Nikolai.As horas haviam passado, eu estava trancado dentro do meu escritório com o caderno aberto em mãos. Dei um gole longo no meu café e virei a folha entretido com as palavras escritas em letras redondas e bonitas.Aparentemente, os meus pais se conheceram quando ela completou quinze anos, Vladmir se apaixonou por ela e ela, bem.. se apaixonou por Andrei, o meu tio. Era bonito de se ler o amor que ela nutria por ele e os pequenos poemas escritos em guardanapos que me tio a entregava em segredo.Teria sido uma bela historia de amor, mas, Vladimir enciumado, mostrou interesse ao meu avô que arranjou a mão de Amélia em casamento, por pura conveniência. A essa altura ter a minha mãe, para Vladmir, era questão de honra.Era estranho como a minha mãe detalhava a vida dos Pavlov, como se sempre estivesse dentro dela e quem sabe não estivesse?Andrei era o caçula, roubara a atenção de sua mãe e quando mais velho, a de seu pai. A primeira paixão de ambos se apaixonou justamente pelo meu ti
Qualquer mulher que tenha sido vítima de violência doméstica e familiar, independente de sua idade, pode procurar as delegacias de polícia mais perto de sua casa para registrar uma ocorrência policial. Caso não seja possível, ligue 180!Se conhece alguém que passe por esse tipo de situação, denuncie!***Nikolai.O carro parou pela segunda vez na frente do enorme galpão, bati a porta do carro e andei a passos largos até a enorme construção velha. Empurrei o portão de ferro que rangeu, me dando a ampla visão de Vladimir e uma enorme poça de volta em sua volta.Ele levantou a cabeça com dificuldade e me encarou, engolindo o seco antes de soltar um sorriso fraco.— O que achou da historinha, Nikolai? — Disse com dificuldade e cuspiu um pouco de sangue no chão.— Por que? — Murmurei me aproximando dele. — Por que todo esse teatro? Por que você fez tudo isso, Vladimir? Hãn?— Eu queria ver a dor nela, Nikolai.. — Ele disse. — Assim como ela fez comigo, quando ela jurou que me amava e foi s
"Doí saber que as pessoas que mais amamos em vida, foram responsáveis pelo nosso maior sofrimento."— Nikolai.— x —Nikolai.Encarei as mãos de Ava sobre as minhas e respirei fundo, apertando-as um pouco.Ela tirou os olhos do livro e me encarou, dando um sorriso fraco.— Se continuar tenso assim, vai acabar tendo um ataque cardíaco. — Ela riu baixinho. — Relaxa, amor, vai dar tudo certo.Assenti, engolindo o seco e voltando a encarar as nuvens que passavam por nós rapidamente. Seus dedos apertaram um pouco mais os meus e ela se aproximou, colocando os pés no banco e a cabeça em minhas coxas.— Senhora. — Uma aeromoça chamou. — Pode se sentar? Já iremos pousar.Ava respirou fundo e fez uma careta, voltando a se sentar. Ri da sua expressão e segurei as duas extermidades do seu rosto, beijando a ponta do seu nariz.— Beija a minha boca. — Ela disse travessa e sorriu.— Você é uma safada, Senhora Pavlov. — Eu disse, atacando os seus lábios.— Hum, temos que nos ajeitar. — Ela disse manh
Nikolai.Ava ainda o encarava com um certo choque. Apertei seus dedos e a tirei do seu devaneio. Ela passou a língua nos lábios e correu os olhos por mim, antes morder o canto da boca nervosa.— Ava, querida. — Ele disse, respirando fundo e se aproximando.Ava aceitou o abraço, mas se afastou rapidamente e franziu o nariz.O homem a encarou de cima a baixo e depois me olhou, confuso.— O que está fazendo aqui, querida? — Ele perguntou. — Como? Por Deus, Ava! Estive preocupado.Dei uma risada e o encarei por alguns segundos.— Essa desculpa esfarrapada não vai funcionar. — Eu avisei, segurando os dedos de Ava e cruzando-os com os meus. — Não é, amor?— Eu já sei de tudo, pai. — Ela fungou.Seu nariz estava vermelho, assim como suas bochechas. Seus olhos estavam tomados pelas lágrimas e ela mantinha uma expressão de dor no rosto.— Ava, querida.. — ele tocou os ombros dela. — Você não pode acreditar em tudo o que esse homem diz, eu sou o seu pai. — ele me encarou com desdém. — Afinal, q
Nikolai.Encarei a casa de médio porte — aproximadamente dois andares, no centro do Brooklyn.Me pergunto como ninguém jamais desconfiou? Quer dizer, é uma casa diferente das outras, eu acho.Comprimi os meus lábios e apertei os dedos de Ava devagar, tomando coragem para caminhar até a porta e bater. Eu estava nervoso.Cada molécula do meu corpo tremia e a minha cabeça me mandava virar e ir embora, mas ao mesmo tempo, me ordenava que ficasse e encarasse o meu medo.Sinceramente, quando mesmo ele me procurou?Mas, ao mesmo tempo, não era culpa dele. Ele tinha que seguir ordens. A confusão estava aparente, não só no meu rosto, mas na minha respiração e principalmente, nas minhas mãos suadas.— Vamos acabar logo com isso, querido. — Ava sussurrou e beijou meus dedos.Assenti, caminhando a passos fracos até a porta de madeira — pintada de branco, levantei a mão e após exitar por uns segundos, bati na mesma.Sem resposta, respirei fundo. Ava analisou a entrada da casa e apertou a campainh
— Bom, foi isso.. — Eu suspirei, passando a mão na calça.O medo me corroendo por dentro, a ansiedade.Ele me encarou, e deixou a xícara vazia sobre a mesa, respirando fundo e voltando a me encarar:— Eu não sabia dessas coisas, Nikolai.— Eu sei, e eu.. — Fechei os olhos e passei a mão no rosto. — Só não imaginei que a minha mãe fosse tão egoísta, eu sempre coloquei ela em um pedestal e..— E ela te decepcionou, assim como ela fez comigo. — Ele engoliu me seco e me olhou.— O que ela fez com você? — Franzi a testa.— Ela jurou que me amava e quando o meu irmão ficou mais interessante que eu, ela me deixou sem mais e nem menos. — Ele deu os ombros. — Na verdade, a sua mãe gostava da sensação de sensação de ser adorada, de ter dois grandes homens lutando por ela.— Eu não consigo acreditar, ela jurou que te amava, tinha uma carta.. — Eu disse, a confusão presente no meu tom.— Ah, Nikolai.. — Ele soltou uma risada. — Ela destruiu a minha relação com o meu irmão, com os meus pais, me se
Nikolai.- O seu cabelo é tão lindo. - Lilly exclamou, passando o dedo pelos fios. - Você é igualzinho a mim, só que com o cabelo pequeno.- Você acha, pequena? - Perguntei, soltando uma risada baixa.- Acho, e você é legal. - Ela pulou para o colo de Ava e apoiou a cabeça no colo da mesma. - Quando vocês vão me dar irmãozinhos?- São sobrinhos, princesa. - Ava riu, passando o dedo no nariz dela devagar. - E logo, se Deus permitir.- O que são sobrinhos, Ava? - Ela perguntou, levantando a sobrancelha. - Papai disse que sobrinhos são como filhos, então, quer dizer que eu vou ter filhos também?- Olha, eu vou explicar... - Falei, puxando a sua mãozinha e fazendo círculos imaginários em sua palma. - Um sobrinho é o filho do seu irmão ou irmã, no nosso caso, eu terei filhos primeiro, entendido? Você pode ter depois dos trinta.. - Fiz uma careta. - Enfim, quando os seus sobrinhos nascem, você cria laços e um amor tão grande por eles, que pode até ser comparado ao amor de um pai. - Terminei
NIKOLAI.— Você tem certeza que está bem, querida? — Perguntei, alisando as costas de Ava.Estávamos de volta a nossa casa. De volta a Rússia, a minha amada e gloriosa Rússia. Havia alguns dias que Ava acordava com seus monótonos enjôos matinais, chegando a me deixar preocupado.— Sim, meu bem. — Ela sorriu fraco e se encostou na parede do banheiro, colocando os dedos dentro do cabelo e fechando os olhos.— Eu vou chamar o médico da família. — Falei, me levantando.— Não precisa. — Resmungou, tentando se levantar.Seu corpo fraco pendeu para o lado e eu envolvi os meus braços na sua cintura. Ela encostou a cabeça no meu ombro e respirou fundo.— Eu preciso de uma banho. — Resmungou. — Eu estou fedendo a sexo.Dei uma risada fraca e a sentei na bancada.— Quer que eu passe o resto do dia com você? — Perguntei, abrindo o fecho do seu sutiã.Ela fez bico e me encarou, assentindo devagar. Tão linda, tão perfeita, tão... Minha!— Seu desejo é uma ordem, amor. — Dei uma risadinha.Me afaste