Maçãs PodresSeu olhar expressivo está me matando, petulante. Tem uma certa maneira de me ver que destrói em mim a escassa coragem. Esta foi substituída por uma covardia, seca e aguda, como a madeira ao quebrar, ou o golpe de um chicote deixando cardeais profundos. O brete é seguro, sair dele, uma dúvida gigantesca. Minha garganta secou e passar saliva dói. Estou lutando para segurar seus olhos perfurantes. E me rendo com o desossego massacrando meu fraco eu. - Aryanna Viscardi, dign você finalmente merece vir? Espero que você tenha uma explicação consistente e credível para os dias que faltam, falaremos no meu escritório. - Bom dia, chefe. Primeiro, peço desculpas por tudo e, segundo, sim, Tenho minhas razões. Vou explicar-lhe tudo. - balbucio com a respiração cortada. Ele não diz outra coisa. Eu o sigo, escada acima, direto para o escritório dele. Tudo é pior a portas fechadas, com ele calado, porque sinto que seu silêncio se transformará em um rugido. Vai dar-me a pata com as pa
- Cuidado com o que dizes, Quem credes? - fala com os dentes nus, fiero. - Não! - levanto a voz, não retrocederei, não lhe darei o gosto. qué o que se passa com ele? Ele não pode me tratar como um objeto, ele não vai pisar em minha dignidade. Eu sou uma pessoa, uma mulher, e ela não vai me intimidar com seu dinheiro. Volte ao ataque e desta vez aperte meu pulso com força, o aperto de ferro me machuca. Dói e na tentativa de me soltar, endurece impedindo minha libertação. - Só uma palavra disto e não sabes do que sou capaz. Te ficou claro para você? - olha —me nos olhos, profundo, rosnando, custa manter-me relutante em deixar-me cair. Agora saia do meu escritório e comece a trabalhar. - Vá para o... - solto pela metade, furiosa e decidida a sair, mas me para outra vez e me esmaga com seu corpo, chicoteia meu rosto com uma bofetada que me nocauteia alguns segundos e finalmente me deixa, desconcertada ante o sucedido me aproximo com a intenção de golpear seu peito, mas é mais ágil, ad
- Não faz sentido o que diz-enfrento-o. O facto de me defender não lhe dá o direito de agir assim. - Deixa a conversa estúpida, já ouvi o suficiente, chega. Depois de terminar aqui, vai para a sala e faz bem o teu trabalho —demanda antes de sair e me deixar furiosa. Eu aperto o esfregão com força, rujo. O que fiz para merecer isto? Eu tenho sido boa, e a vida começa a colocar bolas curvas no meu caminho. Impotente, continuo a limpar. ...Quando vou para a sala, ligo para a Mila. Eu deixo você saber que eu tive horas extras, que é por isso que é provável que eu não chegue em casa na hora prevista. E prevejo que o avisarei assim que estiver livre. Quando começa a bombardear-me com perguntas, que por enquanto não posso responder, corto a chamada, não sem antes despedir-me assegurando que a Ligo depois. Já é a minha hora de saída, mas tenho de voltar a limpar o estúpido living, Silv o Silvain está cego? Isso parece bom, parece tudo no lugar. Só quer fazer do meu dia uma porcaria. Esto
Eu também vi a área da lavanderia; seu quarto, o belo terraço que ele tem e que ele planeja decorar com plantas de diferentes tipos agora que estamos na primavera. Tudo é perfeito, não há um ponto negativo, é um apartamento digno de admirar. - Ainda é cedo, vamos tomar um café? - Sim, por que não? - cedo. Uma horda de pessoas se cruzam em nossa jornada pela cidade. Ne York York tão cheia de gente, transeuntes por toda a parte, não é nada estranho. Longe da multidão, já estamos em um café local, e Mila e eu podemos nos divertir.Ele me fala sobre seus dias, teve semanas estressantes pela uni, está se preparando para entrar nos negócios. Estude economia. Não sei se há pressão por trás de seus pais, ainda mais quando ela é filha única e só depende dela ser a próxima a ter o comando da empresa. Quando é a minha vez, eu fio sem muita emoção, Eu tenho alguma palavra ruim, mas é nada tendo em conta que eu quero dizer o meu chefe. Ela leva a situação com diversão, e eu finjo que ela tem es
Olhos ImpertinentesUma quinta-feira muito apressada, ele espreita como o amanhecer pronuncia a chegada da manhã com sol fulgurante através das paredes envidraçadas. Esqueci-me de fechar as cortinas, agora a claridade estremece a minha visão delicada, até que consigo acostumar-me à tortura, em pouco tempo já está longe de sê-lo.Eu me aproximo, sem perder tempo, devo estar pontual na mansão. De lá, partirei com meu chefe tirano para o "sótão". Devo admitir que estou nervosa com a ideia, a mudança se manifestou por decisão dele, não sei se há intenções por trás, buenas boas? Não, acho que não. Pelo menos na mansão havia mais trabalhadores. Não sei nada sobre esse famoso lugar onde estarei todos os próximos dias pregada. Uma camada fibrosa de nervos se instala no meu peito, impede a respiração, não quero sair da sala e traçar o caminho de sempre. Sem opções, saio do apartamento. Costumo ir com Mila, quando seu horário é flexível, mas se sua entrada for antes das oito, então pego um táx
Já estou na marcha. E pela primeira vez estou em um lugar mais íntimo, de Silvain. Não há muita clareza, mas dou um passo e as luzes acendem. O ambiente é ostentoso, as cores da decoração, resulta em cinza e um tom azul frio, que não pretende dar luz, mas acompanhar o neutro acinzentado. É como contemplar num quadro, A tempestade sobre um mar revolto que se ondula com ímpeto. Alguns elementos vermelho-bordô são testemunhados, e isso não torna a estadia agradável. Depois, há a cama king-size no centro com travesseiros espalhados, atrás está a cabeceira acolchoada. Aos pés da mesma, visualizo o divã, sobre o qual se distribuem várias almofadas invertidas com as cores dos lençóis e cobertura, preto e branco.Avanço no chão de madeira, um elemento quente que não é suficiente para contrastar a frieza de cada coisa dentro. Quando meus olhos se cravam na pintura que fica ao lado da porta, acho que leva ao banheiro, entre abro os lábios, o olhar fixo sobre ela. É um homem, pelo menos é uma pi
Chefe NarcisistaSaltimbucca Alla Romana...Cheira delicioso, percebo a mistura de cheiros, meu sentido cai de joelhos diante do Pires que faz. Vou até a cozinha, ainda sem me deixar ver, avisto meu chefe... cocinando cozinhando? É uma cena que eu não esperava ver nem hoje, nem nunca. Ainda não consigo afinar bem o pé, por isso ando mancando, tomo assento em um dos bancos, ele se vira e não sei como olhar para ele. - Já terminaste?- Sim, não era muito. Não... eu sabia... que cozinha... - duvidosa emito o comentário, ele não dá um giro na expressão, continua sem desenhar sequer uma careta. - Bem, já sabes. Acho que sabes o que estou a fazer. - Você supõe bem, na verdade é um dos meus pratos favoritos da Itália, Saltimbucca alla Romana. - confesso, é estranho que entre os dois flua uma conversa mais distendida, ainda que ele não tenha intenções de segui-la. Já se virou, dando continuidade ao seu, e deixando-me, resolvida. Não sei se devo oferecer minha ajuda, hesito na indecisão.
- Dizes-me que estavas só com ele e que ele fez o almoço? - Sim, foi o que eu disse. - O teu prato favorito? - Sim, Mila. Não siga mais, não tem importância. - Ele não age como o teu chefe. Por que tão depressa acabaste? —Não sei, e não me olhe assim-exijo diante de seu olhar malicioso, aparece um sorriso travesso e eu ardo de vergonha. - É que não entendo, toma-se atenções que estão longe de apenas um chefe, contigo. Pasa algo está acontecendo entre vocês? - questiona devagar, fazendo-me uma introspecção aguda, afasto-me um pouco. "Um beijo, além de me propor mais com ele e eu o rejeitei de imediato...»- Não, nada... Olhos arregalados, gesto duvidoso. Bebida dura. - Ok, é um pouco clichê o romance de chefe e funcionária. - Sim, super banal e absurdo na vida real. Com esse francês nem na esquina, você não sabe o quão mandão ele é-falo mais da conta, exasperada. - Expressas-te dele como se fosse o próprio diabo em pessoa, es é tão rigoroso como dizes? —É isso mesmo-admito.