Ela hesitou, seu coração batendo forte. Ir para a mansão de Gael não parecia ser uma boa ideia, mas seu medo de Tiago a empurrava a sair dali o mais rápido possível. Talvez, se ela concordasse, pudesse evitar o pior.___ Não vou discutir com você.Sei que será perda de tempo.Desde que cumpra com sua palavra e depois me leve para casa .Tudo bem ,mas desde já adianto que nunca vou aceitar proposta nenhuma vinda de você. — murmurou, cruzando os braços e se reostando no banco, percebendo que seus protestos seriam inúteis.Gael não respondeu, e o silêncio se instalou no carro enquanto ele dirigia em direção ao bairro mais nobre e caro da cidade, o Leblon. Cecília observava as ruas mudando, com as construções ficando cada vez mais luxuosas, um contraste gritante com a realidade que ela conhecia.Quando Gael finalmente parou em frente a uma enorme propriedade isolada das outras, ela teve um choque. O portão se abriu automaticamente, revelando uma mansão majestosa cercada por seguranças, que
___ Vai ficar aí bebendo ou vai dizer logo a proposta que pretende me fazer? — perguntou ela, sua voz carregada de desconforto e impaciência. Nervosa, ela virou o resto do drink de uma vez e colocou o copo.Gael a observou em silêncio por um momento, o sorriso zombeteiro ainda estampado no rosto. Ele se levantou e foi até o bar, enchendo o copo dela novamente.___ Beba com calma desta vez. Odeio mulheres bêbadas, especialmente as que não sabem apreciar uma bebida como deve ser — disse ele, estendendo o copo para ela novamente.____ Eu não te pedi bebida nenhuma — respondeu Cecília, desafiando-o com o olhar. Só para provocá-lo, pegou o copo e, sem hesitar, virou o conteúdo de uma vez, engasgando logo em seguida. Ela começou a tossir, e Gael riu com vontade ao vê-la naquele estado.____ Bem feito — disse ele, divertido. ____ Isso é o que você ganha por viver me desafiando e ser tão malcriada.Cecília, perdendo a paciência, lançou-lhe um olhar furioso.____ Já chega! Eu quero ir embor
___Eu sei que sou um homem atraente, que chama a atenção das mulheres, e, além disso, sou um CEO bilionário, dono de um império de prédios comerciais e hotéis pela cidade, inclusive por todo o Brasil. Isso significa que posso ter qualquer mulher que eu quiser, mas eu nunca quis uma mulher tanto quanto quero você — ele admitiu, o tom agora mais sério, como se tentasse convencê-la pela última vez.___ Só lamento por você, porque logo a mulher que você mais quer nunca terá. Não depois de me tratar como se eu fosse uma mercadoria. Você nem me conhece, e bastou apenas um dia para achar que podia me comprar, como deve estar acostumado a comprar tudo que quer nessa vida — Cecília rebateu, seus olhos faiscando de raiva e orgulho.Gael ficou em silêncio por um momento, tentando processar a ousadia dela. Ele estava acostumado a ter tudo e todos ao seu dispor, e a recusa de Cecília o desestabilizava._____Já entendi. Você está se fazendo de difícil porque quer algo mais além de dinheiro. Eu te d
Cecília o olhou com ainda mais desprezo, cada vez mais ciente de que Gael nunca seria capaz de vê-la como uma mulher digna de respeito, apenas como mais uma peça em seu jogo de poder e controle.____ Sabe de uma coisa, Gael? Você é exatamente o tipo de homem que eu quero longe de mim — ela disse, com firmeza, determinada a sair daquele jogo tóxico antes que fosse tarde demais.Gael se aproximou perigosamente de Cecília, os olhos queimando com um desejo mal disfarçado.____ Eu também diria o mesmo se eu não te desejasse tanto. Mas, na minha cama, o que eu queria mesmo era calar essa sua boca atrevida com meus beijos. E tenho certeza de que essa oportunidade ainda vai chegar, e quando chegar, eu vou saber aproveitar como nunca — ele sussurrou, com a voz carregada de intensidade, cada palavra deixando Cecília inquieta.Ela respirou fundo, tentando manter a calma, e respondeu com firmeza:____Será que pode cumprir sua palavra e me levar para casa?Gael deu um sorriso sarcástico, passando
Tiago, com uma calma assustadora, tirou a arma da cabeça de Cecília e a enfiou no cós da calça, como se nada tivesse acontecido naquele instante. Cecília ficou dividida entre o alívio e o pavor que a presença dele causava.____Nada demais, tio. Cecília estava chorando porque precisa de ajuda financeira para comprar os remédios do avô e está com vergonha de pedir — mentiu Tiago, sem o menor remorso, pegando um maço de notas do bolso e jogando no colo de Cecília.Cecília estremeceu com a frieza de Tiago. O poder que ele exercia sobre ela era palpável, e o dinheiro no seu colo parecia pesar toneladas.____ Tome, Cecília. Você só precisava pedir.Marcelo olhou para Cecília, que, tremendo e com o rosto ainda molhado de lágrimas, não conseguiu responder. O medo a consumia, mas a mentira de Tiago pesava sobre seus ombros. Ela sabia que, se revelasse a verdade, Tiago cumpriria sua promessa de matar qualquer um que se interpunha entre eles.____É isso mesmo, Cecília? — Marcelo perguntou, desco
Gael observava as fotos sobre sua mesa, uma expressão impassível no rosto. Contratar um detetive para investigar a vida de Cecília havia sido uma decisão calculada. Ele não gostava de perder tempo com sentimentos, muito menos com ilusões românticas. O que descobriu só confirmava o que já suspeitava: Cecília vivia com dificuldades. O avô, que era cardíaco, exigia cuidados e medicamentos caros, e o salário dela, junto à aposentadoria dele, mal cobria as despesas médicas. Essa era a oportunidade perfeita para agir. Se ela perdesse o emprego, seria incapaz de manter os cuidados do avô._____ Ela vai vir até mim — murmurou ele, quase com satisfação. ____ E quando vier, será minha em meus termos.Não perderia tempo tentando seduzir Cecília ou fingindo ser o homem apaixonado que ela poderia desejar. Não, ele queria algo muito mais simples: controle. Desde que se tornara bilionário, Gael sabia que o dinheiro abria portas. Ele comprava tudo o que desejava, e Cecília não seria diferente. El
Cecília sentiu o coração acelerar enquanto passava pelos seguranças e adentrava a imensa sala de Gael. A imponência do ambiente parecia refletir o poder que ele exercia sobre tudo ao seu redor, inclusive sobre ela naquele momento. Cada passo que dava era mais pesado, como se lutasse contra o próprio chão. A derrota já a consumia antes mesmo de pronunciar uma palavra. A tensão estava no ar, e o medo de suas próprias escolhas pesava sobre seus ombros.Gael a observava de sua confortável cadeira de couro, um copo de uísque nas mãos, com um semblante relaxado, como se estivesse esperando por esse momento há muito tempo. Ele a estudava de cima a baixo, notando a força que ela tentava transmitir, mesmo que, por dentro, ela estivesse desmoronando. Ele sabia que tinha vencido. Cecília era a presa que, finalmente, viera até o predador.Com determinação estampada no rosto, ela parou diante dele. Sentia o orgulho ferido e o peso de sua própria vulnerabilidade, mas tentou ignorar essas emoçõ
Gael sorriu, aproximando-se ainda mais, seus lábios quase tocando os dela.___Não diria para sempre. Isso vai depender. Talvez uma noite seja suficiente... Talvez não. Quem sabe? — Seus olhos desceram pelo corpo dela, avaliando cada curva. ___ Depois de possui-la e saciar a minha fome de você , talvez eu perca o interesse, como sempre aconteceu com as outras.____ Vou torcer para que isso aconteça — murmurou Cecília, com o último resquício de dignidade que lhe restava. ___Eu não estou em posição de escolher ,eu só quero saber se vai me emprestar o dinheiro?O silêncio que se seguiu foi sufocante, enquanto os dois se encaravam, presos em um jogo perigoso onde o poder, o desejo e o orgulho estavam em risco.Gael recostou-se na cadeira, seu sorriso frio e vitorioso tomando conta dos lábios.____ Não vou te emprestar. Vou te dar o dinheiro, Cecília. Porque eu não o quero de volta — disse ele, com a voz baixa e carregada de intenções. ___ O que eu quero em troca, nós dois já sabemos mu