Estacionei o carro na frente do carro e tranquei a porta, guardando as chaves no bolso. Os dois seguranças desceram em seguida, me seguindo para dentro do prédio.
— Me esperem aqui. — Avisei, entrando no extenso corredor.
A sala do conselho estava exatamente como eu me lembrava. Um pouco melhor e mais organizada, mas ainda assim, igual a alguns meses atrás.
Era incrível como tanta coisa aconteceu em menos de um ano — inclusive, dois filhos.
Empurrei a porta de madeira e me sentei em uma das cadeiras, ignorando todos os homens a minha volta. Estava cansado.
— Bom, vamos começar a reunião. — Um dos homens falou.
Qual era mesmo o nome dele? Ivan Nikolaev.
— Não podemos, temos que esperar o meu irmão. &mdash
—Nikolai! — Escutei me chamarem e me virei para trás, encarando Dimitry.— Oi. — Falei, passando a mão na minha testa dolorida.— Acho que nós precisamos conversar, você não acha? — Ele perguntou, se sentando na cadeira do meu escritório.Dei uma última olhada no jardim e dei um meio sorriso. Ava estava sentada sobre um balanço embaixo da árvore, deixando que o sol batesse contra algumas partes do seu corpo, com os olhos fechadas, aproveitando a brisa que batia contra o seu rosto.— Sim, acho. — Falei, limpando a garganta e me virando para o meu irmão.Me sentei na cadeira e apoiei-me sobre o estofado da cadeira, deixando-me relaxar sobre a cadeira.— E
Eu ainda não acreditava que estava os vendo ir embora. Eu queria chorar, na verdade, eu não sabia como iria suportar estar desse lado do planeta sem ele...Dimitry. Eu fiz tanto por ele, protegi tanto, cuidei tanto.Chegou a hora de nós nos separarmos, tomarmos rumos e vidas diferentes.A vida prega peças engraçadas nas pessoas, enquanto eu, Nikolai Pavlov, estou preso a uma máfia — e mesmo que negando, estou gostando da sensação. Dimitry está aproveitando da sua única oportunidade de salvação para partir e conquistar uma nova vida.Éramos como Vladimir e Andrei, mas sem a parte da rivalidade, apenas um amor mútuo de irmãos e muita compreensão.Esperava que nós nos reencontrassemos novamente,
— Eu vou o que? — Perguntei, franzindo a testa.Não tinha motivos para eu ser preso, ou qualquer outra prova. Eu estava perdido. Porque ninguém havia me avisado antes?— Como? — Perguntei, franzindo a testa. — porquê não me disse antes?— Nikolai, eles me mantiveram longe das investigações, na verdade, é uma coisa tão fechada que.. — ele deu os ombros.— Você é um incompetente. — Gritei. — Eu te dei milhares de dólares e é assim que me paga? Não me informando sobre o que acontece?— nikolai, olha.. — Ele disse, ficando mais nervoso.— Não, porra nenhuma de Nikolai, eu tenho meus filhos para criar, eu tenho uma esposa e ela está sozinha. — Falei,
NIKOLAI PAVLOV3 anos depois…Três anos, três longos anos em que estou preso nesse inferno! Que eu não tenho visitas da minha esposa, ou cartas.Meu dinheiro, minha fortuna, tudo nas mãos de desconhecidos. Cheguei a pensar que ficaria louco aqui dentro. Mas, eu não perdi a noção. Eu estou bem são.As vezes, tento imaginar que ela virá, mas eu sei que não vem, eu garanto que ela não viesse. Não deixei rastros, não procurei ninguém além de quem cuidaria de tudo.Eu não queria que ela ou meus filhos, Yelenna e Maurício conhecessem um lugar como esse. Sujo e com uma energia tão pesada.
— Nikolai. — Minha mãe sussurrou ao meu lado.Abri os olhos, meu corpo inteiro tremia. Seu rosto machucado e seus olhos tristes e vermelhos demonstravam algo que eu já sabia. Meu pai havia agredido ela mais uma vez.— Está tudo bem agora. — Ela me abraçou. — não precisa ter medo, eu estou aqui.— Ele te machucou. — Levantei minha mão até o seu rosto. Ela sorriu triste.— Sim, mas está tudo bem, seu pai está apenas estressado. — Ela murmurou. — Vamos sair daqui.Assenti e segurei a sua mão. Ela me levantou devagar e sorriu encorajadora.Minha mãe era a mulher mais bonita e incrível do mundo. Sua bondade era tanta e chegava a tantas pessoas. Todos os amigos da família a adoravam, diziam ser uma santa."Uma santa que se casou com o diabo." Como o meu pai gostava de dizer.Eu conseguia sentir meu corpo tremer um pouco ainda, o medo ainda não havia me deixado completamente. Eu tinha medo de apanhar do meu pai. Minha mãe nunca deixava ele chegar perto de mim e me tocar.Eu não consigo enten
6 anos depois...- Eu te amo, Niko. - Dmitry deu um beijo no meu rosto e me abraçou.- Eu também amo você. - Beijei seu cabelo e puxei o endredom.Um vidro foi quebrado no andar debaixo, franzi a testa. Um grito agudo foi escutado e uma suplica em seguida. Era minha mãe.- Não saia daqui, Dmitry. - Mandei.Eu já tinha dezesseis anos. Nesses últimos anos, Dmitry e Mikhail nasceram. Com seis e três anos, respectivamente, eu os protegia sempre que meu pai voltava para casa agressivo.Em dias normais, meu pai apenas entrava para dentro de seu quarto e chamava minha mãe. Passavam a maior parte da noite trancados, as vezes, trazia flores, chocolates, joias.Sabíamos que meu pai não era um homem correto e que muito provavelmente, traia a minha mãe. Eu queria poder juntar todas as provas para que eu mesmo o matasse, mas a minha mãe o amava a ponto de nunca, jamais fazer mal a ele.Ela não enxergava o monstro que ele era.Mikhail dormia na cama ao lado a Dmitry, sereno e quieto. Sugava a chupe
12 anos depois...Encostei na cadeira do meu escritório e respirei fundo. Já eram quase oito da noite, havia acabado de chegar de mais uma das sessões de tortura.Alguns homens haviam roubado uma grande carga necessária de nós e após muito esforço, conseguimos recuperar. Drogas, o maior número de drogas que já havíamos transportado.Vários homens mortos, diversos feridos e seis capangas pegos. Nenhum deles ligava para as suas vidas o suficiente para saber quem havia feito isso. Mas eu havia descoberto...Depois de resolvermos os assuntos, alguns pauzinhos foram mexidos e finalmente, tínhamos chegado ao maior juiz do país. Bóris Semyonova.Ele apanhou, mas não abriu o bico. Já sabíamos para quem ele trabalhava, não era necessário toda essa tortura, mas eu queria poder ouví-lo gritar e implorar por sua vida.Eu estava me tornando um maldito bastardo como Vladimir, mas ainda era o de menos.Meu celular tocou sobre a mesa e eu o peguei desinteressado. Atendi e o levei ao ouvido rapidament
Eram aproximadamente nove da noite. Segurei a mochila com um pouco de força e olhei para os lados.As ruas movimentadas do Brooklyn pareciam vazias agora, eu podia sentir o vento gelado batendo contra o meu corpo.O crime estava terrível, então, orando para todas as entidades presentes no mundo, corri pelas ruas.- Ei, mocinha. - Ouvi a voz grossa de um homem e me apressei ainda mais.- Pare ai, docinho. - Ele riu perverso.O medo me invadiu, um calafrio percorreu toda a minha espinha, enquanto eu corria pelas ruas. Meu Deus, me ajuda!Olhando para frente, conseguia ouvir os passos do homem se aproximando. Senti a minha mochilas ser puxada para trás junto com o meu corpo e gritei alto.Suas mãos foram para o meu rabo de cavalo, que ele puxou com força.- Socorro, por favor. - Berrei.- Solta a garota. - Uma voz grave ecoou pela rua.Me debati mais um pouco nos braços do homem e o empurrei. Um disparo foi ouvido, então o peso do homem caiu sobre mim, antes de ser jogado ao chão, com os