Sedução SilenciosaNo curto prazo, não tenho mais o que fazer. Mas o idiota de Silvain me retém até que a hora da minha saída seja feita; ele me impõe cumprir o cronograma. Eu estou no chão, eu já posso ir embora, mesmo que minha saída ainda não seja, mas tendo em vista que eu terminei e ele não me dá outra demanda, ele pode me deixar ir. "O que há de errado com ele?». Eu fico na sala, tento não perder a paciência, o que é difícil. As horas estão indo no ritmo de uma tartaruga, agora que o tempo está lento, eu gostaria de arrancar fio por fio. Bufo. Grosso modo, meia hora depois ouço duplo toque na porta; não é preciso pensar muito sobre quem é, e demoro-me de propósito antes de lhe abrir. Silvain, com sua máscara de frieza, me examina em silêncio. - Posso ir? - Não. Vim pedir —te para vir comer, pedi comida chinesa-avisa sem muito interesse. - Obrigado, mas não estou com fome. - Eu disse para vir comer, Viscardi. Se você está com fome, então pare de mentir. - expressa, arrogan
- Vou, claro que sim. Quando vir que a sério isto vai formalizar—se, o de ontem à noite não foi nada relevante-suspira. No meu lugar, sinto-me desconfortável. - Está bem...- Desculpe-me, eu sei que você não gosta desses assuntos, é evidente. - Não se preocupe, eu estou feliz por você, eu também desejo —lhe o melhor-eu sou forçado a deslizar um sorriso. - É Sexta —feira, tenho um brinco esta tarde, temo que você fique sozinha novamente —ela faz uma careta. Eu Prometo chegar à noite, então nós compartilhamos um pouco, parece você acha? - Calma, vou encontrar uma distracção. Ei, eu fui pago, então se você estiver livre amanhã, eu convido você para comer fora, em um restaurante bonito. - Você sabe que não é necessário, é o seu dinheiro, você ganha com o suor da sua testa e se você se sente em dívida comigo...- Não, Não é isso, quero fazer algo bonito por você-declaro. - OK, desculpe, eu sei o quanto você trabalha, eu quero que você compre o que quiser, por exemplo, um carro, no V
Através De Seus OlhosRisos me acordam à noite. Um pouco sonolento cintilação sob a escuridão que se espalha na sala. A lua que dá sua iluminação fraca me ajuda a me localizar, sem a necessidade de acender a lâmpada ou a luz da sala. Cautelosa, vou para fora, fico paralisada ao ver Mila se beijando com um homem, e ele se torna familiar para mim. Eles estão no corredor, eu a alguns passos deles. - Travesso, não estou sozinha, vão nos ouvir-volta a soltar uma risada, enrolada em seu pescoço. Talvez deva dizer alguma coisa, Não tenho a certeza...- Sua amiga deve estar dormindo a esta hora, linda-expressa e esse sotaque me faz conhecido. Antes de ser vista, entro no quarto e volto para a cama, mas é desconfortável saber o que está acontecendo, Eu não deveria ter que saber. Tapo o rosto com um travesseiro e o sonho imperecível finalmente vai me prendendo até não sentir mais. No outro dia, um sábado que chega com planos de saída, não é igual aos outros. Acontece que depois de me adapta
- Não, nada com que se preocupar. Tens opções para esta tarde? Pouco sei de frequentar fora lugares, e ela sabe mais sobre o assunto. Ela esfrega o queixo, pensativa. Aguardo ansiosa. Nós Nunca tivemos tempo para se divertir em um fim de semana, Mila teve algumas semanas apertadas por causa do COMPROMISSO na faculdade, quando ela não e me convidou para sair, então eu a rejeitei porque ela recorre a esses sites que não são do meu agrado. - Podemos ir ao cinema, depois do almoço. Vi filmes bons que estão de estreia. Te você se encaixa com a ideia? - É óptimo. Faz tanto tempo que não vou ao cinema —me emociono como uma pequena. - Óptimo. Repare que com todos os brincos que tenho, há muito que não vou. Mas nos meus momentos livres vou ao Clube-acrescenta. - Eu sei. —Não é que a ideia de ver um filme esteja riscada dos meus planos, é que sempre vou sozinha —faz uma careta. Agora que vamos juntos, isso me fascina, e você me deve uma visita ao Clube, Você também pode se divertir lá, al
- Surgiu um imprevisto, sua mãe caiu de umas escadas, mas está bem, ainda assim foi vê-la. - explico torcendo os lábios. - Que mal, Eu não sabia, com razão liguei para ela no telefone, mas parecia estar desligado. - Sim, é que já deve estar num voo para Los Angeles. - Eu entendo-ele esfrega o queixo. Eu limpei minha garganta. - Vou contar-lhe sobre as flores. Ele acena, então faz um gesto tirando importância dele. Volto a deixar cair o olhar no elo de minhas mãos, uma brincadeira nervosa ao perder a batalha para seus orbes que me banem da minha zona de conforto. - Como estás? - pergunta de repente. Eu levanto os olhos para sua direção. - Estou a dizer-te a verdade? - Por favor. Eu sorrio, trêmula. - Não é um bom dia, menos com a tremenda dúvida que me deixas. Sorria de lado. Eu sinto que ele vai me dizer. Um...Dois...Y... Três...- Silvain enviou a caixa de chocolates-admite, meu rosto deve ser um poema, é como se estivesse me provocando, não dou crédito à sua admissão
- Uau, eu não esperava isso-desliza um sorriso, despreocupado apesar do meu tom que beira a dureza. Peço desculpa, chamaste-me a atenção, e na primeira falhei. Eu não brinco com os sentimentos das mulheres, elas sempre consentiram em estar comigo sem envolver emoções, mesmo Mila. Mas Silvain é egoísta, só pensa nele, na hora de terminar o faz sem se importar com nada. Acredite em mim, perdi a conta já das relações fugazes que teve, tantas ex-namoradas chorando só porque ele se cansou. A última foi Aleska, uma polonesa com quem ficou em bons termos porque é irmã de seu advogado. Caso contrário, teria sido a mesma história. - Está bem, desculpa... isso muda tudo. —Não é culpa dele, não inteiramente, o transtorno que padece complica sua vida, transformando não só sua cotidianidade em uma merda, também a de quem o rodeia-continua fazendo uma careta, verdades que esvaziam meu interior -. E se eu fiquei lá, às vezes querendo fugir, é porque eu o conheço desde jovem, somos velhos amigos, a
A Proposta"E fecha - se num quarto tão vazio de realidade, onde o eco é silencioso e a decadência uma débil companhia que o encaminha para a solidão sempiterna"....Tive um pesadelo, um absurdo que se foi ao abrir os olhos. Rodeio com meus orbes a sala, desse ângulo capturo o reinado da escuridão. As persianas estão abertas e eu avisto várias luzes de outros edifícios. Ne York York, "a cidade que nunca dorme", por isso cai como um anel no dedo. Não é tão tarde quanto parece, aqui é apenas dez da noite, e em Los Angeles-três horas a menos. Marco a Mila, ela não entrou em contato comigo, talvez tenha esquecido, em todo caso tenho razão de me preocupar. - Mila. - Desculpe-me, está tudo em ordem, desculpe não avisar como prometi. Aún ainda não dormes? - Sim, acordei de repente e decidi marcar - te, fico feliz que tudo corra bem. Pensei que te esqueceste de me dizer, não te preocupes.- É que há semanas que não via os meus pais e, apesar de tudo, fiquei emocional, agora estou com o p
Aurora BorealA única coisa que está desfeita no quarto de Silvain é a cama, pela primeira vez estou lá e não posso evitar o estudo; é mais espaçoso que o de seu sótão, a distinção e o luxo predominam e eu fico boquiaberta. É evidente que sua cor favorita é o cinza, aqui não há azul, mas um branco que o acompanha e o preto que exalta a elegância, também essa frieza calando fundo. Os elementos impõem-se, destacando-se a enorme cama com mesas de cabeceira nas laterais onde permanecem lâmpadas de cristal, um grande abajur apagado. Tem uma lareira, uma enorme sala de guarda-roupa, banheiro de sonho, fecho a porta; as cortinas batem com o vento, e é que, ao corrê-las, me deparo com as corrediças de vidro envidraçadas que dão para uma varanda. A altura dá um belo panorama e o vento chega a brizar meu cabelo; não é como o que esse deixa apreciar do terraço, mas pega da mesma maneira. Ouço barulho na sala, por isso retorno de repente, não há ninguém, tem sido um engano da minha cabeça. Eu c