Tiago, com uma calma assustadora, tirou a arma da cabeça de Cecília e a enfiou no cós da calça, como se nada tivesse acontecido naquele instante. Cecília ficou dividida entre o alívio e o pavor que a presença dele causava.____Nada demais, tio. Cecília estava chorando porque precisa de ajuda financeira para comprar os remédios do avô e está com vergonha de pedir — mentiu Tiago, sem o menor remorso, pegando um maço de notas do bolso e jogando no colo de Cecília.Cecília estremeceu com a frieza de Tiago. O poder que ele exercia sobre ela era palpável, e o dinheiro no seu colo parecia pesar toneladas.____ Tome, Cecília. Você só precisava pedir.Marcelo olhou para Cecília, que, tremendo e com o rosto ainda molhado de lágrimas, não conseguiu responder. O medo a consumia, mas a mentira de Tiago pesava sobre seus ombros. Ela sabia que, se revelasse a verdade, Tiago cumpriria sua promessa de matar qualquer um que se interpunha entre eles.____É isso mesmo, Cecília? — Marcelo perguntou, desco
Gael observava as fotos sobre sua mesa, uma expressão impassível no rosto. Contratar um detetive para investigar a vida de Cecília havia sido uma decisão calculada. Ele não gostava de perder tempo com sentimentos, muito menos com ilusões românticas. O que descobriu só confirmava o que já suspeitava: Cecília vivia com dificuldades. O avô, que era cardíaco, exigia cuidados e medicamentos caros, e o salário dela, junto à aposentadoria dele, mal cobria as despesas médicas. Essa era a oportunidade perfeita para agir. Se ela perdesse o emprego, seria incapaz de manter os cuidados do avô._____ Ela vai vir até mim — murmurou ele, quase com satisfação. ____ E quando vier, será minha em meus termos.Não perderia tempo tentando seduzir Cecília ou fingindo ser o homem apaixonado que ela poderia desejar. Não, ele queria algo muito mais simples: controle. Desde que se tornara bilionário, Gael sabia que o dinheiro abria portas. Ele comprava tudo o que desejava, e Cecília não seria diferente. El
Cecília sentiu o coração acelerar enquanto passava pelos seguranças e adentrava a imensa sala de Gael. A imponência do ambiente parecia refletir o poder que ele exercia sobre tudo ao seu redor, inclusive sobre ela naquele momento. Cada passo que dava era mais pesado, como se lutasse contra o próprio chão. A derrota já a consumia antes mesmo de pronunciar uma palavra. A tensão estava no ar, e o medo de suas próprias escolhas pesava sobre seus ombros.Gael a observava de sua confortável cadeira de couro, um copo de uísque nas mãos, com um semblante relaxado, como se estivesse esperando por esse momento há muito tempo. Ele a estudava de cima a baixo, notando a força que ela tentava transmitir, mesmo que, por dentro, ela estivesse desmoronando. Ele sabia que tinha vencido. Cecília era a presa que, finalmente, viera até o predador.Com determinação estampada no rosto, ela parou diante dele. Sentia o orgulho ferido e o peso de sua própria vulnerabilidade, mas tentou ignorar essas emoçõ
Gael sorriu, aproximando-se ainda mais, seus lábios quase tocando os dela.___Não diria para sempre. Isso vai depender. Talvez uma noite seja suficiente... Talvez não. Quem sabe? — Seus olhos desceram pelo corpo dela, avaliando cada curva. ___ Depois de possui-la e saciar a minha fome de você , talvez eu perca o interesse, como sempre aconteceu com as outras.____ Vou torcer para que isso aconteça — murmurou Cecília, com o último resquício de dignidade que lhe restava. ___Eu não estou em posição de escolher ,eu só quero saber se vai me emprestar o dinheiro?O silêncio que se seguiu foi sufocante, enquanto os dois se encaravam, presos em um jogo perigoso onde o poder, o desejo e o orgulho estavam em risco.Gael recostou-se na cadeira, seu sorriso frio e vitorioso tomando conta dos lábios.____ Não vou te emprestar. Vou te dar o dinheiro, Cecília. Porque eu não o quero de volta — disse ele, com a voz baixa e carregada de intenções. ___ O que eu quero em troca, nós dois já sabemos mu
Gael abriu a porta do quarto com um empurrão firme, e a escuridão do ambiente parecia apenas intensificar o desejo que ardia entre os dois. Ele a colocou de pé no chão, mas antes que Cecília pudesse reagir, suas mãos fortes já estavam explorando cada centímetro do corpo dela, deslizando pelas suas costas, sentindo a suavidade da sua pele. Seus lábios logo encontraram o pescoço delicado dela, distribuindo beijos quentes e possessivos, enquanto suas mãos já desciam pelas curvas que ele tanto desejava.Cecília mal conseguia pensar, os nervos e a excitação misturando-se em um turbilhão de sensações. Seus dedos, trêmulos, subiram até o peito de Gael, sentindo a rigidez dos músculos sob o tecido da camisa. Ela começou a desfazer os botões com uma urgência que não conseguia controlar, seus olhos fixos nos dele, vendo a fome e a impaciência crescerem a cada segundo.Gael não tinha tempo para sutilezas. Com um movimento brusco, ele arrancou a própria camisa, o som do tecido rasgando ecoando pe
Cecília soltou um grito, mas não era de prazer, e sim de dor. Gael parou imediatamente, a expressão no rosto dele mudando do prazer para o choque. Ele sentiu a barreira fina e o aperto do canal dela ao redor de si, e então percebeu o que havia acontecido.____Cecília... — Ele murmurou, a voz dele tensa, surpresa. ____Você... você era virgem?Ela fechou os olhos, respirando fundo enquanto a dor latejava em seu corpo. Quando abriu os olhos novamente, encontrou o olhar confuso de Gael sobre ela.____Por que você não me disse nada? — Ele perguntou, a voz baixa, quase incrédula.Cecília não sabia como responder. Parte dela não queria que ele soubesse, parte dela não queria mostrar-se vulnerável. Ainda assim, ela balançou a cabeça, mordendo o lábio inferior, tentando ignorar a dor e o constrangimento.__ Eu... achei que você não acreditaria... — sussurrou, sem encontrar o olhar dele. Gael a fitava com intensidade, sua respiração ainda pesada enquanto tentava controlar o desejo feroz que
Gael lutava para manter o controle, cada fibra de seu corpo tensionada pelo desejo ardente que o consumia. Ele movia-se com uma precisão quase reverente, atento a cada suspiro e gemido de Cecília. O corpo dela se moldava ao dele, quente e apertado, e a resposta dela, antes hesitante, agora era de puro desejo.____ Está tudo bem? — Ele perguntou, a voz baixa e rouca, os músculos rígidos enquanto ele se continha, desesperado para não machucá-la.Cecília respondeu com um gemido suave, os olhos fechados, os lábios entreabertos. Seus quadris começaram a acompanhar os movimentos dele, e a dor inicial que sentira dissipava-se, dando lugar a uma onda crescente de prazer. O calor entre eles aumentava a cada toque, a cada investida mais profunda.Gael percebeu quando o corpo dela começou a tremer, os músculos internos apertando-o de forma involuntária. Cecília segurava com força os braços dele, suas unhas arranhando a pele dele enquanto a tensão em seu corpo crescia. Os gemidos dela tornara
Cecília, entretanto, sabia muito bem que o "milagre" era apenas o jeito de Gael para encobrir a verdade. De certa forma, ela estava grata a ele por isso. Não queria que seus avós soubessem o verdadeiro preço daquela ajuda.Depois de mais algumas palavras trocadas, ela desligou o telefone, sentindo um misto de alívio e desconforto.Quando Gael saiu do banheiro, o torso nu e coberto por uma fina camada de pêlos escuros que desciam em uma trilha pelo abdômen definido, Cecília não pôde deixar de admirar sua beleza masculina.____Está tudo bem com seu avô? — ele perguntou, parando à sua frente. ____ Espero que sim, porque exigi que ele tivesse a melhor assistência possível. Tanto ele quanto sua avó, no que ela precisar. Se algo estiver errado, é só me dizer e eu...____ Está tudo bem. Muito obrigada, Gael, por tudo o que está fazendo. Eu sei que não está fazendo isso por ser um bom samaritano, mas...Gael deu um sorriso cínico, aproximando-se dela.___Se sabe disso, então não me agradeça,