Passaram-se duas semanas, Cris via Dilany apenas quando ela estava trabalhando no palácio. A convidava para passeios, porém a moça rejeitava.
Aguardava na estrada, alí longe de olhos curiosos poderia ser mais efusivo e convencê-la. A camponesa vinha em um trote acelerado, diminuiu ao ver Cristóvam montado em tufão fechando a estrada.
Ela se aproxima e quastiona o cavalheiro a sua frente. "O que fazes aqui? Acabamos de nós vê no palácio."
"Venho pedir-lhe humildemente que pares de me castigar."
"Não estou lhe castigando, sabes bem."
"Claro que estais. Saudade das nossas conversas e passeios a sós. Não é para fazer a sua vontade que lhe peço que me veja mais tarde, é porque sinto sua falta."
Dilany sorriu. "Era exatamente o que queria. Que voltasse a sentir prazer em está comigo."
"Nunca deixei de ter. Só quero lhe preservar, pois tenho medo."
"Medo
"Eu deveria me sentir culpado e está com raiva de mim mesmo pelo que acabei de fazer. Mas meu sentimento profundo e egoísta, só consegue sentir felicidade.""Nós fizemos. Não tens do que sentir culpa. Compartilhamos do mesmo egoísmo.""Dilany me deixa falar com seu pai." Ele roga."Seu pai desistiu?" Pergunta aflita. "Não virá mais?""Sim ele virá, estou certo de que algo grave aconteceu em Mazog, é só por isso que meu pai não veio imediatamente. Vais me deixa pedir sua mão para o seu pai?""Vamos aguardar só mais um pouco pelo rei. Sei que meu pai lhe dirá não, achando que só queres brincar comigo.""Quase todos os dias sai de casa. Seus pais já devem ter desconfiado de algo.""Três dias da semana eles vão a igreja, saio depois que eles saem e chego antes dele. Nos outros dias invento que tenho de pegar o pescado com os Nogrinos para a nobreza."
O empório, era o único estabelecimento da vila que vendia artigos finos. Mesmo a moda chegando em Arbória com anos de atraso. Cristóvam olhava os artigos de joalheria, mas ainda não havia encontrado algo que expressasse a Dilany o que sentira.A atendente simpática de voz fina, tentava indagar o príncipe para ajudá-lo em sua compra. Contudo a resposta de Cristóvam, era sempre a mesma."Ainda buscando. Quando encontrar, lhe chamo. Obrigado por sua atenção."Olhava o balcão em vidro de um lado para o outro. Eram tantas peças lindas e caras. Diamantes, safiras de todas as cores, rubis... Nada daquilo o chamou atenção, até ver um par de correntes de ouro com pingentes, cada um a metade de um só coração. Pensou que era aquele o presente que lhe inspirava."Quero este." Aponta para vendedora. "E junto um Amolador de facas.""Não vais querer que enfie tudo na mesma caixa como da última vez que compras
"A mim me parece óbvio" Afirmou Irlanda ao ser questionada por Cristóvam de como ela sabia que ele a procuraria.As tochas acesas iluminavam o local. Conversavam do lado de fora dos portões do palácio, sob o prelúdio da noite "Não é óbvio." O jovem príncipe retruca com a expressão confusa."És inteligente, pense comigo. Todos os médicos estão longe do vilarejo e do palácio. A única opção que resta aos nobres para salvar a moça, sou eu."Cris da meio sorriso, do tipo que não aceita a história contada pela curandeira. "Não temos tempo de discutir, o que importa é que a senhora está aqui e preciso mesmo da sua ajuda.""Sei disso. Por isso vim o mais rápido que pude."Cris vira-se para o guarda ordenando que abram os portões. O príncipe passa, porém Madame Irlanda é barrada com uma enorme espada atravessada a sua frente."A senhora está comigo." Intervém Cristóvam."
Graças ao meu bom Deus o tempo voou. Apesar que, por toda minha vida a nobreza foi o meu pasadelo, eu estava vivendo sonhos com um príncipe.Cris optou por não esperar chegar até Mazog. Afinal, uma barriga começaria crescer e qualquer tempo era precioso. Além do más, o homem a quem entreguei tudo o que tinha, sabia que eu tinha um fascínio pela capela do palácio.E aqui estou, de braço dado ao meu pai, do lado de fora da igrejinha graciosa, esperando o sinal para entrar. Sanya estava mais a frente com a sexta de alianças e pétalas de rosas, tão concentrada que nem olhava para trás. Quando o som explendoroso de Wolfgang Amadeus Mozart ecoou da capela, sabia que aquele era o momento de entrar.As portas se abriram para que meu pai e eu, passassemos pelo longo tapete vermelho. Flores de todos os tipos coloria e perfumava a igre
Nuno adentrava a sede do palácio, enquanto Massara passava para a copa. "Para mim dormias." A duquesa estranha o fato de seu filho ter saído mesmo depois de ter passado a noite em claro."Precisava ir a igreja, agradecer e confessar os meus demônios.""Agradecer pela vida de Sanya?" Expõe seu pensamento."Também, e por tirar um herege ateu de dentro do meu lar.""Se estais falando do Cris, ele não é herege, respeita tudo e todos.""Não adianta falar com a senhora, vim para casa limpo, purificado e não quero brigas. Como está Sanya?""Dormindo, mas bem. A Irlanda disse que ela dormiria por alguns dias. Deu a minha filha umas ervas que que induz o sono.""Já deixei avisado na casa do Bartô que assim que ele chegar, vir imediatamente.""A urgência creio que não seja necessária. Porém, mais uma opinião é importante.""Mais uma opinião
"Vossa alteza é com todo o respeito que peço que volte para o carro." Sant Clair roga ao rei que não lhe dar atenção.""De certo que não voltarei, esse animal morto é o Tufão do Cristóvam. Esse pelo baio ruana é bastante peculiar. Meu filho nunca deixou que o marcasse com o brasão, mas é o Tufão.""Senhor sinto muito." Guido tem um choro na voz."Sim também era um ser vivo, um animal excelente, preciso saber com Cristóvam porque o abandonou assim. Não é do feitio..." Ele interrompe seu raciocínio, por notar a consternação de Guido e a apreensão estampada na face de Sant Clair e Verano. "Aconteceu mais alguma coisa?"Na frente do rei impedindo que ele passasse Sant Clair pede mais uma vez. "Alteza é melhor que volte para o carro e nós já conversaremos com o senhor.""Me deixe passar por favor!" Sua voz sai baforada de ar. Os homens da guarda hesitam. " É uma ordem, saiam da minha frente."<
O centro comercial do vilarejo Arbória não era lá muito forte. Mesmo séculos a frente, o reino continuava com característica feudais engessadas.Na visão do cavaleiro, apenas um banco, o empório, uma modéstia barbearia, a igreja com sua construção imponente e a taverna de sal.A pedido de Sebastian, Verano procurava um retratista na localidade, pelo visto seria uma tarefa árdua encontrar um. -- Se é que em Arbória existe algum.Optou por entrar na taverna, talvez lá pudesse encontrar uma caneca gelada de bom vinho, e quem sabe obter informações de um retratista.Em choque, ainda por negar em sua mente o que seus olhos viram. O cavaleiro de Mazog precisava do álcool doce e aromatizado. Não para embriagarsse, apenas para tirar um pouco da tensão em ver alguém que viu crescer e tinha apreço, morto de forma tão brutal.Adentrou o local simples, porém limpo, sentando a mesa de madeira envelhecida. V
"O que achas que vai acontecer quando o Giron descobrir que tu mandastes matar o filho dele?" No alto da madrugada René confabulava na biblioteca com Nuno."Pouco me importa. Se ele vier me perguntar confirmarei tudo. O fedelho desafiou um rei dentro do próprio palácio, merecia morrer.""Tens de negar alteza." René é taxativo." Giron vai destruir Arbória se pensar que foste tu a matar seu primogênito.""Mas não fui eu. Quem não deve não teme." Soca a mesa indignado. "Queria sim me livrar daquela semente de discórdia, mas não fiz.""Olha Nuno, quando Giron chamar as tropas de Mazog, só não quero que digas que não lhe avisei."👑👑👑👑👑Levantou bem mais cedo do que de costume. Chegaria no palác