A Revelação

Pov- Olívia.

Olivia- Meus olhos percorriam o rosto de Arthur Sinclair, em busca de pistas sobre o que aqueles olhos escuros ocultavam. Ele se aproximou de mim, olhou ao redor como se certificasse de que não seríamos ouvidos, e soltou um leve suspiro. Mas ainda sente alguma coisa de errado acontecendo nesse lugar porque ele agir de forma estranha assim como toda sua família e todo vilarejo, não era normal passar pela cabeça das pessoas viverem nesse lugar como se ainda estivessem presos no século 19 e até a tecnologia que eu havia trazido comigo que era apenas meu telefone já era estranho para eles o que era um pouco estranho até mesmo para o telefone nesta casa que era daqueles mais antigos do século 18 e 19 embora fosse um pouco estranho mas ainda funcionava. eles manipulavam todos do vilarejo mas parecia que todos ainda estavam de olhos fechados para tudo que eles estavam fazendo, parecia que eles gostavam de serem manipulados por essa família.

Arthur- Olívia, venha comigo. Precisamos conversar em particular - disse Arthur, com sua voz profunda e misteriosa. A sua voz era melodiosa fazendo com que eu pudesse realmente querer saber o que ele tinha para me dizer, tinha alguma coisa nessa família que estava me forçando a entrar dentro dessa casa e isso era o que mais estava me deixando assustada, porque sabia que tinha alguma coisa acontecendo e a minha curiosidade estava falando mais alto.

Curiosa e ao mesmo tempo apreensiva, segui Arthur até uma sala nos fundos da mansão. Eleonora Sinclair, mãe de Henry, nos aguardava lá. Seu sorriso era aberto e radiante, mas seus olhos transmitiam uma estranha cautela.  Não sabia que estava acontecendo mas era estranho a forma que eles estavam me olhando daquele jeito, tinha alguma coisa acontecendo e eles estavam escondendo de mim.

Eleonora - Olívia! Que alegria vê-la novamente! Como está linda e radiante... - disse Eleonora, seu tom de voz carregado de entusiasmo, mas com um toque de malícia. Tinha alguma coisa acontecendo com essa mulher, parecia que a cada segundo que passava perto deles eu sabia que tinha alguma coisa de errado e até mesmo dentro dessa casa senti um arrepio e um ar tão carregado que fez com que eu pudesse sentir um tremor no corpo.

Olivia- Obrigada, Eleonora. Mas o que está acontecendo aqui? Por que estão agindo de forma tão estranha? - perguntei, tentando manter a calma, apesar do desconforto. - eu tenho certeza absoluta de que vocês não se importam contratação das moças que estão crescendo no vilarejo e também já faz cinco anos que eu estou longe do vilarejo que sai para estudar.

Arthur ergueu uma sobrancelha e olhou para Eleonora. Eles pareciam se comunicar silenciosamente, como se tivessem um segredo a compartilhar. Finalmente, Arthur quebrou o silêncio.

Arthur - Olívia, querida, há algo que precisamos lhe contar. A proposta de casamento entre você e Henry... bem, ela foi aceita por sua família - disse ele, observando minha reação com atenção. Eu levantei a minha mão olhando para o seu rosto porque não podia acreditar no que estava ouvindo até porque Henry estava morto então a minha família não poderia ter aceitado a proposta de casamento .

Olivia - creio que tem alguma coisa acontecendo de errado aqui até porque minha família não tem que pagar tributos para vocês por causa disso, sabemos muito bem que o seu irmão está morto e com isso não pode haver casamento - olharam de uma forma estranha novamente fazendo com que eu pudesse dar um passo para trás apenas querendo sair daqui porque eu sabia que tinha alguma coisa de errado.

Eleonora - Não! Olívia!- Ela falou um pouco mais calma ainda olhando para mim daquele estranho jeito misterioso mas ainda assim com aquele toque de malícia que fazia com que eu pudesse saber que tinha alguma coisa de errado acontecendo com eles - Henry estava esperando que você pudesse voltar do seus estudos para que pudesse se casar com ele, uma jovem que se aventurou para fora do vilarejo e voltou inteligente, era isso que ele queria do lado dele, sua família aceitou E nós ficamos felizes com isso como deve ser.

Minha mente parou por um momento, tentando assimilar aquela informação. Aceita por minha família? Como assim? Eles teriam o poder de decidir sobre minha vida sem que eu sequer tivesse uma palavra a dizer?  Eu não podia acreditar nisso, eles realmente estavam achando que as coisas poderiam funcionar desse jeito sendo que eu não estava morando mas no século 19 e ninguém aqui também?

Olivia - O quê? Como isso é possível? Eu nunca consenti com isso, nunca dei minha permissão! - exclamei, sentindo minhas mãos ficarem trêmulas de indignação. Liguei com a cabeça porque ainda não podia acreditar naquilo que estava ouvindo, era ridículo pensar que eles poderiam estar pensando em fazer uma coisa tão ruim assim.

Eleonora soltou uma risada forçada, tentando parecer compreensiva.

Eleonora - Oh, querida, entendemos sua surpresa. Mas você sabe como são as tradições antigas... às vezes elas voltam a nos assombrar. - e novamente aquelas tradições que eles gostavam de dizer, isso fazia com que eu pudesse ficar ainda mais aterrorizada com esse vilarejo ou no que eles haviam se transformado, eu não podia acreditar no que estava ouvindo, Como assim eles estavam tentando viver no século 19 com as tradições sendo que ninguém mais fazia parte disso ?

A raiva crescia dentro de mim, misturada com a tristeza e a impotência diante de situação tão absurda. Não admitiria que minha autonomia fosse negligenciada, mesmo que fosse por uma tradição ultrapassada. Estava prestes a reagir, quando ouvi os passos apressados de meu pai ecoando pelo salão. Quando olhei para trás lá estava ele me olhando praticamente quase como se estivesse desesperado para que eu pudesse me aproximar dele do mesmo jeito que ele fazia quando eu ficava em cima das Laranjeiras para que eu não pudesse cair isso aí então eu pude perceber todo cuidado com meu pai tinha comigo desde quando eu era criança, eu não tenho uma única cicatriz no corpo da época que eu morava no vilarejo pelo menos.

Pai- Olívia! Graças a Deus te encontrei, minha filha. Precisamos ir embora imediatamente -  disse meu pai, entrando pela porta, ofegante. Eu olhei para o meu pai querendo que ele pudesse basicamente explicar o que estava acontecendo aqui porque eu ainda estava assustada com tudo isso, como isso poderia estar acontecendo para mim?

Confusa, olhei para ele e depois para Arthur e Eleonora.

Olivia- O que está acontecendo, pai? Por que temos que ir? - eu perguntei porque eu ainda estava conversando com eles e queria saber o que estava acontecendo e o que eles estavam escondendo de mim, eu tinha todo o direito de saber o que eles estavam escondendo de mim agora já que era minha vida que estava em jogo de algum jeito.

Meu pai lançou um olhar grave a Arthur e Eleonora, antes de responder:

Pai- É uma longa história, minha querida. Vamos para casa e lá eu te explico tudo. - ele segurou a minha mão e começou a me levar mas ainda assim eu senti que precisava falar mais alguma coisa para que eles pudessem entender o que estava acontecendo e que eu não era apenas um objeto que eles pudessem querer ficar manuseando a minha vida.

Voltei-me para Arthur e Eleonora, sentindo-me frustrada por não ter obtido as respostas que buscava.

Olivia- Nós nos veremos novamente, Sinclair. E vocês precisarão ser honestos comigo, caso queiram a minha cooperação.- Eles apenas ficaram me olhando daquele jeito gentil e amoroso e claramente eu podia ver a malícia no ar do mesmo jeito que eu havia entrado dentro dessa casa.

Eles apenas assentiram, seus olhares cheios de segredos e promessas silenciosas. Segui meu pai até o carro, ansiosa para descobrir o que ele tinha para me contar. Mas ainda assim eu queria que meu pai pelo menos pudesse me dizer alguma coisa sobre o que estava acontecendo, me explicar e me dar os detalhes de tudo o que aconteceu porque eu tenho certeza absoluta de que tem algo de errado e eu precisava saber.

Durante o trajeto até casa, meu pai voltou-se para mim, seu semblante carregado de preocupação. Ele não falou nada durante uma boa parte do trajeto fazendo com que eu pudesse me sentir ainda mais preocupada, eu tenho certeza absoluta de que as coisas não eram boas mas ainda assim tinha alguma coisa acontecendo comigo e nesse lugar, o vilarejo que antes eu pensei ser a minha casa que eu fui feliz quando era criança, já não estava do mesmo jeito que eu havia deixado.

Pai- Olívia, preciso lhe pedir desculpas. Eu não tinha ideia do acordo que sua família havia feito com os Sinclair. Eles pagaram um dote generoso para que você se casasse com Henry. Era uma maneira de garantir a segurança financeira de nossa família - explicou ele, com uma mistura de tristeza e arrependimento em sua voz. Eu pisquei um pouco atordoada olhando para o rosto do meu pai querendo que aquilo fosse apenas uma brincadeira de mau gosto e que ele poderia dizer que eu fui pega na pegadinha do malandro e que tudo isso era apenas uma brincadeira. - eu sinto muito minha filha, mas eu devo seguir as tradições e você também deve.

Fiquei sem palavras, sentindo-me traída por aqueles que eu mais amava. Por que eles haviam decidido meu futuro sem ao menos me perguntar? Por que haviam aceitado a interferência dos Sinclair em nossas vidas? Como que isso poderia acontecer? Eu não posso me casar com uma pessoa que já está morta e é claro que isso não deve ser segredo, uma tradição tão ridícula como essa que acha que pode manusear a vida das pessoas e até mesmo a morte?

Olívia - Como eles puderam fazer isso, pai? Como puderam me vender? Eu não sou uma mercadoria - desabafei, com lágrimas surgindo em meus olhos. - tudo isso por causa de uma simples tradição ridícula que vocês ainda acreditam que estão vivendo no século passado? Saímos do século XIX a 200 anos e ainda assim o senhor está insistindo em uma tradição que não deve existir mais e que é errado.

Meu pai segurou minha mão, buscando conforto em meio à tristeza mútua.

Pai- Eu sei, minha querida. Foi um erro, uma decisão equivocada. Mas agora precisamos encontrar uma solução. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que você seja feliz meu bem, eu quero que você seja a pessoa mais feliz do mundo e ele era um rapaz tão bom e queria tanto se casar com você, foi uma fatalidade não só para a família Sinclair e sim para todo vilarejo, ele pagou tributos para nós durante todos os anos em que você estava estudando e só depois que morreu que isso aconteceu ele está morto a cerca de dois dias e a família está preservando o corpo - arrepio no meu corpo não acreditando naquilo que estava acontecendo que eles pudessem fazer isso comigo uma tradição tão odiosa e ridícula apenas para tentar tomar conta da minha vida não deveria ser verdade e agora eu estava aqui, olhando para o rosto do meu pai sem conseguir acreditar naquilo que ele estava fazendo ou estava me contando, como se a minha vida fosse apenas um brinquedo em suas mãos e tudo que eu queria era apenas ter um pouco de paz e parece que não é isso que eu vou ter, minha família, minha própria família acabou me vendendo para que eu pudesse me casar com uma pessoa que já estava morta e tudo isso Por quê? Para seguir uma tradição m*****a que não deveria acontecer.

Eu sabia que seria uma batalha árdua, mas estava determinada a lutar pela minha liberdade e pelo poder de tomar minhas próprias decisões. O preço que os Sinclair haviam pago era alto, mas não era suficiente para me comprar.

Em casa, abri a janela do meu quarto, observando o pôr do sol enquanto refletia sobre os próximos passos a serem dados. Eu não iria me render às vontades deles, não importa o quão amedrontadora a batalha fosse. Eu estava disposta a enfrentar qualquer desafio para ser senhora de meu próprio destino...

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