãe. Já o nome do menino ficou em aberto, pois eu não sabia que escolher um nome seria tão complicado. No final das contas, eu pedi que a Luiza colocasse alguns nomes que ela gostava em uma lista, para que isso pudesse me ajudar a escolher o nome
LUIZA Chegamos no hospital ainda de madrugada, e fomos encaminhados para um dos quartos. A Dra. Juliana já havia avisado que em poucos minutos chegaria, então ficamos esperando. Algum tempo depois que a minha bolsa havia estourado, comecei a sentir algumas contrações menos espaçadas. Em menos de meia hora que haviamos chegarmos no hospital, a Dra Juliana chegou e começou a me examinar. Ela então falou que se tudo se encaminhasse como estava previsto, que conseguiríamos um parto normal, pois os gêmeos estavam posicionados. Os intervalos das minhas contrações ainda eram de vinte minutos, e duravam de trinta a quarenta segundos. A Elaine e o Felipe ficaram o tempo inteiro do meu lado. Cerca de uma hora depois que estávamos no hospital, a Manu e o Rafa chegaram, seguidos da a Mari e do Davi que chegaram 5 minutos depois. Estava tudo tranquilo até então, as contrações eram espaçadas, e apesar da bolsa ter estourada, a Dra. Juliana nos tranquilizou.— Luiza, pode ficar bem
LUIZAO Miguel e a Ana estavam com duas semana, quando fizemos um almoço de domingo para o Rafa, a Manu, o Theozinho, o Davi e a Mari, que a qualquer momento poderá entrar em trabalho de parto, por ter entrado na quadragésima semana. Foi um domingo bem agradável, e os gêmeos foram muito mimados pelas dindas. A mãe do Felipe que ficou aqui por duas semanas, foi embora há dois dias. A Célia e o Luiz chegarão hoje a tarde, e ficarão até a Beatriz nascer. Passaram-se dois dias, e chegou o dia do nascimento da Beatriz. A Mari começou a sentir as contrações a noite, e o Davi a levou para o Hospital, juntamente com a Célia e o Luiz. Como eu não pude ficar no hospital por conta da Ana e do Miguel, o Felipe foi ficar com eles. Eu pedi que ele me atualizasse sobre tudo, e não consegui dormir direito à noite. Eu estava angustiada, e sempre que cochilava, eu tinha pesadelos. De manhã a Mari chegou nos dez centímetros de dilatação, e a equipe começou a fazer o parto dela, e eu fiquei a
LUIZA Eu armazenei uma boa quantidade de leite e liguei para o Felipe que estava com o celular desligado. Eu não pensei duas vezes e chamei um Uber para ir até o hospital, deixando os gêmeos com a Clau e a babá. Chegando no setor da maternidade, logo vi o Felipe.— Amor?— Cadê a Mariana?— Por que você não me ligou? Eu ia te buscar.— Eu liguei, mas seu celular está desligado — falei com um semblante sério. — Cadê a Mariana?— O Davi, a Célia e o Luiz entraram lá agora para vê ela.Ele pegou o celular e constatou que estava desligado.— Me desculpa amor, eu não vi que havia descarregado.— Tu sabia o quando eu estava aflita, eu estava lá às cegas, comecei a pensar um monte de besteira.Antes que ele pudesse responder alguma coisa, a Manu e o Rafa se aproximaram.— Como você está amiga? — a Manu perguntou.— Estou bem! E ela como esta?— O pior já passou — a Manu falou me abraçando. — Ela vai ficar bem.— Como estão os gêmeos?— Estão bem! Estão com a Claudinha e a Keila. Nós
FELIPE E LUIZALUIZA: Decidimos contar o final das nossas história juntos, como sempre estivemos desde que nos conhecemos.FELIPE: Verdade amor! Vamos começar pelos antagonistas das nossas histórias. O Gustavo, ex da Mari foi solto, e pediu perdão a Mariana e ao Davi que o perdoaram. A última vez que tivemos notícia, ele havia se casado e ido embora do Rio Grande do sul, junto com a esposa e a mãe. O Mateus, ex-diretor financeiro da construtora permanece preso, e irá permanecer por muito tempo, visto que o roubo não foi seu único crime, já que ele também foi condenado pela morte do Pedro Pinheiro. E por último vamos falar da Gabriela, que não vimos desde aquele encontro dela com a Luiza no shopping, porém recentemente ela viralizou nas redes sociais novamente, aparecendo como pivô da separação de um cantor famoso. A nota mostrava fotos dela com o cantor em uma praia do Rio de Janeiro, e a nota chamava ela de "talarica", pois ela seria amiga da esposa do homem.LUIZA: Agora vamos falar
LUIZA Eu me chamo Luiza Schneider e vou contar um pouco da minha história para vocês. Sou do interior do Rio Grande do Sul, de uma cidade chamada Vale Real e meus pais tinham uma pequena propriedade rural. Eles trabalharam na roça a vida inteira. Minha mãe era uma mulher linda, confiante e muito alegre, mas que foi perdendo sua vaidade, sua confiança e a alegria com o passar dos anos. Meu pai era uma pessoa desprezível e eu não me lembro se ter olhado para ele alguma vez na minha vida com admiração. Eu e a minha mãe tínhamos medo dele. Ele era um alcoólatra, bebia todos os dias, mas não precisava estar bêbado para mostrar o quanto era desprezível. Ele sempre batia na minha mãe e depois a obrigava a se trancar no quarto com ele. Eu lembro que quando eu tinha uns doze anos, a minha mãe levou uma das piores surras da sua vida. Eu havia ido para a escola e quando voltei a vi caída na cozinha, desacordada, toda cheia de hematomas e com um dos olhos inchados. Eu consegui pedir a