Capítulo 5
O grito de raiva de Catarina perfurou o porão.

— Você acha que pode levá-las? Então veja seu sobrinho morrer primeiro!

Antes que Alexandre pudesse saltar, ela enfiou uma seringa carregada de prata no pescoço de Márcio.

O grito do meu filho vai me assombrar para sempre.

A próxima coisa que me lembro é de acordar no salão de cura da Matilha Lua de Sangue.

— Não, não me toque! — Me debati contra mãos gentis.

— Celeste, você está segura! — A voz de Eliane rompeu o pânico. — Você está em casa, irmã.

— Eliane? — Minha voz estava rouca de tanto gritar.

Alexandre estava atrás dela, sua enorme figura projetando sombras à luz das velas. Seus olhos queimavam com uma fúria mal contida.

Então, a memória atingiu-me como um raio.

— Márcio! — Levantei-me rapidamente. — Onde está meu filho?

O rosto de Eliane se contorceu.

— Os curandeiros estão com ele. Estão tentando-

Eu cambaleei para fora da cama, minhas pernas mal me sustentando.

— Leve-me até ele. Agora.

O salão de cu
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