Dia Seguinte
— Anda meu amor. — Raquel grita parando com sua bicicleta alugada um pouco a frente de mim, que tento acompanhala já quase sem forças nas pernas. — Quem perder vai pagar a contar. — Ela fala e volta a pedalar ganhando mais distância de mim.
Estávamos na Rua das Pedras a caminho da Orla Bardot, e tudo o que falavam daquele lugar, realmente era verdade, ícone de Búzios, como a gente tinha lido na internet, a Rua das Pedras é o retrato do glamour, com pouco mais de 600 metros de extensão, e é por isso que eu já estou quase morrendo de tanto pedalar.
A passarela é cercada de charme por todos os lados, e o movimento é mínimo durante o dia, mas quando a noite cai e a iluminação amarelada toma conta da rua, o burburinho invade cada espaço, é o que dizem, e confesso que gostaria muito de voltar
— O show foi incrível, não foi? — Raquel me pergunta enquanto voltávamos para o hotel.— Eu amei, e o casal maravilha lá é doido. — Rio falando sobre a Sofia e a Marta, que se auto denominam o tal "casal maravilha" — Ah e eu adorei aquela última música...— Que dizia " Sim, você e eu nós somos muito bons para deixar de ser." — Ela olha para cima como se tivesse tentando lembrar. — Eu acho que era isso, algo assim. — Sorrir da maneira mais fofa possível, e eu a respondo apenas unindo os nossos lábios com um beijo suave.Sim, eu e a Raquel éramos boas demais juntas para deixar de ser, e isso é algo que eu nunca quero que aconteça, e que eu farei de tudo para não acontecer, A Raquel era boa demais para mim, e tudo o que eu não queria era perde-la, tudo o que eu peço todos os dias, é para q
DIA SEGUINTE— Você não vai falar para onde estamos indo? — Raquel pergunta enquanto entramos no elevador.— Não. — Abro um sorriso travesso. — Aprendi com você.— Ta bom então.— Como assim? É só isso? Você não vai insistir?— Solta uma risada significativa. — Eu não sou curiosa igual a você Carla.— Não é possível que você não esteja nem um pouquinho curiosa. — Saímos do elevador,chegando ao primeiro andar do hotel.— Estou. — Olha para mim. — Mas não o tanto que você está doidinha para me contar.— Mas eu vou me controlar. — Saímos do hotel.— Vamos passear de Trolley?— Como você sabe? — Pergunto surpresa.— O ôn
"Quando eu te vi, alguma coisa aconteceuUma vibe positiva, seu olhar de encontro ao meuUm minuto da minha vida, se tornou muito importanteVi que rolou uma química, naquele instante.1 Minuto, 1 segundo, não importa quanto tempoDepois que te vi, não saiu mais do meu pensamentoNaquele momento me senti paralisadaUma coisa muito boa me deixou ali paradaOlhando pra você tudo que eu queria era ter você.Aquela hora, aquele diaTudo foi mudando, foi se transformandoSenti naquele momento que estava me apaixonandoUma pessoa, que nunca converseiMas era a pessoa que eu sempre sonheiSó no teu olhar, já fiquei alucinadaQuis ter você e quis ser tua.Uma coisa que eu sei, &eacut
Me chamo Carla Adriana de Vieira Martins, sou brasileira, mas faz anos que não vejo o meu país.Fui bailarina profissional pela American Ballet Theatre que é uma das mais renomadas escolas de Ballet do mundo, fazia apresentações em diversas cidades e países diferentes, infelizmente o Brasil não foi um desses, mas hoje é o dia, o dia em que eu volto para o Brasil.Ser uma bailarina profissional sempre foi o meu sonho, desde criança, e eu sempre me esforcei muito para isso, e posso me orgulhar em dizer que consegui alcançar o sucesso na carreira que escolhi.A idade chegou e eu estou me aposentando, mas me aposento sendo um dos grandes nomes do mundo do ballet, com diversas medalhas e premiações em competições e festivais, eu fui muito feliz na minha profissão.Hoje a minha volta ao Brasil marca um novo começo na minha história, um novo des
Acordo no susto devido o sonho que acabo de ter.— O que você vai fazer hoje? — Hernando me pergunta saindo do banheiro. — Carla, está me escutando? — Ele tenta chamar a minha atenção.Eu realmente estava aérea, pensava no sonho, e mais uma vez eu não estava me compreendendo, O QUE FOI ESSE SONHO?Me perguntava, mas preferi tirar logo isso da cabeça e não me esforçar para entender mesmo, achei que seria mais fácil ou talvez mais propício.— Oi, o que foi? — Direciono minha atenção ao Hernando.— Perguntei o que você vai fazer hoje?— A sim, vou procurar apartamento.Eu já planejava voltar para o Brasil a mais de um ano, mas me pergunte se eu deixei tudo resolvido para a minha volta?Se me perguntasse, a resposta seria não.Eu não sei aonde eu estava com a cab
" Que tal jantar? "Abro um sorriso espontâneo assim que leio a mensagem." Tu puedes? Na minha casa às 20:00? "Ela me manda outra mensagem."Combinado."Eu respondo eufórica, e logo em seguida meu celular toca.— Eu acabei de te responder, eu posso sim. — Nem verifiquei quem estava ligando, achei que fosse a Raquel.— Pode o que Carla? — Era Hernando.— Ah nada. — Gaguejo. — Desculpa, achei que fosse outra pessoa.— Quem? — Ele pergunta.— A antiga dona do imóvel da escola que eu comprei, ela marcou a nossa reunião para mais tarde. — Menti, e nem sei porque.— Mais tarde que horas? Queria te levar para jantar hoje.— Não vai dar amor, devo chegar tarde.Hernando tentou criar caso por isso, mas naquele momento eu realmente não estava a fim de bater boca, praticamente o
Alguns dias se passarão e a minha amizade com a Raquel crescia cada vez mais, estávamos cada dia mais unidas, nos falávamos todos os dias e praticamente o dia todo, nos víamos sempre que possível.Quem não estava gostando nada disso era Hernando que de uma hora para a outra começou a implicar com a amizade que eu tinha com a Raquel, sem nem dizer o motivo, portanto é claro que eu não dei importância, mas com isso nossas brigas se tornaram mais constantes.Os dias estavam super corridos e eu tinha acabado deixando de lado a compra do apartamento, mas a atitude do Hernando serviu para me dá um empurrão e resolver isso logo, por enquanto eu estava morando com ele, mas ansiava pela mudança, ele já estava se intrometendo demais em minha vida....— Que surpresa boa. — Raquel fala abrindo um sorriso assim que bato em sua porta. — O que faz aqui? &m
— ... E aí você toparia tornar aquele sonho realidade? — Ela fala próximo a mim.Ela fala muito próximo a mim, muito próximo mesmo, e se aproximava cada vez mais, estava de quatro em cima da cama e vinha para cima de mim.Minhas mãos começaram a suar e eu não conseguia me mexer, sinto minha garganta fechando e a sensação de que não consigo respirar, pude sentir perfeitamente o seu hálito sabor pizza de tão próximo a minha, a boca dela estava.— Peguei. — Ela fala.Fala e abre um leve sorriso, logo depois ela leva até a boca, a fatia de pizza que havia pegado na caixa atrás de mim, morde, se lambuzando, chupando os dedos e rindo é claro.— Não acredito. — Eu falei tão baixo que ela não pode ouvir.O caso é que fiquei frustrada e aliviada ao mesmo tempo, eu sei que