Noiva Fantasma
Noiva Fantasma
Por: Blue
O Retorno

Pov- Olívia.

Olívia -  Quando finalmente cheguei ao vilarejo, após cinco longos anos fora, percebi que muito havia mudado. As ruas estavam mais movimentadas e as casas pareciam renovadas. Porém, ao adentrar a antiga casa de minha família, pude sentir um arrepio percorrer minha espinha. Algo estava diferente, errado talvez. Eu não sabia que estava acontecendo nesse vilarejo mas a única certeza que eu tinha era que as pessoas ainda achavam que tinha que ficar pagando dotes e até mesmo tributos para família Sinclar, a família que basicamente criou o vilarejo em volta das terras de sua família.  Não tenho ideia mas para mim alguma coisa me disse que eles ainda acham que estão sobrevivendo no século 19 e acho que é por isso que algumas pessoas estão me olhando meio estranho apenas porque estão mexendo no celular mesmo que tenha Torres e até mesmo televisão nesse lugar, esse povo é um pouco estranho e sinceramente, nunca me encaixei completamente nesse lugar, parecia que havia sempre alguma coisa de errado e que meu lugar não era aqui.

Quando o ônibus parou um pouco fora da cidade, eu sabia basicamente porque, era apenas o vilarejo muito pequeno e cerca de 2 horas eu podia andar por ele inteiro então eu apenas paguei a minha passagem e comecei a caminhar tranquilamente para voltar para casa e fosse um pouco estranho porque a maioria das pessoas olhavam para mim de dentro das suas lojas antigas, e cochichavam uma com as outras e logo em seguida entravam para dentro de um novo como se alguma coisa estivesse de errado ou se eu fosse o assunto de todo o vilarejo.

A atmosfera parecia carregada de segredos. Enquanto caminhava pelos cômodos vazios, meus passos ecoavam, ecoavam e ecoavam, levando meu coração a bater mais rápido. O silêncio, uma vez familiar, agora era quase ensurdecedor. Eu me perguntava onde estaria minha família, pois a ausência deles era evidente.  Era para eles estarem aqui eu quero um pouco estranho, não podia acreditar que alguma coisa ruim tinha acontecido com meus pais até porque nada de ruim acontecia nesse vilarejo, até porque tudo o que acontecia aqui, chegava primeiro aos ouvidos da família Sinclair.

Decidi, então, desvendar esse mistério e ao sair pela porta da frente, avistei minha vizinha, Sra. Turner, regando seu jardim. Fui em sua direção, ansiosa por respostas. Ela era uma pessoa basicamente estranha e equivocada, não era daquelas vizinhas que gostava de fazer fofoca e basicamente acho que ninguém gostava de perder o seu tempo falando sobre esse tipo de coisa nesse tipo de lugar, a maioria das coisas que as pessoas gostam de fazer aqui era plantações de cevada e tomate apenas para vender para fora por causa da família Sinclair.

Olivia - Olá, Sra. Turner! Sou Olivia Briggs, lembra de mim? - disse, tentando manter um sorriso no rosto, apesar da insegurança que me assolava. Sinceramente ainda não estava entendendo o motivo de todo mundo estar falando e fofocando sobre mim mas ainda assim eu tinha certeza de que tinha algo de errado acontecendo, era quase como se fosse um ponto de vista.

A velha senhora levantou os olhos, visivelmente surpresa, e franziu a testa, tentando me reconhecer. Depois de alguns segundos, um brilho de compreensão surgiu em seus olhos. Eu acho que a senhora Turner era a única que não estava focando de mim a maior parte do tempo desde quando coloquei os meus pés dentro do vilarejo.

Sr. Turner- Olivia Briggs! É você, minha querida! Nós pensamos que você nunca mais voltaria para cá, com toda aquela vida movimentada na cidade grande - disse ela com ternura. E pela primeira vez ela se aproximou de mim colocando a mão no meu rosto como se estivesse com tanta pena que fez com que eu pudesse olhar para ela ainda confusa com o que estava acontecendo, parecia que todo mundo nesse vilarejo sabia de alguma coisa que eu não sabia.

Olivia- Eu precisei me dedicar aos estudos, mas agora estou de volta. Não sabia que todos achavam que eu tinha desaparecido - respondi intrigada. -Aliás, cadê minha família? Onde estão meus pais e minha irmã? - eu olhei para ela porque ainda não estava querendo entender o que estava acontecendo porque todo mundo estava me olhando daquele jeito estranho e com muita pena, acho que não era difícil para que ela pudesse entender porque eu estava preocupada.

Sra. Turner abaixou a cabeça, como se estivesse tentando escolher as palavras certas antes de responder. Ela olhou para os lados, como se temesse ser ouvida, e sussurrou:

Sra. Turner- Sua família... eles ainda estão aqui, Olivia. Mas... eles têm enfrentado problemas... - eu me aproximei um pouco mais dela olhando para o seu rosto porque realmente é um pouco de estranho que se eu pudesse estar acontecendo, meu pai gostava muito de plantar tomates e cevada E foi com isso que ele me ajudou a pagar a faculdade.

Olívia - Problemas? Que problemas? -  Indaguei, cada vez mais preocupada. Porque realmente eu não estava entendendo tudo que estava acontecendo no vilarejo, isso sempre foi um lugar bom e todo mundo gostava de se ajudar mas parece que isso mudou durante todo o tempo que eu não estava aqui.

A velha senhora hesitou, procurando coragem para me contar a verdade. Até que finalmente disse:

Sra. Turner -Eles estão pagando tributos para a família Sinclair. - eu tenho que passar para trás tentando pensar em tudo que estava acontecendo porque realmente ainda não estava entendendo o motivo deles estarem fazendo uma coisa dessas.

Sinclair? O nome ecoou em minha cabeça. Eles não podiam se referir à mesma família Sinclair que dominava o vilarejo nos séculos passados, podiam? Era inacreditável! Eu não podia acreditar no que estava acontecendo porque não era possível que eles pudessem estar fazendo uma coisa dessas comigo porque eles estavam pagando tributos para aquela família?

Olívia - Mas isso não faz sentido! Estamos no século XXI, não no XIX! exclamei indignada. - ninguém deve pagar tributos aquela família depois de tudo que fizeram, vocês trabalharam na lavoura a maior parte do tempo e das suas vidas desde quando ele se estabeleceram aqui, não faz sentido que os meus pais estejam fazendo uma coisa dessas.

Sra. Turner- Infelizmente, Olivia, algumas tradições persistem aqui. A família Sinclair, mesmo após todos esses anos, ainda tem influência e exige tributos dos moradores - explicou Sra. Turner com tristeza. Eu neguei com a cabeça sem acreditar que aquilo estava acontecendo, com aquela informação mas eu ainda nem precisava conferir o que estava acontecendo e até mesmo entender porque minha família estava fazendo aquilo.

Olivia - a senhora pode deixar as minhas malas guardadas dentro da sua casa para que eu possa buscar assim que voltar?- ela olhou para mala que estava nas minhas mãos, ela olhou um pouco eufórica porque tenho certeza que nunca tinha visto uma mala de rodinhas, até eu mesma tinha ido embora daqui apenas com uma mala com a minha mãe havia costurado com algumas roupas e quando eu cheguei em Londres, minha vida mudou completamente e agora eu estava de volta no vilarejo no interior da França apenas para descobrir o que estava acontecendo.

Sra. Turner- claro meu bem, eu vou guardar suas malas aqui para que você possa buscar assim que voltar - fala para sua mão no meu rosto mais uma vez quando você estivesse com pena, ainda existia mais coisa nessa história que ela não estava me contando de algum jeito.

Minha mente não conseguia assimilar essa informação. Na minha ausência, minha família havia se envolvido nessa teia de tradições obsoletas. Suas vidas estavam sendo controladas pelos Sinclair? Era hora de acabar com isso. Eu só queria acabar com isso de uma vez por todas e saber o que estava acontecendo eu tenho certeza de que eu poderia voltar para casa.

Decidida, segui as orientações de Sra. Turner e me dirigi à mansão dos Sinclair. As lembranças de minha infância invadiram minha mente enquanto alcançava o portão, me lembrando do dia em que conheci Henry Sinclair, o último herdeiro masculino da família. Eu sempre ficava em cima dos pés de laranjeira olhando para ele passear pelo lugar, ele era um jovem tão alto e tão bonito que fazia com que qualquer garota ou moça do vilarejo pudesse suspirar por ele mas ele nunca apareceu transcender nenhum tipo de interesse por nenhuma delas porém assim que eu fui embora, eu não tinha visto ele por dois anos e parecia que todo mundo sabia que ele estava trabalhando demais, e agora eu estou aqui, apenas para descobrir o que aconteceu e por que meus pais estavam pagando tributo para essa família.

XXX- Olivia Briggs?  Uma voz grave e desconhecida interrompeu minhas memórias. Olhei para a figura alta e imponente vindo em minha direção. Era um rapaz tão bonito mas ainda assim muito jovem que estava parado perto de mim.

Olivia - Sim, sou eu. Quem é você?-  perguntei com curiosidade. Embora fosse um pouco estranho porque tinha certeza absoluta de que isso seria difícil para mim ter que receber a notícia desse garoto, era Claro que ele era um Sinclair.

XXX- Desculpe-me pela forma rude de recebê-la. Sou Arthur Sinclair, irmão mais novo de Henry Sinclair. Infelizmente, meu irmão faleceu recentemente. Suponho que tenha vindo por causa disso - explicou ele, com pesar em seus olhos. Eu ainda não tinha acreditado no que ele estava me dizendo porque não fazia a menor ideia de que um dos garotos mais bonitos e agora provavelmente ele era um homem muito bonito estava morto.

Olívia - Falecido?! Não posso acreditar... Mas há algo que me anunciaram: minha família recebeu um dote dando minha mão em casamento para Henry. Isso é verdade?-  questionei, enquanto tentava processar tanta informação de uma vez só. Eu estava muito assustada para saber o que estava acontecendo aqui e por que isso estava acontecendo agora - Eu só vim até aqui para saber porque minha família estava pagando tributos para sua porque o povo do vilarejo não deve pagar tributos por todo o trabalho que eles fizeram e quero saber o motivo dos meus pais estarem fazendo isso , mas eu não fazia a menor ideia de que ele estava morto.

Arthur suspirou, claramente insatisfeito com aquela situação.

Arthur- Sim, isso é verdade. Meu irmão insistiu nesse acordo como parte das obrigações da família. Mas não se preocupe, Olivia, poderemos resolver essa questão de uma vez por todas. - ele me olhou de um jeito estranho e seus olhos estavam brilhando para mim, muito diferente do povo que estava me olhando no vilarejo e só então eu sabia que tinha alguma coisa de errado, tinha muita coisa acontecendo nesse lugar e era coisas estranhas apenas para um vilarejo que vivia basicamente escondido na área mais rural da França.

Olivia- obrigado pela ajuda Arthur - ele apenas sorriu mais brilhante ainda embora eu tiver certeza que tinha alguma coisa de errado acontecendo nesse lugar tem que ter alguma coisa de errado acontecendo aqui e eu vou descobrir o que é .

Porém tudo que ele fez foi apenas abrir a porta e abaixar com educação como se estivesse recebendo uma dama ainda no século XIX e eu não faço ideia de como isso ainda estava me irritando tanto porque sinceramente depois de viver tanto tempo longe daqui, eu não queria que as pessoas pudessem ficar me tratando como se eu ainda fosse uma dama de companhia ou alguma coisa do tipo, embora fosse muito estranho tudo que estava acontecendo.

Arthur - eu sei que deve ser difícil para você Olívia, mas eu quero que saiba que os nossos costumes devem permanecer, eles dizem que nós somos e o que fomos no passado, não sente orgulho da sua família?- eu afirmei com a cabeça fazendo com que ele pudesse sentir feliz com a resposta que eu havia dado finalmente - eu tenho certeza absoluta de que vamos resolver esse assunto E você minha cara vai ser a mais beneficiada em tudo isso.

A mistura de alívio e determinação invadiu meu coração naquele momento. Não permitiria que minha família continuasse subjugada pelas vontades da família Sinclair. Era hora de lutar por nossa liberdade e justiça, não importando os séculos que pareciam nos prender em antigas tradições...

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