Evander realmente não queria muito voltar para casa.
Teria de novo que ver outra pessoa entrando em sua morada, mexendo em sua vida, usando seu título, usando sua casa e, por fim, tentando entrar no seu coração, sendo que só Clara reina.
Sem contar que teria que ver uma pessoa entrando em sua vida e depois partindo, deixando-o sozinho de novo em sua casa, sendo pego por aqueles rumores onde ele mata suas esposas, sendo que não é verdade.
Depois que Jade o deixou para os urubus, ele tinha entendido que não foi feito para ser amado, que sua existência tinha alguma maldição, que tudo que ele toca não dura muito, foi assim com sua mãe, foi assim com Clara e foi assim que viu Cloe e Jade indo embora, aquilo o fez bufar na cabine da carruagem.
Olhando pela janela para sua casa.
No que seu pai o colocou de novo?
Tinha visto que o lado esquerdo da casa não tinha mais as cortinas que tampavam as janelas, e que as luzes lá dentro brilhavam. Ficou curioso, já saindo sem nem mesmo esperar a ajuda do servente. Os passos foram rápidos e ágeis, ignorando os olhares vindo dos vizinhos que espiavam pelas frestas das cortinas, enxeridos, com um olhar sem vida na direção, os fazia se encolher.
Sem muita cerimônia, entrou para dentro.
Sendo pego por um cheiro de biscoitos? Fazendo olhar curioso para dentro, tudo ao lado esquerdo da casa tinha um tom claro de verde nas paredes e as decorações, que são de Clara, tinham sido mudadas sutilmente por animais de cerâmica que lembravam um grande jardim, o fazendo lembrar que na parte de fora do mesmo lado esquerdo tinha plantas parecendo e um gramado tinha surgido.
O que estava acontecendo?
Veio uma voz feminina que o levava para a sala de jantar.
Caminhando com incerteza e até mesmo medo, voltando para o pequeno camafeu que tinha de Clara em seu palito, pedindo ajuda e coragem. Atravessando o arco que vinha na parede, vi uma mulher bem diferente da pintura de apresentação que tinha recebido.
Com uma tosse, a jovem viro-se bem. Evander ficou encafifado com o que tinha na frente. Diferente da pintura, a mulher tinha uma beleza distinta, olhos claros em tons avelã e o nariz pontudinho dava uma imagem meio élfica vindo da mesma, o fazendo ver que seus olhos tinham um pouco de espanto e medo, mas logo voltando ao normal com um tom divertido. Ela o está vendo e não tinha medo? Não teve repulsa? Nem mesmo aquele olhar desconfiado que Jade e Cloe tiveram no primeiro momento em que se viram?
- Você chega? – O sorriso com os dentes brancos o pegou, deixando-o perdido sobre como agir.
- O que está fazendo? – Poderia perguntar o que fez com sua casa, mas faltou um pouco de coragem. A figura à frente o deixou intrigado.
- Arrumando a mesa de jantar, - Ela parecia mostrar o óbvio. – Não vai querer comer? – Já pegando seu prato e servindo-se enquanto o Evander finalmente se aproximou desconfiado.
Foi quando notei ao longe uma risca no chão?
- O que é essa risca? – Foi quando notei que, em tese, todo o lado colorido acabava enquanto a decoração de Clara continuava o deixando à vontade e, ao mesmo tempo, sombrio, voltando à mulher.
- A divisão da casa. – Murmuro pensativa enquanto come um brócolis. – Sei que a casa está decorada pela sua antiga esposa e, como não consigo viver com cores tão escuras, decidi ficar com o lado esquerdo. – Apontando para seu lado. – E você e ela podem ficar do lado direito. – Evander a achou estranha de verdade.
Foi quando finalmente foi caindo a ficha, ela realmente parecia estar mexendo na casa que ele fez para Clara, está mudando a casa, está mudando o lar dele e de sua esposa, o deixando quieto o jantar todo. Como ela ousa mover as coisas de lugar sem nem mesmo pedir sua autorização? Terá que conversar com seu pai, terá que usar seus direitos como marido para dar um jeito nessa mulher, primeiro ele a largo com uma bomba, uma bomba estranha e ameaçadora que quer mudar e tirar as lembranças de clara dele.
Só de pensar ter que tirar os quadros de Clara da casa o fez perder a fome, fazendo encarar a refeição toda a jovem que comia do outro lado da mesa.
Mas o que pegou ainda mais foi que, na hora de se recolher para deixar, a jovem foi para o quarto de hóspedes, parando no meio do caminho.
- Aonde vai? – Ela decidiu brincar com ele. Decidiu decidir quem manda nessa casa?
- Para meu quarto. – O tom de voz tinha sumido.
Evander a viu tremer e gosto de ver o medo naqueles olhos claros, então ainda tinha controle de algo.
- Não irá dormir comigo? – Ele a anualizou, seus olhos não perderam nenhum detalhe em seu rosto e viu algo tingir seus olhos, algo que tinha visto com todos que a julgaram sem provas, algo que tinha visto em Jade, o fazendo sentir nojo, e aquilo o fez entender que ninguém realmente, mesmo que com uma beleza de elfo, o veria como um ser humano.
- Sobre isso, acho melhor deixarmos, para quando nos conhecermos melhor, acho que podemos fazer isso, não é? – Evander realmente se sentiu humilhado, porque seu pai ainda tentava ajudá-lo. Com isso, ele realmente entendeu que ela não o via como marido, nem devia o ver como alguém e sim ela só gostaria das coisas boas de uma baronesa, a ele iria conversar com aquele velho.
- Entendo. – Por fim solto algo, a fazendo buscar um pouco de alívio. – Acredito que devo conversar com meu pai sobre sua conduta. – Aquilo a fez ficar pasma. – Acredito que, se não está disposta a ser uma esposa, devo devolvê-la para que posso arrumar alguém que seja uma esposa decente. – Com isso viro o corpo, sentindo a mão dela sobre seu punho. – Boa noite. – Partindo, puxando seu braço para longe.
...
Giselle, fico um tempo no corredor.
Olhando para onde a porta do barão se encontrava.
O que ela faria agora? Não penso ao certo o que fazer, dando um pouco de pânico, não acho realmente que acabaria desse jeito. Bela tinha comentado que Evander não tinha olhos para outra além de Clara, então penso que realmente não veria problema sobre não se deitar com ela e agora seria devolvida para seus pais.
Isso a fez cair no chão e chorar, foi um choro silencioso, mas não sentia força para marchar até seu quarto.
Ficou repassando a conversa em sua mente, procurando onde errou? Ele nem ao menos trocou palavras, nunca tinha visto um cavaleiro tão quieto e com olhos tristes em toda a sua vida até agora.
Será que a casa o irritou? Deve ter errado, não devia ter mudado tanto assim, ela não queria deitar-se com ele por muitos motivos que penso que com uma conversa ele entenderia, tinha seu vitiligo que poderia ser visto como algo feio por ele, nem isso ela sabia, tinha o fato que todos diziam que depois que se deitar com ele as esposas morriam e ela tinha medo.
Não era nem para ela estar ali.
Era para sua irmã estar.
Se voltasse para casa, com certeza seria mandada para outro lugar, talvez para uma casa de prostituição e ser apagada da família ou até mesmo um convento. Ela tinha planos e uma vida para ser descartada da sociedade.
Mas o olhar de decepção que veio dela a machucou mais.
A fazendo chorar ali no meio do correr.
Foi então que sentiu um olhar sobre ela. Buscando esse olhar, deu de cara com o quadro de Clara, bem ali a olhando. Nem todos esses dias que passo sobre a casa senti o olhar daquela pintura sobre ela como tinha sentido agora, os olhos claros azuis a fitavam.
- O que vou fazer? – Pergunto ao quadro, esperando uma resposta.
Volto para a porta e poderia ir lá e deixá-lo dormir com ela, mas em vez disso poderia fazê-lo mudar de ideia, fazer os dois se conhecer e deixá-lo com menos medo, poderia dar tempo ao tempo e, se mostrasse que era uma boa esposa em outros quesitos, poderia até mesmo ser deixada ali na casa.
Sim, com isso ela se levantou determinada a fazer Evander Bittencourt a olhar para ela com olhos diferentes. Isso poderia ser aplicado a ela, pelo menos foi o que a consciência dela disse para seu coração.
Evander acordou cedo porque tinha que sair daquela casa bagunçada.Foi quando, na mesa, foi surpreendido por Bela. A senhora que cuidou dele desde que nasceu parecia animada pelos desdobramentos, foi triste ao encarar sério e ver murchar aos pouquinhos.- Não gosto dela? – Ela se encolheu atrás da bandeja, o fazendo sorrir amarelo.- Ela não vai ficar. – Não responder à pergunta o fez duvidar em sua própria mente. – Deixa ela à vontade, mas no momento que ela for embora, que tudo de volta ao lugar. – Bebendo café.- Por que o que aconteceu? – Ela parecia nervosa e Evander realmente ficou pensativo sobre o que foi. Não dorme com ela? Na verdade, ele não se sentia bem com isso, mas acho que talvez seja o olhar de medo que ela deu nele e por isso acreditava que o amor não funcionava mais.- Ela acredita nos rumores. – Falou po
Os funcionários realmente gostaram de ver as mudanças no barão, o vendo mais alegre na medida do possível, tudo por causa da jovem de jeito peculiar. A casa foi tomando tons claros e a decoração clara foi sendo um complemento para o que Giselle foi colocando.A frente da casa tinha sumido com aquele cinza que amedrontava as pessoas, enquanto, é claro, foi pegando um tom pastel de laranja. Damas da noite foram aparecendo na frente da casa, trazendo um cheiro para a redondeza. As jardineiras tinham petúnias e tulipas para dar e vender e rosas brancas e vermelhas escalavam as janelas da frente da casa.Tinta branca foi colocada do lado esquerdo, deixando claro onde a jovem dos cabelos caramelos entrava em sua morada, enquanto Evander ainda tinha tons escuros na porta princi
Giselle está nervosa, já fazia três horas que Evander tinha saído dali para resolver com seu pai.Tudo que podia fazer era rezar, enquanto isso refletiu como estava feliz morando naquela casa, tinha achado sua felicidade. Evander parecia realmente diferente do que circulava pelas ruas. Dentro de casa, ele entrava em assuntos tão aleatórios quanto ela, mas na rua voltava a ser frio e distante, deixando entender que, para ele, ter sentimentos e empatia são coisas que só podem ser mostradas dentro de casa.Sem contar que Evander é um colírio aos olhos, ninguém poderia negar isso.Tudo que tinha visto foram quadros dele com cabelos escuros e olhos tão pretos quanto carvão, mas na realidade, o homem parecia diferente. Enquanto em seus quadros Evander parecia sem coração, em carne e osso, mesmo que por pouco tempo, Giselle conseguia ver empatia em alguns pontos, tra
Eventos.Giselle parecia realmente surpresa pelo convite que bateu no batente da porta.Bela trouxe em uma bandeja de prata, fazendo-a olhar os envelopes com curiosidade, enquanto Evander parecia mais concentrado em ler as coisas no jornal. Tinham se resolvido a explorar essa área de ficarem mais íntimos e isso a fazia sorrir pelos beijos roubados. Sentia-se uma jovem em seu primeiro encontro com o cavaleiro em questão quando a mãe sai da sala e os deixa mais à vontade.- Não vai abrir? – A voz sem emoção veio por detrás das folhas de jornal.- Não são suas coisas? – Terminou de comer sua torrada, o fazendo suspirar de leve. – Que foi? – Já sabia que tinha feito algo de errado só pela cara de poucos amigos.- Está na prataria, - Falando o óbvio. – A bandeja simples e cheia de adornos é correspondente feminina
Giselle não sabia que aquele cisne ia trazer tanta confusão.Café, por outro lado, achou o invasor assustador demais, deixando-o sobre o escritório de Evander e a olhando feio.Enquanto isso, o animal sem nome gostava de sua nova dona, andando e bem dormindo com a mulher.Foi numa manhã com os funcionários que Giselle decidiu que alguém irá comprar livretos de nomes para o novo integrante, deixando Laura com essa função. Bem, depois disso só irá acontecer confusão e gritaria na vida de Giselle e Evander....Quando viram a empregada comprando os livretos de nomes.
Giselle ainda não tinha acreditado no que fizeram.Não foi o ato em si, mas realmente precisava? Giselle tinha realmente visto mais partes do corpo do marido do que com certeza sua mãe nunca viu em seu pai, porque tinha coisas que ela tocou e até mesmo um experimento que fez Evander agir como um louco na cama e bem, tudo que fez foi sorrir.Ela está feliz.Realmente, pensando em sua vida com Evander, tinha algumas coisas que a tiravam de sua zona de conforto, não na parte íntima, mas pelos rumores, já que deu 6 meses de casados, ela já devia estar doente e bem... morrendo, não que ela quisesse isso, mas parecia realmente muito estranho a "maldição do barão" não cair sobre ela.A fazendo realmente pensar que todas aquelas mortes não vieram da mão dele.Mas quem mataria as
5029.Giselle, na verdade, olhando para a rua de sua casa, pensava que teria só mais uma temporada para tentar ter um final feliz, um casamento onde seus pais voltariam a olhar com grandeza aqueles brilhos no olhar, sim, isso ia ser tão bom.Voltando para casa numa caminhada tranquila, vendo amigas de sua irmã conversando animadamente com cavaleiros de boa pinta, ficando pensando por que não tinha essa atenção, claro que ela não tinha uma beleza divina e bem tinha um nariz pontudo, onde seu pai, quando pequeno, a chamava de narizinho por causa dos personagens do Pica-Pau amarelo.Isso a fez pensar que sentia algo estranho quando voltava para casa, principalmente quando conseguiu ver a ponta de seu telhado ao longe. Os ladrilhos vermelhos chamando atenção a fizeram diminuir o passo. Com certeza, quando chegasse, veria sua querida mãe, Maria Antonieta, com sua irmã Stefani preparando um v