Enquanto colocava o avental de garçonete para começar a servir mesas na cafeteria em que trabalhava, Melissa se lembrou de quando era pequena e tinha apenas 7 anos, quando sua mãe lhe deixou na casa de sua madrinha que estava muito doente na época e disse a ela:
—" Oh minha querida, mamãe vai ter que viajar por alguns dias e logo voltará, se comporte bem e obedeça sua madrinha." Melissa a questionou triste:—" Mas porquê a senhora não me leva junto mamãe, quero ir com a senhora, por favor, me leva com a senhora."Com um olhar triste e os olhos marejados, ela acariciou as bochechas da pequena filha e olhando com nos olhos tristes da menina, sua mãe respondeu:—" Meu amor, mamãe não pode te levar, mas prometo que voltarei logo e tudo voltará ao normal, podemos até tomar sorvete juntas se você quiser."Melissa lembra que ficou feliz na época e concordou obediente, afinal era só alguns dias, mas isso não foi verdade, sua mãe não voltou. Ela era muito nova na época para se perguntar o porquê sua mãe estava tão triste e seus olhos marejados, naquela época ela pensava que era por ter que ficar longe dela.Mas agora ela pensa que era porque sabia que não iria voltar, e se ela realmente estivesse lhe abandonado como seu tio falou todos esses anos? Era melhor não pensar nisso, ela se recusava a acreditar que sua mãe tinha lhe abandonado, mesmo parecendo óbvio.Sua madrinha que agora era falecida, na época estava muito doente, ela ligou e ligou tentando entrar em contato com a comadre, mas foi sem sucesso, ela sabia que tinha pouco tempo de vida e não poderia cuidar da menina para sempre, e temia qual seria o futuro da afilhada, sem pai e nem mãe.No entanto, naquela mesma época, apareceu um homem, dizendo ser tio de Melissa e até mostrou retratos com a mãe dela, sem questionar, sua madrinha achou que aquilo era ótimo, a menina iria ter um bom futuro e seria muito bem criada pelo homem que aparentava ser bem de vida e por isso o deixou levar a menina.Pensando em tudo aquilo, Melissa pensou se não teria sido melhor se tivesse sido enviada para um orfanato. Sua vida na casa de seu tio não era nada boa, além de escutar xingamentos e receber castigos pesados, ainda tinha que suportar seu primo, Ítalo, que era um sádico e sentia prazer em torturar ela, mas antes a humilhava de diversas formas.Mesmo sendo nova, Melissa sentia que já tinha vivido o suficiente e aprendido o quanto a vida podia ser dura com ela. Toda vez que pensava em tudo que passou durante todos esses anos, ela sempre se perguntava o porquê ela passava por tudo aquilo, o que ela tinha feito para merecer aquilo e acabava ficando sempre deprimida, por isso era melhor não pensar e nem resistir, pois só seria pior.Seu tio, como se intitulou o homem que havia ido lhe buscar naquele tempo, junto com a esposa sempre cobravam gratidão por ter lhe dado teto e comida, no entanto isso era tudo que eles lhe davam, mesmo tendo uma condição financeira boa para viverem confortável pelo resto da vida, eles não davam um centavo ou até mesmo um berilo para ela, diziam que estavam ensinando ela a ser forte e batalhadora, mas davam de tudo para seu primo Ítalo, que só andava com mauricinhos metidos a rico.Então desde cedo Melissa tinha que se virar desde sempre para conseguir suas coisas e para sua sorte, conseguiu um emprego em uma cafeteria, não pagava muito, mas era o suficiente para seus gastos pessoais, até sobrava um dinheiro para juntar, para quando ela fosse embora para bem longe daquelas pessoas que a faziam tanto mal.Por tudo que já passou naquela família, ela mal via a hora de completar seus 18 anos e ir para longe deles, fazer uma faculdade e ter uma vida pacífica e boa, sem ter que voltar a passar o que se passava naquela casa. Só faltava 1 mês para ela completar seus 18 anos, os tão esperados 18, pensava ela que seria quando sua vida melhoraria.Saindo de seus pensamentos, Melissa foi até o congelador da geladeira que ficava na sala dos funcionários, pegou um gelo e colocou nas costas que ardiam, para ver se melhorava os hematomas nas costas causados por seu primo.Sua amiga, Luana, viu o que ela estava fazendo e perguntou preocupada:—" Mel, vai me dizer que se machucou novamente na batente da porta?"A garota sorriu sem jeito e acenou com a cabeça confirmando antes de dizer:—" Sou um pouco desastrada, então essas coisas sempre acontecem." Ela não podia contar para ninguém, seu primo sempre a ameaçava e ela não queria meter a amiga em confusão. Luana lançou um olhar repreensivo e disse:—" Mel, te conheço a tempo suficiente para saber que você está me escondendo algo, se alguém daquela casa está te maltratando, pode me falar, podemos dar um jeito, podemos ir até a polícia." Melissa arregalou os olhos nervosa e respondeu:—" Não, nada de polícia, meu tio é secretário do ministro da segurança e falar isso mesmo que seja de brincadeira e ele descobrir, ele poderia acabar com nós duas. Amiga, eu realmente me machuquei no batente da porta, não pensei demais sério."Melissa já estava conformada que não podia fazer nada contra a sua "família" mas em breve poderia ir para bem longe e fingir que essa parte de sua vida nunca aconteceu. Passando a mão na testa e balançando a cabeça em negação, Luana falou:—" Tudo bem mel, você quem sabe, mas me diga, mês que vem você vai seus 18 anos, o que pretende fazer? Podemos sair para comemorar, você que sabe."Mel concordou e disse:—" Podemos sim, não tinha planejado nada, nunca comemoro." Luana fez bico e respondeu:—" Mas esse ano vamos comemorar, você vai ficar de maior e poderá ser livre, vai ser responsável por você mesma, temos que comemorar."Melissa respondeu sem muito entusiasmo:—" Tudo bem, podemos fazer isso."A conversa das duas foi interrompida pelo gerente do café, que entrou na sala onde as duas estavam e disse:—" Já era para vocês estarem trabalhando e não jogando conversa fora."Luana revirou os olhos e abraçou ele dizendo:—" Oh Fernando, não seja chato, já estamos indo, só estávamos sobre o aniversário de 18 anos de mel, que será mês que vem." Fernando olhou ainda mais repreensivo para as duas e comentou como um sussurro para que só os três escutassem:—" Outro motivo para vocês não estarem aqui jogando conversa fora, já pensou se a patroa escuta e descobre que Melissa é de menor? Ela não está nem aí se vocês não fazem questão de carteira fixada, é até melhor para ela. Mas se ela descobrir que eu ajudei a enganar ela para a menina trabalhar aqui porque fiquei com pena, ela vai colocar todos nós no olho da rua, nas melhores das hipóteses."Luana resmungou e levantou as mão em rendição dizendo:—" Nossa, tudo b
Melissa acenou concordando e disse:—" Tudo acontece na hora certa dona Lena, talvez seu filho só não tenha encontrado alguém que lhe fizesse querer casar e ter filhos."Lena concordou e antes que continuasse a falar, seu celular tocou e ela comentou ao olhar para o indicador de chamada:—" Em falar naquele garoto, ele está me ligando, só um minuto tá bom querida?"Mel assentiu e esperou a senhorinha terminar a chamada com o filho. Quando finalmente encerrou a chamada, a senhorinha comentou:—" Minha querida, foi muito bom conversar com você, sua companhia sempre faz muto bem para uma senhora solitária como eu, infelizmente tenho que ir agora, meu filho é muito teimoso e quer que volte para casa."Balançando a cabeça mostrando que havia entendido, Melissa respondeu:—" Tudo bem, se cuide dona Lena, e obrigada por hoje."Dando uma piscadela para a jovem, a senhora estendeu algumas notas e colocou sobre a mão da jovem escondido, dizendo:—" Isso aqui é apenas uma gorjeta pelo seu ótimo
Sua tia sempre foi a primeira a não querer- ela por perto, tudo saindo da boca dela parecia tão falso e forçado que lhe embrulhava o estômago. Seu tio nunca fez questão de estar perto ou se importou dela ser sobrinha de sangue dele, ele sempre foi indiferente a ela, como se nem fosse realmente seu tio biológico.Por fim Ítalo, ele estava lhe olhando de uma forma sombria, mais do que de costume, parecia que o teto estava prestes a cair sobre sua cabeça e ela não sabia. Mesmo ansiosa e curiosa, ela decidiu ficar em silêncio, esperando a bomba cair em seu colo, sem demonstrar medo. Se divertindo com o auto controle da prima, que mesmo estando ansiosa, permanecia calada e indiferente, como se não pertencesse a aquele lugar, Ítalo comentou:—" Você vai comemorar seu aniversário de 18 anos ratinha?" Renata lançou um olhar repreensivo para o filho e disse:—" Ítalo, não fale assim com sua prima." Ele deu de ombros e apática, Mel respondeu:—" Já estou acostumada." Olhando bem para o primo,
Ítalo deu uma leve risada, zombando da prima, Renata levantou uma se suas sobrancelhas se sentindo satisfeita e Renata também, por fim respondeu:—" A única coisa que você precisa saber é que devemos a ele, ele aceitou se deitar com você em troca, para quitar a nossa dívida." Melissa não acreditou naquilo e retrucou:—" Não pode ser verdade, o senhor é secretário do ministro da segurança, ganha o suficiente para não dever a um desconhecido." Comprimindo os lábios irritado, o tio dela a respondeu:—" A família dele é mais poderosa que eu ou o ministro da segurança, o rapaz Village se interessou por você, isso pagará sua dívida que tem conosco também, matamos dois coelhos com uma cajadada só."Melissa serrou dentes de tanta raiva e comentou:—" Como vocês têm coragem de vender a sobrinha desse jeito?" Bufando ele respondeu:—" Você pense o que quiser, mas agora não faça mais perguntas, apenas jante em silêncio, acho que já conversamos tudo que tínhamos para conversar."Ela olhou para a
No dia seguinte, Melissa acordou cedo como de costume, se arrumou e seguiu para o trabalho. Durante o caminho comprou algo para comer, quando estava perto da entrada do café onde trabalhava, se esbarrou em um homem alto e robusto. O homem desamassou o terno e disse impaciente:—" Você está cega, não olha para onde anda?" Ela encarou o homem grosseiro e respondeu:—" Eu estava olhando, você que entrou na minha frente." O homem bufou e saiu sem querer mais falar com ela. Ela deu de ombros e comentou sozinha:—" É cada uma que me aparece logo cedo."Após tomar ar, ela colocou um sorriso no rosto e entrou no café, todos seus problemas ficaram da porta para fora. Gentilmente ela cumprimentou todos que já haviam chegado e foi bater ponto e se trocar.Durante todo o dia, mesmo estando ansiosa com o que teria que fazer de noite, ela tentou se manter tranquila, afinal uma hora ou outra ela teria que se tornar mulher, mesmo não querendo que acontecesse nessas circunstâncias. Vendo a amiga pensa
Após tomar banho e se deitar olhando por longos minutos para o teto, Melissa tomou coragem e resolveu começar a se arrumar. Abrindo a caixa, que seu primo lhe deu, ela avistou um vestido branco, com renda, junto tinha um bilhete:Bilhete:"Branco representante pureza, acho que combina com a ocasião já que você vai perder a sua.Ratinha, espero que goste, apesar de que irá passar pouco tempo com ele vestida. Ass: Ítalo."Logo depois de colocá-lo no corpo, ela deu um leve suspiro e murmurou:—" Pensei que seria pior."Apesar de ser curto e ela ter que ficar puxando para baixo a cada passo, ela não o odiou totalmente. Em seguida, após assistir vários tutoriais de penteados, conseguiu fazer algo.Por fim, fez uma leve maquiagem e se perfumou toda. Olhando a hora, ela se assustou com como passou rápido, só faltava alguns minutos para as 19 horas. Se olhando algumas vezes no espelho e se encarando, ela achou que tinha ficado bom. Repetindo para si mesma várias vezes ela disse:—" Você conse
Animado, Leandro falou:—" Obrigada primo, você está quebrando um galho enorme para mim. O nome dela é Melissa, está no bar e está vestida com um vestido branco, acho que vai ser a mulher mais linda que você vai ver, ela parece ser bem jovem, mas já é de maior." Infeliz, Otávio respondeu:—" Ok, vou desligar, veja se não me envolve nas suas coisas na próxima vez."Sem esperar respostas, ele encerrou a ligação e continuou a andar, indo para o bar do hotel que estava aparentemente cheio. Ao chegar no grande salão luxuoso, Otávio deu uma varredura superficial com os olhos à procura da tal mulher.Uma certa mulher chamou-lhe muito a atenção, entre todas ali presente, ela era realmente a mais linda, e tinha um ar de pura e inocente, estranhamente ele sentiu uma sensação diferente que ele mesmo não sabia explicar. Mesmo a garota batendo com a descrição do primo, ele sentiu algo errado, ela não parecia ser uma qualquer, o que fez ele achar tudo muito estranho, mas podia estar pensando demais
Nervosa, bem mais pelo fato de ser a sua primeira vez, Melissa respondeu impaciente:—"Sou, eu sou de maior, tenho 18 anos, agora não pergunte muito, só vamos terminar logo com isso."Ele resolveu acreditar nela e voltou devorar a boca dela. O clima entre eles estava repleto de desejo e um sentimento que nenhum dos dois sabiam explicar, mas a cada toque parecia que tinham a certeza que era aquilo que eles queriam. Rapidamente, Otávio tirou o vestido dela, deixando ela somente de calcinha. A dela calcinha era do mesmo tom do vestido, toda rendada, admirando cada detalhe nela, ele sorriu exc1t4d0, por fim tirou o último pedaço de pano que ela ainda vestia.Ofegante, ela sentiu o rosto queimar com os olhares dele sobre ela, era como se ela fosse um prato farto que ele mal podia esperar para devorar, mas ela não estava com medo, seu corpo pedia por cada toque e cada carícia daquele homem. Rapidamente Otávio tirou o terno, a gravata, a blusa e por fim o cinto e as calças, ficando apenas co