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Capítulo 4: A Amizade de Isabelle e Gustavo

Gustavo Moretti

Isabelle viajou a trabalho para o Rio de Janeiro e ainda não nos falamos. Não sei porque mas estou angustiado. Às vezes eu odeio essa preocupação que tenho com ela. Mandei um milhão de mensagens e depois de muito insistir eu consigo falar com ela e fui convencido de que estava tudo bem, senti-me aliviado. Combinamos que eu a pegaria no aeroporto em São Paulo no outro dia e seguiríamos juntos para Campo Verde.

O avião pousou em São Paulo e, como combinado, já a aguardava. Fizemos um lanche rápido e pegamos a estrada rumo a Campo Verde. O silêncio nos acompanhou por alguns minutos. Esperei que ela começasse a falar sobre a viagem, mas nada. Ela estava calada, com um ar desconfiado, e eu precisava pressioná-la.

— Não enrola, Isabelle. Fala logo o que houve.

— Se eu disser que não aconteceu nada demais, você não vai acreditar, vai? — respondeu, desconfiada.

— Claro que não. Fala logo.

— Acho que desta vez eu vou para o céu. — Ela sorriu, mas algo no tom dela não me parecia bom.

— O que você aprontou agora?

— Salvei a vida, literalmente, de um bonitão.

— Como assim, Isabelle? Isto não está me cheirando bem.

— Entrei de gaiata em um assalto com três homens armados. Eles estavam espancando o bonitão. Quando um dos bandidos ia atirar nele — e provavelmente em mim também — dei um golpe de capoeira perfeito nele... — Fiquei tão perplexo que freei o carro subitamente, quase fazendo Isabelle bater a cabeça no retrovisor.

— Você está louca, Isabelle?! Que história é essa de quase levar um tiro? Perdeu o juízo completamente?! — gritei, sem conseguir conter a indignação.

— Ai, Gustavo, vai nos matar dirigindo assim! Eu não premeditei nada. Quando vi, já estava atirando na perna do cara e levando o bonitão para o hospital. — Ela deu um sorriso travesso, tentando amenizar a situação.

— Isabelle, se você não me matar do coração, juro que ainda te dou uma surra de cinto, daquelas que você nunca levou.

— Ui, estou ficando excitada. — Ela piscou para mim, descarada. Não consegui conter a gargalhada.

Ela passou o resto do caminho contando com riqueza de detalhes tudo o que aconteceu: o assalto, o hospital, e a noite anterior que ela teve com amigos. Me contou que conheceu um colega meu de profissão, Igor. E que ficou com ele na balada ontem.

— Você vai ligar para o Igor? Eu o conheço; é um cara legal.

— Não, Gustavo. Muito romantiquinho para o meu gosto. Já veio com papo de querer relacionamento sério, encontrar a cara metade, a tampa da panela... Estou fora. Isso não é para mim.

— E o que tem demais? Por que você não se dá uma chance? Se abre, Isabelle.

— Gustavo, levei anos para me relacionar bem comigo mesma, para descobrir que não preciso idealizar um amor em um homem. Agora que estou em um caso de amor verdadeiro comigo mesma, você acha que vou complicar tudo com cobranças, namoro e todas essas coisas? Não, amigo. Estou muito bem assim... estou ótima!

— Belle…

— E tem mais, ele é muito ruim de pegada. — Ela respondeu com desdém, arrancando de mim uma gargalhada alta.

— Você é terrível, Isabelle.

— Infelizmente, é verdade.

— Mas, numa coisa você tem razão: você está ótima mesmo. Tenho muito orgulho da minha amiga. Mas baixa a guarda um pouquinho. Quem sabe você não se surpreende e encontra uma pessoa legal, que combine com você.

— Gustavo, só não te dou um tiro porque minha arma está em casa. — Ela me olhou com cara de brava.

— Que mulher mais violenta! Agora sou eu que estou ficando excitado. — Rimos e seguimos a viagem conversando. Quando chegamos, deixei-a em casa e combinamos de sair para dançar no fim de semana, algo que amamos fazer juntos.

Isabelle é uma mulher maravilhosa e eu tenho um grande amor por ela.

Treze anos antes…

Isabelle

Fui morar em Campo Verde, uma cidade próxima a São Paulo, para estudar e me livrar daquela família nojenta. Minha mãe me abandonou e me deixou aos cuidados de uma prima. Ela me criou como sobrinha dos 4 aos 13 anos. Inicialmente, até foi carinhosa, mas tudo mudou quando ela se casou com um homem odioso. Ele me assediava e fazia da minha vida um inferno. Eu fugia dele, como podia, mas minha tia sempre acreditou nele. Meu corpo mudou cedo e eu parecia ser mais velha do que na verdade era e eu comecei a chamar bastante atenção dos homens, pela beleza, mas principalmente pela sensualidade e alegria.

Como salvação, usei as armas que eu tinha - meus estudos. Sempre fui boa nos estudos e vi no colégio especial de Campo verde, que era uma espécie de internato, minha chance de escapar. Passei na seleção e fui embora sem olhar para trás. Dediquei-me aos estudos e a todas as oportunidades que ele me proporcionava e logo percebi que teria que me virar sozinha. Fiz poucas amizades até conhecer Claudinha, uma menina louca e carismática. Ela me apresentou pessoas maravilhosas, principalmente Gustavo. Desde o dia em que nos conhecemos, nunca mais nos desgrudamos.

Gustavo é a pessoa mais risonha ,carismática e bondosa que eu conheço e ainda por cima é muito gato também. Sempre fez e faz muito sucesso com as mulheres, mas é o tipico mulherengo que se diz apaixonado com facilidade e perde o interesse com a mesma rapidez.

Desde lá muita coisa aconteceu na minha vida e na dele também, coisas boas e ruins, mas nada foram capazes de nos afastar. A nossa ligação sempre foi fora do normal. Gustavo se tornou minha família e meu porto seguro em todos os momentos, até hoje.

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