—O que? —Minha voz tremeu e o pânico se instalou ao ver a luz como um ponto fixo diminuir cada vez mais.—Como você pode ser tão estúpida garota!—Eu não sabia...—Merda! —Fechou o punho com raiva. — Sem sinalizador não temos como sair daqui!Como pude fazer isso? Passei a mãos nos cabelos, andando de um lado a outro, lágrimas trazendo aperto a garganta. Aflito, ele se deixou cair sentado na areia e grunhiu de ódio.—Me desculpe...—Conciliei aproximando dele.—Sai.<
—Não faça nada comigo...—Sentenciei fracamente. A onda rebentando na areia quase nos alcançou e tentei levantar. —Sai de cima de mim Stefano, por favor! —Pedi apavorada com a situação. Eu não ia ceder nesses termos, podia estar gostando, mas não ia aceitar.O olhar, ardiloso o quase de uma serpente focado em meu rosto e seu cabelo caindo suavemente um mecha, me enrubesceu e o medo maior não era dele sobre mim, e sim do que sentia dos sentimentos que insistiam em me delatar, de cada parte de meu corpo o corresponder. Não era para ser assim, não era para eu permitir, e quanto mais lutava eu me sentia envolvida e em uma guerra vencida por ele.—Não fique corada, porque a única forma que sei lidar com isso é te
—Emboscada, traição...existe um traidor entre nós. —Lançou James, vendo Erick soltar um suspiro.—Sim, pode haver não discordo, mas nesse momento o que nos preocupa é Stefano. Precisamos saber dele. —Elucidou Erick —Vou dar uns telefonemas e volto mais tarde.Erick saiu para o exterior seguido de dois seguranças, tomou do carro refletindo sobre o que fazer. Algo dentre dele apertava seu peito e sabia ser o fato de estarem à mercê de seus inimigos, o sumiço do irmão e a garota. E afinal, se havia realmente um traidor, quem poderia ser? Todas as pessoas do lugar, eram altamente treinadas e investigadas. Ninguém iria atrever-se a meter um dedo onde não era chamado, muito menos ter a pretensão de desafiar os Genovese.Ilha FijiO dia nunca esteve tão quente aquela tarde. Mais uma dia se passou e com ele, a ansi
Stefano reagiu da mesma maneira, aprofundando cada vez mais o contato. Seu braço livre, apertou meu corpo mais a ele, deslizou a mão à onde queria chegar; infiltrando um de seus dedos dentro de mim.Naquele momento, eu não consegui pensar em nada, nem questionar o que fazia. Todos meus sentidos correspondiam somente a ele. A adrenalina percorrendo minhas veias, incendiando meu corpo por estarmos ali sozinhos, nus, em meio ao som da água.Talvez, o fato dele ser esse homem perigoso, temperamental, disposto a qualquer coisa por me ter, me deixavam lasciva, inconstante e o fato é que não queria parar. Porque a certeza que se aproximava completamente de mim, é que não levaria mais nenhum minuto para me entregar a ele ali mesmo.Então, eu sentei na pedra esquecendo o sangrar de meu joelho ou qualquer desconforto, e abri mais as coxas, prendendo as pernas em seus quadris e foi nessa hora que senti u
Coney IslandMeio da manhã. Erick e Bree nos braços um do outro conversavam, riam e se enchiam de beijos. A casa calma, toda em segurança podia se ouvir a brisa sobre a praia e seu farfalhar de ondas na areia.—Eu admito, depois que te conheci, não consegui ficar com mais ninguém.—Porque será que não acredito nisso...—Murmurou Bree. Erick ergueu os olhos para encará-la. Ela apertou os lábios e não conseguiu segurar a risada fina.—Ah qual é. —Fez ele ficando de costas para ela.—Está bem, dessa vez eu vou acreditar meu tes&at
AliciaO fato deles pertencerem a uma tribo, não os tornava tão assustadores, mas a forma de seus olhares sobre nós, deixou claro que não pareciam agir como gentis homens. Stefano se colocou à frente dele, e o nativo passou a falar em uma língua incompreensível. O clima ficou tenso e com gestos, tentamos explicar nossa situação, o avião quebrado era a prova de termos caído na ilha. No entanto, com uma carranca, a lança afiada foi apontada para nós e levei a mão na boca para não gritar.Então, estremeci quando ele chegou mais perto e sua mão foi de encontro ao meu cabelo, pegou uma mecha e a levou ao nariz. E tudo piorou com a reação de Stefano:
—Porque ia fazer isso se sou sua refém? —Respondi irônica.—Pshiiit. Fale baixo!. —Disse ríspido dando um passo em minha direção —Não é porque essa gente foi receptiva conosco, que não podem exigir coisas. Quero que se cuide e não dê muita abertura pra eles. Otto vai nos ajudar a conseguirmos comunicação. Eu só preciso de um telefonema para cairmos fora daqui.—Custo tanto a acreditar que viemos para um lugar como esse. —Suspirei triste.—Mas você está bem mabele. Viu como te cuidei? E olha que quem estudou medicina foi você. —Sorriu com covinhas no rosto. — Acredito que agora temos mais razões para
Quase engoli a língua com o que ouvi. Ele continuou me encarando, e não consegui fugir de seus olhos.–É sim ou não, para meu pedido. –Reforçou e não consegui dizer nada.Dois meses, pouco tempo para me curar de tudo o que aconteceu. A morte de meus pais, a traição de meu noivo, que por vezes, cheguei acreditar ser uma armação dele. Então, eu caía em mim, que não havia motivo algum para Carlos não me ter. Vendo o homem grande à minha frente, másculo e bronzeado, com o braço preso por uma tipoia improvisada. Um mafioso frio com ficha suja, um passado sombrio me acompanhando nas mesmas dificuldades desde que chegamos a ilha. Por vezes, pensei que havia dois dele, um que queria ser grosseiro, impiedoso e outro que fugia de seu passado e tentava ser melhor. Então, por sua forma agressiva desde que nos conhecemos, compreendia ser essa sua