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Em Busca Da Verdade

Pov- Olívia.

Olívia -  Após o casamento sinistro, retornei ao quarto que anteriormente pertencia a Henry Sinclair. Eu não conseguia suportar o fato de ter me tornado uma noiva fantasma e estar envolvida em toda aquela trama sombria. Sentia a necessidade de encontrar respostas, de descobrir por que Henry estava sendo forçado a seguir adiante com esse casamento, mesmo após sua morte.

Tinha alguma coisa de errado acontecendo com essa família e eu tinha que descobrir o que era porque essa rede de mentira já estava começando a me envolver também, e olha que eu nunca tinha feito nada para que eles pudessem ficar de olho em mim , eu não queria ter que me casar , ainda mais com alguém que já estava morto.

Pensar em tudo o que havia acontecido e também pelo que eu fiquei sabendo no vilarejo , Henry era o homem com perfeita saúde então não havia motivo ou nada nesse mundo que pudesse fazer com que ele pudesse ficar doente, tinha alguma coisa acontecendo e eu precisava saber o que é , eu só sabia que eles estavam respondendo alguma coisa e eu precisava saber o que era, tinha certeza absoluta de que ele estava realmente tentando fazer alguma coisa e eu queria saber o que era E com isso, várias dúvidas começaram a surgir em minha mente dizendo que Henry pode ter sido morto.

Vasculhei os compartimentos, abrindo gavetas e examinando cada objeto que encontrava. Queria encontrar algo que pudesse me ajudar a entender a verdade por trás desse casamento forçado.

Tenho certeza que existem muitas coisas nesse lugar e isso faz com que eu possa pensar em tudo que podia ter acontecido conosco , claro que a minha vida não seria fácil e eu tinha certeza absoluta de que as coisas seriam cruéis não só para mim mas para qualquer outra pessoa que pudesse estar envolvida nesse tipo de vida onde teria que se transformar em uma nova fantasma em uma tradição macabra e cruel.

Foi então que meus dedos tocaram uma envelopa escondida no fundo de uma gaveta. Era uma carta, selada e sem remetente. Meu coração acelerou enquanto abria o envelope e lia o conteúdo da carta.

Olívia - será que eles estavam envolvidos com alguma coisa?- eu olhei para a porta vendo que ela estava trancada isso me deu certeza de que não havia ninguém poder entrar aqui, com isso me sentei na cama tirando o salto alto dos pés e colocando os mesmos em cima da cama me recostando sobre os travesseiros para pensar no que podia fazer ele também ler as cartas.

Carta On :

"Caro Henry Sinclair, esta é sua última chance. Pare com esses joguinhos ou sofrerá as consequências. Sua família pode pensar que está a salvo, mas eu sei a verdade. Eu sei a verdade sobre tudo que vocês estão fazendo. Sei a verdade sobre tudo que está sendo escondido desse vilarejo medíocre que vocês tanto insistem em tentar manter escondido. Não vou deixar que continue assim.  Você terá o que merece. "

Carta Off:

Engoli em seco ao ler a ameaça. Quem teria enviado essa carta a Henry? E por que ele estava sendo ameaçado? Parecia que alguém sabia mais do que as aparências mostravam. Minha determinação aumentou ainda mais, sabendo que a resposta para todos os meus questionamentos estava em algum lugar.

Olívia - tenho certeza que alguém está escondendo alguma coisa dentro dessa casa tem alguma coisa nessa família de errado e eu sabia disso - eu peguei a carta guardando e colocando de volta no lugar apenas para ter certeza de que se ele realmente estava morto então a família dele não sabia da existência dessa carta e foi por isso que as coisas dele permaneceram intocadas , mas eu vou aproveitar esse momento para ter certeza absoluta de que posso apenas encontrar as coisas em seu devido lugar.

  Quando alguém bateu na porta, eu respirei fome tentando manter na cama para provar que ainda estava triste, Assim que abrir a porta lá estava Arthur porque era um pouco estranho mas ele estava com um sorriso gentil e tranquilo nos lábios.

Arthur- Olívia, queria te chamar para tomar um chá na sala de estar e assim se acalmar um pouco depois do casamento - eu achei um pouco estranho porém era melhor que eu pudesse estar perto deles para ficar de olho e talvez assim poderia encontrar pistas sobre quem matou Henry.

Olívia - vou apenas colocar os sapatos e vou te encontrar na sala de estar - ele me olhou e afirmou com a cabeça porém não fez nenhuma menção de se mover do lugar como se aquilo fosse normal , Então eu fechei a porta assim que pudesse esperar sua resposta até porque todo mundo da família era estranho então tudo que eu podia fazer nesse momento era apenas seguir em diante.

Coloquei sua torta nos pés depois que me sentei um pouco na cama observando o quarto mais uma vez, era melhor que eu pudesse trancar na porta porque assim poderia ter pelo menos um lugar de conforto mesmo que fosse basicamente o quarto que pertenceu ao meu marido.

Assim que cheguei ao lado de fora, Arthur já não estava mais ali e eu resolvi trancar a porta e guardar a chave das minhas roupas e embora ainda estivesse com aquele vestido negro no corpo, ao olhar para o meu próprio corpo podia ver que eu estava parecendo realmente uma noiva de luto e isso querendo ou não era de partir meu coração porque jamais pensaria que isso poderia acontecer comigo.

Ao caminhar pelo corredor, uma onda de determinação bateu no meu peito me dando a certeza de que pelo menos agora eu poderia usar o tempo que estaria dentro desse lugar para descobrir o que havia acontecido e também queria saber quem era o remetente daquela carta e por que ameaçou Henry Sinclair de esconder segredos da população do vilarejo.

Meu corpo não estava nem um pouco feliz e minha mente estava me atormentando o tempo todo fazendo com que eu pudesse me lembrar do momento do casamento ao qual tive que beijar o corpo do meu noivo morto, claro que era de partir meu coração e isso fez com que eu pudesse respirar tentando manter a calma porque sabia o que poderia vir a partir de agora, vou ter que sobreviver aqui ao lado de toda aquela família desconfiando de todos ao meu redor.

Chegar na sala de estar, toda aquela família estavam sentadas e Eleonora deixou um sorriso tranquilo e simpático aparecer nos seus lábios, nem parecia que era uma mulher cruel e maldosa e eu só podia ver isso olhando para os seus olhos, parecia que ela gostava de transparecer toda a sua maldade.

Eleonora - Olívia, sente-se conosco - virei meu rosto olhando para os seus olhos nesse momento quando apontou para uma poltrona um pouco mais afastado perto da janela, claro que eu sabia o que poderia ser mas assim quem aproximei, sentei uma poltrona completamente diferente um pouco mais afastado deles e cruzei as minhas pernas me sentando como uma dama poderia sentar, do mesmo jeito que minha mãe havia me ensinado quando era mais nova, só não fazer menor ideia do motivo que ela havia feito isso.

Um mordomo com o olhar perdido e triste se aproximou entregando uma xícara de chá a qual fez com que eu pudesse pegar mas não coloquei nos lábios em momento algum, Eleonora pegou uma xícara e agradeceu em silêncio antes de virar a cabeça e olhar diretamente para mim.

Eleonora - sabemos que deve ser difícil para você, sabemos como deve ser difícil ter que passar por isso mas você pode se casar de novo - ela falou como se fosse uma grande notícia, para começo de conversa nem me casar eu queria.

Magnus - meu bem, daqui dois dias você vai assinar o contrato da família assumindo todo o legado do nosso filho e será a nova senhora Sinclair - ele falou Como se eu tivesse ganhando um prêmio Nobel e sinceramente eu nem queria ter esse sobrenome, eu queria continuar sendo Olívia Briggs e não Olívia Sinclair onde até mesmo esconder segredos da sua própria família - nosso filho gostava tanto de você, me lembro dele dizer que havia ajudado uma garota que estava em cima de um pé de laranjeira e então pedi para o seu pai cuidar muito bem de você.

Olivia - por isso meu pai não deixava faltar frutas e nada em casa, porque ele queria ter certeza absoluta de que eu não teria nenhum arranhão - eu levantei meus olhos olhando no seu rosto e perceber que a única coisa que ele queria era apenas me assustar ou me deixar apavorada - por que tudo isso está acontecendo? Vocês iriam assumir a herança dele de qualquer maneira, não havia motivo nenhum para um casamento e sabem disso.

Arthur- existem tradições a serem seguidas, Olívia - novamente ele veio com esse mesmo papo e história sobre as tradições malfadadas que não levaram ninguém para lugar nenhum e que basicamente ninguém mais fazia isso - tudo que eu posso fazer é garantir que o meu irmão teria alguém no mundo dos mortos e ele vai estar lá te esperando de braços abertos quando morrer.

Eleonora - Basta! - ela falou baixo e Arthur afirmou com a cabeça tomando um pouco do seu chá porém ela respirou fundo olhando para o vazio antes de virar os olhos para mim desta vez como se ainda realmente estivesse tentando ser a minha amiga alguma coisa desse tipo e tudo que eu podia ver nesse momento era como esse lugar era vazio, desprovido de amor e gentileza - O que é meu filho Arthur está querendo dizer Olívia é que as tradições dessa família protegem somente as mulheres e eu já sou casada com meu marido Magnus e por esse motivo eu não posso receber a herança que pertencia ao meu filho, somente a esposa poderia receber e nós não estamos tentando controlar você, tem o direito de ir e vir como qualquer outro.

Olívia - e mesmo assim eu não posso ir embora desse lugar e estou presa aqui junto com vocês - tudo que eu podia fazer era pensar no que podia seguir em diante e eu estava tão feliz porque acabei de me formar e estava com diploma de medicina e agora tenho que lidar com isso.

Eleonora - eu sinto muito que tenha pensado desta forma querida Olívia, mas nós estamos fazendo o que é melhor para nossa família e para você também, se meu filho estivesse vivo, ele teria oferecido o seu dote do mesmo jeito, você iria se tornar uma Sinclair da mesma maneira - a única coisa que eu fiz foi apenas ficar em silêncio pensando no que podia acontecer com a minha vida a partir de agora - meu filho te amava tanto, nós só queremos que ele pudesse ficar feliz depois dos mortos e depois disso , tudo que nós podemos fazer é que você seja feliz no lugar dele agora que meu filho não está mais aqui, apenas seguimos com a tradição do casamento mas ninguém vai te impedir de ser feliz Olívia.

Arthur - nós somos uma família unida, sei que não está acostumada com as tradições e que foi embora 5 anos atrás , mas nós estamos aqui para te fazer feliz do mesmo jeito que o meu irmão gostaria - ele tomou um pouco mais de chá e a única coisa que eu podia fazer era olhar para o vazio pensando em tudo o que eles estavam me dizendo ainda achando incrível e difícil ter que continuar com essa conversa baldada.- você foi embora e abandonou as próprias tradições, deveria se sentir grata.

Magnus- Arthur! - Eu fiquei em silêncio observando a discussão em família, claro que alfinetar tudo que eles estavam dizendo seria o necessário para que eu pudesse no mínimo descobrir alguma coisa sobre eles - suba para o seu quarto, creio que já está na hora de descansar e que ainda não se sente bem depois do velório do seu irmão.

Arthur deixou a xícara de lado na mesinha e se levantou abaixando um pouco a cabeça cumprimentando todos nós e logo em seguida saiu me deixando sozinha somente com Magnus e Eleonora.

Eleonora - não existe nada nesse mundo que não faríamos por você, Olívia- ela falou tomando um pouco do chá - sinto muito que seja do jeito que não gosta mas agora você é uma Sinclair e quanto mais rápido entender, melhor será para você e para todos nós...

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