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Ainda contrariada, Alex saiu do carro e entrou na casa. Após organizar as coisas na copa, foi para o seu quarto e ficou contemplando a piscina e o sol, ainda bem alto. Colocou um biquíni, pegou sua bolsa, o celular e desceu para a piscina. Arkel voltou e ficou do lado de fora conversando com os seguranças, por um tempo, principalmente com quem substituía Cooper. Visualizou uma mensagem do investigador. “Arkel, como quer receber as informações? “, o investigador digitou. “Se encontrar algo interessante, já me passe”, Arkel digitou. “O que é importante para você nesse momento? “, o investigador digitou. “Saber se ela tem alguém”, Arkel digitou. “Ok, manterei você informado”, o investigador digitou. Arkel foi até seu quarto e não a encontrou e, ao sair, escutou Alex mergulhar na piscina. Caminhou até a janela e ficou olhando para Alex e pensando que até aquele momento conhecia muito pouco sobre ela, praticamente nada, apenas o lado profissional, e claro, dizia muito a respeito de u
Já era mais de meia-noite e eles dormiam tranquilamente ... - Mãe, rápido – Alex falou amedrontada. - O que foi? – Arkel acordou assustado. - Odeio aquele homem. - Que homem? – Arkel a encarou e Alex estava pálida, com os olhos opacos e trêmula. - Alex, que homem é esse? – Arkel acendeu o abajur e percebeu a expressão de pânico nos olhos dela. - É melhor eu ir para o meu quarto – Alex ergueu aquele corpo trêmulo, o quarto girou ao seu redor e tombou na cama. – Eu preciso de um pouco de água gelada – Alex colocou o dorso da mão direita sobre a testa e inspirou fundo. - Fique deitada que eu pego a água para você. Arkel desceu confuso e assustado, voltou e não a encontrou. Notou, pela fresta da porta, que a luz do banheiro estava acesa. - Alex, você está bem? – Um silêncio. – Alex, estou entrando – Arkel abriu a porta e ela estava debruçada sobre o vaso sanitário. Alex vomitou, Arkel apertou a descarga e a ergueu. - Eu preciso molhar o rosto, os pulsos e o pescoço e já ficarei m
O dono do restaurante sorriu e, com a ajuda de um garçom, trouxe os pratos e a bebida para o casal. Ele conversou com Arkel sobre o crescimento da região, com a geração de empregos graças a plantação de produtos e a fábrica de geleias. O homem perguntou a opinião do empresário sobre abrir mais um restaurante. O empresário fez várias perguntas e deu algumas sugestões. Arkel, às vezes, espiava Alex que mexia no celular. Sabia que ela pesquisava, na internet, o que conversavam. - Fiquem à vontade – o proprietário saiu, já que um grupo grande de pessoas chegou. Já eram 11h48. Saíram do restaurante 12h34 e caminharam, abraçados, pela parte externa do restaurante, instalado em uma chácara, com um lago e uma área verde ampla. Arkel queria conversar com ela. Cauteloso, falou sobre os pais. - Alex, também perdi meus pais há alguns anos – Arkel a ergueu para sentá-la em uma cerca construída com troncos. Alex o encarou e, em seguida, baixou os olhos. Sim, Alex queria muito que o casal que a
Começaram a assistir ao filme e os primeiros 15min foram de suspense. Alex nem respirava e, de repente, um momento de grande tensão e um tiro. Alex deu um pulo. Arkel riu e pausou o filme. - Nossa, que susto – Alex colocou as mãos no coração. – Você não se assustou? - Não – Arkel continuou rindo. – Passou o susto? – Arkel apertou o play. - De jeito nenhum – ele a apertou em seus braços e deu um beijo no alto da sua cabeça. Comeram pipoca, tomaram refrigerante e continuaram assistindo. - Já sei quem matou o dono da casa – ela, gesticulou com o polegar e o indicador fazendo menção a uma arma, falou. - Quem? - Arkel, despreocupado, perguntou. - O vizinho dele - Alex, por cima dos ombros, piscou para ele. - Aquele que estava cortando a grama quando a polícia chegou? - O próprio. - Eu aposto que foi o amante da esposa do cara assassinado – Arkel falou. - Não foi – Alex contrapôs – Era uma pista falsa. - Por quê? Alex explicou e Arkel voltou a parte do filme que ela usou como ar
- Arkel, como está? - Ansioso, o que conseguiu descobrir? - Algo bem importante. - Pode falar – Arkel ficou em pé, apoiou uma das mãos no quadril direito e respirou fundo. - Mandei para seu e-mail e acredito que você terá algumas perguntas. Primeiro, ela é adotada. - Adotada? – Arkel, surpreso, aguardou o investigador falar. - Sim, os pais adotivos morreram em um acidente de carros há seis anos. - Foi adotada com quantos anos? - Sete anos. - O que aconteceu com os pais biológicos? Quer dizer, por que ela foi adotada? - Não consigo saber. Apenas o abrigo que a acolheu tem a informação. - O que mais? - Sobre os pais? - A Alex tem alguém, um ex-namorado, quem sabe? - Ela não tem namorado, se é o que quer saber. Na verdade, não tem ninguém. Uma coisa interessante é que ela liga, semanalmente, e transfere, mensalmente, um dinheiro para um lugar chamado Casa de Repouso e Tratamento Saint Armani. - Sei – Arkel lembrou que leu o nome na correspondência dela. – Há quanto tempo el
Com a instalação da base 2 finalizada no dia anterior, ficaram no escritório repassando o cronograma e conversando sobre os próximos passos do projeto. Alex saiu por alguns minutos. O celular dela vibrou sobre a mesa e Arkel viu que a ligação era de “Saint Armani”. - Alex, ligação para você – Kendal comentou, assim que ela entrou no escritório. - Obrigada – ela conferiu quem ligou, fez uma cara de preocupada e deixou o celular sobre a mesa. Não sabendo como entrar no assunto sobre a casa de tratamento “Saint Armani”, Arkel saiu por alguns instantes e foi até a cozinha pegar um café. Alguns minutos depois, Kendal recebeu uma ligação e saiu do escritório e, antes de fechar a porta, Arkel a segurou e entrou. Alex, de costas para a porta e na janela, conversava ao telefone. - No sábado, chegarei antes das 08h00. Alguém respondeu do outro lado e falou algo mais. - Ele está bem? – Alex, aflita, perguntou. Conversaram mais um pouco, Alex desligou e continuou na janela. Com lágrimas no
Arkel acordou o chefe da sua segurança pessoal ... — Cooper, este é o endereço do lugar onde a Alex estará pela manhã. Quero que confira se alguém a deixou ou a encontrou na rodoviária. O ônibus que ela costuma pegar sai às 06h45. — E depois? — Siga a Alex até a cidade e descubra quem ela visita na clínica. — Deve ser um parente ou alguma amiga. — Quem sabe um amigo — Arkel falou sarcástico. Cooper fez uma cara que nunca tinha feito antes na frente do empresário, que percebeu a contrariedade do chefe da sua segurança pessoal. — A Alex não tem família — Arkel falou. — Não? — Os pais dela morreram em um acidente de carro. — Irmãos? – Cooper perguntou. — Também não. — Quem sabe, um parente próximo. Arkel, ninguém é sozinho assim — Cooper falou incrédulo. Arkel apenas o encarou e Cooper saiu sem falar mais nada. Algumas horas depois, às 05h50 daquele sábado, Cooper já estava na rodoviária. — A Alex chegou com um carro de aplicativo e sozinha — Cooper passou a mensagem para A
Há centenas de quilômetros de distância, Arkel estava no escritório do resort, com seu notebook aberto na mesma página, de um documento com mais de cinquenta páginas, há quase uma hora. A concentração era pouca para o empresário, que não conseguia trabalhar. No dia seguinte, aconteceria o primeiro congresso que organizou, meticulosamente, por meses e, naquele momento, parecia não ter importância alguma. Ergueu aquele corpo angustiado e foi até a janela. Ficou por alguns minutos parado, não enxergando nada e lembrando da mulher atraente e misteriosa. O que ele mais queria era tê-la seus braços. A semana transcorreu normalmente, pelo menos no âmbito profissional, ambos deram duro. Alex na instalação e configuração da terceira base e Arkel acompanhando o congresso, que também tinha uma palestra agendada para acontecer no último horário da quinta, data do encerramento. Jantou com alguns dos participantes, e em alguns momentos, se pegou com o pensamento nela e no quanto era bom estar com