Sua tia sempre foi a primeira a não querer- ela por perto, tudo saindo da boca dela parecia tão falso e forçado que lhe embrulhava o estômago. Seu tio nunca fez questão de estar perto ou se importou dela ser sobrinha de sangue dele, ele sempre foi indiferente a ela, como se nem fosse realmente seu tio biológico.
Por fim Ítalo, ele estava lhe olhando de uma forma sombria, mais do que de costume, parecia que o teto estava prestes a cair sobre sua cabeça e ela não sabia. Mesmo ansiosa e curiosa, ela decidiu ficar em silêncio, esperando a bomba cair em seu colo, sem demonstrar medo. Se divertindo com o auto controle da prima, que mesmo estando ansiosa, permanecia calada e indiferente, como se não pertencesse a aquele lugar, Ítalo comentou:—" Você vai comemorar seu aniversário de 18 anos ratinha?" Renata lançou um olhar repreensivo para o filho e disse:—" Ítalo, não fale assim com sua prima." Ele deu de ombros e apática, Mel respondeu:—" Já estou acostumada." Olhando bem para o primo, ela respondeu-lhe:—" Não pretendo fazer nada para comemorar, como todos os outros anos." Ele franziu o cenho e disse se sentindo divertido:—" Só se faz 18 anos uma vez na vida." Rapidamente ela respondeu:—" Todos os anos só completamos uma vez, os 18 não seria diferente." Ele revirou os olhos e comentou:—"Você tinha que comemorar, nunca se sabe o dia de amanhã, talvez você não esteja mais entre nós, como sua mãe, por exemplo."Ela o olhou com espanto, sem saber se o que tinha falado era verdade ou não. Inconscientemente ela falou como um sussurro:—" Minha mãe está morta?"Atordoada e com o peito doendo em pensar que a mãe poderia estar morta, ela sentiu que não aguentaria mais ser forte. Tentando se manter firme, ela pensou que ele gostava de jogar com ela, isso só poderia ser mais uma de suas torturas psicológicas, só podia ser, pensou ela. Lançando outro olhar repreensivo para o filho, Renata estava prestes a dizer alguma coisas, quando foi interrompida por Carlos que falou primeiro:—" Acho melhor você não falar besteira Ítalo, ou quer que te aplique um castigo." O filho fez uma careta e respondeu:—" Desde quando vocês se tornaram tão caretas? Só estou brincando com minha ratinha." Com o semblante ainda mais fechado, Carlos respondeu o filho:—" Isso não é hora de brincar com sua prima, então já chega." Sem paciência e se sentindo revoltado, Ítalo comentou:—" Porquê vocês não param com esse teatrinho e vão direto ao assunto."Cansada daquela cena, Melissa arrumou coragem de onde não tinha e perguntou:—" Se vocês sabem sobre minha mãe, então me digam, ela realmente está morta? Ela não me abandonou?"Quando se tratava sobre a mãe dela, ela arrumava coragem, já era torturante demais viver esses anos todos sem saber dela. Ela queria saber se a mãe dela tinha lhe abandonado ou não, se ela se arrependia ou pensava nela, mas principalmente, Melissa queria saber o porquê dela ter lhe abandonado.Porém agora tinha a hipótese que ela poderia estar morta, e se ela tivesse doente e não queria que a filha soubesse ou sofresse, havia inúmeros questionamentos na mente de Melissa. Ítalo sorriu satisfeito, e vendo o semblante devastado e confuso da prima, era assim que me gostava de ver ela, assim ele perguntou sarcástico:—" Você fica tão linda assim ratinha, você não sabe o quanto é prazeroso te ver sem aquela expressão fria e séria, essa expressão de desespero e ansiedade te cai melhor." Gritando com o filho, Carlos disse:—" Já chega Ítalo, isso não é hora." Já irritada e fora de si, Melissa voltou a perguntar:—" O que houve com minha mãe, se vocês sabem algo sobre ela me digam, eu mereço saber, eu mereçooo." Renata lançou um olhar de escárnio e os três se entre olharam, Antônia entendeu o recado e respondeu sério:—" Podemos te dizer o que sabemos dela, mas com uma condição?" Ansiosa, ela perguntou:—"Qual?" Seu tio respondeu:—" Você precisa ter uma noite com uma pessoa importante, tem que agradar ele, ele é muito difícil de agradar." Surpresa ela murmurou:—" Tr4ns4r com um estranho?" O primo sorriso ainda mais satisfeito e divertido e comentou:—" Isso não será difícil para ela, imagino que ela já agradou muitos homens nessa vida, essa cara de put@ dela não tem como esconder."Com os olhos ardendo por conta da vontade de chorar, ela olhou para baixo e segurou firmemente as lágrimas que queriam sair, mas ela foi mais forte. Serrando os dentes de ódio, ela respondeu:—" Não obrigada, quando eu fizer 18 anos vou atrás dela, eu mesma procurarei saber o que aconteceu com ela." Renata sorriu e respondeu:—" Quero só saber como, é incrível como esses jovens acham que quando ficarem de maior vão ser independentes e conseguiram mover o mundo, querida, a realidade é bem diferente, e você vai querer se rastejar pedindo para voltar." Carlos respondeu:—" Você comeu e morou esses anos aqui sem pagar nada, até dei educação e é assim que você retribuiu? Como você pode ser tão ingrata? Sua tia está certa, você acha que a vida adulta é fácil, e te digo que não é, porém eu posso piorar, posso fazer tudo ser ainda mais difícil e infeliz sua vida."Os olhos do primo queimavam em direção a Melissa, que estava ainda mais devastada sem acreditar onde tudo aquilo foi parar, parecia que o chão debaixo dela estava se abrindo e ela estava prestes a cair, e isso excitava ainda mais ele. Gaguejando, ela respondeu:—" Vocês... Eu... Se eu fizer isso, ir para cama com esse desconhecido, vocês me deixam ir embora em paz, me deixaram livre? Não vou dever mais nada para vocês, certo?"Carlos acenou confirmando e disse:—" Claro, apenas faça e está livre, de brinde ainda te falaremos tudo que você quer saber sobre sua mãe." Melissa concordou e disse:—" Certo, mas pelo menos posso saber o porquê eu tenho que tr4ns4r com esse desconhecido?"Ítalo deu uma leve risada, zombando da prima, Renata levantou uma se suas sobrancelhas se sentindo satisfeita e Renata também, por fim respondeu:—" A única coisa que você precisa saber é que devemos a ele, ele aceitou se deitar com você em troca, para quitar a nossa dívida." Melissa não acreditou naquilo e retrucou:—" Não pode ser verdade, o senhor é secretário do ministro da segurança, ganha o suficiente para não dever a um desconhecido." Comprimindo os lábios irritado, o tio dela a respondeu:—" A família dele é mais poderosa que eu ou o ministro da segurança, o rapaz Village se interessou por você, isso pagará sua dívida que tem conosco também, matamos dois coelhos com uma cajadada só."Melissa serrou dentes de tanta raiva e comentou:—" Como vocês têm coragem de vender a sobrinha desse jeito?" Bufando ele respondeu:—" Você pense o que quiser, mas agora não faça mais perguntas, apenas jante em silêncio, acho que já conversamos tudo que tínhamos para conversar."Ela olhou para a
No dia seguinte, Melissa acordou cedo como de costume, se arrumou e seguiu para o trabalho. Durante o caminho comprou algo para comer, quando estava perto da entrada do café onde trabalhava, se esbarrou em um homem alto e robusto. O homem desamassou o terno e disse impaciente:—" Você está cega, não olha para onde anda?" Ela encarou o homem grosseiro e respondeu:—" Eu estava olhando, você que entrou na minha frente." O homem bufou e saiu sem querer mais falar com ela. Ela deu de ombros e comentou sozinha:—" É cada uma que me aparece logo cedo."Após tomar ar, ela colocou um sorriso no rosto e entrou no café, todos seus problemas ficaram da porta para fora. Gentilmente ela cumprimentou todos que já haviam chegado e foi bater ponto e se trocar.Durante todo o dia, mesmo estando ansiosa com o que teria que fazer de noite, ela tentou se manter tranquila, afinal uma hora ou outra ela teria que se tornar mulher, mesmo não querendo que acontecesse nessas circunstâncias. Vendo a amiga pensa
Após tomar banho e se deitar olhando por longos minutos para o teto, Melissa tomou coragem e resolveu começar a se arrumar. Abrindo a caixa, que seu primo lhe deu, ela avistou um vestido branco, com renda, junto tinha um bilhete:Bilhete:"Branco representante pureza, acho que combina com a ocasião já que você vai perder a sua.Ratinha, espero que goste, apesar de que irá passar pouco tempo com ele vestida. Ass: Ítalo."Logo depois de colocá-lo no corpo, ela deu um leve suspiro e murmurou:—" Pensei que seria pior."Apesar de ser curto e ela ter que ficar puxando para baixo a cada passo, ela não o odiou totalmente. Em seguida, após assistir vários tutoriais de penteados, conseguiu fazer algo.Por fim, fez uma leve maquiagem e se perfumou toda. Olhando a hora, ela se assustou com como passou rápido, só faltava alguns minutos para as 19 horas. Se olhando algumas vezes no espelho e se encarando, ela achou que tinha ficado bom. Repetindo para si mesma várias vezes ela disse:—" Você conse
Animado, Leandro falou:—" Obrigada primo, você está quebrando um galho enorme para mim. O nome dela é Melissa, está no bar e está vestida com um vestido branco, acho que vai ser a mulher mais linda que você vai ver, ela parece ser bem jovem, mas já é de maior." Infeliz, Otávio respondeu:—" Ok, vou desligar, veja se não me envolve nas suas coisas na próxima vez."Sem esperar respostas, ele encerrou a ligação e continuou a andar, indo para o bar do hotel que estava aparentemente cheio. Ao chegar no grande salão luxuoso, Otávio deu uma varredura superficial com os olhos à procura da tal mulher.Uma certa mulher chamou-lhe muito a atenção, entre todas ali presente, ela era realmente a mais linda, e tinha um ar de pura e inocente, estranhamente ele sentiu uma sensação diferente que ele mesmo não sabia explicar. Mesmo a garota batendo com a descrição do primo, ele sentiu algo errado, ela não parecia ser uma qualquer, o que fez ele achar tudo muito estranho, mas podia estar pensando demais
Nervosa, bem mais pelo fato de ser a sua primeira vez, Melissa respondeu impaciente:—"Sou, eu sou de maior, tenho 18 anos, agora não pergunte muito, só vamos terminar logo com isso."Ele resolveu acreditar nela e voltou devorar a boca dela. O clima entre eles estava repleto de desejo e um sentimento que nenhum dos dois sabiam explicar, mas a cada toque parecia que tinham a certeza que era aquilo que eles queriam. Rapidamente, Otávio tirou o vestido dela, deixando ela somente de calcinha. A dela calcinha era do mesmo tom do vestido, toda rendada, admirando cada detalhe nela, ele sorriu exc1t4d0, por fim tirou o último pedaço de pano que ela ainda vestia.Ofegante, ela sentiu o rosto queimar com os olhares dele sobre ela, era como se ela fosse um prato farto que ele mal podia esperar para devorar, mas ela não estava com medo, seu corpo pedia por cada toque e cada carícia daquele homem. Rapidamente Otávio tirou o terno, a gravata, a blusa e por fim o cinto e as calças, ficando apenas co
Deitado na cama de peito para cima, Otávio a puxou para seus braços e a deitou em seu peito, acariciando entre os cabelos suados dela. Sentido-se relaxado, ele perguntou:—" Gostou da sua primeira vez?"Ela estava com a resposta na ponta da língua, mas quando ela iria responder, o celular dele começou a tocar. Olhando o indicador de chamada, ele viu que era seu primo quem estava ligando. Rapidamente ele se sentou e atendeu perguntando:—" O que aconteceu para estar me ligando, Leandro?" O primo respondeu do outro lado da linha:—" Estou aqui no hotel, procurei a garota que iria encontrar e nada, você avisou a ela que eu estava a caminho e iria atrasar um pouco?"Ele olhou para Melissa encolhida em seus braços e respondeu:—" Avisei e fui embora, não sei se ela esperou ou não e também não sou babá para ficar de olho nela para que ela não fugisse, agora estou ocupado, depois nós falamos." Antes de desligar, ele pode escutar o primo falando:—" Que merda, mas e os investidores..."Otávio
Ela concordou e pegou a caixa e a garrafa de água, após abrir e colocar o remédio dentro da boca, ela bebeu um gole de água e engoliu. Abrindo a boca para mostrar que tinha engolindo, ela disse:—" Pronto, está feito." Ele concordou e perguntou:—" Certo, agora me diga onde você quer que eu lhe deixe?"Ela pensou por alguns instantes, antes de responder:—" Me deixe na próxima praça que for perto." Ele franziu o cenho e perguntou curioso:—" Você tem certeza?" Ela acenou confirmando e respondeu:—" Sim, por favor."Sem questionar mais, ele deu a ordem para seu motorista que acatou. Na praça mais próxima, ela desceu e não se despediu, achou que não teria necessidade pois ele era um desconhecido e que não iria voltar mais ver ele, por esse motivo poderia pular o até a próxima ou o até logoVendo que ela estava séria e indiferente, sentado no banco de trás do carro, Otávio a encarou pensativo, mas também não trocou nenhuma palavra com ela, e repetiu para si mesmo, "foi só sexo". Dando a
Animada, a amiga respondeu:—" É assim que se fala Mel, hoje vamos dançar e curtir muito, vamos aproveitar nossa juventude da melhor forma."Melissa concordou mas não se sentia muito entusiasmada quanto a amiga, porém ela não queria voltar para casa, ela já havia sido vendida como uma mercadoria barata, por mais que ela tenha gostado do desconhecido e da forma ele a tratou e fez se sentir, ela só foi um objeto de prazer para ele usar.O corpo dela estava estranho, um pouco ardido entre as pernas, mas nada que fosse impedir sua noite. Hoje ela iria para a primeira noitada de muitas que viriam e por ser jovem, ainda tinha muito o que aproveitar da vida e ela iria, assim que fosse para longe daquela família. Antes de desligar ela falou para a amiga:—" Estou na praça principal a 15 minutos do café, vou te esperar por aqui."Luana concordou e disse:—"Certo, daqui a pouco chego por aí."Depois de encerrar a ligação, Melissa guardou o celular na bolsa, ela não estava com cabeça para lidar