Cecília soltou um grito, mas não era de prazer, e sim de dor. Gael parou imediatamente, a expressão no rosto dele mudando do prazer para o choque. Ele sentiu a barreira fina e o aperto do canal dela ao redor de si, e então percebeu o que havia acontecido.____Cecília... — Ele murmurou, a voz dele tensa, surpresa. ____Você... você era virgem?Ela fechou os olhos, respirando fundo enquanto a dor latejava em seu corpo. Quando abriu os olhos novamente, encontrou o olhar confuso de Gael sobre ela.____Por que você não me disse nada? — Ele perguntou, a voz baixa, quase incrédula.Cecília não sabia como responder. Parte dela não queria que ele soubesse, parte dela não queria mostrar-se vulnerável. Ainda assim, ela balançou a cabeça, mordendo o lábio inferior, tentando ignorar a dor e o constrangimento.__ Eu... achei que você não acreditaria... — sussurrou, sem encontrar o olhar dele. Gael a fitava com intensidade, sua respiração ainda pesada enquanto tentava controlar o desejo feroz que
Gael lutava para manter o controle, cada fibra de seu corpo tensionada pelo desejo ardente que o consumia. Ele movia-se com uma precisão quase reverente, atento a cada suspiro e gemido de Cecília. O corpo dela se moldava ao dele, quente e apertado, e a resposta dela, antes hesitante, agora era de puro desejo.____ Está tudo bem? — Ele perguntou, a voz baixa e rouca, os músculos rígidos enquanto ele se continha, desesperado para não machucá-la.Cecília respondeu com um gemido suave, os olhos fechados, os lábios entreabertos. Seus quadris começaram a acompanhar os movimentos dele, e a dor inicial que sentira dissipava-se, dando lugar a uma onda crescente de prazer. O calor entre eles aumentava a cada toque, a cada investida mais profunda.Gael percebeu quando o corpo dela começou a tremer, os músculos internos apertando-o de forma involuntária. Cecília segurava com força os braços dele, suas unhas arranhando a pele dele enquanto a tensão em seu corpo crescia. Os gemidos dela tornara
Cecília, entretanto, sabia muito bem que o "milagre" era apenas o jeito de Gael para encobrir a verdade. De certa forma, ela estava grata a ele por isso. Não queria que seus avós soubessem o verdadeiro preço daquela ajuda.Depois de mais algumas palavras trocadas, ela desligou o telefone, sentindo um misto de alívio e desconforto.Quando Gael saiu do banheiro, o torso nu e coberto por uma fina camada de pêlos escuros que desciam em uma trilha pelo abdômen definido, Cecília não pôde deixar de admirar sua beleza masculina.____Está tudo bem com seu avô? — ele perguntou, parando à sua frente. ____ Espero que sim, porque exigi que ele tivesse a melhor assistência possível. Tanto ele quanto sua avó, no que ela precisar. Se algo estiver errado, é só me dizer e eu...____ Está tudo bem. Muito obrigada, Gael, por tudo o que está fazendo. Eu sei que não está fazendo isso por ser um bom samaritano, mas...Gael deu um sorriso cínico, aproximando-se dela.___Se sabe disso, então não me agradeça,
Cecília terminou de mastigar o último pedaço do sanduíche, sua mente ainda processando tudo o que havia acontecido entre eles. Sentada ali, vestindo a camisa de Gael, com o aroma dele a cercando, ela sentiu um impulso inesperado de descobrir mais sobre o homem à sua frente. Ela sabia muito pouco sobre ele, além do fato de ser um bilionário e estar envolvido em situações perigosas. Mas, quem era ele de verdade?Ela respirou fundo, tomando coragem para perguntar o que estava remoendo desde que ele entrou no quarto.___Como você... se tornou quem é hoje? — Sua voz saiu hesitante, mas ela o encarou, tentando captar alguma reação dele.Gael desviou o olhar por um segundo, parecendo ponderar se deveria responder. Suas mãos repousaram nos bolsos da calça de moletom que vestira, enquanto ele andava lentamente até a janela, olhando para a vista lá fora. Havia uma tensão no seu semblante, como se estivesse evitando algo que não queria lembrar.___Eu trabalho duro, Cecília. — Ele disse, de forma
A frieza nas palavras dele perfurou Cecília como uma faca. Mesmo com a dor latente por trás daquelas confissões, ele ainda mantinha a barreira firme. Ela podia sentir o distanciamento intencional, como se ele estivesse determinado a manter qualquer sentimento afastado.____ Não precisa ficar me lembrando, Gael, a todo momento, que não significo nada para você. Eu até podia ser virgem, mas sou bem grandinha para acreditar que você é meu príncipe encantado só porque foi o meu primeiro — As palavras dela saíram afiadas, tentando feri-lo da mesma forma que ele a machucava com suas palavras cortantes. Ela queria que ele sentisse a dor que ela sentia, que as palavras o atingissem, mas só encontrou a barreira fria que ele sempre erguia._____ E quer saber? Agora eu entendo por que você é tão frio e arrogante. Você usa isso como uma forma de mascarar a tristeza que deve carregar no seu coração.Por um breve instante, algo nos olhos de Gael pareceu se suavizar, como se ele estivesse a ponto de
Cada detalhe daquele quarto a fazia sentir-se em território desconhecido. O ambiente era ao mesmo tempo luxuoso e intimidante, assim como Gael. Ela sabia que não estava ali por amor, mas algo sobre aquele homem a atraía de uma maneira que não conseguia explicar.Os minutos pareciam se arrastar enquanto ela aguardava, o corpo tenso e a mente imaginando o que viria a seguir, como Gael tomaria seu corpo dessa vez. Quando finalmente ouviu os passos dele no corredor, seu coração disparou. Gael entrou novamente no quarto, sua pele levemente úmida da ducha que havia tomado depois da piscina, os músculos definidos, o olhar fixo nela, predador e possessivo. Ele não disse nada enquanto caminhava lentamente em sua direção, sua presença dominando o espaço.Quando ele parou ao lado da cama, Cecília prendeu a respiração ao ver seu membro rígido, imponente, uma demonstração clara do desejo que ele sentia. Seus olhos foram atraídos para o corpo dele como se não houvesse outra coisa no mundo, e a
Gael rolou para o lado da cama, sua respiração ainda pesada enquanto tentava processar o que acabara de acontecer. O silêncio no quarto, antes acolhedor, agora o sufocava. Ele nunca havia sentido algo assim. Cecília não era como as outras mulheres. Ela o tocava de uma maneira diferente, mais profunda, como se estivesse arrancando algo de dentro dele que ele não queria admitir que existia.O medo e a confusão tomaram conta de seus pensamentos, e ele rapidamente vestiu as calças, fechando a expressão. Sua mente, sempre tão racional, lutava contra o que o coração tentava sussurrar. Ele não podia se deixar envolver, não por ela. Cecília era apenas um erro. Um erro que ele precisava corrigir agora, antes que fosse tarde demais.Ela o observava, o olhar confuso e vulnerável, enquanto ele andava pelo quarto, suas costas tensas. Gael parou em frente à mesinha, abriu sua carteira e tirou um maço de notas. Virou-se, caminhou até ela e estendeu o dinheiro, sem olhar diretamente em seus olhos.__
Ela repetia constantemente que o amor era uma armadilha. Ela o fez acreditar que se envolver emocionalmente era se entregar ao caos.Gael lembrava vividamente das palavras frias de sua mãe: “O amor destrói. Ele te faz vulnerável, te torna fraco. Nunca ame ninguém, Gael, ou eles vão te destruir como seu pai me destruiu.Eu fui uma idiota em acreditar que um homem como ele ia se casar com uma mulher como eu ."Ela era obcecada por controle, e isso se refletia em tudo na vida de Gael. Ele cresceu determinado a nunca se deixar dominar por sentimentos. E havia funcionado... até agora. Cecília estava desafiando tudo que ele acreditava.Ao lembrar de sua mãe, ele se levantou bruscamente da cama, a respiração pesada. Não. Ele não podia permitir que Cecília se aproximasse mais. Isso era perigoso. Ele não podia se dar ao luxo de amar ou de se apegar a ninguém.Do lado de fora, Cecília descia as escadas rapidamente, as emoções misturadas de raiva, dor e humilhação a dominando. Cada palavra dita