O silêncio era esmagador. Apenas o som distante dos gritos e tiros ecoava no ar enquanto Alexander e Paulo se encaravam, armas em punho, como se o destino dos três dependesse daquele único momento. Emma sentia o coração disparado, suas mãos tremiam enquanto segurava Noah com força. A dor em sua barriga estava ficando mais intensa, mas ela não podia se deixar abater agora.— Você não devia ter se metido comigo, Alexander. Isso não teria terminado assim se você soubesse seu lugar. — Paulo disse com um sorriso frio, a arma firme em suas mãos.Alexander não recuou. Seu olhar era afiado, como se cada fibra de seu ser estivesse pronta para o combate.— Você já cruzou todos os limites, Paulo. Isso acaba aqui. Não vou deixar você tocar neles.Emma sabia que aquele confronto era inevitável. Alexander estava disposto a protegê-los a qualquer custo, mas Paulo não era um adversário fácil. Ele tinha um exército de homens ao seu redor, e a chance de fuga parecia cada vez menor.Noah olhava para o p
A noite avançava lentamente, e o hospital permanecia em um silêncio quase sufocante. Alexander continuava ao lado de Emma, segurando sua mão com firmeza, como se aquele simples gesto pudesse mantê-la conectada à vida. O rosto dela estava pálido, e a respiração fraca, mas constante.Noah havia adormecido em uma poltrona no canto do quarto, ainda abraçado ao bichinho de pelúcia. Alexander olhava para o filho e depois para Emma, sentindo o peso esmagador da responsabilidade e do medo. Ele nunca se sentira tão impotente. Acostumado a resolver problemas com poder e influência, agora tudo o que podia fazer era esperar.— Você precisa voltar para mim, Emma... — ele sussurrou, inclinando-se para beijar sua testa— Você é a mulher mais forte que eu conheço... Não desista agora. Nosso filho precisa de você. Eu preciso de você.Alexander permaneceu assim, com a testa encostada na dela, tentando transmitir tudo o que sentia naquele momento: amor, medo, e uma esperança que ele se recusava a abando
As horas se arrastaram lentamente no hospital. Emma estava estável, mas cada segundo parecia carregar o peso do mundo para Alexander. Ele permanecia ao lado dela, atento a qualquer movimento ou som que pudesse indicar algum problema. A tensão ainda pairava no ar, como uma tempestade prestes a desabar.Noah acordou algumas horas depois, piscando devagar e se espreguiçando na poltrona. Ao ver Emma desperta, seus olhos brilharam, e ele correu até ela.— Mamãe! Você acordou! — ele gritou com alegria, subindo na cama com cuidado e abraçando-a com força.Emma sentiu o calor do abraço do filho e quase chorou de alívio. Ela passou os braços ao redor dele e beijou sua cabeça.— Sim, meu amor, eu estou aqui. E eu vou ficar bem, prometo.Alexander observava a cena com um sorriso suave, embora sua mente ainda estivesse cheia de preocupações. Ele sabia que aquele era apenas um momento de trégua, e que, lá fora, o perigo ainda rondava.Depois de alguns minutos, Noah voltou a brincar no canto do qua
A tensão estava no ar quando Alexander começou a organizar a fuga de Emma e Noah do hospital. Ele não deixaria nada ao acaso. Sabia que Hector já estava à espreita, apenas aguardando o momento certo para atacar. Emma, por sua vez, sentia o peso da preocupação aumentar. Sabia que Alexander era meticuloso, mas o perigo à sua volta parecia crescer a cada minuto.Noah brincava inocentemente com o bichinho de pelúcia, alheio à gravidade da situação. Enquanto isso, Emma observava Alexander falar com um dos seguranças à porta. Ele dava ordens rápidas, quase sem emoção, mas seus olhos traiam o medo e a raiva que ferviam por dentro.Quando ele voltou ao lado dela, Emma não conseguiu mais conter suas perguntas.— Alex, você acha que realmente estamos seguros para sair daqui? — sua voz estava trêmula, refletindo o turbilhão de emoções que sentia.— Ainda não. Mas estou reforçando o plano. Vou enviar um carro como distração, enquanto saímos em outro, por uma rota diferente. Hector pode estar espe
Emma sentiu o coração disparar enquanto segurava Noah ainda mais firme em seus braços. O som dos passos atrás deles ficava cada vez mais alto e próximo. O medo tomou conta de seu corpo, mas a voz de Alexander a manteve em movimento.— Não pare, Emma! Corra! — ele gritou, já puxando-a pelo braço enquanto avançavam pelo túnel escuro.A saída estava a poucos metros de distância, mas a sensação de perigo iminente era sufocante. Alexander sabia que os homens de Hector estavam fechando o cerco, e eles tinham pouco tempo antes que fossem alcançados.Emma, ofegante e com o coração quase saltando do peito, olhou para trás rapidamente e viu sombras se aproximando.— Alex, eles estão vindo! — ela sussurrou em pânico.— Eu sei. Mas estamos quase lá. Vamos conseguir!Eles finalmente chegaram à escada que levava à superfície. Alexander rapidamente ajudou Emma a subir, garantindo que ela e Noah passassem primeiro. Assim que alcançou o topo, ele fechou a entrada com uma tampa metálica pesada, que fez
Emma estava se sentindo mais cansada do que o normal. Nos últimos dias, os enjoos haviam piorado, e ela sentia uma exaustão que não conseguia explicar. Alexander percebeu sua mudança de comportamento e ficou preocupado. Ela tentava disfarçar, mas ele conhecia cada detalhe dela e sabia que algo estava errado.Naquela manhã, enquanto Emma tentava preparar o café, uma tontura súbita a fez cambalear.— Emma! — Alexander correu até ela, segurando-a antes que caísse.— Estou bem... foi só uma tontura.Mas Alexander não parecia convencido. Ele a pegou nos braços e a levou até o sofá, com uma expressão de preocupação crescente.— Isso não é normal, Emma. Você está pálida e cansada demais. Precisamos ver um médico.Emma tentou protestar. Eles estavam escondidos, e qualquer exposição poderia colocá-los em perigo. Mas o olhar firme de Alexander deixou claro que ele não aceitaria um "não" como resposta.— A sua saúde e a do nosso bebê vêm em primeiro lugar. Vamos dar um jeito.---No início da ta
O sol começava a nascer no horizonte, tingindo o céu com tons dourados e alaranjados. A luz suave entrava pelas janelas do quarto, envolvendo o ambiente em um brilho cálido e sereno. Emma acordou devagar, seus olhos se ajustando à claridade enquanto sentia o calor reconfortante do corpo de Alexander ao seu lado.Ele estava deitado de costas, com um braço firmemente enlaçado em torno dela, como se quisesse protegê-la do mundo. Emma suspirou baixinho, sentindo o coração bater mais devagar, em um ritmo tranquilo e seguro.Por tantos meses, sua vida havia sido um turbilhão de medo, tensão e incertezas. Mas ali, nos braços de Alexander, tudo parecia se encaixar. Ela não se sentia apenas protegida. Sentia-se amada.Emma deslizou os dedos suavemente pelo peito dele, sentindo a firmeza de seus músculos e o calor que emanava de sua pele. Era incrível como ele conseguia ser ao mesmo tempo tão forte e tão gentil.Alexander se mexeu levemente e abriu os olhos, encontrando o olhar dela fixo nele.
Os dias passavam devagar para Emma. A gravidez avançava, e com ela vinham os medos, as inseguranças e também momentos de pura felicidade. O bebê que crescia dentro dela era a prova viva do amor que ela e Alexander compartilhavam. Apesar de ser uma gravidez de risco, Emma fazia o possível para manter a calma e se cuidar. E Alexander estava sempre ao seu lado, vigilante e protetor.Certa manhã, ela acordou sentindo uma leve dor no abdômen. Assustada, imediatamente colocou a mão na barriga e respirou fundo.— Está tudo bem, bebê… calma… — sussurrou, como se o bebê pudesse ouvi-la.Alexander percebeu o movimento e rapidamente abriu os olhos, alarmado.— Emma, o que foi? Está sentindo alguma coisa? — perguntou, a voz ainda rouca de sono, mas já alerta.— Acho que o bebê está se mexendo… mas senti uma leve dor.Ele se sentou na cama em um instante, o olhar preocupado.— Vou ligar para o médico. Não vamos arriscar nada.Emma segurou sua mão.— Calma, Alex. Pode ser só o bebê se mexendo mais