A noite estava tranquila, e o céu era iluminado apenas pelas estrelas quando Clarck estacionou o carro em frente à casa de Clarice. Ele desceu, abriu a porta para ela e a ajudou a sair, seus dedos demorando-se nos dela um pouco mais do que o necessário. Haviam deixado Sarah sozinha, já que a garota decidiu que ficaria na casa da avó. Sirius ficou por lá, mesmo que Sarah não tivesse ciência do fato, ele a vigiava de longe. Clarck achou estranho o fato do amigo se oferecer, já que costumava ser o mais isolado dos três, mas não o questionou, afinal, Sarah realmente precisava de segurança, afinal, a foto dela também estava no ritual de proteção.– Tem certeza de que vai ficar bem sozinha? – perguntou ele, a voz baixa e carregada de preocupação.Clarice assentiu, mas o olhar em seus olhos dizia algo diferente. A despedida parecia pesar mais do que deveria, para os dois. Aquele dia foi tão exaustivo, a vida parecia exaustiva nos dias atuais.– Vou ficar bem. Sarah precisa desse tempo sozin
Ah, como desejava marcá-la, mas esperaria o momento certo, podia esperar. Quando finalmente chegou ao quarto, a prensou contra a parede, prendendo-a a seu corpo, liberando as mãos apenas para levá-las a camisa de Clarice, pulando-a sem nenhuma hesitação, revelando a pele clara e delicada, os seios médios cobertos pelo sutiã delicado. – Tão perfeita – ele sussurrou, as mãos subindo pela barriga dela até encontrar seus seios, que cabiam perfeitamente nas mãos quentes de Clarck. – Feita pra mim. Clarice não conseguia raciocinar, cada toque dele era como brasa viva sobre sua pele, e ela estava adorando ser queimada. Um gemido rouco e baixo escapou de seus lábios quando sentiu as mãos dele em seus seios, o aperto a fez arquear as costas, queria mais, mais toques, mais calor, mais desejo. Sua calcinha já estava molhada e, sem perceber, ela esfregava-se contra Clarck tentando amenizar um pouco do tesão que tomava seu corpo. Era surreal, delicioso, completamente novo. – Clarck… – sussurr
– Ah… Você é… Droga – não conseguiu completar, sentindo-o pressioná-la com um pouco mais de força, fazendo-a revirar os olhos. – Porra… Você é tão apertada… – Clarck rosnou, apertando-a pelas coxas, encostando seus lábios na testa da ruiva, beijando ali antes de começar a se mover. Os movimentos lentos, aos poucos, tornaram-se mais erráticos, mais fortes, intensos, e logo Clarck precisava manter o corpo da ruiva parado com suas mãos enquanto enterrava-se nela com toda força, fazendo os seios dela saltarem, vendo-a revirar os olhos claros de uma forma graciosamente devassa, como uma garota com uma carinha de anjo poderia fazer aquele tipo de expressão? Ele não queria saber, apenas queria aproveitar cada segundo.– Mais… Mais forte –ela implorou, as unhas arranhando as costas dele até romper a pele, deixando vergões vermelhos, e o ardor só o estimulou ainda mais. – Tão gostosa – ele gemeu, os sons de sua voz tornando-se mais roucos, Dorian e Clarck misturando-se para tornar-se uma c
Clarice suspirou quando o carro de Clarck parou em frente à sua casa. A noite parecia calma, mas dentro dela, havia um turbilhão. Clarck desligou o motor e virou-se para ela, o brilho dourado de seus olhos suavizado pela preocupação.– Preciso voltar para a matilha – disse ele, a voz baixa. – Ainda estamos investigando o rastro do Lycan. Não posso ficar parado enquanto ele continua à solta. Mas, antes de ir, queria agradecer, obrigada por vir comigo hoje, conhecer meu lar…Clarice assentiu, embora sentisse um aperto no peito. Ela não queria estar sozinha, mas entendia a gravidade da situação. Aquele dia foi mágico para ela e, na alcateia, todos a receberam tão bem que voltar para casa foi difícil. Jamais imaginou que o mundo de Clarck fosse tão encantador, nem que as pessoas seriam tão gentis com ela, tão respeitosas. Claro, sentiu um e outro olhar torto, mas comparada a forma carinhosa como estava sendo tratada, aquilo não foi nada. Clarck a acompanhou até a porta, hesitando antes
Na manhã seguinte, Clarice começou o dia cedo na floricultura. A rotina era a mesma: organizar flores, atender clientes, preparar arranjos. A repetição ajudava a afastar os pensamentos sobre Lycans, lobos e vínculos. Clarck não havia dado notícias desde o dia anterior e, por um lado, aquilo era bom, afinal, ela precisava de um tempo. Tinha muito no que pensar, muito para decidir, e ficar tão perto de Clarck nublava seus pensamentos, principalmente depois da noite que tiveram.Quando o relógio marcava meio-dia, Sarah apareceu, carregando uma bolsa de couro surrada. Seus olhos brilhavam com uma mistura de excitação e nervosismo.– Preciso te mostrar uma coisa – disse Sarah, depois de olhar ao redor e se certificar de que estavam sozinhas na loja.Curiosa, Clarice se aproximou, Sarah abriu a bolsa e tirou um pequeno vaso com uma flor ainda fechada.– É só algo simples, mas... – Sarah fechou os olhos e sussurrou palavras que Clarice não conseguiu entender. Lentamente, a flor desabrochou,
Clarice sentia o ar rarefeito se tornando um fardo pesado nos pulmões enquanto Lucian a segurava pelo pescoço, seus dedos apertando com uma força monstruosa. Ela tentava se libertar, mas era como se estivesse lutando contra uma parede de concreto. Os olhos dele, amarelados e selvagens, não mostravam nada além de ódio e uma determinação cruel.– Pare com isso! – gritou ela, ou pelo menos tentou, já que o som saiu abafado.Lucian inclinou a cabeça para o lado, como um predador estudando a presa antes de devorá-la.– Você não entende, Clarice. – Sua voz era profunda, quase um rosnado, o que a fez estremecer. – Eu tentei fazer disso algo bom para nós dois… Mas você é a salvação da minha raça, eu não vou deixar aquele lobinho com síndrome de alfa tirar você de mim.– Isso é ridículo! – rebateu ela, ainda tentando afastar as mãos dele. – Eu sou humana! Não tenho nada a ver com sua raça!Ele riu. Era um som seco, sem qualquer traço de humor, e carregado de algo muito mais sombrio.– Sua mãe
Quando Clarice recobrou a consciência, o primeiro sinal de alerta foi o cheiro. O ambiente cheirava a mofo, poeira e madeira podre, e o ar estava frio e pesado. Seus olhos se abriram lentamente, a visão embaçada até que ela conseguiu distinguir o teto deteriorado acima de si.Tentou se mover, mas seus pulsos estavam presos. Olhou para os lados e viu que estava deitada em uma cama velha, as mãos amarradas à cabeceira de ferro enferrujado. As cordas apertavam tanto que a pele estava vermelha e machucada.– Socorro! – gritou, a voz rouca e desesperada.O eco de seus próprios gritos foi a única resposta. O lugar parecia completamente deserto, era um tipo de quarto, mas a estrutura mal estava de pé e havia buracos nas paredes, tudo estava chamuscado, como se, em algum momento no passado, tivesse sido alvo de um incêndio. Foi então que ela ouviu passos. Lentos, pesados, cada um reverberando como um lembrete de que ela estava à mercê de seus captores.A porta rangeu ao se abrir, revelando T
A casa da avó de Sarah exalava um aroma suave de ervas e flores secas, Sarah mantinha tudo como Elaina gostava, se sentia mais perto da avó desse jeito. As prateleiras estavam abarrotadas de frascos de vidro com etiquetas escritas à mão, contendo de tudo, desde folhas de sálvia a pedaços de cristais. Um relógio de parede marcava o tempo com um tique-taque suave, contrastando com a inquietação crescente que Sarah sentia. A luz do fim de tarde entrava pelas janelas, iluminando o ambiente de forma acolhedora, mas, naquela tarde, havia algo no ar que não era tão reconfortante quanto de costume.Sentada à mesa de madeira desgastada, Sarah tentou ignorar a tensão crescente em seu peito. Mas, conforme os minutos passavam, o sentimento se tornava insuportável. Um aperto profundo e inexplicável a fez se curvar ligeiramente, pressionando a mão contra o coração. Sentia todo seu corpo vibrar, era como se estivesse recebendo um aviso, como se alguém estivesse tentando falar algo e ela não consegui