No dia seguinte, na hora do almoço lá está Felipe na sala de Helena, sentado de pernas cruzadas a esperando. Os outros funcionários do setor estavam surpresos por ver o chefe tantas vezes ali, a procura de sua esposa a quem por três anos fingiu não existir. — Pronto, podemos ir. — Helena acaba o que estava fazendo e pega a sua bolsa.— Vou te levar em um lugar que eu gosto muito. — Não se esqueça que eu tenho horário de almoço — Helena fala antes de saírem da sala. — Não se esqueça que você é a minha esposa e se quiser tirar a tarde de folga tem todo o direito. — Engano seu, eu tenho trabalho a ser feito e nunca me aproveitei da condição de ser a sua esposa para não cumprir com minhas obrigações. Lembre-se estou aqui por mérito e não por favores. Felipe prefere não esticar o assunto, pois quando ela começava com uma explicação em defesa própria, tinha que ter paciência para ouvir pois costumava , usar todos os argumentos possíveis. Eles descem o elevador e Felipe tenta pegar na s
Felipe estava em sua sala quando recebe a ligação de sua mãe. Ele pensa em não atender, pois ele já estava sem paciência de ouvir a mãe dizer para ele se divorciar. — Oi mãe. — Atende de mau humor. — Nem adianta me tratar assim. Espero que não tenha esquecido do aniversário de seu pai, sua irmã já está aqui e esperamos por você, iremos receber alguns amigos, mas nao será festa. Felipe havia se esquecido totalmente do aniversário do seu pai, queria dizer que não iria, mas ele nunca tinha faltado e não daria mais motivos a eles de dizer que não foi por culpa de Helena. — Tudo bem, estarei aí no horário de sempre. — Ótimo! — Letícia sorri feliz ao auvir a confirmação dele. Sentada ao lado dela uma pessoa ansiosa esperava a resposta — Ele virá, e você deverá está ainda mais linda nesse jantar. — Estou muito feliz em saber que ele virá, por um momento pensei que ele não viesse. Ele tem me evitado, nem as minhas ligações ele atende, e com certeza ele sabe que estarei nesse jantar.—
Felipe nem precisa perguntar para saber que ela ja viu as notícias.— Não acredite em nada do que você viu. — Bom Dia senhor Felipe, não sei sobre o que o senhor está falando. — A confirmação veio com o "senhor", e pelo seu pouco caso. — É tudo um mal entendido. Eu não fui ao aniversário com Bruna.— Se está se referindo ao aniversário de seu pai ontem, não se preocupe, eu já sabia que esse dia chegaria. Se vocês assumiram que estão juntos, isso é sinal que você me dará o divórcio...— Esquece esse assunto, eu não vou te dar nada. — Tudo bem, faça o que quiser, um papel nunca disse muita coisa para vocês, mas te garanto que ela ira querer se casar, mas isso não é um problema meu.— Helena, para de palhaçada. — Helena o olha com muita raiva — Acredite Felipe, que a partir de hoje, uma certidão de casamento não me dirá nada também. Você assumiu para todos que o seu casamento chegou ao fim, e assim que eu me considero, livre. — Helena, você tem que acreditar em mim, sempre fui hones
Denis acompanhou todo o plano que os pais de Felipe fizeram para desiludir a esposa mal amada. Quem visse as fotos do evento, não tinha como ter dúvida do relacionamento de Felipe e Bruna, os fotógrafos eram profissionais. Ele sorri feliz, agora era a hora dele fazer a sua parte. Abriria uma agência de publicidade e marketing no Rio de Janeiro, a primeira coisa a fazer era roubar a funcionária competente. A agência responsável pela contratação dos funcionários recebeu alguns nomes de indicação, entre eles o nome de Helena, ele a queria como parte de sua equipe, ela seria a chefe da equipe de marketing, com certeza ela não recusaria a proposta. Denis estava ansioso para conhecer Helena, não apenas de vista, ele queria conhecê-la a fundo, acreditava que ela fosse diferente das mulheres que Felipe costumava sair, pois só assim para justificar a cegueira que ele estava com ela, a ponto de brigar em público por ciúmes. Ficou feliz quando a agência ligou avisando da entrevista com Helen
Mesmo cansado por dirigir tanto tempo, Felipe resolve sair para jantar e conhecer um pouco a região. Eles passeiam de mãos dadas. Helena se negou a lhe dar a mão, mas ao ver que ele não desistiria até ela ceder, resolve não discutir. Helena o convenceu a ir em uma feirinha, Felipe não parecia nada satisfeito, mas foi assim mesmo. Depois de jantarem em um restaurante simples, mas aconchegante, eles voltam para o hotel. Ao entrarem na suíte, Helena vai até o quarto, e fecha a porta de correr, mas não demora para Felipe entrar, e começar a se despir, ele tira a sua camisa despreocupadamente e Helena fica o olhando— Você está pensando que vai dormir aqui? — Helena pergunta o vendo tirar a roupa.— Eu não estou pensando, eu vou dormir aqui. Não somos crianças e não precisamos desses joguinhos de gato e rato.— Viemos passear e não dormir juntos — Felipe continua sem lhe dar confiança, ele vai até o banheiro para se preparar para dormir.Quando volta encontra Helena parada no mesmo lugar,
Helena, no domingo pela manhã arruma as suas coisas sem pressa. Estava na hora de voltar a realidade, foi bom, mas ela precisava manter os pés no chão. No final da tarde estavam na estrada de volta ao Rio de Janeiro, a viagem tinha sido ótima, tiveram momentos diferentes de todos que viveram enquanto eram casados, na verdade os que não viveram. — Gostou? — Felipe pergunta com a atenção na estrada.— Não vou negar que gostei muito. Pena que foi um pouco tarde para você passar a me ver e me levar pada sair. — Antes tarde do que nunca — Felipe tenta brincar — A próxima viagem, será uma viagem de verdade. — Não haverá próxima. — Helena fala decidida.— Você que está dizendo, tenha certeza que não será apenas a próxima, mas serão as próximas. — Amanhã vou precisar chegar mais tarde na empresa.— Posso saber por quê? — Ele teve a oportunidade de fazer a pergunta que ele queria fazer.— Tenho uma entrevista de emprego — Não havia motivos para mentir para ele.— Você está de sacanagem! —
Na manhã seguinte, Helena acorda com Felipe dormindo ao seu lado, ela queria tanto acreditar nele, mas estava com medo de está iludida, e se ele voltasse a vida que levava antes, a deixando em casa sozinha e curtindo a vida como se fosse um homem solteiro. A dúvida não a deixa dormir mais, mesmo sendo muito cedo não consegue adormecer novamente, ainda insiste, mas era praticamente impossível até mesmo fechar os olhos. Se ela não fosse na entrevista marcada, talves estivesse jogando fora uma oportunidade que nem havia buscado, e poderia se arrepender depois. Por outro lado, se ela fosse poderia está colocando um ponto final na história deles, pois seria essa a impressão que estaria dando. O que fazer? Se pergunta, sem conseguir uma resposta objetiva. Helena nunca esperou que Felipe fosse se incomodar com o pedido de divórcio, ela acreditou que ela sairia de casa e tudo se resolveria de forma prática. Pensou que ele lhe daria o divórcio sem questionar, pois nunca demonstrou se importa
Quando Helena volta para a empresa, segue correndo para a sua sala, ela liga para Daniela assim que chega, queria saber se Felipe tinha ido procurá-la, fica aliviada ao saber que ele não havia saído da sala dele desde que voltaram do almoço, era tudo que precisava ouvir. Ela aproveita o tempo que tem e faz algumas pesquisas sobre a empresa de Denis, ela não consegue muita coisa, era uma agência sem muitos clientes em potencial, mas isso a faz pensar qual o motivo de uma proposta tão tentadora quanto a que ele lhe aprsentou. De onde Denis conhecia Felipe Martins, Felipe não era uma pessoa muito aberta a amizades com concorrentes, principalmente concorrentes com pouca expressão. Alguma coisa estava errada nessa história, ela precisava saber o que era, antes de dar uma resposta ao tal Denis. Estava concentrada elaborando uma proposta de marketing para um cliente quando Felipe liga para ela, perguntando se iria com ele para casa, ela percebe que a voz dele está estranha, mas prefere n