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Nos Braços do Bilionário que Salvei
Nos Braços do Bilionário que Salvei
Por: Viviane Barros
Prólogo: Uma tarde que mudou tudo

Isabelle Matos

Mesmo sem gostar de ser obrigada a viajar, ir ao Rio de Janeiro não parecia tão ruim assim. Após sair de uma reunião com um cliente — já passava das 18 horas, mas o céu ainda estava claro — decidi pegar um táxi. No entanto, pedi para descer algumas quadras antes do hotel. Queria caminhar um pouco. O fim de tarde estava agradável, e eu precisava organizar meus pensamentos.

Enquanto caminhava, perdida em meus devaneios, ouvi um grito abafado vindo de uma ruazinha lateral. Não pensei, apenas agi. Virei na direção do som, movida por um impulso que logo se mostrou um grande erro.

Assim que entrei na rua, vi a cena e me arrependi instantaneamente. Um homem alto, visivelmente machucado, estava sendo segurado por dois rapazes. Um terceiro, mais agressivo, segurava uma pistola apontada para ele. Meu coração gelou.

Tentei sair dali discretamente, mas meu salto entrou em um buraco no asfalto, quebrando e fazendo um barulho alto. O homem armado virou-se abruptamente, com os olhos fixos em mim.

— O que é isso, porra?! Sai daqui! — gritou, apontando a arma na minha direção. — Vadia, sai logo antes que eu te mate!

Tentei desesperadamente puxar o salto preso, mas ele continuou gritando:

— Burra! Vai morrer junto com o almofadinha aqui!

Antes que eu pudesse reagir, ele me empurrou para perto do homem ferido. Senti o olhar dele sobre mim, mesmo sangrando e bastante machucado. Seus olhos verdes pareciam radiantes, intensos.

Foi então que algo despertou dentro de mim. Uma voz interna sussurrou: "Se vou morrer, pelo menos levo um desses canalhas comigo."

Movida por puro instinto e com a agilidade que até me impressionou, girei meu corpo, acertando um golpe de capoeira no homem armado. A pistola caiu longe de suas mãos. Ele se virou assustado e foi tentar pegá-la, mas fui mais rápida e dei um chute certeiro entre suas pernas.

Nesse instante, o homem machucado aproveitou a confusão para chutar um dos comparsas que o segurava, e eu, sem pensar, peguei a arma caída no chão.

Apontando a pistola, disparei na perna do líder, que caiu gritando. Os outros dois se apressaram em puxá-lo e fugiram, carregando o homem baleado.

Tudo aconteceu tão rápido que quando vi a arma na minha mão foi quando me dei conta  do que tinha acabado de fazer. Visivelmente comecei a tremer, olhando para a arma. 

— Acho melhor você respirar — disse o homem ao meu lado, com a voz rouca.

Soltei a arma e dei um passo para trás, como se só então minha mente estivesse processando o que estava acontecendo. Ele me observava com uma mistura de espanto e admiração, o rosto ainda sujo de sangue.

Aproximei-me, tentando ajudar.

— Você está bem? — perguntei, preocupada, enquanto colocava a cabeça dele no meu colo.

Ele piscou lentamente, me fitando com aqueles olhos verdes que quase me fizeram esquecer do caos ao nosso redor.

— Você é louca? Podia ter morrido — sussurrou ele, com um gemido de dor.

— E é assim que você me agradece por salvar sua vida? — retruquei, arqueando uma sobrancelha.

Ele deu um sorriso fraco.

— Salvou minha vida, anjo.

— Anjo? Talvez um pouco exagerado. Acho que "louca" combina mais — respondi, tentando aliviar o clima tenso.

Ele riu, apesar da dor.

— Tudo bem, Mulher Maravilha. Melhor assim?

Segurei o riso enquanto tentava ajudá-lo a levantar. Só então percebi o quanto ele era alto e forte.

— Você tem um telefone? — perguntou ele, com dificuldade.

— Tenho. Mas para quem você quer ligar? Deveríamos levá-lo ao hospital primeiro.

— Preciso chamar meu futuro ex-segurança.

Quase soltei uma gargalhada, mas me contive ao ver a dor em seu rosto. Ele fez a ligação, e menos de cinco minutos depois, dois homens apareceram para ajudá-lo.

Mesmo protestando, ele foi colocado em um carro e levado para o hospital. Entrei junto com eles, ainda atordoada. Algo me dizia que aquele encontro inesperado mudaria minha vida para sempre.

***

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