Início / Romance / Noiva Fantasma / A Procura Da Felicidade
A Procura Da Felicidade

Pov- Olívia.

Olívia -  A primeira noite na mansão Sinclair foi repleta de pesadelos e pouquíssimo sono. Minha mente estava agitada, constantemente revisitando as ameaças e os mistérios envolvendo Henry. A paranoia começou a se instalar, e eu me perguntava se alguém da própria família Sinclair havia tirado sua vida.

Alguma coisa me dizia que eles tinham alguma coisa a ver com o que aconteceu com o meu marido morto, sinceramente Eleonora estava se sentindo melhor do que agia, não fazia ideia de que essa mulher poderia ter um coração tão frio assim ao ponto de falar sobre o filho sem nem mesmo derramar uma única lágrima.

Porém acho que todas as mães do vilarejo agiam assim, todas as mulheres e damas estavam cuidando das filhas para que elas pudessem ser oferecidas para os herdeiros da família Sinclair em algum momento, eu sabia que havia alguma coisa de errado acontecendo, sabia muito bem como eu podia sair desse lugar e seguir com a minha vida mas tudo que eu podia fazer nesse momento era apenas descansar um pouco e tentar esquecer pelo menos durante a primeira noite.

No dia seguinte, acordei determinada a descobrir a verdade. Tomei um banho e troquei de roupa, desta vez ainda colocando preto mas coloquei uma calça escura e um par de tênis, uma blusa de moletom porque no inverno na França era cortante E então eu podia pensar no que podia fazer da minha vida deveria ter ficado em Paris e não voltado para o vilarejo , meu pai e a minha mãe estavam comigo naquele momento e tudo que eu podia fazer quando estava fora daqui era sorrir e ser feliz, eu era uma pessoa normal e agora , já nem sei mais o que seria a não ser uma noiva fantasma.

Quando sair pelos corredores, não havia vozes, não havia nada, somente uma mansão repleta de luxo e completamente vazia de amor e sentimento e querendo ou não nunca havia me sentido tão sozinha e toda minha vida.

Ao chegar na sala do café da manhã, todos eles estavam ali sem tocar em nada pela primeira vez Magnus estendeu a cadeira para que eu pudesse me sentar, era a cadeira do patriarca da família eu quero um pouco estranho mas assim que me sentei, ele aceitou logo ao meu lado e em sua frente estava Eleonora, ao lado do pai, estava Arthur que desta vez estava de cabeça baixada.

Eleonora - Bom dia, querida Olívia!- ela falou daquele jeito melódico e tranquilo como sempre fazia e tudo que eu tinha naquele momento era apenas tempo para pensar que essa família estava realmente se esforçando embora fosse difícil para mim acreditar que eles gostavam de mim ou estavam querendo me usar para substituir o filho que haviam perdido.

Olivia- Bom dia!- foi o que respondi porém Magnus deixou um sorriso tranquilo aparecerem seus lábios, nem parecia que haviam perdido filho e sinceramente apenas Eleonora e eu estávamos vestindo negro como forma de luto.

Magnus - espero que esteja contente, Como foi a sua primeira noite?- ele perguntou tranquilo.

Olívia - eu tive uma noite tranquila - foi tudo que eu falei antes de pegar uma xícara de café e tomar um pouco e foi nesse instante que todo mundo teve basicamente a autoridade para tomar, então eles realmente estavam esperando que eu pudesse dar o primeiro gole para que eles também pudessem comer? A cada segundo que passa fico com ainda mais raiva dessas malditas tradições que estão escravizando as pessoas apenas.

Magnus- que bom, o advogado já está vindo para que você possa assinar os documentos e assumir tudo aquilo que te pertence por direito - foi tudo o que ele falou e então eu apenas afirmei com a cabeça tentando prestar atenção no café da manhã desta vez.

Enquanto tomava café da manhã, avistei um homem vestido em um terno preto chegando à mansão. Era o advogado de Henry Sinclair, trazendo os documentos necessários para transferir a propriedade dos bens de Henry para mim.

Meu coração batendo acelerado e claro que eu estava cansada, cansada de tudo isso que estava acontecendo tão rapidamente, pensei que isso poderia demorar pelo menos uma semana até que tudo pudesse ter sido resolvido mas parece que eles queriam passar tudo isso para mim de uma vez por todas.

Eu me levantei, meu coração batendo mais rápido à medida que ele se aproximava. O advogado me cumprimentou com um sorriso protocolar, logo começando a explicar o processo de transferência de propriedade.

Advogado - Senhora Sinclair , de acordo com as disposições do testamento de Henry Sinclair, todos os seus bens serão transferidos para você como sua esposa. Estou aqui para garantir que tudo seja feito de acordo com as leis vigentes - disse ele, mantendo sua expressão séria. E tudo que eu podia fazer era apenas tentar pensar no que podia fazer para correr daqui mas isso não iria ajudar porém se eu tivesse tudo aquilo que era do meu marido, era o suficiente para que eu pudesse pelo menos descobrir quem foi que matou o meu marido e então eu vou acabar com tudo isso de uma vez por todas, com essa tradição ridícula e vou poder ir embora do vilarejo para nunca mais voltar.- assine aqui por favor.

Assenti, enquanto ele me entregava uma pilha de documentos. Meus dedos percorriam as páginas, cada uma representando o poder que agora estava em minhas mãos. Observando as assinaturas e os selos, uma mescla de emoções invadiu meu coração. Por um lado, eu estava feliz em ter conseguido garantir uma medida de segurança financeira para minha família; por outro, sentia um aperto no peito, pois isso significava que Henry jamais usufruiria de sua própria fortuna.

Arrancaram dele a chance de ser feliz e até mesmo de ter uma família, tiraram dele a chance de ser feliz comigo se ele estivesse vivo, sinceramente já havia passado pela minha cabeça sobre tudo o que havia acontecido e eu jamais poderia estar pensando em como minha vida poderia estar se ele ainda estivesse aqui.

Enquanto o advogado terminava o processo, eu não conseguia deixar de me sentir desconfortável. Aqueles papéis apenas arranhavam a superfície do mistério em torno de Henry. Havia mais do que aquilo, algo obscuro e sinistro que precisava ser desvendado.

Quando o advogado saiu, e sentei novamente na cadeira e tomei um pouco de chá para tentar me acalmar, finalmente já havia tomado tudo aquilo que pertencia a mim e agora eu realmente era uma senhora da família Sinclair, eu sentia tanta dor por saber que não iria poderia ir para casa ver a minha mãe, mal poderia sair daqui para conversar com ela porém vou ter que assumir todos os negócios.

Magnus- tem certeza que agora você vai ser uma grande empresária e vai assumir os negócios da família - Arthur levantou o rosto pela primeira vez e olhou para mim, não estava demonstrando sentimento nenhum porém os seus lábios tinham um sorriso tranquilo e Gentil, quase como se ele realmente estivesse se importando, que pena que agora não era tão idiota assim ao ponto de ficar caindo no papo de todos eles.- vou deixar que aproveite um pouco mais e que possa se lamentar um pouco mais no tempo por causa do meu filho, mas daqui dois dias vamos começar o seu treinamento para que possa assumir os negócios da nossa família e ajudar em todas as plantações.

Olivia - tudo bem - então ele se virou para o próprio filho e Arthur abaixou a cabeça mais uma vez como se tivesse alguma coisa acontecendo com ele, mas o que será que estava acontecendo?- existe alguma coisa que eu ainda não saiba que vocês precisam me contar?

Arthur- recebemos uma ligação de Gabriel Donovan ele estava interessado em comprar as nossas terras e ser o novo dono do vilarejo Sinclair - Eleonora levantou os olhos para o próprio filho antes de tomar um pouco do chá , era isso que ela fazia todas as vezes que ficava nervosa com qualquer tipo de assunto que pudesse envolver os negócios da família e acho que por ser a mãe, ela não vai herdar nada o que é cruel parando para pensar.

Magnus- aquele baldado não vai conseguir nada de nós e ele jamais será o dono do vilarejo Sinclair, ainda mais agora que temos mais uma senhora no lugar , ele não pode fazer nada- eu ainda estava querendo ir tempero que eles estavam dizendo com isso, então existia um homem que queria comprar um vilarejo e mesmo assim eles não estavam vendendo? Não era por amor ao vilarejo Então por que será que eles não estavam dizendo mais nada?

Nervosa com tudo que estava acontecendo, a primeira coisa que pude fazer foi fazer uma pergunta determinada para que eles pudessem me responder e eu também ficar a par de todas as histórias até porque agora tudo isso é meu.

Olívia - eu posso saber quem é Gabriel Donovan?- perguntei olhando nos olhos de todos eles querendo que pudessem me dizer o que estava acontecendo aqui. - devo me preocupar com quem esse homem pode ser?

Arthur- Ele simplesmente é o pior inimigo de Henry , ele não gostava do meu irmão porque dizia que o meu irmão gostava muito de seguir as tradições e que gostava de cuidar das pessoas menos favorecidas isso quer dizer que ele não gostava das pessoas do vilarejo - Magnus olhou feio para o próprio filho porém Arthur continuou a falar - Gabriel Donovan odiava meu irmão até mesmo nos negócios então basicamente Os dois ficavam competindo a maior parte do tempo sobre quem fazia mais entregas de cevada e frutas e como nós sempre ganhamos, ele insistiu em dizer que era por causa das nossas terras e começou a encontrar motivos para discutir e foi quando meu irmão deixou ele de lado, hoje de manhã recebi a ligação vinda da empresa Donovan mais uma vez.

Olívia - e o que a empresa Donovan disse?- eu perguntei tranquilamente tomando um pouco mais do chá e comendo um pedaço de bolo para que eles pudessem perceber que eu estava tranquilo mas na realidade eu estava era surtando querendo gritar para todos os lados porque agora tinha mais um, mais um suspeito que poderia ter tirado a vida de Henry .

Eleonora - você não precisa se preocupar com esse tipo de assunto agora Olívia, Tenho certeza absoluta de que eles vão resolver isso - ela falou tentando fazer com que eu pudesse me sentir mais calma.

Olívia - É claro que eu preciso me preocupar, até porque acabaram de dizer que eu vou ter que assumir tudo isso, então é melhor que eu saiba de uma vez o que está acontecendo antes que eu seja pega de surpresa por Gabriel Donovan - Ela ficou em silêncio quando eu me virei olhando para Magnus e também para Arthur querendo que eles pudessem abrir a boca e me dizer de uma vez por todas Quem era esse homem. - pode responder a pergunta agora?

Magnus- ele ligou hoje de manhã querendo saber qual o valor para comprar as terras do vilarejo, Ele disse que agora que o meu irmão está morto, tenho certeza que não vai ter ninguém para assumir o lugar ele vai querer assumir esse lugar no nosso nome, basicamente ele queria que nós pudéssemos ir embora daqui para que a família dele pudesse assumir o lugar - Claro que eu não iria deixar que isso eu pudesse continuar, mesmo ainda querendo buscar justiça pelo meu marido, eu precisava proteger o vilarejo, era um lugar onde os meus pais estavam E também o lugar onde eu havia crescido, ele era um paraíso do jeito dele porém, agora eu sabia exatamente que Gabriel Donovan poderia mesmo ser um dos suspeitos que havia ter tirado a vida de Henry.

Os acontecimentos recentes apenas fortaleceram minha determinação em encontrar respostas e buscar justiça para Henry. Havia algo mais por trás da morte dele, algo podre na estrutura da poderosa família Sinclair. Eu estava determinada a revelar essa verdade, não importasse o preço.

Sabia que essa jornada não seria fácil, mas estava disposta a enfrentar todos os obstáculos que surgissem em meu caminho. A verdade estava lá fora, esperando para ser descoberta, e eu estava preparada para encontrá-la, mesmo que isso significasse questionar meu próprio casamento e, possivelmente, os segredos daqueles que amava...

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo