Arregalei os olhos, meu coração bateu na garganta misturado ao pavor de ouvir suas palavras.
— Não aconteceu nada. — Afirmei com voz fraca. Bebi além da conta e não lembro se James entrou no quarto.— Da parte dele não. James não é louco pra encostar no que é meu. Agora você, estava bêbada.Baixei a cabeça com raiva de mim e ameaçando chorar.— Não...— Shiiit....calma. — Disse suavemente me enchendo de pavor — Eu nem fiz nada e já está com esse rostinho triste? Eu preciso te dar uma punição mabele.Ergui o rosto vendo seus olhos cruéis, que me encheram de medo processando o que seria sua punição.— Vem cá,— ordenou — senta na minha cara.Não me mexi e sua pegada em minha cintura, fez eu cair por cima dele sobre a cama. Seus braços se fecharam, fazendo nossos rostos encostar um no outro e um gemido curto escapou de minha boca quando senti sua ereção em minha barriga.— Isso. — Sussurrou, beijando meu pFiquei de cabelo em pé com o que ouvi. Saí do esconderijo e atrapalhada bati no vaso ao lado da estante. Mais azarada que eu impossível.—Quem está aí? —A voz grave de Stefano amoleceu minhas pernas. Ignorei os cacos quebrados os desviando e tomei a direção do corredor. Acabei esbarrando em Erick.—Ei! —fez ele que segurou meus braços. —Você não olha por onde anda, não?—Desculpa, foi sem querer.— Está tremendo. Calma. —Pediu, enquanto me maldizia.— Alicia?!Saí dele, sem ter outro meio de ter que ir até Stefano. O desgraçado ouviu minha voz. Passei as mãos sobre o vestido e fui até a sala. Antes de me voltar para ele, fiz questão de encarar o policial corrupto com nojo. Não importava a amizade e os negócios com o meu pai, mas só o fato de ouvir sua fala debochada sobre tudo o que aconteceu comigo, foi o suficiente para me preencher de ódio.A mão grande Stefano contornou minha cintura, e fui puxada para seu colo<
Will foi na frente e o segui, imaginando o que nos esperava na casa. Ao chegar na soleira da entrada, meus olhos foram de encontro ao corpo do policial estendido no chão. Senti meu peito apertar receando saltar meu coração pra fora. Bree apareceu com o cão.—Eu ouvi um tiro. Ah meu Deus...! —Ela disse quando me viu levando a mão a boca.—Foi uma péssima hora entrar. —Ressaltei com engasgo. Erik exaltado apareceu:—Saíam daqui as duas, rápido!Fui guiada por Bree até a piscina, ouvindo acalorada discussão dentro da casa, que estendeu por quase uma hora.Ficamos as duas, tentando conversar qualquer coisa na intenção de não se voltar ao episódio, como se nada tivesse acontecido. Quando fiquei mais calma ao entrar a mansão, tive meu braço puxado.—Temos que sair daqui. —Fez Stefano agressivo.—Mas eu preciso trocar de roupa...—Reclamei assustada.
Minha cabeça latejava, senti gosto de sangue em meu lábio, uma de minhas pernas estava presa em alguma coisa e tentei puxá-la. O cenário ao redor era devastador. Eu lembrava perfeitamente de tudo e passei a chorar ao constatar, que sofremos um grave acidente. Com dificuldade respirei fundo, e pedi socorro na esperança de ser ouvida. Então, com todas as minhas forças forcei meu corpo a soltar a perna, esta que doía de modo lancinante. Gritei chorando pela dor e a retirei. O jeans ensopado de sangue dava mostras de um rasgão na canela.A dificuldade em levantar, não me paralisou e galguei para frente vendo o restante do avião e abri a janela. Tudo que podia se ver era um emaranhado de folhas e galhos numa paisagem paradisíaca e o ruído de ondas quebrando na areia.Mais dois passos me levaram ao que sobrou da cabine e ali, piloto e os seguranças estavam todos mortos. A cena foi horrível e em choque tentei sair, fazendo força para abrir a porta, mas alguma coisa a
Nem bem entramos, Stefano deu dois passos e caiu.—Ah não, não...! —Fui até ele com dificuldade. Passei a mão sobre seu rosto e depois toquei o pulso. Ele desmaiou provavelmente pela dor.Sacudi sua cabeça, chamei e tentei repetidas vezes. Então, ergui suas pernas de modo a ficar à altura do coração. Em meus estudos, era comum usar esse gesto permitindo assim o refazimento. Após um tempo impreciso de minutos ele despertou assustado.Tentou se erguer e apertou a mandíbula num gesto de profunda dor.—Não se mexa. Você sofreu um desmaio. —Adverti, e ele deitou.—O que... você...? -Balbuciou com a mão abaixo do peito.—Usei o método que conheço para acordá-lo.—Estou...
Não dormi, Stefano provavelmente também e decidi levantar. Não o encontrei e fui até a janela. A chuva cessara, podia-se ouvir o ruído intenso do mar, o Sol brilhando como antes, sem demonstrar qualquer resquício da tempestade da noite anterior.A curiosidade se apossou de mim em saber onde o mafioso podia estar, e ao buscar a saída, dei de frente com ele, levando um susto.—Bom dia bonitinha. Me procurando? —Não respondi vendo ele comer uma fruta.—Onde conseguiu isso? —Perguntei. Estava morrendo de fome, não comi nada desde que caímos na ilha.—Se orgulhe de mim querida mabele. Eu consegui achar a geladeira. Quebrad
Três dias longos e aborrecidos passaram e prosseguíamos na ilha, ouvindo o barulho do mar, e sentindo o Sol queimar a pele. Não haviam mais medicamentos, o mau humor de Stefano ficou pior e eu, me sentia cada vez mais sem esperança. Como não bastasse, os corpos. Dormir no que sobrou do avião, mesmo sendo extremamente desconfortável era o que podia ser feito. Ocorreu de jogá-los ao mar, comentei com ele, que irritado pela dor no braço ignorou e achei por bem não falar mais nada.Passei a molhar a perna ferida na água salgada, morrendo de dor e senti a mesma dar sinais de melhora. Enquanto processava encontrar uma solução, pensei o que mais poderia haver na ilha. Não ouvia ruído de civilização alguma, nada que pudesse ao menos dar mostras de nos vermos libertos. Quanto a mim, se encontrasse, poderia fugir, ligar para a polícia, pedir ajuda e sumir das vis
—Stefano! —Chamei olhando em volta só ouvindo o som dos pássaros e da cachoeira.O Sol escaldante, começava a arder a pele, pelo peso da roupa.Não tive resposta, seguindo a trilha olhando para os lados. Andamos bastante e constatei, por não vê-lo em lugar nenhum, que ele decidiu me deixar sozinha de propósito.— Por favor, responde!Tentei de novo e continuei dando passos um pouco mais rápido, já me arrependendo de minhas respostas estúpidas. Ele conseguia fazer-me sentir idiota e com raiva de mim a maioria do tempo.Fui indo não avistando nada, temendo tomar o trajeto errado. O ruído do mar ficava a poucos metros, e segui em sua direção deixando o medo de lado. Com mais três passos, ouvi um barulho e estremeci ao dar de frente com ele.—Meu Deus, seu idiota! —Levei mão no peito, coração a boca, enquanto ele abriu o sorriso mais sedutor que já vi.
—O que? —Minha voz tremeu e o pânico se instalou ao ver a luz como um ponto fixo diminuir cada vez mais.—Como você pode ser tão estúpida garota!—Eu não sabia...—Merda! —Fechou o punho com raiva. — Sem sinalizador não temos como sair daqui!Como pude fazer isso? Passei a mãos nos cabelos, andando de um lado a outro, lágrimas trazendo aperto a garganta. Aflito, ele se deixou cair sentado na areia e grunhiu de ódio.—Me desculpe...—Conciliei aproximando dele.—Sai.<