Helena, no domingo pela manhã arruma as suas coisas sem pressa. Estava na hora de voltar a realidade, foi bom, mas ela precisava manter os pés no chão. No final da tarde estavam na estrada de volta ao Rio de Janeiro, a viagem tinha sido ótima, tiveram momentos diferentes de todos que viveram enquanto eram casados, na verdade os que não viveram. — Gostou? — Felipe pergunta com a atenção na estrada.— Não vou negar que gostei muito. Pena que foi um pouco tarde para você passar a me ver e me levar pada sair. — Antes tarde do que nunca — Felipe tenta brincar — A próxima viagem, será uma viagem de verdade. — Não haverá próxima. — Helena fala decidida.— Você que está dizendo, tenha certeza que não será apenas a próxima, mas serão as próximas. — Amanhã vou precisar chegar mais tarde na empresa.— Posso saber por quê? — Ele teve a oportunidade de fazer a pergunta que ele queria fazer.— Tenho uma entrevista de emprego — Não havia motivos para mentir para ele.— Você está de sacanagem! —
Na manhã seguinte, Helena acorda com Felipe dormindo ao seu lado, ela queria tanto acreditar nele, mas estava com medo de está iludida, e se ele voltasse a vida que levava antes, a deixando em casa sozinha e curtindo a vida como se fosse um homem solteiro. A dúvida não a deixa dormir mais, mesmo sendo muito cedo não consegue adormecer novamente, ainda insiste, mas era praticamente impossível até mesmo fechar os olhos. Se ela não fosse na entrevista marcada, talves estivesse jogando fora uma oportunidade que nem havia buscado, e poderia se arrepender depois. Por outro lado, se ela fosse poderia está colocando um ponto final na história deles, pois seria essa a impressão que estaria dando. O que fazer? Se pergunta, sem conseguir uma resposta objetiva. Helena nunca esperou que Felipe fosse se incomodar com o pedido de divórcio, ela acreditou que ela sairia de casa e tudo se resolveria de forma prática. Pensou que ele lhe daria o divórcio sem questionar, pois nunca demonstrou se importa
Quando Helena volta para a empresa, segue correndo para a sua sala, ela liga para Daniela assim que chega, queria saber se Felipe tinha ido procurá-la, fica aliviada ao saber que ele não havia saído da sala dele desde que voltaram do almoço, era tudo que precisava ouvir. Ela aproveita o tempo que tem e faz algumas pesquisas sobre a empresa de Denis, ela não consegue muita coisa, era uma agência sem muitos clientes em potencial, mas isso a faz pensar qual o motivo de uma proposta tão tentadora quanto a que ele lhe aprsentou. De onde Denis conhecia Felipe Martins, Felipe não era uma pessoa muito aberta a amizades com concorrentes, principalmente concorrentes com pouca expressão. Alguma coisa estava errada nessa história, ela precisava saber o que era, antes de dar uma resposta ao tal Denis. Estava concentrada elaborando uma proposta de marketing para um cliente quando Felipe liga para ela, perguntando se iria com ele para casa, ela percebe que a voz dele está estranha, mas prefere n
Mesmo Helena pedindo para irem em um restaurante simples, Felipe a levou em um que costumava ir, não com ela, mas isso fazia parte do passado. Eles entram e logo são encaminhados para uma mesa que parecia está reservada.— Você fez reserva?— Queria que a nossa noite fosse especial, mas confesso, que você demorou mais do que eu imaginei, preparando uma simples mala. — Não exagere, fui até rápida. — O que irá comer? — Felipe pergunta, mas antes que ouça a resposta, alguém se aproxima da mesa onde estavam.— Olá Helena, coincidência te encontrar aqui. Boa noite Felipe, será esse um jantar de despedidas?Helena olha o homem a sua frente e sente um desconforto, dessa vez seria realmente um teste para Felipe, se ele conseguisse se manter calmo era por que havia mudado de verdade, mas pela mandíbula trincada, sabia que ele seria reprovado. — Boa noite, senhor Denis. — Helena o olha sem se deixar intimidar, mesmo que estivesse nervosa, conseguia disfarçar.— De onde você conhece esse tras
Daniela nunca viu Felipe chegar com tanto bom humor, até o bom dia ele lhe deu sorrindo. Ela quase perguntou se ele tinha visto o passarinho verde, mas o passarinho verde devia se chamar Helena. — Vocês voltaram? — Assim que ele entra em sua sala, ela liga para Helena.— Digamos que resolvi dá uma chance ao ogro.— Nunca o vi tão simpático — Daniela ri — Agradeço pela chance que está dando ao chefe, não aguentava mais o seu mau humor.Felipe estava em sua sala, se sentindo feliz por Helena está de volta em sua vida, em sua casa, em sua cama. Chegou a pensar que ela não aceitaria voltar para ele, por nunca ter demonstrado outro sentimento por ela além de tesão. Sempre a tratou com frieza quando não estavam na cama. Os meses que ficaram separados o fez perceber que Helena era uma pessoa por quem era fácil se apaixonar, ele ri de seus próprios pensamentos. Apaixonar? Será que ele estava realmente apaixonado? Se não fosse paixão, o que seria aquela vontade de está perto, aquela vontade d
Helena antes de ir embora decide ligar para Denis, pelo número que ela tinha, mas não conseguiu falar com ele, decidiu deixar um recado, pedindo que ele entrasse em contato com ela, não a surpreende receber a ligação dele alguns minutos depois. — Oi Helena, em que posso te ajudar? — Denis pergunta prestativo, acreditava que Felipe tinha descontado toda a raiva que estava nela.— Porquê tentou criar desarmonia entre mim e Felipe? O que ganha com isso? Acreditou mesmo que me enganaria e eu fosse ficar quieta?— Hum... vejo que não é tão cordeirinho quanto as pessoas dizem. — Ele fica surpreso com a atitude de Helena, não esperava que ela ligasse para confronta-lo.— Você já sabia que eu era a esposa de seu primo, por isso me chamou para a entrevista sem eu me candidatar a nada, acredite, mesmo sem eu te conhecer, já sei o suficiente para saber que eu jamais trabalharia com alguém feito você. — Não se precipite no seu julgamento, você não conhece Felipe, mesmo estando casada com ele po
Os pai de Helens liga para ela, assim que fica sabendo que a filha voltou para Felipe. Primeiro Helena deixa o pai falar, afinal eles só estavam preocupados com a felicidade dela, por saberem que ela passou três anos em um casamento infeliz. — Eu sei que você gosta dele, mas ele nunca te valorizou, nunca quis formar uma família...— Pai, ele está se esforçando para mudar, estamos conseguindo nos dar bem. Agora quando ele sai, faz questão que eu vá junto, mesmo sendo jangares de negócio me leva com ele, coisa que não acontecia antes.— Mas até quando vai ser assim? — Ele suspira, por saber que não conseguirá convencer a filha — Eu só quero que ele aprenda a te valorizar.— Estava pensando em irmos almoçar um domingo desses com vocês, já que eu convidei mamãe e vocês não vieram.— Seu marido não gosta da gente...— Não é que ele não goste, mas ele é um pouco estranho — Helena ri, pois sabe que Felipe está envergonhado por suas atitudes anteriores, está receoso de enfrentar os seus pais
Leticia, mãe de Felipe, entra na sala com cara de poucos amigos, Felipe a deixou esperando por alguns minitos e isso foi o suficiente para a deixar irritada, mas ao ver Helena na sala dele se sentiu ainda mais. — Esse foi o motivo de me deixar esperando uma eternidade, eu sou a sua mãe, nem deveria ser anunciada — Ela olha para Helena sem a cumprimentar — Mas estava usando o seu brinquedinho pelo jeito. — Mamãe, não precisa falar assim, Helena é a minha esposa e não o meu brinquedo. — Felipe responde com uma certa irritação — Além do mais a senhora não avisou que viria.— Preciso agendar a minha visita agora? Era só o que me faltava. — Responde se sentando em frente a mesa de Felipe, ignorando por completo Helena, que se mantém de pé ao lado dele — Vim te chamar para jantar conosco amanhã, sua irmã está chegando de viagem e quero reunir a família.— Amanhã não vamos poder, já temos compromisso.— Não quero desculpas, Bruna irá também com os pais dela.— Felipe, depois nós conversamo