A casa da avó de Sarah exalava um aroma suave de ervas e flores secas, Sarah mantinha tudo como Elaina gostava, se sentia mais perto da avó desse jeito. As prateleiras estavam abarrotadas de frascos de vidro com etiquetas escritas à mão, contendo de tudo, desde folhas de sálvia a pedaços de cristais. Um relógio de parede marcava o tempo com um tique-taque suave, contrastando com a inquietação crescente que Sarah sentia. A luz do fim de tarde entrava pelas janelas, iluminando o ambiente de forma acolhedora, mas, naquela tarde, havia algo no ar que não era tão reconfortante quanto de costume.Sentada à mesa de madeira desgastada, Sarah tentou ignorar a tensão crescente em seu peito. Mas, conforme os minutos passavam, o sentimento se tornava insuportável. Um aperto profundo e inexplicável a fez se curvar ligeiramente, pressionando a mão contra o coração. Sentia todo seu corpo vibrar, era como se estivesse recebendo um aviso, como se alguém estivesse tentando falar algo e ela não consegui
Na floresta, Clarck caminhava nervosamente pelo pátio principal da alcatéia. O vento uivava entre as árvores e a noite começava a cair, trazendo consigo uma sensação de urgência. Sua mente estava em tumulto, mas sua decisão já havia sido tomada. Ele precisava agir. Não havia tempo para reunir um grupo ou formular um plano detalhado. Ele tinha que ir até Clarice, agora.“Não podemos esperar”, a voz de Dorian ecoou a mente dele, tão urgente quanto a sua própria. “Ela está em perigo, precisamos ir agora!”— Vamos agora... Aguente, Clarice, aguente… — Clarck fechou os punhos, sentindo o calor da transformação ameaçando romper sua pele. — Se algo acontecer a ela porque eu hesitei...Dorian permaneceu em silêncio por um momento antes de finalmente responder:“Vou matar qualquer um que entre em nosso caminho… Não vai sobrar nada dos desgraçados que ousaram tocar na minha companheira!”, o lobo rugiu, alimentando a raiva de Clarck com a sua própria, estava igualmente determinado, não restaria
O ar estava carregado de tensão, como se a própria natureza segurasse a respiração em antecipação ao confronto. Dorian e Lucian estavam frente a frente, suas formas lupinas irradiando poder bruto e uma hostilidade palpável. O som de seus rosnados reverberava pela clareira, misturando-se ao uivo do vento que cortava o silêncio, o sol já havia se posto, e a grande lua começava a surgir no céu, imensa, banhando tudo com sua luz prateada.As duas criaturas se encaravam rondando um ao outro, havia rolado para fora da mansão em pedaços e agora, ali, encarando-se odiosamente, estavam prontos para lutar, cada um por seus próprios motivos. O vento soprou forte, levantando folhas e fazendo as sombras das árvores dançarem como espectros. A tensão era quase insuportável. Lucian flexionou os músculos, preparando-se para atacar, seu corpo imenso salpicado por pelos deixando claro que não iria parar até matá-lo. O Lycan era muito maior que o lobo, mas Dorian não tinha medo, ele respondeu da mesma f
Do lado de fora, a batalha continuava, Lucian estava com o pescoço de Dorian entre seus dentes, prestes a dar o golpe final. O corpo do alfa estava ensanguentado e inerte, mas Lunna sabia que ele ainda estava vivo. Sentia as batidas do coração de seu companheiro vibrando sob sua pele, avisando-a que estava sem tempo. A primeira transformação era sempre as mãos dolorosa, mas ela não tinha tempo para pensar na dor, seu grito ecoou por toda floresta e o som de seus ossos se quebrando chamou a atenção dos dois lobos, os olhos vermelhos de Dorian se abriram, encarando o que acontecia ha apenas alguns metros dele. O corpo pequeno e frágil de Clarice deu lugar a uma imensa loba, era maior do que qualquer outro de sua espécie, chegando a altura do Lycan, talvez até um pouco maior que ele. Seus olhos prateados estavam fixos em Lucian e seu rosnado pareceu fazer a floresta virar.Lucian largou Dorian no chão, surpreso com a aparição repentina da loba branca. Ele rosnou, mas a única coisa que
O retorno à alcateia Garra Sangrenta foi um misto de alívio e tensão. As árvores altas lançavam sombras alongadas sob a luz do sol que estava nascendo, e o vento carregava o aroma úmido da terra e folhas secas. Cada membro da alcateia parecia sentir o peso do momento, com olhares furtivos e passos hesitantes. Clarice não conseguia afastar a imagem de Clarck ferido, ele sempre foi tão forte para ela, as duas únicas vezes que o viu vulnerável foram culpa da mesma pessoa, Lucian… Ninguém sabia do paradeiro de Lycan. Ao longe, o uivo solitário de um lobo cortou o silêncio, um lembrete de que eles estavam de volta ao território ancestral, onde o sangue e a lealdade eram as regras que governavam tudo, território dos renegados. Clarice sentia certa familiaridade com aquelas terras,por algum motivo, era como se conhecesse aquela floresta como a palma de sua mão, mas não pensou sobre isso naquele momento, tinha outras preocupações. O grupo atravessou a floresta em silêncio, exceto pelo som a
— Você não sabe o quanto isso significa para mim, Clarice. Eu prometo que vou cuidar de você. Para sempre.Ele se inclinou e a beijou com uma intensidade apaixonada, e ela correspondeu, deixando-se perder naquele beijo que parecia acender cada centímetro de seu corpo. Era como se o mundo ao redor tivesse desaparecido, deixando apenas os dois e a conexão profunda que compartilhavam.Clarck a puxou para seus braços, sentando Clarice em seu colo, devorando seus lábios com desejo e paixão. A boca dele deslizou para o pescoço macio, deixando uma trilha de beijos e pequenas marcas, enquanto suas mãos se apoiavam com firmeza na bunda dela. — Eu queria tanto estar perto de você… — sussurrou o lobo, suas mãos subindo pela cintura de Clarice, entrando em sua blusa para acariciar seus seios lentamente. — Ter você…A ruiva moveu o quadril sobre ele, jogando a cabeça para trás e arfando baixinho ao sentir o toque dele em seus mamilos duros e arrepiados. — Eu quero você, Clarck, apenas você, para
O ar da noite estava impregnado com o aroma da lenha queimando, misturado ao frescor das flores do campo que cercavam o jardim central da alcateia. Clarice caminhava lentamente, seus passos ecoando como uma melodia suave no chão coberto por folhas e galhos secos. A luz da fogueira, ao longe, lançava sombras dançantes nas árvores altas, e o murmúrio de vozes ao redor indicava que todos já estavam reunidos.Seu coração batia mais rápido a cada passo. A ideia de se unir definitivamente a Clarck, de se tornar parte de algo tão diferente do que imaginou para si a assustava, mas, ao mesmo tempo, parecia ser o certo a se fazer. Não era apenas o compromisso com ele, mas também com uma nova vida, uma nova família.Quando finalmente chegou ao jardim, a visão diante dela era algo saído de um conto de romance e fantasia. A fogueira no centro ardia em chamas altas e vibrantes, iluminando os rostos ao redor com sua luz alaranjada. A alcateia estava disposta em um círculo perfeito, homens e mulheres
“Eu amo você…”, a voz de Clarck ecoou na cabeça de Clarice, e a ruiva se assustou diante das palavras que tomaram sua mente. “Você pode fazer isso também agora.”“Eu posso?”, a pergunta de Clarice ecoando num espaço mental que os dois pareciam compartilhar fez Clarck sorrir. Guillaume assentiu com aprovação e anunciou:— Agora, Clarck, você deve marcá-la.Clarice sentiu o coração disparar novamente, mas dessa vez, o nervosismo foi substituído por uma onda de expectativa. Ela deu um passo à frente e envolveu Clarck em um abraço. Ele a segurou com força, como se temesse que ela pudesse desaparecer, e inclinou a cabeça, capturando seus lábios em um beijo apaixonado.Foi um beijo como nenhum outro, cheio de promessas silenciosas e emoções partilhadas apenas entre eles. O mundo ao redor deixou de existir; havia apenas eles dois.Então, Clarck deslizou os lábios para o pescoço dela, e Clarice sentiu um arrepio percorrer todo o corpo. Os olhos do alfa se tornaram vermelhos, Dorian tomando o