As horas se arrastaram lentamente no hospital. Emma estava estável, mas cada segundo parecia carregar o peso do mundo para Alexander. Ele permanecia ao lado dela, atento a qualquer movimento ou som que pudesse indicar algum problema. A tensão ainda pairava no ar, como uma tempestade prestes a desabar.Noah acordou algumas horas depois, piscando devagar e se espreguiçando na poltrona. Ao ver Emma desperta, seus olhos brilharam, e ele correu até ela.— Mamãe! Você acordou! — ele gritou com alegria, subindo na cama com cuidado e abraçando-a com força.Emma sentiu o calor do abraço do filho e quase chorou de alívio. Ela passou os braços ao redor dele e beijou sua cabeça.— Sim, meu amor, eu estou aqui. E eu vou ficar bem, prometo.Alexander observava a cena com um sorriso suave, embora sua mente ainda estivesse cheia de preocupações. Ele sabia que aquele era apenas um momento de trégua, e que, lá fora, o perigo ainda rondava.Depois de alguns minutos, Noah voltou a brincar no canto do qua
A tensão estava no ar quando Alexander começou a organizar a fuga de Emma e Noah do hospital. Ele não deixaria nada ao acaso. Sabia que Hector já estava à espreita, apenas aguardando o momento certo para atacar. Emma, por sua vez, sentia o peso da preocupação aumentar. Sabia que Alexander era meticuloso, mas o perigo à sua volta parecia crescer a cada minuto.Noah brincava inocentemente com o bichinho de pelúcia, alheio à gravidade da situação. Enquanto isso, Emma observava Alexander falar com um dos seguranças à porta. Ele dava ordens rápidas, quase sem emoção, mas seus olhos traiam o medo e a raiva que ferviam por dentro.Quando ele voltou ao lado dela, Emma não conseguiu mais conter suas perguntas.— Alex, você acha que realmente estamos seguros para sair daqui? — sua voz estava trêmula, refletindo o turbilhão de emoções que sentia.— Ainda não. Mas estou reforçando o plano. Vou enviar um carro como distração, enquanto saímos em outro, por uma rota diferente. Hector pode estar espe
Emma sentiu o coração disparar enquanto segurava Noah ainda mais firme em seus braços. O som dos passos atrás deles ficava cada vez mais alto e próximo. O medo tomou conta de seu corpo, mas a voz de Alexander a manteve em movimento.— Não pare, Emma! Corra! — ele gritou, já puxando-a pelo braço enquanto avançavam pelo túnel escuro.A saída estava a poucos metros de distância, mas a sensação de perigo iminente era sufocante. Alexander sabia que os homens de Hector estavam fechando o cerco, e eles tinham pouco tempo antes que fossem alcançados.Emma, ofegante e com o coração quase saltando do peito, olhou para trás rapidamente e viu sombras se aproximando.— Alex, eles estão vindo! — ela sussurrou em pânico.— Eu sei. Mas estamos quase lá. Vamos conseguir!Eles finalmente chegaram à escada que levava à superfície. Alexander rapidamente ajudou Emma a subir, garantindo que ela e Noah passassem primeiro. Assim que alcançou o topo, ele fechou a entrada com uma tampa metálica pesada, que fez
Emma estava se sentindo mais cansada do que o normal. Nos últimos dias, os enjoos haviam piorado, e ela sentia uma exaustão que não conseguia explicar. Alexander percebeu sua mudança de comportamento e ficou preocupado. Ela tentava disfarçar, mas ele conhecia cada detalhe dela e sabia que algo estava errado.Naquela manhã, enquanto Emma tentava preparar o café, uma tontura súbita a fez cambalear.— Emma! — Alexander correu até ela, segurando-a antes que caísse.— Estou bem... foi só uma tontura.Mas Alexander não parecia convencido. Ele a pegou nos braços e a levou até o sofá, com uma expressão de preocupação crescente.— Isso não é normal, Emma. Você está pálida e cansada demais. Precisamos ver um médico.Emma tentou protestar. Eles estavam escondidos, e qualquer exposição poderia colocá-los em perigo. Mas o olhar firme de Alexander deixou claro que ele não aceitaria um "não" como resposta.— A sua saúde e a do nosso bebê vêm em primeiro lugar. Vamos dar um jeito.---No início da ta
O sol começava a nascer no horizonte, tingindo o céu com tons dourados e alaranjados. A luz suave entrava pelas janelas do quarto, envolvendo o ambiente em um brilho cálido e sereno. Emma acordou devagar, seus olhos se ajustando à claridade enquanto sentia o calor reconfortante do corpo de Alexander ao seu lado.Ele estava deitado de costas, com um braço firmemente enlaçado em torno dela, como se quisesse protegê-la do mundo. Emma suspirou baixinho, sentindo o coração bater mais devagar, em um ritmo tranquilo e seguro.Por tantos meses, sua vida havia sido um turbilhão de medo, tensão e incertezas. Mas ali, nos braços de Alexander, tudo parecia se encaixar. Ela não se sentia apenas protegida. Sentia-se amada.Emma deslizou os dedos suavemente pelo peito dele, sentindo a firmeza de seus músculos e o calor que emanava de sua pele. Era incrível como ele conseguia ser ao mesmo tempo tão forte e tão gentil.Alexander se mexeu levemente e abriu os olhos, encontrando o olhar dela fixo nele.
Os dias passavam devagar para Emma. A gravidez avançava, e com ela vinham os medos, as inseguranças e também momentos de pura felicidade. O bebê que crescia dentro dela era a prova viva do amor que ela e Alexander compartilhavam. Apesar de ser uma gravidez de risco, Emma fazia o possível para manter a calma e se cuidar. E Alexander estava sempre ao seu lado, vigilante e protetor.Certa manhã, ela acordou sentindo uma leve dor no abdômen. Assustada, imediatamente colocou a mão na barriga e respirou fundo.— Está tudo bem, bebê… calma… — sussurrou, como se o bebê pudesse ouvi-la.Alexander percebeu o movimento e rapidamente abriu os olhos, alarmado.— Emma, o que foi? Está sentindo alguma coisa? — perguntou, a voz ainda rouca de sono, mas já alerta.— Acho que o bebê está se mexendo… mas senti uma leve dor.Ele se sentou na cama em um instante, o olhar preocupado.— Vou ligar para o médico. Não vamos arriscar nada.Emma segurou sua mão.— Calma, Alex. Pode ser só o bebê se mexendo mais
As últimas semanas tinham sido um verdadeiro turbilhão para Emma. Desde que descobriram a gravidez, parecia que o mundo ao seu redor estava desmoronando. O desprezo da família de Alexander, os olhares de julgamento e os boatos que circulavam pelos corredores das empresas Bittencourt fizeram com que Emma questionasse até mesmo sua força.Apesar de tudo, Alexander estava ali, firme ao seu lado, fazendo de tudo para provar que nada nem ninguém os separaria. Mas naquela manhã, Emma sentia-se especialmente frágil. A notícia de que a família Bittencourt estava planejando contestar o relacionamento deles legalmente, alegando que ela havia se aproveitado da posição de babá para “subir na vida”, chegou como uma facada.Ela estava sentada no sofá do apartamento que dividia com Alexander, olhando fixamente para o nada, enquanto lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto. Alexander entrou na sala e, ao vê-la tão abatida, sentiu o coração apertar.— Emma, o que aconteceu? — Ele se ajoelhou à sua
Emma respirou fundo antes de apertar a campainha da imponente mansão Carter. Suas mãos estavam suadas, e seu coração batia rápido. A posição de babá para Lily Carter, filha do renomado CEO Alexander Carter, era mais do que um emprego. Era sua chance de recomeçar.A porta se abriu, revelando uma mulher elegante, de expressão fria.— Senhorita Emma Miller? — perguntou, sem sorrir.— Sim, sou eu.— Sou Margaret, governanta da casa. O senhor Carter está esperando na biblioteca. Por favor, siga-me.Emma entrou, sentindo-se pequena diante da grandiosidade do lugar. O mármore brilhava sob seus pés, e um enorme lustre iluminava o saguão. Margaret a guiou por um longo corredor até uma porta de madeira escura.— Entre — disse a governanta, antes de desaparecer pelo corredor.Emma ajustou a postura e entrou na biblioteca. O ambiente era aconchegante, com prateleiras repletas de livros e uma lareira acesa. No centro, sentado atrás de uma mesa de mogno, estava Alexander Carter.Ele era ainda mais