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Capítulo 2 - Olhar Penetrante

Alejandro González

Sempre falam para não reagir em assalto, mas como sempre fiz luta e sempre me senti um cara fisicamente preparado, não pensei duas vezes. Mas quando vi aquela arma sendo engatilhada para mim, por segundos eu tive a certeza que seria meu fim. Eles me bateram sem dó e quando achei que iria morrer, mas uma maluca apareceu do nada no local, e quando eu consegui levantar o rosto e olhar para ela vi que ela estava petrificada e por frações de segundos tive dó dela, que foi parar no lugar errado e estava com cara de que não sabia o que fazer e que iria morrer junto comigo.

Para minha surpresa, ela olha para mim e seu olhar queimou o meu, parecia de um “anjo” que tinha vindo pra não me deixar morrer sozinho. De repente ela deu uma levantada de perna por cima do cara, num golpe, acho que de capoeira, ou outra luta qualquer e vi que a arma dele foi parar longe. Sem perder tempo ela deu um chute no meio das pernas do cara e eu juntei a pouca força que ainda tinha e lutei com os idiotas que me seguravam, e de repente ecoa no ar um som de tiro, fecho os olhos e eu só penso: “ Ferrou, o maldito bandido matou ela”.

Quando olhei para ela, vi a maluca com a arma na mão apontando para os bandidos que estavam comigo enquanto o bandido chefe gritava de dor, segurando sua perna, que ela tinha atingido.

— Levem esse maldito daqui, se não eu mato os três. — A louca grita ofegante e levemente tremendo.

Os caras por impulso tentam se aproximar, mas ela atira novamente, próximo a cabeça do bandido, demonstrando que tem excelente pontaria.

— Me tirem daqui agora. — O bandido-chefe grita e os outros obedecem.

Olhei pra ela e pensei: “Quem é essa... Maluca? Ou será que é um Anjo? Não, ela parecia ser um tipo de heroína de filme, feito a mulher Maravilha!!

Pelo menos pra mim, era o que ela era.

***

Quando entendi que os bandidos fugiram meu corpo caiu no chão e a dor tomou conta de mim, porque os filhos da puta tinham me machucado bastante.

A moça se aproxima rapidamente, coloca minha cabeça em seu colo e nesse momento eu consigo olhar para ela de verdade. Nesse momento uma corrente elétrica passa pelo meu corpo e eu tenho uma sensação estranha, como se a conhecesse. Como num impulso perguntei se ela era louca e como protesto ela logo respondeu atrevida.

— Salvo sua vida e você ainda reclama? — Achei graça do jeito atrevido dela, mas logo o sorriso foi substituído por um gemido de dor, que ela logo percebeu.

— Vamos preciso levar você para o hospital, eles bateram muito em você. — Pedi seu telefone para chamar o meu motorista e segurança e logo eles chegaram e me levaram para o hospital mesmo eu dizendo que não precisava.

Não gosto de hospital, mas não sei porque a presença daquela moça que me salvou, me 

transmitia uma calma que eu nunca tinha experimentado.

***

Isabelle Matos

Os seguranças chegaram, colocaram-no rapidamente num carro preto e ele segurou minha mão firme e eu não tive coragem de largar. Entrei junto com ele e seguimos até um hospital particular de primeira linha, perto do hotel. 

Quando chegou ele já foi logo sendo atendido, e sendo minuciosamente examinado. Deram um sedativo forte para ele, pois visivelmente ele estava sentindo muita dor, e parecia ter quebrado o nariz e costelas.

Fico na recepção esperando por quase 2 horas, e finalmente o médico aparece e diz que ele não tinha quebrado nada e que ficaria em observação até amanhã, devido às dores e também por precaução. 

Perguntei se podia vê-lo, mas logo ele foi dizendo que ele estava bastante sedado e que só acordaria amanhã.

O motorista que não saia do meu lado, disse que ficaria a noite com ele e eu me senti tentada a ficar, mas quando ia me oferecer, uma moça chegou me esnobando, e me olhando de baixo para cima, dando uma de muito preocupada e dona do pedaço, mandando eu ir embora que ela ia ficar com ele.

A coisa metida, foi logo se apresentando como Ingrid, sei lá o que… Um nojo de mulher, e pensei logo: “Deve ser namorada dele.” Metida, nojenta, mas feia ela não é!

***

Me despedir do motorista dele, que é um senhor muito educado e quando ia saindo, ele se prontificou a me levar para o meu hotel. Achei melhor negar, aquele homem lindo poderia precisar dele. Peguei um táxi em frente ao hospital e fui embora.

Ao chegar no hotel, percebi que se passava das 22:00 e eu ainda tinha trabalho para fazer, pois no outro dia eu tinha a reunião com o possível cliente novo às 09 horas da manhã. 

Eu estava exausta, meu corpo doía devido ao estresse e estava com muita fome, mas como não tinha escolha, pedi um jantar no quarto, tomei um banho quente, abri meu notebook e comecei a trabalhar.

Confesso que fiquei pensando no cara dos olhos lindos e penetrante boa parte da noite. 

Eu tinha uma sensação que conhecia aquele homem de algum lugar, mas no fundo eu sabia que isso era impossível… E porque o olhar dele estava mexendo tanto comigo?

Mas uma vez, tentei afastar meus pensamentos sem cabimento e volto a focar no trabalho… Quando fui dormir, vi que passava das 02 horas da manhã e eu estava morta de cansada.

***

Acordei muito agitada e quando vi já era quase 08 horas da manhã, e eu estou atrasada. Pulei da cama, tomei banho, me arrumei, desci e tomei só um café, chegando em cima da hora da reunião. 

Apesar de todos os contratempos, a reunião foi mais tranquila do que eu imaginava, porque os diretores gostaram da proposta e diga-se de passagem eu sou muito boa em apresentações e defender os projetos que acredito. Fizemos algumas alterações no contrato e marcamos a assinatura dele para depois do almoço, depois que o departamento jurídico analisassem. Saí daquela reunião com  a sensação deliciosa de que eu realmente sou boa no que faço. 

A tarde assinamos o contrato e com ele em mãos, eu não me controlei e tirei uma foto para enviar para o idiota do meu chefe, junto com uma bela mensagem.

Mensagem para Marco:

“Boa tarde chefe, segue a cópia do contrato que fechei com o cliente em potencial e uma foto também para validar a minha competência.

PS: Como pode ver, estou de calça social, a saia lápis fica muito melhor em você, que acho que com certeza está precisando desses tipos de artifícios. Eu apenas preciso da minha competência.

Mandei a mensagem e fico olhando para a tela do celular e pensando: “Sempre tive um temperamento forte e sinto que não consigo respeitar quem eu não admiro e isso infelizmente já estava acontecendo com os diretores da empresa que eu me dediquei por tanto tempo.

Um bipe soou e vi que Marcos tinha mandando a resposta da mensagem:

“Parabéns Isabelle! Não duvido da sua capacidade!”

Sorri e vi que ele no minimo estava sendo aconselhado a não escrever nenhuma das gracinhas que fala para mim, porque sabe que eu posso processá-lo.

E eu processaria sim, porque seu machismo chega a ser indecente.

***

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