Gael arqueou uma sobrancelha, a expressão impassível. — Isso não posso dizer, porque seria indelicado da minha parte. E, também, eu não me lembro de como era o sexo com Cecília para fazer comparações, mas ela deve ser muito especial para me fazer sentir do jeito que me sinto quando estou perto dela. — Ele olhou para Mayra com frieza, observando a raiva crescer em seu rosto. O maxilar dela se contraiu, e seus dedos tremeram levemente ao ouvir as palavras de Gael. — Chega, não quero ouvir mais nada! E não pense que me contentarei com um noivado longo só para você ficar me enrolando. Não serei uma mãe solteira e trazer vergonha para o bom nome da minha família. Nós iremos nos casar na data marcada, nem um dia a mais. — Mayra falou com a voz trêmula de raiva, os olhos faiscando de determinação. Ela deu um passo à frente, desatando o robe e revelando uma lingerie provocante. Um sorriso sedutor curvou seus lábios enquanto observava a reação de Gael, buscando alguma fraqueza. Gael manteve
Cecília jogou a roupa na cama com um movimento brusco e caminhou até ele, os olhos brilhando com a mistura de tristeza e raiva. Ela respirou fundo, tentando controlar as lágrimas que ameaçavam cair.— Lucas era um traficante, Gael. Um homem que sempre foi mais problema do que solução. Sim, ele fez parte da minha vida, mas nunca da forma que eu sei que Mayra te fez acreditar. Eu não o suportava, tinha medo dele, e a melhor coisa que aconteceu foi ele ter sido preso. - Sua voz era firme, mas cheia de dor. — Se você se lembrasse de mim, do meu caráter, saberia que eu nunca iria para a cama com outro homem enquanto estivesse com você. O primeiro e único homem da minha vida foi e continua sendo você. - Os olhos dela encontraram os dele, carregados de uma sinceridade que fez Gael engolir em seco, sentindo uma pontada de arrependimento.Gael passou a mão pelos cabelos, o coração batendo descompassado. A culpa e a dúvida lutavam em seu interior, mas ele precisava continuar.— Eu quero acred
Cecília lançou um olhar firme para Gael, sem hesitar, cada palavra carregando a convicção de quem não estava para jogos. — Eu não estou brincando, Gael. Não vou me demitir, nem vou aceitar que você me sustente. Isso é definitivo. As feições de Gael se endureceram, e o brilho de arrogância que ela conheceu no passado retornou aos seus olhos. Ele se aproximou, cruzando os braços, a voz fria como gelo. — Cecília, eu já disse o que vai acontecer. Se quer sair, vá. Mas saiba que Bia não sairá desta casa. Ela é minha filha, e não vai a lugar algum. Cecília recuou um passo, sentindo a velha frieza que Gael exibia no hospital naquela época, como uma parede de gelo entre eles. Ela se empertigou, reunindo toda a sua força. — Eu sabia que você tinha perdido a memória, Gael, mas não imaginei que o seu lado mais humano e gentil também tivesse desaparecido. Se eu soubesse, jamais teria vindo para cá com Bia. Gael lançou um olhar cínico, o sorriso frio e calculista contrastando com a int
Ela sentiu -se na cama ,o coração pesado e os olhos fixos no teto. A mente viajou para as lembranças do passado, de um Gael confessando que a amava ,fazendo a parto da filha deles e prometendo voltar ao hospital para busca-las e começarem a vida juntos . "Será que ele ainda sente alguma coisa? Será que ainda existe uma faísca daquele amor?"Ou o que ele vive dizer sentir por ela é apenas desejo como antes . A dúvida a corroía, mas Cecília não desistiria. Sabia que o verdadeiro Gael estava em algum lugar dentro daquele homem arrogante e controlador. Ela lutaria por ele, por eles, pelo amor que começaram a sentir um pelo outro mas não tiveram tempo para viver devido ele ter sofrido aquele acidente e perdido a memória . Cecília fechou os olhos, ainda orando em silêncio, e decidiu que, a partir de amanhã, faria de tudo para ajudá-lo a lembrar. Ela o provocaria, o desafiaria, o faria reviver cada momento que viveram juntos. Mesmo que tivesse que enfrentar toda a arrogância e prepo
Gael chegar em casa tomado pela sua fúria , não encontrou nem um sinal de Cecília e foi informado por Amélia que ela conseguiu enganar os seguranças e foi embora de lá levando sua filha e Gael pensou que certamente ela estava com medo de que acontecesse o que estava acontecendo ele descobriu que ela era uma vagabunda que não valia nada . Depois de dar uma bronca em seus seguranças e ameaçar colocar todos no olho da rua se isso voltasse a repetir ele mandou que dois deles o acompanhasse e levou Amélia com ele . Porque enquanto ele não havia feito o teste de DNA que provasse o contrário Beatriz era sua filha apesar daquele traficante ter dito em uma gravação que era sua ,o único modo dele descarta a ideia de ser pai da menina que tinha seus olhos e traços parecidos com os dele era fazendo o teste de DNA. Por esse motivo ele foi até o Morro buscá-la porque o lugar dela é em sua casa só lado dele. Não só ela ia voltar para lá ele estava decidido a obrigar Cecília também a volta
— Então é por isso que está tão furioso? Como você pode acreditar nisso, Gael? Como pode pensar que eu sou uma mulher sem caráter, que eu mentiria sobre a paternidade da minha filha e a usaria para dar o golpe em você? — As palavras saíam entrecortada, enquanto ela tentava manter o controle. — Tudo bem, eu sei que, enquanto não se lembrar de quem realmente sou, você sempre vai dizer que acredita em mim, como disse anteriormente, mas no fundo vai sempre duvidar de mim. - A voz de Cecília tremeu, um misto de dor e indignação transbordando em cada palavra. — E o pior é que, ao invés de conversar comigo com calma, você faz todo esse escândalo, sequestra a nossa filha, deixa meus avós desesperados, me arrasta até aqui... e ainda acha que isso é dar uma chance para eu me defender dessas mentiras sórdidas, quando você já está cheio de ódio e desconfiança dentro de você. -As lágrimas finalmente escaparam, e ela balançou a cabeça em incredulidade, a voz embargada pelo sofrimento. .Ela d
Cecília respirou fundo, controlando o impulso de gritar. — Não é nada disso que você está pensando, Gael, ou que Lucas fez você pensar. Ele sabe dessa cicatriz porque, quando eu era criança, caí e me machuquei enquanto fugia de um tiroteio no Morro, e foi ele quem me socorreu. Só por isso ele sabe da cicatriz. Ele deve ter se lembrado do acidente e aproveitado para usar isso contra mim. Gael a encarou, desconfiado. — Você tem resposta para tudo, não é? — Ele sorriu, cínico. — Você me lembra alguém que também tinha essa facilidade de mentir. Nunca admiti que ela fosse uma mentirosa por respeito… mas ela era uma vagabunda mentirosa , como você. - Sua voz gotejava sarcasmo, enquanto a mão dele, atrevida, tocava o seio de Cecília, como se tivesse todo o direito sobre o corpo dela. Cecília, indignada, o empurrou, pegou o sutiã do chão e começou a vesti-lo, sua mão coçando para dar um tapa naquele rosto que a olhava com tanto desprezo. Mas o que ela queria, mais do que qualquer coisa,
Gael ficou em silêncio por um momento, respirando fundo, como se aquela pergunta fosse uma barreira difícil de atravessar. — Eu… nunca pude confiar em ninguém, Cecília — começou ele, a voz baixa, porém firme. — Nem mesmo nos meus avós. Eles tentaram constantemente me enganar, tentaram roubar tudo o que eu tinha. Acreditar em alguém sempre foi… difícil para mim. — Ele soltou um suspiro, e seus dedos começaram a acariciar os cabelos dela, quase como se buscasse consolo naquele contato. Cecília levantou o olhar para ele, seu rosto revelando uma mistura de empatia e tristeza. Ela entendeu, em parte, o peso que ele carregava. — E Mayra? — Ela perguntou, com um olhar perscrutador. — Você confia nela? Gael franziu a testa e desviou o olhar, seu rosto endurecendo. — Nela? Menos ainda — respondeu, com uma ponta de amargura na voz. — Vou investigar se ela tem alguma coisa a ver com o que está naquele dossiê. Eu sei que ela é capaz de tudo para afastar você e a nossa filha da minha vida. E