Clarck caminhou diretamente até a ruiva, seus olhos cravados nela como se o resto do mundo não existisse. Sem dizer uma palavra, ele a puxou para um abraço firme, protetor, de alguma forma possessivo. Clarice não se afastou, apesar da confusão que sua proximidade ainda causava nela. Ela precisava daquele conforto, mesmo que por um instante, decidindo ignorar todo o caos em que estavam metidos.– Estou aqui – sussurrou Clarck, sua voz baixa e grave apenas para ela. – Você não está sozinha.“Nunca a deixaremos sozinha”, a voz de Dorian ecoou na mente de Clarck. “Mesmo que ela não nos queira por perto.”Clarice sentiu o calor dele a envolver, e por mais que quisesse resistir, permitiu-se relaxar em seus braços.Enquanto isso, Jhon se aproximou com Nora, sua companheira. A jovem, de aparência delicada e gestos suaves, dirigiu-se às meninas com um sorriso reconfortante.– Meus pêsames – disse ela, sua voz doce como mel. – Sei como é perder alguém que amamos, minha mãe também se foi esse an
A noite estava tranquila, e o céu era iluminado apenas pelas estrelas quando Clarck estacionou o carro em frente à casa de Clarice. Ele desceu, abriu a porta para ela e a ajudou a sair, seus dedos demorando-se nos dela um pouco mais do que o necessário. Haviam deixado Sarah sozinha, já que a garota decidiu que ficaria na casa da avó. Sirius ficou por lá, mesmo que Sarah não tivesse ciência do fato, ele a vigiava de longe. Clarck achou estranho o fato do amigo se oferecer, já que costumava ser o mais isolado dos três, mas não o questionou, afinal, Sarah realmente precisava de segurança, afinal, a foto dela também estava no ritual de proteção.– Tem certeza de que vai ficar bem sozinha? – perguntou ele, a voz baixa e carregada de preocupação.Clarice assentiu, mas o olhar em seus olhos dizia algo diferente. A despedida parecia pesar mais do que deveria, para os dois. Aquele dia foi tão exaustivo, a vida parecia exaustiva nos dias atuais.– Vou ficar bem. Sarah precisa desse tempo sozin
Ah, como desejava marcá-la, mas esperaria o momento certo, podia esperar. Quando finalmente chegou ao quarto, a prensou contra a parede, prendendo-a a seu corpo, liberando as mãos apenas para levá-las a camisa de Clarice, pulando-a sem nenhuma hesitação, revelando a pele clara e delicada, os seios médios cobertos pelo sutiã delicado. – Tão perfeita – ele sussurrou, as mãos subindo pela barriga dela até encontrar seus seios, que cabiam perfeitamente nas mãos quentes de Clarck. – Feita pra mim. Clarice não conseguia raciocinar, cada toque dele era como brasa viva sobre sua pele, e ela estava adorando ser queimada. Um gemido rouco e baixo escapou de seus lábios quando sentiu as mãos dele em seus seios, o aperto a fez arquear as costas, queria mais, mais toques, mais calor, mais desejo. Sua calcinha já estava molhada e, sem perceber, ela esfregava-se contra Clarck tentando amenizar um pouco do tesão que tomava seu corpo. Era surreal, delicioso, completamente novo. – Clarck… – sussurr
– Ah… Você é… Droga – não conseguiu completar, sentindo-o pressioná-la com um pouco mais de força, fazendo-a revirar os olhos. – Porra… Você é tão apertada… – Clarck rosnou, apertando-a pelas coxas, encostando seus lábios na testa da ruiva, beijando ali antes de começar a se mover. Os movimentos lentos, aos poucos, tornaram-se mais erráticos, mais fortes, intensos, e logo Clarck precisava manter o corpo da ruiva parado com suas mãos enquanto enterrava-se nela com toda força, fazendo os seios dela saltarem, vendo-a revirar os olhos claros de uma forma graciosamente devassa, como uma garota com uma carinha de anjo poderia fazer aquele tipo de expressão? Ele não queria saber, apenas queria aproveitar cada segundo.– Mais… Mais forte –ela implorou, as unhas arranhando as costas dele até romper a pele, deixando vergões vermelhos, e o ardor só o estimulou ainda mais. – Tão gostosa – ele gemeu, os sons de sua voz tornando-se mais roucos, Dorian e Clarck misturando-se para tornar-se uma c
Clarice suspirou quando o carro de Clarck parou em frente à sua casa. A noite parecia calma, mas dentro dela, havia um turbilhão. Clarck desligou o motor e virou-se para ela, o brilho dourado de seus olhos suavizado pela preocupação.– Preciso voltar para a matilha – disse ele, a voz baixa. – Ainda estamos investigando o rastro do Lycan. Não posso ficar parado enquanto ele continua à solta. Mas, antes de ir, queria agradecer, obrigada por vir comigo hoje, conhecer meu lar…Clarice assentiu, embora sentisse um aperto no peito. Ela não queria estar sozinha, mas entendia a gravidade da situação. Aquele dia foi mágico para ela e, na alcateia, todos a receberam tão bem que voltar para casa foi difícil. Jamais imaginou que o mundo de Clarck fosse tão encantador, nem que as pessoas seriam tão gentis com ela, tão respeitosas. Claro, sentiu um e outro olhar torto, mas comparada a forma carinhosa como estava sendo tratada, aquilo não foi nada. Clarck a acompanhou até a porta, hesitando antes
Na manhã seguinte, Clarice começou o dia cedo na floricultura. A rotina era a mesma: organizar flores, atender clientes, preparar arranjos. A repetição ajudava a afastar os pensamentos sobre Lycans, lobos e vínculos. Clarck não havia dado notícias desde o dia anterior e, por um lado, aquilo era bom, afinal, ela precisava de um tempo. Tinha muito no que pensar, muito para decidir, e ficar tão perto de Clarck nublava seus pensamentos, principalmente depois da noite que tiveram.Quando o relógio marcava meio-dia, Sarah apareceu, carregando uma bolsa de couro surrada. Seus olhos brilhavam com uma mistura de excitação e nervosismo.– Preciso te mostrar uma coisa – disse Sarah, depois de olhar ao redor e se certificar de que estavam sozinhas na loja.Curiosa, Clarice se aproximou, Sarah abriu a bolsa e tirou um pequeno vaso com uma flor ainda fechada.– É só algo simples, mas... – Sarah fechou os olhos e sussurrou palavras que Clarice não conseguiu entender. Lentamente, a flor desabrochou,
“Mãe… Mãe, por favor! Acorda, mãe!”Clarice abriu os olhos, apoiando a mão no peito, ofegante. O quarto ainda estava escuro, uma leve luz entrava pelas cortinas, a luz prateada da lua cheia. A madrugada ia alta e ela deveria estar descansando para pegar seu voo para Pinewood cedo no dia seguinte, mas fazia muito tempo que não conseguia dormir bem.Ela se levantou, os pés descalços tocando o chão frio. Suas cisas já estavam encaixotadas, não pretendia levar muito para sua nova “antiga” casa, apenas o essencial. A única coisa que ainda estava fora das poucas caixas era o porta-retrato que estava repousando ao lado do seu travesseiro. Uma foto da sua mãe, Elaina.As memórias do acidente que havia acontecido há somente um mês a assombravam todos os dias, e a culpa também. As últimas palavras de sua mãe para ela ainda estavam martelando em sua cabeça, ela jamais esqueceria e jamais deixaria de se culpar, afinal, Clarice quem estava na direção, ela quem perdeu o controle do carro. Em teor
A viagem de carro foi, de fasto, muito mais rápida. No caminho, Clarice descobriu que o nome do senhor era Jorge, e soube ainda que ele conhecia sua mãe desde que ela era uma pré-adolescente. Jorge ficou sentido pela notícia do falecimento de Elaina e afirmou que ele e sua esposa estariam disponíveis para ajudá-la na adaptação, já que a casa onde Clarice ficaria era bem afastada da zona principal da cidade. Levaram cerca de duas horas para chegar até Pinewood, e, assim que cruzaram a única avenida do lugar, Clarice notou como a cidade ainda era exatamente a mesma. Algumas lojas com fachada reformada, uma e outra lojinha mais recende, mas quase nada havia mudado, ainda era o mesmo lugarzinho frio e meio vazio de sempre, mas com pessoas acolhedoras. Seguiram pela avenida até cruzar a cidade, saindo da zona mais populada até a estrada que lavava a grande indústria de tecnologia e sustentabilidade que empregava boa parte das pessoas da região. Mas não chegaram tão perto dela, pararam v