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Como parte do seu plano, Arkel colocou Elias e Kendal nos quartos, no final do corredor, bem longe do quarto que Alex dormia. Arkel percebeu que Alex não estava entendendo as indiretas de Elias e isso o tranquilizou. Na verdade, Alex estava entendendo. Conhecia bem a fama dele e não queria ser mais uma da Corp., na lista das conquistas do especialista. A secretária era apaixonada por ele e a chefe do administrativo também saiu com ele para sacanear a secretária. Alex se colocou no lugar de Marta. Não queria magoar a colega de trabalho. - Elias, preciso que você tire uma dúvida. Vocês podem ir - Arkel não daria espaço para Elias se aproximar dela e já tinha algo em mente, mas desconfiou que a falta de habilidade de Alex para lidar com homens como Elias não facilitariam as coisas para ele. - Já volto Elias – Arkel saiu do escritório. Arkel acompanhou Alex até a porta do seu quarto. Ainda bem que ele me liberou. Agradecida pela folga, Alex respirou fundo assim que fechou a porta do
Arkel a acompanhou até a escada e Alex lembrou de pegar o notebook no escritório. - Esqueci, preciso pegar meu notebook. - Para que você quer o notebook nesse estado? - Amanhã, antes de sairmos, eu pego – Alex o encarou. - Eu ajudo você - Arkel a puxou gentilmente pelo braço. - Não precisa me acompanhar, eu consigo chegar no meu quarto. Só estou um pouco indisposta. - Você não está nada bem. Quero verificar se a tranca do seu quarto está funcionando e se a senha que passei está correta. - Não tranquei a porta desde que cheguei aqui. - Temos hóspedes e o Elias me pareceu muito interessado em saber onde é o seu quarto. - Eu não deixaria nada acontecer. - Nesse estado, não será nada difícil para ele. - Só irei porque estou cansada – Alex não conseguia raciocinar direito e só queria ir para seu quarto dormir. Alex confiava em Arkel, sabia que a trataria com respeito, afinal, na noite anterior ele se comportou como um gentleman. Arkel subiu as escadas a segurando pelo braço, abr
Já na terça-feira, primeiro dia em campo, Arkel mostrou a Elias que a semana não seria fácil para ele. Elias saiu na frente e assim que Alex se aproximou do carro, abriu a porta para ela. - Venha comigo Alex, poderemos conversar sobre a instalação. - Pode deixar Elias, A Alex irá comigo na frente – Arkel abriu a porta da frente e Alex entrou. - O senhor Arkel não quer a nossa companhia Kendal. - Prefiro a companhia de uma mulher do que a de um marmanjo barbado. Bem mais agradável. Alex colocou a mão na boca para esconder o riso e o empresário percebeu. Na verdade, não queria ir ao lado do especialista. Pelo menos, Arkel a estava ajudando a dificultar as coisas para ele. Arkel passou a semana inteira cortando Elias. Nenhuma vez o escutou falar de Marta, o que achou estranho. Eles estavam juntos. Marta postou várias fotos dos jantares e passeios que fizeram. Elias não. Pelo jeito era uma relação unilateral. Na sua opinião, não era para ela. Não quero isso para mim. Não sei como a
Como a semana foi bem desgastante por acordarem cedo, Alex estava exausta e desistiu de estacionar o drone. Continuaria na segunda. Com o cronograma em mãos, conferiu item a item, afinal, Elias não estaria na fazenda na próxima semana. Eram muitas tarefas a serem feitas na próxima semana. – Não acredito - Alex falou preocupada. - Qual o problema Alex? – Arkel perguntou. - Tenho até segunda-feira para mandar o e-mail para o revendedor informando sobre qualquer problema com os drones e antes preciso montar, configurar, pilotar e estacionar um por um para saber se existe algum com defeito. - Não entendi, na segunda você terá o dia inteiro – Arkel falou. - Na segunda, precisarei terminar de configurar a primeira base, montar, configurar, pilotar e estacionar um drone e o Elias estará no curso e não poderá me ajudar. - Não tem problema, voltaremos aqui amanhã e você conclui o que precisa. - Obrigada – Alex assentiu. - Se precisar, pode me ligar amanhã – Elias comentou encarando o em
A analista ficou na janela, contemplando o jardim, longe daquele perfume e esperando que Arkel falasse sobre o cronograma. - Alex, não sei o que aconteceu, não consigo entrar no sistema – Arkel afastou a cadeira, ficou em pé de olho na tela do notebook. - Que mensagem aparece? – Arkel a tirou de seus pensamentos. - Sente-se e veja para mim, quero terminar isso logo – Arkel puxou a cadeira e ficou aguardando que ela sentasse. Quer terminar logo para ir a um encontro com outra. Queria que ficasse comigo. - O senhor nem entrou no sistema – Alex encarou a tela. - Assim que digito meu usuário, a tela some, veja – Arkel apontou para a tela do notebook. Alex fez o mesmo que o empresário e aconteceu o que ele disse. Arkel sentou em cima da mesa, exatamente ao lado do notebook, com a perna muito próxima ao teclado. Alex usava o mouse e o teclado do notebook para analisar o que aconteceu. O perfume dele não a deixava raciocinar direito e uma das mãos quase encostou na coxa dele. O rosto
Arkel saiu do banheiro apenas de toalha e escutou baterem na porta. Não é possível. É a Alex. Com certeza é ela. Arkel nem precisou olhas as câmeras pelo celular. Andou apressado para abrir a porta antes que ela desistisse. Já arrependida de ter ido até o empresário, Alex girou o corpo e deu o primeiro passo. O trinco liberou com um estalo e a porta do quarto se abriu. Suas pernas paralisaram e a impediram de continuar. Sem saber como agir, percorreu os olhos pelo peitoral, ombros e braços musculosos e molhados dele. Alex alternou o olhar entre os lábios e os olhos vorazes dele. Aqueles olhos a encararam. - Poderemos conversar amanhã com calma e ... – Alex sussurrou e notou os cabelos úmidos, a barba aparada e a pele fresca dele. - Meu anjo, não quero esperar até amanhã – Arkel falou firme, deu um passo e ficou frente a frente com ela, olho no olho, colocou as mãos na cintura dela e a puxou. Nada estragaria aquele momento. Arkel custou a acreditar que ela foi até ele e não a
- Por que não me falou que o projeto era importante para você desde aquela noite no restaurante do hotel? - Eu juro que tentei – Alex demorou para responder. Com um pouco de receio, afinal, não queria estragar o clima, Alex explicou para ele o quanto estava exausta naquela noite pelas poucas horas de sono, o desmaio, a apresentação, o cronograma a ser cumprido, o que ela descobriu sobre ele e a fama do grupo Arkel, a multa contratual, aquele voo, o jantar e a ideia de continuarem o que começaram no final de semana eram demais para ela. Atento, Arkel a escutou e o principal ela não mencionou. Não falou quem era a pessoa importante. Arkel a ajeitou para ela deitar ao lado dele. Ficaram deitados de lado, olho no olho, com a cabeça no mesmo travesseiro. Não insistiria. Arranjaria outro jeito de saber. Queria deixá-la tranquila e passar o final de semana inteiro na sua companhia, como planejou, antes mesmo de chegar no domingo e a vislumbrar dormindo no sofá do escritório. - Primeiro, o
Um tempo depois ... O dia estava bem ensolarado e quente. Alex saiu do banheiro, abriu as cortinas e desceu para o café. Arkel fez o café e o cheiro estava delicioso. - Alex, precisamos sair logo – Arkel falou tomando apenas uma xícara de café com leite. – Estou preparando algo para comermos lá. - Já estou quase pronta – Alex falou entre um gole e outro de café com leite. Com a caixa térmica aberta em cima de um banquinho, Arkel colocou sanduíches de frango, creme de espinafre e raízes, proteína e sucos. Encheu um galão com água e uma garrafa térmica com café. Colocou uma garrafa de suco de laranja e fechou com a tampa. - Alex, estarei no carro – conferiu a caixa térmica e saiu. - Só um minuto. Arkel saiu e foi em direção ao estacionamento. Apressada, Alex foi até o quarto dela, calçou um tênis, colocou o celular na bolsa, desceu até o escritório, pegou o notebook, o tablet e saiu. Encostado na porta da camionete, Arkel conversava ao celular com um investigador particular que