Emma sentiu o coração disparar enquanto segurava Noah ainda mais firme em seus braços. O som dos passos atrás deles ficava cada vez mais alto e próximo. O medo tomou conta de seu corpo, mas a voz de Alexander a manteve em movimento.— Não pare, Emma! Corra! — ele gritou, já puxando-a pelo braço enquanto avançavam pelo túnel escuro.A saída estava a poucos metros de distância, mas a sensação de perigo iminente era sufocante. Alexander sabia que os homens de Hector estavam fechando o cerco, e eles tinham pouco tempo antes que fossem alcançados.Emma, ofegante e com o coração quase saltando do peito, olhou para trás rapidamente e viu sombras se aproximando.— Alex, eles estão vindo! — ela sussurrou em pânico.— Eu sei. Mas estamos quase lá. Vamos conseguir!Eles finalmente chegaram à escada que levava à superfície. Alexander rapidamente ajudou Emma a subir, garantindo que ela e Noah passassem primeiro. Assim que alcançou o topo, ele fechou a entrada com uma tampa metálica pesada, que fez
Emma estava se sentindo mais cansada do que o normal. Nos últimos dias, os enjoos haviam piorado, e ela sentia uma exaustão que não conseguia explicar. Alexander percebeu sua mudança de comportamento e ficou preocupado. Ela tentava disfarçar, mas ele conhecia cada detalhe dela e sabia que algo estava errado.Naquela manhã, enquanto Emma tentava preparar o café, uma tontura súbita a fez cambalear.— Emma! — Alexander correu até ela, segurando-a antes que caísse.— Estou bem... foi só uma tontura.Mas Alexander não parecia convencido. Ele a pegou nos braços e a levou até o sofá, com uma expressão de preocupação crescente.— Isso não é normal, Emma. Você está pálida e cansada demais. Precisamos ver um médico.Emma tentou protestar. Eles estavam escondidos, e qualquer exposição poderia colocá-los em perigo. Mas o olhar firme de Alexander deixou claro que ele não aceitaria um "não" como resposta.— A sua saúde e a do nosso bebê vêm em primeiro lugar. Vamos dar um jeito.---No início da ta
O sol começava a nascer no horizonte, tingindo o céu com tons dourados e alaranjados. A luz suave entrava pelas janelas do quarto, envolvendo o ambiente em um brilho cálido e sereno. Emma acordou devagar, seus olhos se ajustando à claridade enquanto sentia o calor reconfortante do corpo de Alexander ao seu lado.Ele estava deitado de costas, com um braço firmemente enlaçado em torno dela, como se quisesse protegê-la do mundo. Emma suspirou baixinho, sentindo o coração bater mais devagar, em um ritmo tranquilo e seguro.Por tantos meses, sua vida havia sido um turbilhão de medo, tensão e incertezas. Mas ali, nos braços de Alexander, tudo parecia se encaixar. Ela não se sentia apenas protegida. Sentia-se amada.Emma deslizou os dedos suavemente pelo peito dele, sentindo a firmeza de seus músculos e o calor que emanava de sua pele. Era incrível como ele conseguia ser ao mesmo tempo tão forte e tão gentil.Alexander se mexeu levemente e abriu os olhos, encontrando o olhar dela fixo nele.
Os dias passavam devagar para Emma. A gravidez avançava, e com ela vinham os medos, as inseguranças e também momentos de pura felicidade. O bebê que crescia dentro dela era a prova viva do amor que ela e Alexander compartilhavam. Apesar de ser uma gravidez de risco, Emma fazia o possível para manter a calma e se cuidar. E Alexander estava sempre ao seu lado, vigilante e protetor.Certa manhã, ela acordou sentindo uma leve dor no abdômen. Assustada, imediatamente colocou a mão na barriga e respirou fundo.— Está tudo bem, bebê… calma… — sussurrou, como se o bebê pudesse ouvi-la.Alexander percebeu o movimento e rapidamente abriu os olhos, alarmado.— Emma, o que foi? Está sentindo alguma coisa? — perguntou, a voz ainda rouca de sono, mas já alerta.— Acho que o bebê está se mexendo… mas senti uma leve dor.Ele se sentou na cama em um instante, o olhar preocupado.— Vou ligar para o médico. Não vamos arriscar nada.Emma segurou sua mão.— Calma, Alex. Pode ser só o bebê se mexendo mais
As últimas semanas tinham sido um verdadeiro turbilhão para Emma. Desde que descobriram a gravidez, parecia que o mundo ao seu redor estava desmoronando. O desprezo da família de Alexander, os olhares de julgamento e os boatos que circulavam pelos corredores das empresas Bittencourt fizeram com que Emma questionasse até mesmo sua força.Apesar de tudo, Alexander estava ali, firme ao seu lado, fazendo de tudo para provar que nada nem ninguém os separaria. Mas naquela manhã, Emma sentia-se especialmente frágil. A notícia de que a família Bittencourt estava planejando contestar o relacionamento deles legalmente, alegando que ela havia se aproveitado da posição de babá para “subir na vida”, chegou como uma facada.Ela estava sentada no sofá do apartamento que dividia com Alexander, olhando fixamente para o nada, enquanto lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto. Alexander entrou na sala e, ao vê-la tão abatida, sentiu o coração apertar.— Emma, o que aconteceu? — Ele se ajoelhou à sua
A semana estava sendo frenética. Emma, agora mais segura e tranquila após os últimos acontecimentos, focava na preparação para o seu casamento com Alexander. A gravidez estava avançando, e ela sabia que cada momento contava para fazer tudo funcionar da melhor maneira possível. A casa de campo estava se tornando o lar dos seus sonhos, e ela sabia que o casamento seria o primeiro passo de uma nova vida, longe das pressões externas, longe das intrigas da família Bittencourt. Alexander estava envolvido nas questões de sua empresa, mas fazia questão de estar presente em cada detalhe, tentando equilibrar suas responsabilidades e, ao mesmo tempo, dar total apoio a Emma. Eles estavam construindo algo sólido e real, apesar de todas as tempestades que haviam enfrentado. Mas para Emma, os detalhes do casamento pareciam pequenos comparados ao imenso amor e confiança que ela sentia por Alexander. A primeira coisa que ela fez foi encontrar o vestido perfeito. Era simples, mas elegante. Um vestid
O dia tão esperado finalmente havia chegado. Ana acordou ansiosa, sentindo uma mistura de emoção e nervosismo. Hoje, ela e Alexandre descobririam o sexo do bebê. Depois de todos os desafios que enfrentaram – o preconceito da família dele, as ameaças e até mesmo a incerteza sobre o futuro –, aquele momento parecia um verdadeiro presente.Alexandre insistiu em levá-la à clínica pessoalmente. Desde que soube da gravidez de risco, ele fazia questão de estar presente em cada consulta, cada exame, e cada momento importante.— Está preparada? — ele perguntou, segurando a mão dela enquanto caminhavam pelo corredor da clínica.— Eu acho que sim... Mas meu coração está acelerado — Ana respondeu, respirando fundo.Ele sorriu e depositou um beijo em sua testa.— Seja menino ou menina, esse bebê já é muito amado.Ana sorriu de volta, sentindo-se mais tranquila. Eles entraram na sala de ultrassonografia, onde a médica os aguardava com um sorriso gentil.— Prontos para conhecer seu pequeno ou pequen
A tensão era palpável no grande salão da mansão da família Monteiro. Helena sentia o peso dos olhares sobre ela, julgadores e frios. Desde o anúncio de sua gravidez, a rejeição da família de Alexandre só aumentava. Eles nunca a aceitaram completamente, mas agora, com um herdeiro a caminho, a situação se tornara insustentável.Dona Beatriz, a matriarca da família, estava sentada em uma poltrona de couro, com as mãos cruzadas sobre o colo e uma expressão rígida. Ao seu lado, Gustavo e Patrícia, os irmãos de Alexandre, trocavam olhares cúmplices.— Então é isso? — Beatriz começou, sua voz carregada de desdém. — Você realmente pretende assumir essa... essa mulher e esse filho?Helena sentiu seu coração apertar, mas se manteve firme. Não deixaria que a humilhassem.Alexandre, ao seu lado, cerrou os punhos.— Essa mulher se chama Helena, mãe. E esse filho é meu. Eu não vou tolerar nenhum tipo de desrespeito.— Desrespeito? — Patrícia riu, sarcástica. — Você acha que estamos sendo desrespeit