Os funcionários realmente gostaram de ver as mudanças no barão, o vendo mais alegre na medida do possível, tudo por causa da jovem de jeito peculiar. A casa foi tomando tons claros e a decoração clara foi sendo um complemento para o que Giselle foi colocando.
A frente da casa tinha sumido com aquele cinza que amedrontava as pessoas, enquanto, é claro, foi pegando um tom pastel de laranja. Damas da noite foram aparecendo na frente da casa, trazendo um cheiro para a redondeza. As jardineiras tinham petúnias e tulipas para dar e vender e rosas brancas e vermelhas escalavam as janelas da frente da casa.
Tinta branca foi colocada do lado esquerdo, deixando claro onde a jovem dos cabelos caramelos entrava em sua morada, enquanto Evander ainda tinha tons escuros na porta principal.
Os quadros, além dos familiares, tinham também quadros de pintores questionáveis (Giselle Bittencourt) onde tinham ovelhas, vacas e até mesmo animais de fazenda. Pequenos animais místicos começaram a aparecer no jardim em cerâmica e bem Bela via aquilo como um sinal que seu amo tinha mudado de ideia de mandar a jovem embora.
- Acho que ele não vai mandá-la. – Bela foi tirada de seus pensamentos quando uma novata entrou animada pela porta dos serviços.
- Por que diz isso, Laura? – Viu buscando o bule de chá e bem as canecas de porcelana com os coelhos que Giselle decidiu comprar para cada feriado que tinha natal, páscoa, Dia das Crianças e assim vai.
- Por que essa afirmação? – Pondero enquanto deixava os bordados de lado.
- Vi eles de mãos dadas, - fazendo todos pararem. – Eles estavam conversando sobre ovelhas e bem vi nosso barão com a mão acima de nossa senhora, acredito que eles estão criando sentimentos. – A jovem parecia esperançosa, fazendo mais algumas criadas surgirem.
- Falando em momentos, o vi sorrir de uma forma que nunca tinha visto com suas falecidas esposas. – Murmuro uma cozinheira. – Nem mesmo com sua querida Clara, os olhos de nosso amo brilhavam mais que as estrelas anoite.
- Vi ela sempre paciente com nosso amo, dando o tempo para ele se acostumar com suas ideias, puxando-o para ver plantas e até mesmo aqueles animais de cerâmica. – Sim, Bela tinha visto comprar animais em cerâmicas para colocar no jardim, nada de classe e sim coisas fofas e delicadas.
-Ah, espero que realmente estejam certos. – Surgiu alguém no meio dos funcionários. Bela viu sua querida irmã, deixe a governanta do barão Bittencourt, o pai de Evander. – Porque o senhor está convocando o filho para saber das novidades. – E com a carta entregue, a mulher simplesmente virou e foi embora, deixando Bela perdida.
Aquilo fez Bela gelar.
...
Evander realmente ficou um pouco nervoso para aparecer no gabinete do pai.
Ele não sentia mais aquela vontade de colocar Giselle para fora de sua casa.
Na verdade, não queria dar fim ao seu único raio de sol, no meio de tantas incertezas.
Então, quando recebeu a carta, viu Giselle congelar ao seu lado enquanto montavam um quebra-cabeça, fazendo-o lembrar dos direitos que ainda não tinha sido tomado, mas lembra de que a proximidade foi aos poucos uma coisa que não teve com ninguém.
Foi naquele único momento que lembro de Clara, dois meses focados no jeito que Giselle, que nem tinha lembrado das ex-esposas, nem tinha lembrado que Clara era superamiga de seu pai, já que eles eram primos de terceiro grau.
Enquanto Giselle foi uma desconhecida que assumiu o lugar da irmã, porque fugia de ser a tia da vez, o que fazia sentir curiosidade sobre como eram seus adversários.
Seu pensamento foi cortado quando a porta foi aberta, o fazendo levantar, entrando no gabinete do seu pai, Marcelo, seu chef, seu pai, seu antecessor, sentando-se em sua cadeira com acolchoamento preto enquanto o verde combinava com o tom dourado dos móveis. O lugar é escuro e bem tinha algo que o fazia lembrar de ser pequeno, e bem com as janelas fechadas com a parte de madeira.
O fazendo olhar em volta buscando algum alívio nas estantes de livros, onde tinha estátuas de bustos de antigos reis, de antigos lidares que esse mundo teve antes de voltarem no tempo, um tempo em que eles tinham uma tecnologia que os deixava distante, mais sábios, e nesse momento eles não tinham mais tecnologia e sim a proximidade entre as pessoas, os fazendo ser mais astutos.
- Como anda a vida? – Murmuro, tirando o chapéu e deixando a bengala de lado, pegando uma xícara de café entre os servidos por Dona Maria, que tinha preparado algo de sua safra, já sentindo o cheiro de trabalho duro dele.
- Bem, estive na Bahia. – Marcelo simplesmente olhou o filho de forma amigável.
- Espero que tenha tido uma boa viagem. – Sentando-se num dos sofás enquanto olhava ao pai sério, escondendo tudo que já tinha sentido por Giselle, pensando seriamente, tinha que lidar com o que viria por vir e tentar não mostrar estar fraco, sentimentos são fraquezas, são coisas que devem ser mantidas no interior de sua casa.
- Foi, mas quando cheguei aqui e soube que ela nem mesmo está grávida, me fez sentir pena de você. – Continuou quieto, Evander ia ver até onde isso levaria. – Além do mais, sei que é difícil ter casado com aquela coisa horrenda, mas lembre-se, precisamos de um herdeiro. – Evander ficou pasmo com o que saiu da boca de seu pai.
- Como é? – Será que ele ouviu direito?
- Tire Clara de sua cabeça, - Evander tentou não parecer aborrecido. – Estou dizendo que aquela criatura que veio do fundo do fim do mundo precisa ser útil para alguma coisa e acredito que ela consiga pelo menos carregar um filho, - Marcelo acabou rindo da vermelhidão do filho achando que é enjoo enquanto Evander começou a ferver de raiva, do jeito que ele fala de Giselle parece que ela é uma vaca pronta para ser usada como uma parideira. – Não sinta nojo, com a sorte que tem ela pode morrer durante o parto e teremos a criança o que é importante, sem conta é claro que podemos depois arrumar alguma esposa descente, talvez até mesmo a irmã dela que era a ideia original. – A risada o fez ficar em silencio. – Tinha que ver o desespero que o pai tinha falado sobre ela e bem quando a vi no cartório entendi o que o senhor tinha falado, o bom que não ficara preso no meio do caminho ela consegue ter pelo menos um bom quadril, - Evander o viu pondera antes de levantar uma das sobrancelhas. – Se não conseguir dormir com ela tente colocar um travesseiro na cabeça dela, mas se isso não funcionar eu mesmo faço esse serviço...
- CHEGA. – Evander já estava de costas ao pai, olhando para o chão, que absurdo ele ouviu. – Não precisa disso tudo. – O tom duro que saiu de seus lábios foi para conter o nojo que sentiu, o nojo só de imaginar seu pai com Giselle em seus braços, o fazendo até sentir o café tentar voltar. – Não preciso de detalhes. – Voltando ao pai.
- Temos que ser sinceros Evander, daqui apouco você fara 34 e ainda sem filhos, precisamos de herdeiros, estou começando ate mesmo achar que colocarei um harem em sua casa, - Marcelo levantou de sua cadeira indo na direção do filho. – Gostar de cavaleiros você já me provo que não é essa sua condição. – O homem bateu em seus ombros de forma amigável. – Se ela não serviu poderemos achar outra, mas realmente gostaria que desse certo o que o homem pago para ficarmos com ela não esta escrito nem nas estrelas, mas ele so dará o resto do dote quando souber de uma criança naquele ventre. – Evander continuou em silencio. – Então acredito que se não der certo acho que a devolverei e bem com certeza ela vai para um convento na melhor das hipóteses. – Marcelo volto para sua mesa deixando Evander em pânico.
Giselle não merece ser mandada para esse lugar.
Eles tinham que conversar quando ele voltasse.
E tinha que ser o mais rápido possível.
..
Num lugar distante dali...
Ana Laura ficou encarando o relógio.
Já fazia dois meses e quatro dias que Evander não vinha na casa dos prazeres de dona mama.
A fazendo pular de seu banco, indignada, andando um pouco entre o salão, desviando das mãos bobas vindo dos clientes, até que mama apareceu.
- Não vai atender ninguém? – Ana Laura ficou encarando a porta. – Ou vai esperar seu cliente exclusivo? – Acabou rindo da cara séria vindo de sua senhora. – Sabe que não posso manter pessoas aqui que não contribuem para as despesas daqui. – Aquilo foi um aviso já vindo numa ameaça.
- Não esqueça, que vou virar a baronesa e sua forma de me tratar é um insulto. – A arrogância que vinha com ela a deixa ser cômica aos clientes homens, para a dona do bordel tudo que ela conseguia ver é uma pessoa que vira um bobo da corte quando dava palco demais.
- O dia que você virar uma baronesa, os porcos vão voar, - acabo rindo enquanto cumprimentava os homens. – Não esqueça, menina, de onde você veio e de que esses homens aqui nunca vão levar um rato e vestir vestido de seda, eles já vão direto da árvore escolher o mais belo fruto para ficar ao seu lado. – Ana Laura quase rosna de ódio.
- Pense nisso quando eu fechar esse lugar. - Já virando para voltar ao seu banco, quando a dona simplesmente soltou aquela bomba que Ana Laura não sabia.
- Não seja tão vingativa, não esqueça do lugar que te acolheu e deu um serviço em vez de te mandar para um mosteiro onde seria usada de formas nada convencionais. – E com um suspiro de cansada e com pouco veneno, dona mama soltou aquilo que queria ter falado há muito tempo. – Sabe por que não vai virar a baronesa tão cedo? – ativando a curiosidade da jovem. – Porque Evander se casou de novo e esse lugar já está ocupado.
- Ele se casou de novo? – Sua cabeça virou tão rápido que dona pensou ouvir algo estralar. – QUEM OUSA PEGAR MEU LUGAR? – Ana Laura simplesmente não conseguia entender, penso que depois de Jade, ele finalmente ia entender que ela seria a melhor escolha.
Além do mais, ele prometeu.
Ele prometeu que ela seria a baronesa ao seu lado.
Com uma raiva e um sentimento de traição, Ana Laura simplesmente virou o corpo, pegou um véu, jogou sobre seus ombros e saiu pelas portas do bordel buscando uma satisfação de Evander. Ela conheceria sua baronesa, já que todos os súditos tinham que conhecer o grande nobre.
Giselle está nervosa, já fazia três horas que Evander tinha saído dali para resolver com seu pai.Tudo que podia fazer era rezar, enquanto isso refletiu como estava feliz morando naquela casa, tinha achado sua felicidade. Evander parecia realmente diferente do que circulava pelas ruas. Dentro de casa, ele entrava em assuntos tão aleatórios quanto ela, mas na rua voltava a ser frio e distante, deixando entender que, para ele, ter sentimentos e empatia são coisas que só podem ser mostradas dentro de casa.Sem contar que Evander é um colírio aos olhos, ninguém poderia negar isso.Tudo que tinha visto foram quadros dele com cabelos escuros e olhos tão pretos quanto carvão, mas na realidade, o homem parecia diferente. Enquanto em seus quadros Evander parecia sem coração, em carne e osso, mesmo que por pouco tempo, Giselle conseguia ver empatia em alguns pontos, tra
Eventos.Giselle parecia realmente surpresa pelo convite que bateu no batente da porta.Bela trouxe em uma bandeja de prata, fazendo-a olhar os envelopes com curiosidade, enquanto Evander parecia mais concentrado em ler as coisas no jornal. Tinham se resolvido a explorar essa área de ficarem mais íntimos e isso a fazia sorrir pelos beijos roubados. Sentia-se uma jovem em seu primeiro encontro com o cavaleiro em questão quando a mãe sai da sala e os deixa mais à vontade.- Não vai abrir? – A voz sem emoção veio por detrás das folhas de jornal.- Não são suas coisas? – Terminou de comer sua torrada, o fazendo suspirar de leve. – Que foi? – Já sabia que tinha feito algo de errado só pela cara de poucos amigos.- Está na prataria, - Falando o óbvio. – A bandeja simples e cheia de adornos é correspondente feminina
Giselle não sabia que aquele cisne ia trazer tanta confusão.Café, por outro lado, achou o invasor assustador demais, deixando-o sobre o escritório de Evander e a olhando feio.Enquanto isso, o animal sem nome gostava de sua nova dona, andando e bem dormindo com a mulher.Foi numa manhã com os funcionários que Giselle decidiu que alguém irá comprar livretos de nomes para o novo integrante, deixando Laura com essa função. Bem, depois disso só irá acontecer confusão e gritaria na vida de Giselle e Evander....Quando viram a empregada comprando os livretos de nomes.
Giselle ainda não tinha acreditado no que fizeram.Não foi o ato em si, mas realmente precisava? Giselle tinha realmente visto mais partes do corpo do marido do que com certeza sua mãe nunca viu em seu pai, porque tinha coisas que ela tocou e até mesmo um experimento que fez Evander agir como um louco na cama e bem, tudo que fez foi sorrir.Ela está feliz.Realmente, pensando em sua vida com Evander, tinha algumas coisas que a tiravam de sua zona de conforto, não na parte íntima, mas pelos rumores, já que deu 6 meses de casados, ela já devia estar doente e bem... morrendo, não que ela quisesse isso, mas parecia realmente muito estranho a "maldição do barão" não cair sobre ela.A fazendo realmente pensar que todas aquelas mortes não vieram da mão dele.Mas quem mataria as
5029.Giselle, na verdade, olhando para a rua de sua casa, pensava que teria só mais uma temporada para tentar ter um final feliz, um casamento onde seus pais voltariam a olhar com grandeza aqueles brilhos no olhar, sim, isso ia ser tão bom.Voltando para casa numa caminhada tranquila, vendo amigas de sua irmã conversando animadamente com cavaleiros de boa pinta, ficando pensando por que não tinha essa atenção, claro que ela não tinha uma beleza divina e bem tinha um nariz pontudo, onde seu pai, quando pequeno, a chamava de narizinho por causa dos personagens do Pica-Pau amarelo.Isso a fez pensar que sentia algo estranho quando voltava para casa, principalmente quando conseguiu ver a ponta de seu telhado ao longe. Os ladrilhos vermelhos chamando atenção a fizeram diminuir o passo. Com certeza, quando chegasse, veria sua querida mãe, Maria Antonieta, com sua irmã Stefani preparando um v
Evander realmente não queria muito voltar para casa.Teria de novo que ver outra pessoa entrando em sua morada, mexendo em sua vida, usando seu título, usando sua casa e, por fim, tentando entrar no seu coração, sendo que só Clara reina.Sem contar que teria que ver uma pessoa entrando em sua vida e depois partindo, deixando-o sozinho de novo em sua casa, sendo pego por aqueles rumores onde ele mata suas esposas, sendo que não é verdade.Depois que Jade o deixou para os urubus, ele tinha entendido que não foi feito para ser amado, que sua existência tinha alguma maldição, que tudo que ele toca não dura muito, foi assim com sua mãe, foi assim com Clara e foi assim que viu Cloe e Jade indo embora, aquilo o fez bufar na cabine da carruagem.Olhando pela janela para sua casa.No que seu pai o colocou de novo?Tinha visto que o lado esquerdo da casa nã
Evander acordou cedo porque tinha que sair daquela casa bagunçada.Foi quando, na mesa, foi surpreendido por Bela. A senhora que cuidou dele desde que nasceu parecia animada pelos desdobramentos, foi triste ao encarar sério e ver murchar aos pouquinhos.- Não gosto dela? – Ela se encolheu atrás da bandeja, o fazendo sorrir amarelo.- Ela não vai ficar. – Não responder à pergunta o fez duvidar em sua própria mente. – Deixa ela à vontade, mas no momento que ela for embora, que tudo de volta ao lugar. – Bebendo café.- Por que o que aconteceu? – Ela parecia nervosa e Evander realmente ficou pensativo sobre o que foi. Não dorme com ela? Na verdade, ele não se sentia bem com isso, mas acho que talvez seja o olhar de medo que ela deu nele e por isso acreditava que o amor não funcionava mais.- Ela acredita nos rumores. – Falou po