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Capítulo 6 - Recebendo a mensagem!

Alejandro González

Cheguei ao meu apartamento em Nova York por volta das 19 horas, exausto. Depois de um banho longo e relaxante, preparei uma dose de uísque e me sentei no sofá para ouvir as mensagens na caixa postal.

De repente, uma voz familiar interrompeu minha concentração:

— Boa noite, Alejandro...

Quase derrubei o copo e engasguei. Ponderei, surpreso:

— Porra, é a maluca, com voz de anjo!

Continuei ouvindo a mensagem:

— Boa noite, Alejandro, aqui é Isabelle, a maluca que salva vidas. Fiquei lisonjeada com sua delicadeza. Gostaria de agradecer os lindos presentes — realmente, não precisava. Você é muito gentil. Muito obrigada pelo carinho e atenção. Tenha uma boa noite.

Ouvi a mensagem umas duas vezes, incapaz de controlar meu fascínio. Sua voz tinha algo hipnotizante. Em um instante de devaneio, imaginei-a sussurrando safadezas ao pé do meu ouvido. Sacudi a cabeça, tentando afastar os pensamentos, e quando me estabilizei, peguei o telefone. No Brasil, já deveria ser umas dez da noite.

— Será que ela já foi dormir? — murmurei, antes de criar coragem e ligar.

O telefone chamou algumas vezes antes de ser atendido.

— Alô? Isabelle?

— Olá, tudo bem? — Sua voz soou calorosa, e meu coração disparou.

— Melhor agora, que consegui falar com você. — Sorri, ouvindo-a rir levemente do outro lado da linha.

— Você é bem difícil de encontrar, sabia?

— Acredito que sim. A organização de super-heróis que faço parte é bem rigorosa com nossos esconderijos. — O tom brincalhão dela era encantador. Ela demonstra um humor inteligente, que me faz pensar como deve ser interessante conhecê-la.

— Poxa, não tinha pensado nisso. Não se preocupe, guardarei o segredo como minha própria vida.

— É bom mesmo! Outras pessoas podem precisar dos meus serviços. — Rimos juntos.

— Preciso agradecer novamente o que fez por mim. Se não fosse você, eu provavelmente estaria morto.

— Admito que foi uma loucura, porque aqueles caras não estavam brincando. Mas fico feliz que tudo tenha dado certo.

— Gostou do meu presente singelo?

— Você não precisava mandar algo tão lindo e caro. Quase não aceitei, é um exagero.

— Por favor, Mulher Maravilha, aceite. Não me deixe triste. — Ela riu de leve, antes de responder:

— Está bem, vou ser boazinha com você e aceitar. Muito obrigada.

— Ótima garota. É assim que os anjos fazem: deixam seus protegidos felizes.

— Agora estou confusa. Sou maluca que salva vidas, anjo ou Mulher Maravilha?

— Na verdade, pretendo descobrir, se você permitir... — Soltei a provocação, ouvindo-a rir do outro lado.

— Fique à vontade, espertinho.

— Posso te convidar para jantar?

Um breve silêncio pairou antes de sua resposta.

— Como não quero deixar meu protegido triste, aceito, sim.

— Que tal neste sábado?

— Infelizmente, neste sábado tenho um compromisso familiar.

— Entendo. Posso ligar na próxima semana para combinarmos outro dia?

— Claro, fico aguardando seu contato.

Conversamos mais um pouco, e nos despedimos. Quando desliguei, percebi que havíamos falado por mais de trinta minutos. Nunca uma conversa com uma desconhecida fora tão leve e agradável. Fui para a cama pensando nela e demorei a dormir. Aquela ligação havia mexido comigo.

Assim que cheguei ao Brasil, coloquei meu foco em trazer Miguel para trabalhar comigo urgente. Quando peguei no telefone para ligar pra ele, me surpreendi com uma chamada sua…

— Você não morre mais homem da minha vida. — Falei provocando-o.

— Sai pra lá bonitão, sou muito bem casado e não troco minha baixinha por ninguém, nem por esses olhos verdes sedutores. — Diz sorrindo e retribuindo a provocação. — Está no Rio de Janeiro?

— Fui para o Rio e depois para Nova York e acabei de chegar em São Paulo.

— Nossa, só fez a volta ao mundo em uma semana…

— Quase isso… Preciso falar com você, Miguel. Vem passar esse fim de semana comigo? Só você, precisamos conversar seriamente.

— Você está bem? — Ele pergunta preocupado.

— Estou ótimo. Preciso ter uma conversa com você, sobre negócios, só nós dois, sem companhia feminina para nos distrair. Você sabe que somos fracos, quando tem mulher envolvida.— brinquei com ele.

— Eu não, meu amigo. Você que é fraco. — Ele fala rindo. 

— Alejandro, sábado é o aniversário de Gaby e como o tio dela esqueceu...

— Meu Deus, aquela pequena linda iria me matar! Eu já comprei os presentes dela há um mês, mas esqueci do dia da festa. Vou no sábado de manhã e passo o dia com vocês.

— Fica o fim de semana cara, Carla e as crianças, vão adorar. Você está em falta com a gente.

— Estou mesmo, tem toda razão. Combinado. Preciso de um tempo para conversarmos, cara.

— Então a gente se vê no sábado. Beijos, gostosão. — Ele se despede, cheio de gracinhas.

— Nos despedimos, desligo o telefone e fico pensando que preciso ser perfeito para convencer Miguel, porque não vai ser fácil.

***

No sábado, acordei por volta das oito da manhã. Estava exausto e não tive ânimo para sair na noite anterior. Chamei Luiza para um vinho, uma conversa descontraída e um sexo gostoso. Acabamos no quarto, mas a canseira falou mais alto, e pedi para Raul levá-la para casa. Luiza era uma "amiga" que sabia muito bem que comigo não passava disso.

Às dez da manhã, embarquei no helicóptero para Campo Verde. Miguel já me esperava no heliponto. Seguimos para um barzinho local.

Quando vi meu amigo de uma vida inteira, percebi o quanto estava sentindo sua falta e que uma parte do vazio que eu estou sentindo também é falta do que ele representa pra mim  - família!

Quando minha mãe estava viva, eu visitava muito o Brasil e sua cidade Natal com ela, que é próxima de Campo Verde. Mas depois do seu falecimento, me mantive afastado.

No barzinho só consegui relatar o assalto por alto, sem mencionar o nome da moça que me salvou e nem que eu vou jantar com ela. Melhor evitar a zoação de Miguel, porque sei que ele não vai perdoar. Também comentei sobre os negócios em Nova York, mas não consegui chegar até a proposta de trabalho, que quero fazer pra ele. Miguel é muito conhecido na cidade e frequentemente aparecia alguém para cumprimentá-lo. Deixando impossível nossa conversa ficar mais séria.

Um tempo depois ele diz:

— É melhor nós irmos, Alejandro, antes que eu vire um homem morto, ou coisa  pior... 

— O que é pior que morrer? — Pergunto rindo, já prevendo a resposta.

— Receber um castigo de uma semana de greve de sexo. — Demos uma risada juntos.

— Vamos logo, que estou louco para ver minha amiga e meus amores pequenos.

Sou louco pelos filhos de Miguel: Arthur de 3 anos e Gaby que está fazendo 6 anos e é o meu xodó, sou apaixonado por essa menina.

Chegar à casa de Miguel era sempre uma festa. As crianças corriam para mim, Carla era receptiva, e o amor deles me fazia refletir sobre minha própria vida.

Enquanto organizávamos a festa, não consegui deixar de pensar em Isabelle. Aquele jantar precisava acontecer. Ela era diferente, e algo em mim queria descobrir mais sobre ela.

***

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