Enquanto colocava o avental de garçonete para começar a servir mesas na cafeteria em que trabalhava, Melissa se lembrou de quando era pequena e tinha apenas 7 anos, quando sua mãe lhe deixou na casa de sua madrinha que estava muito doente na época e disse a ela:—" Oh minha querida, mamãe vai ter que viajar por alguns dias e logo voltará, se comporte bem e obedeça sua madrinha." Melissa a questionou triste:—" Mas porquê a senhora não me leva junto mamãe, quero ir com a senhora, por favor, me leva com a senhora."Com um olhar triste e os olhos marejados, ela acariciou as bochechas da pequena filha e olhando com nos olhos tristes da menina, sua mãe respondeu:—" Meu amor, mamãe não pode te levar, mas prometo que voltarei logo e tudo voltará ao normal, podemos até tomar sorvete juntas se você quiser."Melissa lembra que ficou feliz na época e concordou obediente, afinal era só alguns dias, mas isso não foi verdade, sua mãe não voltou. Ela era muito nova na época para se perguntar o porq
Melissa respondeu sem muito entusiasmo:—" Tudo bem, podemos fazer isso."A conversa das duas foi interrompida pelo gerente do café, que entrou na sala onde as duas estavam e disse:—" Já era para vocês estarem trabalhando e não jogando conversa fora."Luana revirou os olhos e abraçou ele dizendo:—" Oh Fernando, não seja chato, já estamos indo, só estávamos sobre o aniversário de 18 anos de mel, que será mês que vem." Fernando olhou ainda mais repreensivo para as duas e comentou como um sussurro para que só os três escutassem:—" Outro motivo para vocês não estarem aqui jogando conversa fora, já pensou se a patroa escuta e descobre que Melissa é de menor? Ela não está nem aí se vocês não fazem questão de carteira fixada, é até melhor para ela. Mas se ela descobrir que eu ajudei a enganar ela para a menina trabalhar aqui porque fiquei com pena, ela vai colocar todos nós no olho da rua, nas melhores das hipóteses."Luana resmungou e levantou as mão em rendição dizendo:—" Nossa, tudo b
Melissa acenou concordando e disse:—" Tudo acontece na hora certa dona Lena, talvez seu filho só não tenha encontrado alguém que lhe fizesse querer casar e ter filhos."Lena concordou e antes que continuasse a falar, seu celular tocou e ela comentou ao olhar para o indicador de chamada:—" Em falar naquele garoto, ele está me ligando, só um minuto tá bom querida?"Mel assentiu e esperou a senhorinha terminar a chamada com o filho. Quando finalmente encerrou a chamada, a senhorinha comentou:—" Minha querida, foi muito bom conversar com você, sua companhia sempre faz muto bem para uma senhora solitária como eu, infelizmente tenho que ir agora, meu filho é muito teimoso e quer que volte para casa."Balançando a cabeça mostrando que havia entendido, Melissa respondeu:—" Tudo bem, se cuide dona Lena, e obrigada por hoje."Dando uma piscadela para a jovem, a senhora estendeu algumas notas e colocou sobre a mão da jovem escondido, dizendo:—" Isso aqui é apenas uma gorjeta pelo seu ótimo
Sua tia sempre foi a primeira a não querer- ela por perto, tudo saindo da boca dela parecia tão falso e forçado que lhe embrulhava o estômago. Seu tio nunca fez questão de estar perto ou se importou dela ser sobrinha de sangue dele, ele sempre foi indiferente a ela, como se nem fosse realmente seu tio biológico.Por fim Ítalo, ele estava lhe olhando de uma forma sombria, mais do que de costume, parecia que o teto estava prestes a cair sobre sua cabeça e ela não sabia. Mesmo ansiosa e curiosa, ela decidiu ficar em silêncio, esperando a bomba cair em seu colo, sem demonstrar medo. Se divertindo com o auto controle da prima, que mesmo estando ansiosa, permanecia calada e indiferente, como se não pertencesse a aquele lugar, Ítalo comentou:—" Você vai comemorar seu aniversário de 18 anos ratinha?" Renata lançou um olhar repreensivo para o filho e disse:—" Ítalo, não fale assim com sua prima." Ele deu de ombros e apática, Mel respondeu:—" Já estou acostumada." Olhando bem para o primo,
Ítalo deu uma leve risada, zombando da prima, Renata levantou uma se suas sobrancelhas se sentindo satisfeita e Renata também, por fim respondeu:—" A única coisa que você precisa saber é que devemos a ele, ele aceitou se deitar com você em troca, para quitar a nossa dívida." Melissa não acreditou naquilo e retrucou:—" Não pode ser verdade, o senhor é secretário do ministro da segurança, ganha o suficiente para não dever a um desconhecido." Comprimindo os lábios irritado, o tio dela a respondeu:—" A família dele é mais poderosa que eu ou o ministro da segurança, o rapaz Village se interessou por você, isso pagará sua dívida que tem conosco também, matamos dois coelhos com uma cajadada só."Melissa serrou dentes de tanta raiva e comentou:—" Como vocês têm coragem de vender a sobrinha desse jeito?" Bufando ele respondeu:—" Você pense o que quiser, mas agora não faça mais perguntas, apenas jante em silêncio, acho que já conversamos tudo que tínhamos para conversar."Ela olhou para a
No dia seguinte, Melissa acordou cedo como de costume, se arrumou e seguiu para o trabalho. Durante o caminho comprou algo para comer, quando estava perto da entrada do café onde trabalhava, se esbarrou em um homem alto e robusto. O homem desamassou o terno e disse impaciente:—" Você está cega, não olha para onde anda?" Ela encarou o homem grosseiro e respondeu:—" Eu estava olhando, você que entrou na minha frente." O homem bufou e saiu sem querer mais falar com ela. Ela deu de ombros e comentou sozinha:—" É cada uma que me aparece logo cedo."Após tomar ar, ela colocou um sorriso no rosto e entrou no café, todos seus problemas ficaram da porta para fora. Gentilmente ela cumprimentou todos que já haviam chegado e foi bater ponto e se trocar.Durante todo o dia, mesmo estando ansiosa com o que teria que fazer de noite, ela tentou se manter tranquila, afinal uma hora ou outra ela teria que se tornar mulher, mesmo não querendo que acontecesse nessas circunstâncias. Vendo a amiga pensa
Após tomar banho e se deitar olhando por longos minutos para o teto, Melissa tomou coragem e resolveu começar a se arrumar. Abrindo a caixa, que seu primo lhe deu, ela avistou um vestido branco, com renda, junto tinha um bilhete:Bilhete:"Branco representante pureza, acho que combina com a ocasião já que você vai perder a sua.Ratinha, espero que goste, apesar de que irá passar pouco tempo com ele vestida. Ass: Ítalo."Logo depois de colocá-lo no corpo, ela deu um leve suspiro e murmurou:—" Pensei que seria pior."Apesar de ser curto e ela ter que ficar puxando para baixo a cada passo, ela não o odiou totalmente. Em seguida, após assistir vários tutoriais de penteados, conseguiu fazer algo.Por fim, fez uma leve maquiagem e se perfumou toda. Olhando a hora, ela se assustou com como passou rápido, só faltava alguns minutos para as 19 horas. Se olhando algumas vezes no espelho e se encarando, ela achou que tinha ficado bom. Repetindo para si mesma várias vezes ela disse:—" Você conse
Animado, Leandro falou:—" Obrigada primo, você está quebrando um galho enorme para mim. O nome dela é Melissa, está no bar e está vestida com um vestido branco, acho que vai ser a mulher mais linda que você vai ver, ela parece ser bem jovem, mas já é de maior." Infeliz, Otávio respondeu:—" Ok, vou desligar, veja se não me envolve nas suas coisas na próxima vez."Sem esperar respostas, ele encerrou a ligação e continuou a andar, indo para o bar do hotel que estava aparentemente cheio. Ao chegar no grande salão luxuoso, Otávio deu uma varredura superficial com os olhos à procura da tal mulher.Uma certa mulher chamou-lhe muito a atenção, entre todas ali presente, ela era realmente a mais linda, e tinha um ar de pura e inocente, estranhamente ele sentiu uma sensação diferente que ele mesmo não sabia explicar. Mesmo a garota batendo com a descrição do primo, ele sentiu algo errado, ela não parecia ser uma qualquer, o que fez ele achar tudo muito estranho, mas podia estar pensando demais