Desabafando com sua avó

Ao chegar em casa, Cecília sentia como se o peso do mundo estivesse em seus ombros. Seus passos eram lentos, e o coração ainda carregava a dor e a confusão do encontro com Gael.

Ao abrir a porta, o cheiro familiar da comida de sua avó preencheu o ambiente, dando-lhe um breve conforto, como um abraço caloroso em meio à tempestade de sentimentos que a assolava.

— Cecília, meu amor, está tudo bem?

— perguntou sua avó, com o olhar preocupado. Ela conhecia cada expressão da neta e, ao ver o rosto pálido e os olhos tristes, sabia que algo estava errado.

Cecília suspirou, desabando no sofá. Passou as mãos pelo rosto, tentando conter as lágrimas que insistiam em cair.

— Vó... hoje eu vi o Gael — disse ela, com a voz quase um sussurro.

— Ele estava lá no hospital, mas ele... ele não se lembra de mim. Nem de nossa filha.

A avó se aproximou, sentando ao lado dela e segurando suas mãos com carinho.

— Como assim, minha filha? — perguntou a avó, surpresa e com os olhos cheios de t
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