Emma estava se sentindo mais cansada do que o normal. Nos últimos dias, os enjoos haviam piorado, e ela sentia uma exaustão que não conseguia explicar. Alexander percebeu sua mudança de comportamento e ficou preocupado. Ela tentava disfarçar, mas ele conhecia cada detalhe dela e sabia que algo estava errado.Naquela manhã, enquanto Emma tentava preparar o café, uma tontura súbita a fez cambalear.— Emma! — Alexander correu até ela, segurando-a antes que caísse.— Estou bem... foi só uma tontura.Mas Alexander não parecia convencido. Ele a pegou nos braços e a levou até o sofá, com uma expressão de preocupação crescente.— Isso não é normal, Emma. Você está pálida e cansada demais. Precisamos ver um médico.Emma tentou protestar. Eles estavam escondidos, e qualquer exposição poderia colocá-los em perigo. Mas o olhar firme de Alexander deixou claro que ele não aceitaria um "não" como resposta.— A sua saúde e a do nosso bebê vêm em primeiro lugar. Vamos dar um jeito.---No início da ta
O sol começava a nascer no horizonte, tingindo o céu com tons dourados e alaranjados. A luz suave entrava pelas janelas do quarto, envolvendo o ambiente em um brilho cálido e sereno. Emma acordou devagar, seus olhos se ajustando à claridade enquanto sentia o calor reconfortante do corpo de Alexander ao seu lado.Ele estava deitado de costas, com um braço firmemente enlaçado em torno dela, como se quisesse protegê-la do mundo. Emma suspirou baixinho, sentindo o coração bater mais devagar, em um ritmo tranquilo e seguro.Por tantos meses, sua vida havia sido um turbilhão de medo, tensão e incertezas. Mas ali, nos braços de Alexander, tudo parecia se encaixar. Ela não se sentia apenas protegida. Sentia-se amada.Emma deslizou os dedos suavemente pelo peito dele, sentindo a firmeza de seus músculos e o calor que emanava de sua pele. Era incrível como ele conseguia ser ao mesmo tempo tão forte e tão gentil.Alexander se mexeu levemente e abriu os olhos, encontrando o olhar dela fixo nele.
Os dias passavam devagar para Emma. A gravidez avançava, e com ela vinham os medos, as inseguranças e também momentos de pura felicidade. O bebê que crescia dentro dela era a prova viva do amor que ela e Alexander compartilhavam. Apesar de ser uma gravidez de risco, Emma fazia o possível para manter a calma e se cuidar. E Alexander estava sempre ao seu lado, vigilante e protetor.Certa manhã, ela acordou sentindo uma leve dor no abdômen. Assustada, imediatamente colocou a mão na barriga e respirou fundo.— Está tudo bem, bebê… calma… — sussurrou, como se o bebê pudesse ouvi-la.Alexander percebeu o movimento e rapidamente abriu os olhos, alarmado.— Emma, o que foi? Está sentindo alguma coisa? — perguntou, a voz ainda rouca de sono, mas já alerta.— Acho que o bebê está se mexendo… mas senti uma leve dor.Ele se sentou na cama em um instante, o olhar preocupado.— Vou ligar para o médico. Não vamos arriscar nada.Emma segurou sua mão.— Calma, Alex. Pode ser só o bebê se mexendo mais
As últimas semanas tinham sido um verdadeiro turbilhão para Emma. Desde que descobriram a gravidez, parecia que o mundo ao seu redor estava desmoronando. O desprezo da família de Alexander, os olhares de julgamento e os boatos que circulavam pelos corredores das empresas Bittencourt fizeram com que Emma questionasse até mesmo sua força.Apesar de tudo, Alexander estava ali, firme ao seu lado, fazendo de tudo para provar que nada nem ninguém os separaria. Mas naquela manhã, Emma sentia-se especialmente frágil. A notícia de que a família Bittencourt estava planejando contestar o relacionamento deles legalmente, alegando que ela havia se aproveitado da posição de babá para “subir na vida”, chegou como uma facada.Ela estava sentada no sofá do apartamento que dividia com Alexander, olhando fixamente para o nada, enquanto lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto. Alexander entrou na sala e, ao vê-la tão abatida, sentiu o coração apertar.— Emma, o que aconteceu? — Ele se ajoelhou à sua
Emma respirou fundo antes de apertar a campainha da imponente mansão Carter. Suas mãos estavam suadas, e seu coração batia rápido. A posição de babá para Lily Carter, filha do renomado CEO Alexander Carter, era mais do que um emprego. Era sua chance de recomeçar.A porta se abriu, revelando uma mulher elegante, de expressão fria.— Senhorita Emma Miller? — perguntou, sem sorrir.— Sim, sou eu.— Sou Margaret, governanta da casa. O senhor Carter está esperando na biblioteca. Por favor, siga-me.Emma entrou, sentindo-se pequena diante da grandiosidade do lugar. O mármore brilhava sob seus pés, e um enorme lustre iluminava o saguão. Margaret a guiou por um longo corredor até uma porta de madeira escura.— Entre — disse a governanta, antes de desaparecer pelo corredor.Emma ajustou a postura e entrou na biblioteca. O ambiente era aconchegante, com prateleiras repletas de livros e uma lareira acesa. No centro, sentado atrás de uma mesa de mogno, estava Alexander Carter.Ele era ainda mais
Emma e Lily estavam terminando o café da manhã quando o som da porta da frente se abrindo ecoou pela mansão. A garotinha, que até então estava sorrindo, ficou tensa.Alexander Carter entrou na cozinha com sua presença imponente. Vestia um terno impecável, e seu olhar frio passou por Emma antes de pousar em Lily.— Você comeu tudo, Lily? — Sua voz era séria, mas não dura.A menina assentiu lentamente, ainda segurando o ursinho.— Sim, papai. Emma fez panquecas.Alexander desviou o olhar para Emma.— Espero que não tenha colocado açúcar demais. Lily não pode comer doces em excesso.Emma manteve a postura firme.— Fiz questão de equilibrar bem os ingredientes, senhor Carter. Lily se alimentou de forma saudável.Ele arqueou uma sobrancelha, como se não esperasse uma resposta tão direta.— Ótimo.Houve um breve silêncio antes de ele se virar para sair.— Senhor Carter? — Emma o chamou, sem pensar.Ele parou e olhou para ela, intrigado.— Sim?— Sei que sua rotina é corrida, mas talvez Lily
Emma seguiu Alexander até a elegante sala de jantar, tentando esconder sua surpresa. A mesa era enorme, feita de madeira escura e impecavelmente organizada. Margaret serviu os pratos sem comentar nada, mas Emma percebeu seu olhar curioso.Alexander sentou-se à cabeceira, indicando para que Emma se acomodasse à sua direita.— Espero que goste de comida italiana — ele disse, pegando os talheres.— Adoro — respondeu, ainda um pouco desconcertada.O jantar começou em silêncio. O único som era o tilintar dos talheres contra os pratos. Emma sentia o olhar de Alexander sobre ela de tempos em tempos, como se a estudasse.— Lily gostou de você — ele disse, finalmente quebrando o silêncio.Emma sorriu.— Eu gosto dela também. É uma menina inteligente, mas parece carente.Alexander franziu a testa.— Carente?— Sim. Sinto que ela precisa de mais tempo com você.Ele largou os talheres e cruzou os braços.— Meu tempo é limitado, senhorita Miller.— Entendo. Mas mesmo cinco minutos— Entendo. Mas m
Na manhã seguinte, Emma tentou agir normalmente, ignorando a mensagem perturbadora da noite anterior. Era só uma provocação. Ele não podia encontrá-la. Não aqui.Ela focou em Lily, ajudando-a com o café da manhã e lendo histórias para a menina no jardim. O sol brilhava, e a risada de Lily enchia o espaço com leveza.Então, Alexander apareceu.Vestindo um terno escuro impecável, ele parou na varanda, observando a cena por um momento antes de descer os degraus.— Vejo que Lily está bem — disse, com um tom neutro.Emma se levantou, ajeitando a saia.— Sim, ela está ótima. Passamos a manhã brincando.Alexander olhou para a filha, que corria atrás de uma borboleta, e depois voltou sua atenção para Emma.— Preciso falar com você.Ela assentiu, seguindo-o para um canto mais afastado do jardim.— O que foi?Alexander hesitou por um instante, cruzando os braços.— Sobre ontem à noite…Emma sentiu o coração acelerar.— O que tem ontem?— Você me desafiou — ele disse, a voz carregada de algo ind