Melissa acenou concordando e disse:
—" Tudo acontece na hora certa dona Lena, talvez seu filho só não tenha encontrado alguém que lhe fizesse querer casar e ter filhos."Lena concordou e antes que continuasse a falar, seu celular tocou e ela comentou ao olhar para o indicador de chamada:—" Em falar naquele garoto, ele está me ligando, só um minuto tá bom querida?"Mel assentiu e esperou a senhorinha terminar a chamada com o filho. Quando finalmente encerrou a chamada, a senhorinha comentou:—" Minha querida, foi muito bom conversar com você, sua companhia sempre faz muto bem para uma senhora solitária como eu, infelizmente tenho que ir agora, meu filho é muito teimoso e quer que volte para casa."Balançando a cabeça mostrando que havia entendido, Melissa respondeu:—" Tudo bem, se cuide dona Lena, e obrigada por hoje."Dando uma piscadela para a jovem, a senhora estendeu algumas notas e colocou sobre a mão da jovem escondido, dizendo:—" Isso aqui é apenas uma gorjeta pelo seu ótimo atendimento, espero que você consiga alcançar suas metas, se formar e ser uma mulher realizada no futuro, quando isso acontecer, lembre-se que estou aqui torcendo por você, você merece."Atordoada, Mel colocou a gorjeta no bolso, como sempre fazia quando recebia uma gorjeta e respondeu feliz:—" Obrigada mesmo dona Lena, a senhora é uma ótima pessoa."Após se despedirem, Mel voltou para o trabalho, Luana se aproximou e comentou:—" Dona Lena gosta mesmo de você, antes ela mal vinha por aqui, depois que você começou a trabalhar aqui, ela sempre vem, pelo que parece ,mais por você do que pelo lugar, qual o segredo para você conseguir conquistar todos os velhinhos do café? Eles te adoram."Ela deu de ombros e respondeu:—" Não sei, só sou gentil e os trato como trataria minha mãe ou minha avó se tivesse."Luana a olhou triste por ela ser assim, tão solitária em relação a sua família e disse:—" Amiga, sinto muito."Fernando avistou as duas conversando e as chamou a atenção:—" Ao trabalho, deixem para conversar depois."E foi o que as duas fizeram, voltaram ao trabalho....Quando chegou em casa, após o trabalho, Melissa estava exausta e não via a hora de tomar um banho relaxante e dormir. Para não escutar xingamentos e humilhações, ela sempre comia no trabalho, para não ter o desprazer de passar muito tempo frente a frente com sua família nas refeições do dia.Indo direto para o quarto, ela colocou a bolsa sobre a cama e pegou seus produtos de higiene para tomar seu banho. Tirando o sapato, ela não percebeu que havia alguém na porta de seu quarto.Encostado no batente da porta, ele olhou para ela friamente e disse:—" Falta menos de 1 mês para seu aniversário de 18 anos, o que você gostaria de ganhar de presente ratinha?"Ela olhou para ele séria e comprimiu os lábios em desgosto e raiva. Em um tom firme, ela respondeu:—" Quero que você me deixe em paz."Ele revirou os olhos e entrou no quarto com o rosto sombrio, fazendo ela sentir uma pontada de medo no coração. Dando passos lentos até a cama onde ela estava sentada enquanto tirava os pastos. E se sentando ao lado dela, ele disse:—" Sei que você não vê a hora completar seus 18 anos e ir embora daqui, mas e se nós não te deixar ir, te demos comida, teto e uma chance de não ser uma mulher do mundo que fica pedindo comida e trocando o corpo por um pão, talvez nem tivesse mais viva. Você tinha que ser grata, tem a chance que muitas queriam."Ela sentiu um amargo em seu coração, ela pensou mil coisas que poderia falar, os xingamentos, humilhações, as agressões, as benditas agressões. Graças a eles, ela não acreditava em finais felizes, para ela, final feliz seria somente se ela conseguisse ir para longe deles, cortar o contato e fingir que nunca os conheceu. Tão fria quanto ele, Melissa perguntou:—" O que você quer de verdade, porque está no meu quarto com esse assunto?" Ele olhou ao redor e se levantou, limpando-se dizendo:—" Vim até esse muquifo para dizer que meus pais fizeram um jantar especial, querem todos reunidos, sua presença é fundamental, apresse-se, estamos te esperando."Antes que ela abrisse a boca para recusar ou dizer algo, ele completou:—" Se você recusar será pior, farei você se arrepender amargamente, sabe que posso sair um pouco do controle às vezes quando estou estressado e você não obedece."Ela o olhou apática e assentiu, e viu ele sorrindo satisfeito antes de sair do quarto dela. Sozinha ela suspirou aliviada e pensou o que eles queriam dela, não era normal eles a convidarem para jantar de boa e espontânea vontade, algo estava errado. Indo para o banheiro, se banhar, ela tentou se preparar mental para o que estava prestes a vir. Enquanto a água caia sobre sei corpo, ela repetia para si mesma como um mantra:—" É só até mais algumas semanas, depois você vai sumir, vai para bem longe deles e esquecerá esse período da sua vida."...Quando desceu para se juntar aos demais, Melissa percebeu a mesa farta e bem arrumada, como se realmente fosse uma ocasião especial. Em pé próxima a mesa, ela perguntou receosa:—" Fiz algo de errado para me chamarem aqui."A mulher do seu tio, Renata respondeu sorrindo de forma forçada:—" Que isto, menina, está assustada, você não fez nada de errado, só queremos um jantar em família, faz tanto tempo que não fazemos isso, você está sempre ocupada com seu trabalho, seu tio e primo também, achei que seria bom termos um tempo juntos, como família." Cutucando o marido com o ombro, ela perguntou para o marido entre os dentes:—" Não é mesmo, Carlos?" O tio dela acenou confirmando e disse preguiçoso:—" Sim , exatamente, andamos todos muito ocupados, temos que ter mais momentos assim, afinal somos uma família, apesar das divergências."Melissa a olhava séria, com o rosto desprovido de qualquer reação, mas ela está surpresa com a mudança de comportamento da tia, não somente com o dela como de todos os outros dois.Sua tia sempre foi a primeira a não querer- ela por perto, tudo saindo da boca dela parecia tão falso e forçado que lhe embrulhava o estômago. Seu tio nunca fez questão de estar perto ou se importou dela ser sobrinha de sangue dele, ele sempre foi indiferente a ela, como se nem fosse realmente seu tio biológico.Por fim Ítalo, ele estava lhe olhando de uma forma sombria, mais do que de costume, parecia que o teto estava prestes a cair sobre sua cabeça e ela não sabia. Mesmo ansiosa e curiosa, ela decidiu ficar em silêncio, esperando a bomba cair em seu colo, sem demonstrar medo. Se divertindo com o auto controle da prima, que mesmo estando ansiosa, permanecia calada e indiferente, como se não pertencesse a aquele lugar, Ítalo comentou:—" Você vai comemorar seu aniversário de 18 anos ratinha?" Renata lançou um olhar repreensivo para o filho e disse:—" Ítalo, não fale assim com sua prima." Ele deu de ombros e apática, Mel respondeu:—" Já estou acostumada." Olhando bem para o primo,
Ítalo deu uma leve risada, zombando da prima, Renata levantou uma se suas sobrancelhas se sentindo satisfeita e Renata também, por fim respondeu:—" A única coisa que você precisa saber é que devemos a ele, ele aceitou se deitar com você em troca, para quitar a nossa dívida." Melissa não acreditou naquilo e retrucou:—" Não pode ser verdade, o senhor é secretário do ministro da segurança, ganha o suficiente para não dever a um desconhecido." Comprimindo os lábios irritado, o tio dela a respondeu:—" A família dele é mais poderosa que eu ou o ministro da segurança, o rapaz Village se interessou por você, isso pagará sua dívida que tem conosco também, matamos dois coelhos com uma cajadada só."Melissa serrou dentes de tanta raiva e comentou:—" Como vocês têm coragem de vender a sobrinha desse jeito?" Bufando ele respondeu:—" Você pense o que quiser, mas agora não faça mais perguntas, apenas jante em silêncio, acho que já conversamos tudo que tínhamos para conversar."Ela olhou para a
No dia seguinte, Melissa acordou cedo como de costume, se arrumou e seguiu para o trabalho. Durante o caminho comprou algo para comer, quando estava perto da entrada do café onde trabalhava, se esbarrou em um homem alto e robusto. O homem desamassou o terno e disse impaciente:—" Você está cega, não olha para onde anda?" Ela encarou o homem grosseiro e respondeu:—" Eu estava olhando, você que entrou na minha frente." O homem bufou e saiu sem querer mais falar com ela. Ela deu de ombros e comentou sozinha:—" É cada uma que me aparece logo cedo."Após tomar ar, ela colocou um sorriso no rosto e entrou no café, todos seus problemas ficaram da porta para fora. Gentilmente ela cumprimentou todos que já haviam chegado e foi bater ponto e se trocar.Durante todo o dia, mesmo estando ansiosa com o que teria que fazer de noite, ela tentou se manter tranquila, afinal uma hora ou outra ela teria que se tornar mulher, mesmo não querendo que acontecesse nessas circunstâncias. Vendo a amiga pensa
Após tomar banho e se deitar olhando por longos minutos para o teto, Melissa tomou coragem e resolveu começar a se arrumar. Abrindo a caixa, que seu primo lhe deu, ela avistou um vestido branco, com renda, junto tinha um bilhete:Bilhete:"Branco representante pureza, acho que combina com a ocasião já que você vai perder a sua.Ratinha, espero que goste, apesar de que irá passar pouco tempo com ele vestida. Ass: Ítalo."Logo depois de colocá-lo no corpo, ela deu um leve suspiro e murmurou:—" Pensei que seria pior."Apesar de ser curto e ela ter que ficar puxando para baixo a cada passo, ela não o odiou totalmente. Em seguida, após assistir vários tutoriais de penteados, conseguiu fazer algo.Por fim, fez uma leve maquiagem e se perfumou toda. Olhando a hora, ela se assustou com como passou rápido, só faltava alguns minutos para as 19 horas. Se olhando algumas vezes no espelho e se encarando, ela achou que tinha ficado bom. Repetindo para si mesma várias vezes ela disse:—" Você conse
Animado, Leandro falou:—" Obrigada primo, você está quebrando um galho enorme para mim. O nome dela é Melissa, está no bar e está vestida com um vestido branco, acho que vai ser a mulher mais linda que você vai ver, ela parece ser bem jovem, mas já é de maior." Infeliz, Otávio respondeu:—" Ok, vou desligar, veja se não me envolve nas suas coisas na próxima vez."Sem esperar respostas, ele encerrou a ligação e continuou a andar, indo para o bar do hotel que estava aparentemente cheio. Ao chegar no grande salão luxuoso, Otávio deu uma varredura superficial com os olhos à procura da tal mulher.Uma certa mulher chamou-lhe muito a atenção, entre todas ali presente, ela era realmente a mais linda, e tinha um ar de pura e inocente, estranhamente ele sentiu uma sensação diferente que ele mesmo não sabia explicar. Mesmo a garota batendo com a descrição do primo, ele sentiu algo errado, ela não parecia ser uma qualquer, o que fez ele achar tudo muito estranho, mas podia estar pensando demais
Nervosa, bem mais pelo fato de ser a sua primeira vez, Melissa respondeu impaciente:—"Sou, eu sou de maior, tenho 18 anos, agora não pergunte muito, só vamos terminar logo com isso."Ele resolveu acreditar nela e voltou devorar a boca dela. O clima entre eles estava repleto de desejo e um sentimento que nenhum dos dois sabiam explicar, mas a cada toque parecia que tinham a certeza que era aquilo que eles queriam. Rapidamente, Otávio tirou o vestido dela, deixando ela somente de calcinha. A dela calcinha era do mesmo tom do vestido, toda rendada, admirando cada detalhe nela, ele sorriu exc1t4d0, por fim tirou o último pedaço de pano que ela ainda vestia.Ofegante, ela sentiu o rosto queimar com os olhares dele sobre ela, era como se ela fosse um prato farto que ele mal podia esperar para devorar, mas ela não estava com medo, seu corpo pedia por cada toque e cada carícia daquele homem. Rapidamente Otávio tirou o terno, a gravata, a blusa e por fim o cinto e as calças, ficando apenas co
Deitado na cama de peito para cima, Otávio a puxou para seus braços e a deitou em seu peito, acariciando entre os cabelos suados dela. Sentido-se relaxado, ele perguntou:—" Gostou da sua primeira vez?"Ela estava com a resposta na ponta da língua, mas quando ela iria responder, o celular dele começou a tocar. Olhando o indicador de chamada, ele viu que era seu primo quem estava ligando. Rapidamente ele se sentou e atendeu perguntando:—" O que aconteceu para estar me ligando, Leandro?" O primo respondeu do outro lado da linha:—" Estou aqui no hotel, procurei a garota que iria encontrar e nada, você avisou a ela que eu estava a caminho e iria atrasar um pouco?"Ele olhou para Melissa encolhida em seus braços e respondeu:—" Avisei e fui embora, não sei se ela esperou ou não e também não sou babá para ficar de olho nela para que ela não fugisse, agora estou ocupado, depois nós falamos." Antes de desligar, ele pode escutar o primo falando:—" Que merda, mas e os investidores..."Otávio
Ela concordou e pegou a caixa e a garrafa de água, após abrir e colocar o remédio dentro da boca, ela bebeu um gole de água e engoliu. Abrindo a boca para mostrar que tinha engolindo, ela disse:—" Pronto, está feito." Ele concordou e perguntou:—" Certo, agora me diga onde você quer que eu lhe deixe?"Ela pensou por alguns instantes, antes de responder:—" Me deixe na próxima praça que for perto." Ele franziu o cenho e perguntou curioso:—" Você tem certeza?" Ela acenou confirmando e respondeu:—" Sim, por favor."Sem questionar mais, ele deu a ordem para seu motorista que acatou. Na praça mais próxima, ela desceu e não se despediu, achou que não teria necessidade pois ele era um desconhecido e que não iria voltar mais ver ele, por esse motivo poderia pular o até a próxima ou o até logoVendo que ela estava séria e indiferente, sentado no banco de trás do carro, Otávio a encarou pensativo, mas também não trocou nenhuma palavra com ela, e repetiu para si mesmo, "foi só sexo". Dando a