FELIPEAcordei, e a Luiza não estava na cama. Olhei para mesinha de cabeceira, e tinha um remédio para ressaca com água. Tomei o remédio, fiz minha higiene e tomei café. Ela havia deixado um café da manhã bem reforçado para mim na bancada da cozinha. A cabeça ainda doía um pouco, mas bem menos do que quando acordei.Comecei a pensar como seria minha primeira noite com a Luiza.Entrei em contato com um amigo estilista, eu queria dar um vestido de presente para ela. Ele me mandou algumas opções de vestidos, e eu escolhi um, que achei que seria o que a Luiza mais gostaria.Fui até o closet, e olhei a numeração dos pés dela. Vi que ela usava 35, isso é tamanho de Pé? Fui até o shopping, e quis escolher pessoalmente um salto para ela, que caísse bem com o vestido. Fui até uma joelheira no mesmo shopping, e escolhi uns brincos de ouro branco com diamante, e um colar também de ouro branco com diamante, tão delicados quando ela. Passei no meu amigo estilista e peguei o vestido.Enquanto isso,
LUIZAEstava um pouco frio na varanda, e o Felipe se levantou, pegou seu blazer e colocou sobre mim. Ele é tão atento aos detalhes, isso me encanta.Eu estava tão, mas tão feliz. Parecia que enfim as coisas estavam acontecendo de forma positiva na minha vida.Foi uma vida inteira vendo minha mãe sofrer, ser maltratada e abusada. Depois o luto de perder ela daquela forma trágica, e ainda sabendo que foi para me defender. Depois fui parar naquela boate, sofrendo toda aquela humilhação de subir em um palco, e ter minha virgindade Leiloada, como se eu fosse uma peça de decoração.Esse homem que estava na minha frente, tão lindo, e com um olhar tão apaixonado, era a prova viva de que apesar de ter sofrido tanto, eu poderia sim ser feliz.Posso está sendo otimista, está tudo muito recente, mas desde o dia que o Felipe pagou aquele leilão para não me vê sendo submetida aquele tipo de situação, e depois subindo naquela favela disposto a tudo para me vê livre daquela boate, ele só me deixa cad
LUIZAAcordei no meio da madrugada, e o Felipe estava dormindo com o braço por cima do meu corpo.Eu estava com muita sede, então com cuidado e bem devagar, eu tirei o braço dele e me levantei da cama. Ele ainda se mexeu me puxando, mas foi involuntário, pois o sono dele parecia bem pesado. Eu me soltei novamente e me levantei. Eu estava sem roupa, então vi a camisa que ele estava vestido jogada no chão, peguei, e a vesti. Eu sempre via as mulheres vestindo as camisas dos homens nos filmes e nas novelas e sempre achei sexy. Sei que é bobagem, mas sempre quis fazer. Quando vesti, olhei em um espelho grande que tinha no quarto e ri sozinha.Fui em direção a cozinha, e peguei um pouco de água. Eu comecei a tomar, e me distrai em meus pensamentos. Caramba, agora eu não era mais virgem.Eu lembrei de algumas conversas que eu e a Mariana tínhamos sobre esse assunto. Ela havia perdido a virgindade dela com o namorado, alguns meses antes de acontecer tudo aquilo, e eu me mudar para Porto Aleg
FELIPEFiquei alguns minutos ali segurando ela, beijando suas costas e olhando pelo espelho sua expressão exausta. Não poderia ter uma visão melhor, do que vê a Luiza ali em meus braços daquela forma.Ainda segurando a Luiza, entramos no box do banheiro, e eu liguei o chuveiro.Fiquei ali por um tempo a segurando e deixando que a água caísse sobre sua cabeça, até que aos poucos ela foi recuperando o fôlego e a força nas pernas.Tomamos nosso banho juntos, e eu não cansava de admirar ela e de sorrir, ela mexeu comigo desde o primeiro momento que a vi, de uma maneira que eu não consegui evitar.Saímos do banho e nos secamos. Emprestei uma camisa para Luiza e fomos até a cozinha comer alguma coisa. Estávamos os dois famintos.Achamos na geladeira a sobremesa que o chef tinha deixado. Era um Berry Cheesecake, e estava com uma cara ótima. A Luiza nunca tinha comido e amou.Eu queria apresentar a Luiza para a Manu e para o Rafa, mas estava com receio que ela achasse muito precipitado da min
FELIPEEstávamos no carro quando a Luiza me perguntou:— O que tu queria conversar comigo?— Tem uma coisa sobre a casa noturna que eu não te contei.— O que?— Eu acho que o tal Lobo matou ou mandou matar o Chefe.— Por que tu acha isso?— Porque ele me disse que faria, assim que eu tirasse você de lá.— Ele morreu por minha causa?— Não! Ele morreu porque estava traficando mulheres no estabelecimento do Lobo, sem o consentimento dele — falei enquanto parava no sinal vermelho. — E para falar a verdade, eu nem sei se ele realmente está morto. Ele me disse que só iria esperar eu tirar você de lá, e que no dia seguinte o Chefe seria um homem morto.— Sendo muito sincera, eu não queria vê ninguém morto, mas não tem como dizer que eu sinto muito. Aquele cara é, ou era, não sei ainda, muito do mal. — Verdade! — A Nanda, uma das gurias que eu me aproximei, apanhou e ficou dois dias trancada em uma sala escura a pão e água por tentar fugir — falou aparentemente nervosa. — Poderia ser comigo
LUIZAAinda no carro o Felipe me perguntou:— É sério? Você não ficou chateada com a inconveniência da Júlia?— Justamente, a inconveniência foi dela e não sua.— Meu Deus! Então quer dizer que eu tenho uma namorada linda, nerd, gostosa e ainda por cima super madura — falou sorrindo. — Tirei a sorte grande mesmo.— Bobo.Chegando na cobertura dele, começamos os preparativos para o churrasco, e eu como uma boa gaúcha, ensinei para o Felipe alguns truques sobre o corte e o tempero da carne.— Aqui em casa, quem é boa com churrasco é a Clau — disse ele.— Quem é Clau?— Cláudia na verdade! Ela foi cozinheira da casa do meu pai por muitos anos, e a trouxe para trabalhar aqui gerenciando os outros funcionários.— Ela te conhece desde criança?— Sim! É como se fosse uma mãe para mim.— Que incrível.— Ela não casou nem teve filhos, ela nunca quis. Ela mora aqui, mas foi visitar a irmã desde ontem, e só vem amanhã. Você vai gostar dela, e ela vai gostar de você, tenho certeza.— Ela cuida de
LUIZAEle começou a me beijar, e deixou o seu corpo totalmente colado ao meu. Foi um beijo demorado, e eu fui totalmente tomada pelo desejo. Só de beijar ele meu corpo inteiro respondeu. Pude sentir o membro do Felipe entregando o quando ele também estava excitado.Nos separamos para recuperar o fôlego, então falei:— Acho que deveríamos sair da piscina, e ficar com a Manu e com o Rafa.— Já eu acho melhor ficar um pouco mais aqui — falou enquanto colocava a mão por dentro da parte de baixo do meu biquíni.— Ei, tá maluco — falei sorrindo e tirando a mão dele. — Vamos sai daqui, tu tá com a mão muito boba.Eu sai da piscina, já o Felipe precisou ficar mais um tempo.Quando me sentei na cadeira, por conta da minha expressão de incômodo, a Manu franziu as sobrancelhas e perguntou:— Luiza, vocês já...Fiquei com as bochechas vermelhas de vergonha, mas falei:— Como você sabe?— Você fez uma expressão de desconforto quando sentou.— Acho que a gente passou um pouquinho dos limites — fale
FELIPESaímos do piano bar do restaurante e fomos em direção a minha cobertura...Quer dizer, em direção a nossa cobertura.Chegando lá eu fui na adega, peguei um vinho e fomos para varanda.Eu abri o vinho, enchi duas taças e entreguei uma para a Luiza, segurei a outra, e nós brindamos.Tim-Tim— A nós — disse sorrindo e deixando claro o quanto eu estava feliz.— A nós — ela falou com o sorriso mais lindo do mundo.Sentei na espreguiçadeira, e a puxei para que ela se sentassem no meio das minhas pernas, de costas para mim, com a cabeça encostado em meu peito.— Luiza, posso te perguntar uma coisa? — Claro.— Uma vez você falou do seu pai, como que sentisse desprezo por ele. O que aconteceu?Eu percebi que no mesmo instante que perguntei, a respiração dela começou a ficar mais ofegante, e ela derrubou no chão a taça de vinho que estava apoiada na lateral da espreguiçadeira, fazendo com que a taça se quebrasse.— Me desculpa, por favor me desculpa — disse nitidamente nervosa. — Eu vou