Eu balancei os pés de um lado para o outro, sentada em uma das banquetas da boate. O ambiente estava envolto por luzes suaves, que piscavam ao ritmo da música, enquanto o calor entre mim e Tristan crescia. Ele estava ali, ao meu lado, como se fosse a coisa mais natural do mundo, mas o que estava prestes a acontecer entre nós deixava tudo ainda mais carregado de desejo e tensão.— Tudo bem? — Ele perguntou, com um sorriso provocante, os olhos fixos nos meus, ajustando os óculos na ponta do nariz, com a leveza de quem sabia o efeito que causava. O seu olhar era intenso e cheio de promessas.— Claro. — Respondi rapidamente, mas meu coração estava acelerado. Ele estava tão perto, e a energia entre nós era tão densa que quase podia tocá-la.Ele estava perfeito, como sempre. Usava uma camisa preta bem ajustada, calças de alfaiataria e sapatos impecáveis. O brilho dos óculos, que ele ajustava com um movimento quase distraído, dava a ele um ar de mistério e poder. Agora, havia uma alianç
Quando abri os olhos, encontrei Tristan me observando, na minha frente, Os olhos dele estavam sombrios, intensos. O maxilar marcado, tenso. Ele não sorria mais. Agora, ele… rosnava.— Acho que eu preciso de uma pequena ajuda Ivanna. — Sua voz era rouca, grossa. — Porque não abre o zíper do vestido de Cat? Meu corpo reagiu antes de mim quando senti as mãos macias de Ivana abrindo o meu vestido. O coração estava disparado, a respiração mais curta. Senti quando os meus vestidos caíram aos meus pés. — Você estava esse tempo inteiro sem calcinha meu amor? — As palavras de Tristan rosnadas me fazem estremecer.Sinto Ivana lentamente beijando meus ombros, ela afasta meu cabelo cacheado, é planta os beijos ao longo do meu ombro e nuca. Eu mordo os lábios segurando um gemido, As mãos procurando onde se apoiar. Meus dedos acharam o tecido da blusa de Tristan, e eu toquei, insegura, mas decidida.— Continua — ele disse, e eu soube, naquele instante, que não havia mais volta.Mas não
Tristan se senta no sofá espaçoso mais uma vez e, lentamente, me puxa em sua direção e me abaixa sobre seu pau. — Oh Deus! — Eu grito enquanto sinto toda sua masculinidade. A espessura dele é deliciosa quando me estica, fazendo meus dedos dos pés curvarem no tapete. Eu me inclino para frente e, enquanto olho para a Ivana bem na minha frente a posição que estamos deixa a sua boceta na direção do meu rosto. Tristan parece perceber minha hesitação, ele puxa o meu cabelo ate que a minha orelha se encontre com a sua boca. Seu pau batendo em mim lentamente. — passe a língua preguiçosamente pelo seu clítoris — Ele exige. Ivana, brilha na minha frente, eu coloco a boca nela sem pensar muito. Seu clítoris está inchado e brilhante eu passo a língua lentamente sentindo o gosto adocicado misturado ao cheiro natural de Ivana. Ela geme meu nome, puxando meu cabelo para que eu possa abocanha-lá com mais facilidade, e imediatamente o seu doce sabor explode em minha língua. Eu nem imagino o
Todos nós temos segredos inconfessáveis. Coisas que, se viessem à tona, fariam nossa mãe se envergonhar, nossas amigas enrubescerem e os vizinhos cochicharem durante o café da tarde.Mas o que exatamente transforma algo em segredo? É o ato em si… ou o desejo que o antecede? É aquilo que você faz quando ninguém está olhando, ou o que você deseja que aconteça? Será que você se sentiu livre? Liberta? Desejada? Ou foi apenas o preço que pagou para sobreviver?O que eu fazia era um pouco de tudo isso. E, de certa forma, nada disso ao mesmo tempo.Eu ainda estava sentada no chão do meu quarto, a câmera do celular apoiada contra a estante, a iluminação suave da luminária jogando sombras nas paredes desbotadas. Minha respiração voltava ao normal, e o silêncio que tomou o ambiente parecia mais alto do que antes.Do outro lado da tela, a chamada havia terminado. A última coisa que ouvi foi a voz grave e satisfeita de @DaddyFaminto sussurrando:— Isso foi… excelente, Clara de Ovo. Você se supero
A sala de detenção da escola tinha cheiro de desinfetante e poeira, como se tentasse se limpar de algo mais profundo do que apenas a sujeira: o tédio, a raiva e o desalento dos adolescentes que passavam por ali todos os dias. A professora, uma mulher de meia-idade com roupas coloridas demais e um coque frouxo preso com lápis, me recebeu com um sorriso como se eu estivesse chegando num retiro espiritual.— Catarina Monteiro? — ela perguntou, consultando uma prancheta. — Pode deixar o celular aqui na minha mesa. Depois escolha qualquer lugar. Hoje não tem castigo, tá bom? Só um tempo pra refletir.Assenti, sem dizer nada, largando o celular sobre a mesa com mais força do que o necessário. Estava cansada de ser tratada como um caso perdido. Como se um pouco de silêncio e frases positivas em papel colorido fossem me transformar em alguém melhor. Me dirigi ao fundo da sala, como sempre fazia, e sentei na última carteira, encostando as costas na parede fria.A sala não estava cheia. Um ou o
A professora termina de ler o último papel com uma entonação exageradamente calma, como se não estivesse expondo o mundo íntimo de alguém em voz alta. Quando seus olhos percorrem a sala mais uma vez e ela dobra os papéis devagar, sinto um alívio quase físico. Como se algo dentro de mim tivesse se soltado.— Bom, queridos. Daremos por encerrada a nossa terapia de segredos. E agora vamos para a segunda parte. Quero que — ela lança um olhar afiado para uma dupla barulhenta no canto — conversem com os seus parceiros e os conheçam melhor.Reviro os olhos. Maravilha. A sessão de tortura continua.Tristan senta-se logo à minha frente. Desde que ele entrou na sala de aula, algumas semanas atrás, eu já o tinha notado. Alto, quieto, meio fora de lugar, com os cabelos escuros sempre um pouco bagunçados como se ele tivesse acabado de sair de um sonho. Era o tipo de garoto que não tentava se destacar, mas acabava chamando atenção de qualquer jeito. A gente nunca tinha conversado, mas não era como
O celular vibra. Não é o meu. Ou melhor… não deveria ser.O aparelho que está sobre a minha cama começa a pipocar com notificações. A tela acende e, num gesto automático, pressiono o dedo. A tela desbloqueia de primeira.Sem senha. Quem em sã consciência anda com um celular sem senha hoje em dia?Meu coração começa a bater mais rápido. O frio na barriga é quase imediato. Porque, se esse não é o meu celular… então o meu está nas mãos de outra pessoa. E isso é um problema. Um problema grande demais.Não é um aparelho qualquer. Meu celular tem fotos. Vídeos. Conversas. Coisas que, se chegarem nas mãos erradas… podem destruir o pouco que ainda resta da minha vida.Abro a galeria com dedos trêmulos. Nada. Nem uma imagem. Nem um vídeo. Nem um contato sequer salvo. Nenhuma rede social logada. O aparelho é limpo demais. Estranhamente limpo. Frio, quase clínico.“Merda”, sussurro.Na tela, uma mensagem aparece:“Hey. Acho que trocamos de celular. Estarei na Estrada Magorie, 782. Me encontra lá
Chego em casa para tomar um banho rápido e ir para escola. A primeira coisa que noto de errado, é o falatório dentro de casa. Jacob e Sheila pela primeira vez em meses não estão gritando. Muito pelo contrário, a conversa é entusiasmada. Eles estão comemorando. Eu espio rapidamente, já que é um comportamento anormal dos dois. E encontro Sheila, que coloca algumas peças novas de frente para o corpo enquanto vê se elas se encaixam. No quarto dela, tem algumas bolsas de lojas e na sua parede, uma televisão enorme. Tudo isso deveria valer uma grana...uma grana que definitivamente, eles não tinham.Lentamente as engrenagens começam a funcionar em minha mente. NãoNãoNãoEla não faria isso! Eu corro para o meu quarto, e encontro ele totalmente revirado. Minhas roupas estão no chão. O colchão fora do lugar, e a minha caixa aberta, sem qualquer dinheiro dentro! Como ela pode! Como eles puderam!Por incrível que pareça eu não choro. Nem uma lágrima. Mas meu pés, caminham enfurecido