"Doí saber que as pessoas que mais amamos em vida, foram responsáveis pelo nosso maior sofrimento."— Nikolai.— x —Nikolai.Encarei as mãos de Ava sobre as minhas e respirei fundo, apertando-as um pouco.Ela tirou os olhos do livro e me encarou, dando um sorriso fraco.— Se continuar tenso assim, vai acabar tendo um ataque cardíaco. — Ela riu baixinho. — Relaxa, amor, vai dar tudo certo.Assenti, engolindo o seco e voltando a encarar as nuvens que passavam por nós rapidamente. Seus dedos apertaram um pouco mais os meus e ela se aproximou, colocando os pés no banco e a cabeça em minhas coxas.— Senhora. — Uma aeromoça chamou. — Pode se sentar? Já iremos pousar.Ava respirou fundo e fez uma careta, voltando a se sentar. Ri da sua expressão e segurei as duas extermidades do seu rosto, beijando a ponta do seu nariz.— Beija a minha boca. — Ela disse travessa e sorriu.— Você é uma safada, Senhora Pavlov. — Eu disse, atacando os seus lábios.— Hum, temos que nos ajeitar. — Ela disse manh
Nikolai.Ava ainda o encarava com um certo choque. Apertei seus dedos e a tirei do seu devaneio. Ela passou a língua nos lábios e correu os olhos por mim, antes morder o canto da boca nervosa.— Ava, querida. — Ele disse, respirando fundo e se aproximando.Ava aceitou o abraço, mas se afastou rapidamente e franziu o nariz.O homem a encarou de cima a baixo e depois me olhou, confuso.— O que está fazendo aqui, querida? — Ele perguntou. — Como? Por Deus, Ava! Estive preocupado.Dei uma risada e o encarei por alguns segundos.— Essa desculpa esfarrapada não vai funcionar. — Eu avisei, segurando os dedos de Ava e cruzando-os com os meus. — Não é, amor?— Eu já sei de tudo, pai. — Ela fungou.Seu nariz estava vermelho, assim como suas bochechas. Seus olhos estavam tomados pelas lágrimas e ela mantinha uma expressão de dor no rosto.— Ava, querida.. — ele tocou os ombros dela. — Você não pode acreditar em tudo o que esse homem diz, eu sou o seu pai. — ele me encarou com desdém. — Afinal, q
Nikolai.Encarei a casa de médio porte — aproximadamente dois andares, no centro do Brooklyn.Me pergunto como ninguém jamais desconfiou? Quer dizer, é uma casa diferente das outras, eu acho.Comprimi os meus lábios e apertei os dedos de Ava devagar, tomando coragem para caminhar até a porta e bater. Eu estava nervoso.Cada molécula do meu corpo tremia e a minha cabeça me mandava virar e ir embora, mas ao mesmo tempo, me ordenava que ficasse e encarasse o meu medo.Sinceramente, quando mesmo ele me procurou?Mas, ao mesmo tempo, não era culpa dele. Ele tinha que seguir ordens. A confusão estava aparente, não só no meu rosto, mas na minha respiração e principalmente, nas minhas mãos suadas.— Vamos acabar logo com isso, querido. — Ava sussurrou e beijou meus dedos.Assenti, caminhando a passos fracos até a porta de madeira — pintada de branco, levantei a mão e após exitar por uns segundos, bati na mesma.Sem resposta, respirei fundo. Ava analisou a entrada da casa e apertou a campainh
— Bom, foi isso.. — Eu suspirei, passando a mão na calça.O medo me corroendo por dentro, a ansiedade.Ele me encarou, e deixou a xícara vazia sobre a mesa, respirando fundo e voltando a me encarar:— Eu não sabia dessas coisas, Nikolai.— Eu sei, e eu.. — Fechei os olhos e passei a mão no rosto. — Só não imaginei que a minha mãe fosse tão egoísta, eu sempre coloquei ela em um pedestal e..— E ela te decepcionou, assim como ela fez comigo. — Ele engoliu me seco e me olhou.— O que ela fez com você? — Franzi a testa.— Ela jurou que me amava e quando o meu irmão ficou mais interessante que eu, ela me deixou sem mais e nem menos. — Ele deu os ombros. — Na verdade, a sua mãe gostava da sensação de sensação de ser adorada, de ter dois grandes homens lutando por ela.— Eu não consigo acreditar, ela jurou que te amava, tinha uma carta.. — Eu disse, a confusão presente no meu tom.— Ah, Nikolai.. — Ele soltou uma risada. — Ela destruiu a minha relação com o meu irmão, com os meus pais, me se
Nikolai.- O seu cabelo é tão lindo. - Lilly exclamou, passando o dedo pelos fios. - Você é igualzinho a mim, só que com o cabelo pequeno.- Você acha, pequena? - Perguntei, soltando uma risada baixa.- Acho, e você é legal. - Ela pulou para o colo de Ava e apoiou a cabeça no colo da mesma. - Quando vocês vão me dar irmãozinhos?- São sobrinhos, princesa. - Ava riu, passando o dedo no nariz dela devagar. - E logo, se Deus permitir.- O que são sobrinhos, Ava? - Ela perguntou, levantando a sobrancelha. - Papai disse que sobrinhos são como filhos, então, quer dizer que eu vou ter filhos também?- Olha, eu vou explicar... - Falei, puxando a sua mãozinha e fazendo círculos imaginários em sua palma. - Um sobrinho é o filho do seu irmão ou irmã, no nosso caso, eu terei filhos primeiro, entendido? Você pode ter depois dos trinta.. - Fiz uma careta. - Enfim, quando os seus sobrinhos nascem, você cria laços e um amor tão grande por eles, que pode até ser comparado ao amor de um pai. - Terminei
NIKOLAI.— Você tem certeza que está bem, querida? — Perguntei, alisando as costas de Ava.Estávamos de volta a nossa casa. De volta a Rússia, a minha amada e gloriosa Rússia. Havia alguns dias que Ava acordava com seus monótonos enjôos matinais, chegando a me deixar preocupado.— Sim, meu bem. — Ela sorriu fraco e se encostou na parede do banheiro, colocando os dedos dentro do cabelo e fechando os olhos.— Eu vou chamar o médico da família. — Falei, me levantando.— Não precisa. — Resmungou, tentando se levantar.Seu corpo fraco pendeu para o lado e eu envolvi os meus braços na sua cintura. Ela encostou a cabeça no meu ombro e respirou fundo.— Eu preciso de uma banho. — Resmungou. — Eu estou fedendo a sexo.Dei uma risada fraca e a sentei na bancada.— Quer que eu passe o resto do dia com você? — Perguntei, abrindo o fecho do seu sutiã.Ela fez bico e me encarou, assentindo devagar. Tão linda, tão perfeita, tão... Minha!— Seu desejo é uma ordem, amor. — Dei uma risadinha.Me afaste
Segurei as mãos de Ava e a puxei para mim, selando os nossos lábios. Eu amava estar do lado dessa mulher, ela era perfeita e em todos os sentidos. Ela era perfeita, eu me sentia nas nuvens ao lado dela. — Não estou com fome. — Fez bico. — Mas você tem que comer, meu amor. — Me separei dela. — Vem, senta. Ela suspirou e se sentou na cadeira ao meu lado, se servindo com pão e suco de morangos. Ela deu algumas mordidas e me encarou, estreitando os olhos. — Que foi? — Perguntei, engolindo um pedaço de bolo. — Eu quero muito tomar vitamina de abacate. — Ela franziu a testa. — Vitamina de quê? — Eu fiz uma careta. — Eu tomei a alguns anos, a minha mãe era meio brasileira e avó dela costumava preparar quando tinha a oportunidade. — Ela lambeu os lábios. — Eu odiava, mas eu quero tanto... — Você é estranha. — Fiz uma careta. — Nikolai! — Disse manhosa, me encarando e fazendo bico, — Eu vou mandar alguém pesquisar como se faz isso na internet, se não tive todos os ingredientes
Nikolai.Passei a mão pelos meus cabelos e analisei o documento uma última vez. Pressionei os meus olhos e passei a mão na testa, dando um suspiro alto.Eu estava, realmente, preocupado.Mikhail havia nos deixado. A única coisa que havia sobrado era uma carta de uma ou duas páginas. Ele explicava que Aayliah estava sentindo falta da família e não conseguia se aproximar de nós. Ele preferiu abrir mão de tudo para viver com a família da mulher que ele amava. Acha uma atitude digna e honrosa.Passei a língua pelos lábios, umidecendo-os. No fim, ainda tinha um enorme problema em mãos, um ladrão na empresa.Eu nunca me importei muito com o dinheiro que entrava e saia da empresa, tudo se limitava a casas de prostituição, drogas e tráfico de armas.— Senhor? — O homem entrou na sala, Ethan, acho. — A nova carga de armas chegou.— Obrigado por avisar, Ethan. — Assenti, me levantando da cadeira e peguei o meu blazer.Eu não sabia ao certo para onde todo esse armamento ia, mas não me importava