Longe Do Pôr Do Sol - Obrigado-fecho a portezuela do táxi e me encaminho para dentro do clube. Tive de mostrar a identificação ao vigilante. Ao entrar, já ouço a cacofonia, sim, aqueles sons desagradáveis, pouco harmoniosos, roncam em meus tímpanos com ferocidade. A música entra na minha torrente, mas não corcoveia a emoção. Sem aspavimentos, percorro o lugar cheio de luzes piscando junto à vibração, nadando entre a onda de pessoas que se atravessam em meu caminho. Álcool e cigarro se juntam em uma nuvem, eu estrago o nariz, detesto o cheiro. A cada momento brota dos meus lábios a palavra "permissão", poucas vezes dou cotoveladas, se não há outro modo. Esta gente tão absorta na libertinagem, distanciada da realidade, voa e se ensimisma demais no momento. É por isso que não quero me juntar à pilha.- Onde está o Silvain? - pergunto Em um sopro, é difícil conseguir o narciso do meu chefe entre tantas pessoas. Suponho, por alguma razão, que ele tão prestigioso, deve estar numa zona VI
Vou-me embora e fico mais um minuto. É o suficiente para descobrir que meu chefe é apenas um peça delicada, que busca atenção, a glória que não existe, mas não é culpa dele, é um deserto, um espaço árido que precisa de Ajuda. Mas não se preocupa em tomar a iniciativa, é um transtornado, uma pessoa que carece de sentimentos, de emoções... O aviso é urgente, o alarme na minha cabeça acendeu-se. Eu sei que devo ir, suspiro fundo, sou uma masoquista, fico. Quando Silvain se levanta, meu órgão vital fica furioso, é adrenalina, nervos, não posso permitir que ele me pegue bisbilhotando. Imediatamente me dirijo para a cozinha de seu sótão e espero por ele, exatamente onde estive depois de sair de seu quarto.Aparece, vejo outra imagem à minha frente, é outra pessoa. Cabeça alta e queixo para a frente, destila poder, agressividade. Acho que devia ter saído há muito tempo, antes de voltar o tipo que sempre quer subjugar: um Narciso. Sua voz espessa, grave e profunda chega, é estranha à cena
Fico no meu prédio, apressada caminho veloz, só ao me jogar na cama solto o desesperado choro, sacudidas convulsas que devem parar; ainda não tomo banho, ainda não tiro da minha pele seu toque, preciso apagá-lo. E, eu torço tanto o corpo que dói, queima ao toque, não é uma marca, são várias, mas incomparável com a enorme que reside dentro do meu coração. Eu bato no mosaico, inclino a cabeça apoiando-a Ali. Da confusão perturbadora, não me despeço, não é fútil. Tudo se alinha, um emaranhado na minha cabeça que esbanja a minha mente, é maleável, por isso não consigo ordenar as minhas ideias. Em todo o caos mental, eu me preocupo com alguma coisa, é uma avalanche gigantesca me esmagando. Não posso ser. Não me lembro de que houvesse cautela , não, ele não fez e eu me apavoro. Sei que posso engravidar, a ideia provoca-me uma contorção. Eu quero acreditar que ele não esqueceu... É ridículo, não o fez. Acho que vou morrer.Eu carrego as palmas das mãos na minha testa, sobrecarregada. Não
Mexido fica-me o estômago a avistar o sofá, princípio de uma loucura. A cena se enraíza na minha cabeça, ele intenso, controlador. Eu Bato minha cabeça, freneticamente a sacudo, a todo custo procuro remover imagens indecorosas, e elas não vão embora. Bate o meu órgão vital, salta impiedosamente. O pior de tudo, é que eu tenho que limpar essa bagunça que se espalha na sala, que Silvain deixou. Não me lembro de ver nada disso ontem, sem dúvida, alguém teve um acesso de raiva. Há vidro por toda parte. Noto várias manchas no carpete, acho que é qualquer coisa derramada, e não Sangue... Assusto-me, porque ao avançar avisto um caminho de gotas secas daquele escarlate escuro até o chão de madeira nobre, no momento em que acabo seguindo o rastro, o telefone toca, é apenas uma mensagem, depois vou vê-lo. Sem perceber, estou na entrada do banheiro principal. Petrificada, eu estrago a testa enquanto, cheia de confusão excessiva, vejo um esboço deitado no chão, noto que está um pouco quebrado.
Incrivelmente ele me solta, mas continuamos segurando o olhar em uma luta que não tem fim. - Não acredite no direito de falar assim comigo, o de ontem não muda nada, Aryanna. —Em primeiro lugar, não traga à tona a tremenda estupidez que aconteceu ontem, isso não vem ao caso, e segundo, chega de fingir ser superior, estou farta do mesmo. Você é mais um mortal, de Castelbajac-boto o ar, como um búfalo. - Este mortal, como você diz, fez de você uma mulher, antes de ontem, você ainda era uma...- Cala-te! Isso não te torna melhor, no entanto, eu sinto-me enojada por me entregar a um homem como você, tão pedante e idiota. - Mentiras, só sabes mentir, Aryanna. Você gostou.- declara vencedor, é o que ele pensa, e toca na minha bochecha. - Para tudo isso, ele sempre quer desviar o assunto. Parece-me que não conseguiu tirar-me da cabeça e desenhou - me, ou estou enganado? - contra ataque, ele me calcina com os olhos. - Não é assim, e não te faças de importante, Viscardi. Você ainda é uma
Sedução SilenciosaNo curto prazo, não tenho mais o que fazer. Mas o idiota de Silvain me retém até que a hora da minha saída seja feita; ele me impõe cumprir o cronograma. Eu estou no chão, eu já posso ir embora, mesmo que minha saída ainda não seja, mas tendo em vista que eu terminei e ele não me dá outra demanda, ele pode me deixar ir. "O que há de errado com ele?». Eu fico na sala, tento não perder a paciência, o que é difícil. As horas estão indo no ritmo de uma tartaruga, agora que o tempo está lento, eu gostaria de arrancar fio por fio. Bufo. Grosso modo, meia hora depois ouço duplo toque na porta; não é preciso pensar muito sobre quem é, e demoro-me de propósito antes de lhe abrir. Silvain, com sua máscara de frieza, me examina em silêncio. - Posso ir? - Não. Vim pedir —te para vir comer, pedi comida chinesa-avisa sem muito interesse. - Obrigado, mas não estou com fome. - Eu disse para vir comer, Viscardi. Se você está com fome, então pare de mentir. - expressa, arrogan
- Vou, claro que sim. Quando vir que a sério isto vai formalizar—se, o de ontem à noite não foi nada relevante-suspira. No meu lugar, sinto-me desconfortável. - Está bem...- Desculpe-me, eu sei que você não gosta desses assuntos, é evidente. - Não se preocupe, eu estou feliz por você, eu também desejo —lhe o melhor-eu sou forçado a deslizar um sorriso. - É Sexta —feira, tenho um brinco esta tarde, temo que você fique sozinha novamente —ela faz uma careta. Eu Prometo chegar à noite, então nós compartilhamos um pouco, parece você acha? - Calma, vou encontrar uma distracção. Ei, eu fui pago, então se você estiver livre amanhã, eu convido você para comer fora, em um restaurante bonito. - Você sabe que não é necessário, é o seu dinheiro, você ganha com o suor da sua testa e se você se sente em dívida comigo...- Não, Não é isso, quero fazer algo bonito por você-declaro. - OK, desculpe, eu sei o quanto você trabalha, eu quero que você compre o que quiser, por exemplo, um carro, no V
Através De Seus OlhosRisos me acordam à noite. Um pouco sonolento cintilação sob a escuridão que se espalha na sala. A lua que dá sua iluminação fraca me ajuda a me localizar, sem a necessidade de acender a lâmpada ou a luz da sala. Cautelosa, vou para fora, fico paralisada ao ver Mila se beijando com um homem, e ele se torna familiar para mim. Eles estão no corredor, eu a alguns passos deles. - Travesso, não estou sozinha, vão nos ouvir-volta a soltar uma risada, enrolada em seu pescoço. Talvez deva dizer alguma coisa, Não tenho a certeza...- Sua amiga deve estar dormindo a esta hora, linda-expressa e esse sotaque me faz conhecido. Antes de ser vista, entro no quarto e volto para a cama, mas é desconfortável saber o que está acontecendo, Eu não deveria ter que saber. Tapo o rosto com um travesseiro e o sonho imperecível finalmente vai me prendendo até não sentir mais. No outro dia, um sábado que chega com planos de saída, não é igual aos outros. Acontece que depois de me adapta