Felipe sai do banheiro enrolado em uma toalha, pois não tem roupa ali e não queria vestir a mesma roupa que acabou de tirar. Quando Helena o vê daquele jeito sente vontade de ri. Ela vai até o quarto e pega uma bermuda verde exército que tinha comprado para o seu pai, era de elástico e com certeza serviria para Felipe vestir, ela olha entre as suas camisas e tinha uma que usava como um vestido, ela vai até Felipe e entrega a roupa, quando ele vê a bermuda masculina a olha desconfiado. — Era um presente para o meu pai, antes que pense que é do meu amante, lembrando que só estou te falando para não me aborrecer, pois não te devo satisfação.— Eu não pensei nada — Ele veste a bermuda sem cueca mesmo, não iria vestir a que acabou de tirar. E quanto a ele ter pensando ser de algum outro homem, ele preferiu mentir para que ela não brigasse com ele. — Isso é um vestido? — Pergunta vendo uma camisa de malha cinza com uma estampa de girafa na frente, camisa ou vestido, ele não sabe ainda. —
Helena chega na empresa e procura trabalhar sem pensar em sua vida sentimental. Mesmo que o seu marido fosse o dono da empresa, teria que separar sua vida pessoal da profissional, precisava aprender a separar as coisas, ali era o seu local de trabalho, teria que saber dominar as suas emoções. Para surpresa dela Felipe não apareceu na sua sala, ela achou estranho, pois ele dizia repetidamente vamos voltar, e no momento seguinte agia como se ela não existisse. Os dias se passaram e é como se Felipe tivesse esquecido dela, Daniela havia dito que ele estava cada dia com o humor pior, e que nem Bruna apareceu depois dele ter a expulsado aos gritos, dizendo que ela não era nada dele. Helena gostou de saber da discussão dele com Bruna, mas não a faria esquecer das vezes que os dois ficaram trancados no escritório, e das festas que iam juntos, como um casal. Por fim cansada de evitar Marcelo ela resolve aceitar o convite dele para irem a uma festa na casa de um dos amigos dele. No dia Hel
Ao chegarem, Felipe desce do carro e dá a volta, abrindo a porta e a puxando pelo braço, a levando para dentro de casa. — Você está me machucando — Helena tenta puxar o seu braço, mas sem sucesso. Eles chegam na sala e Felipe a solta, mas não desvia o olhar dos dela.— Você ia mesmo ficar com Marcelo? Helena pensou que ele fosse gritar e xingar, a ofendendo, mas não foi assim, ele faz a pergunta em tom baixo, mas desesperado. — Isso importa?— Você ia ficar com ele, Helena? Você realmente desistiu do nosso casamento?— Que casamento Felipe? pelo amor de Deus — Helena não consegue entender Felipe, ele parece não saber o que realmente quer — Pensei que só eu acreditasse nisso. Você nunca se considerou um homem casado, vivia uma vida de solteiro, e agora vem me fazer essa pergunta, tenha paciência. — Eu sei que fiz tudo errado, eu sei que te tratei como uma qualquer, sei que não te valorizei, eu sei de tudo isso. Mas eu nunca imaginei que fosse sentir tanto a sua falta, nunca imagin
Enquanto isso na casa de Felipe. Helena acorda ao lado de Felipe que estava abraçado a ela. Ela não se levanta, fica deitada olhando para o homem ao seu lado. Ela pensa em como veio parar ali. Na noite anterior ela pediu que ele a levasse em casa, mas ele alegou que tinha bebido e não estava se sentindo confortável para dirigir, Helena sabia que era mentira, mas fingiu acreditar, ela tinha opção de taxi, mas fingiu não haver essa possibilidade. — Vou fazer um café para você, logo se sentirá melhor — Marina foi até a cozinha e preparou um café forte para Felipe, que para não levantar suspeita tomou sem açúcar. — Coisa horrível — Felipe reclama — Café para mim só de manhã para me ajudar a despertar. — Vou tomar um banho se não se importa. — A casa é sua — Felipe fala sério, a olhando subir as escadas. Felipe lava a caneca e põe no lugar, ele sobe para o seu quarto e escuta o barulho do chuveiro, a porta estava entreaberta, mas ele resistiu a tentação de ir até ela. Ele tira a sua
Marina aproveitou a ida na casa dos pais para contar a eles a sua decisão em se divorciar de Felipe, mas também lhes contou sobre a insistência dele para ela voltar para casa.— Você perdeu muito tempo com esse homem, minha filha. Não caia na besteira de voltar para ele. — Seu pai fala, pois ele nunca concordou com aquele casamento onde a filha era casada sozinha.— O ideal era você procurar um outro emprego, não dará certo vocês trabalhando juntos — A mãe diz o que pensa.— Eu preciso do meu trabalho e a empresa de Felipe é uma das melhores no ramo, não posso me dar ao luxo de pedir demissão e ficar desempregada.— Você pode voltar a morar aqui, essa também é a sua casa.— Eu agradeço, papai mas, eu quero continuar tendo a minha vida, o meu cantinho. Vocês precisam ir conhecer onde eu moro. — Nós iremos filha, vou fazer até algumas marmitas para você.— Não precisa mamãe, eu aprendi a cozinhar muito bem com a senhora, e eu mesma faço a minha janta todos os dias — Helena tranquiliza
Helena decide nem sair de sua sala na hora do almoço, corria o risco de encontrar Marcelo ou Felipe a espreita para a levar para almoçar, ela decide comer o lanche que levou para comer a tarde. Estava comendo tranquilamente quando Daniela entra em sua sala. — Porquê não foi almoçar? Isso não dá sangue. — Fala brincando se sentando em frente a mesa de Helena.— Não estava a fim de encontrar um ex marido incoformado por ter sido abandonado, ou um pretedente disposto a vencer a guerra. — Quem diria, Helena sendo disputada por Felipe, o homem mais frio que as mulheres dizem ser. — Você está certa, as mulheres. Quantas mulheres ele já conquistou, para depois dá um pé na bunda? — Helena limpa a boca no guardanapo — Mas vou te dizer, ele pode ser frio em sentimentos, porque na cama é um vulcão em erupção — Fala rindo, já sentindo saudade de uma boa transa com o marido. — Vou ser sincera, eu acho que ele gosta de você, acho que não era só sexo, caso contrário ele colocaria outra em seu lu
No dia seguinte, na hora do almoço lá está Felipe na sala de Helena, sentado de pernas cruzadas a esperando. Os outros funcionários do setor estavam surpresos por ver o chefe tantas vezes ali, a procura de sua esposa a quem por três anos fingiu não existir. — Pronto, podemos ir. — Helena acaba o que estava fazendo e pega a sua bolsa.— Vou te levar em um lugar que eu gosto muito. — Não se esqueça que eu tenho horário de almoço — Helena fala antes de saírem da sala. — Não se esqueça que você é a minha esposa e se quiser tirar a tarde de folga tem todo o direito. — Engano seu, eu tenho trabalho a ser feito e nunca me aproveitei da condição de ser a sua esposa para não cumprir com minhas obrigações. Lembre-se estou aqui por mérito e não por favores. Felipe prefere não esticar o assunto, pois quando ela começava com uma explicação em defesa própria, tinha que ter paciência para ouvir pois costumava , usar todos os argumentos possíveis. Eles descem o elevador e Felipe tenta pegar na s
Felipe estava em sua sala quando recebe a ligação de sua mãe. Ele pensa em não atender, pois ele já estava sem paciência de ouvir a mãe dizer para ele se divorciar. — Oi mãe. — Atende de mau humor. — Nem adianta me tratar assim. Espero que não tenha esquecido do aniversário de seu pai, sua irmã já está aqui e esperamos por você, iremos receber alguns amigos, mas nao será festa. Felipe havia se esquecido totalmente do aniversário do seu pai, queria dizer que não iria, mas ele nunca tinha faltado e não daria mais motivos a eles de dizer que não foi por culpa de Helena. — Tudo bem, estarei aí no horário de sempre. — Ótimo! — Letícia sorri feliz ao auvir a confirmação dele. Sentada ao lado dela uma pessoa ansiosa esperava a resposta — Ele virá, e você deverá está ainda mais linda nesse jantar. — Estou muito feliz em saber que ele virá, por um momento pensei que ele não viesse. Ele tem me evitado, nem as minhas ligações ele atende, e com certeza ele sabe que estarei nesse jantar.—