Alicia
Acordei quase esmagada pela coxa pesada de Stefano sobre meu quadril. A escuridão da noite cobria a cidade, quando lancei meus olhos para a fenda da janela. Como se as horas tivessem passado em segundos, senti estar num sonho. Um sonho bom que foi real, que permiti e mesmo sendo deleitoso não podia-me deixar sem juízo. Cair na lábia de Stefano era a minha especialidade, e o momento que me deixou feliz, também preencheu-me de dúvidas, medos que embora bobos, me levavam para o pedido de divórcio, nossa briga e as palavras duras dele.
Esse arroubo adolescente me faria sangrar na primeira chance que Stefano mostrasse as garras e por mais que esperasse um filho dele, não conseguia eliminar tais pensamentos.
Ele dormia tão profundamente que tive todo o cuidado ao desprender-me dele, o que não resolveu. Com um grunhido baixo se mexeu, abriu os olhos e piscou as pálpebra
StefanoVoltar para a prisão sempre foi um retrocesso para mim. No entanto, quando a cela fechou, eu sabia que o melhor seria permanecer longe de Alicia, pagar o preço e parar de fazê-la sofrer. Apertando o colar da nativa, nosso presente da ilha, eu nutria intensamente a certeza que estaria salvando não somente ela, como a vida de nosso filho. Eu nunca saboreei tanto o prazer de esmagar a traqueia daquele filho da puta, de Luke, mesmo trazendo consequências aos quais jamais pude prever. As lembranças reverberam insistentes:""— A reunião é para tentar mais uma vez um acordo Stefano, e é o melhor a ser feito. —explicou nosso consiglieri. Sua voz repetitiva já começava a tirar-me do sério.—Eu não farei acordo nenhum com aquele canalha. Prefiro ser morto.—Se optar por isso, sua mulher tamb
Alicia A longa espera realmente havia terminado, abraçada ao meu ursão e nossa filha, partilhamos de um momento único e especial onde nossos corações não cabiam de felicidade. Stefano sorriu para mim, enxugando o rosto com Isabella no colo. Estava chorosa, inquieta e isso se devia à surpresa. Sempre dizia a ela que o papai ia nos encontrar e mostrava suas fotos, falando o quanto nos amava quando perguntava dele. Os dois frente a frente, agora demonstraram timidez, porém logo estariam mais à vontade, disso tinha certeza. Entramos os três no carro ficando na traseira e Isabella no meio de nós. Stefano sorriu fazendo covinhas no rosto ao dizer: —Meu deus ela é tão linda. —Acariciou seu cabelo com amor e me olhou —Você não disse que ela era tão tímida assim. —Ela está tímida, mas não é assim, não. —sorri de volta. —Droga, eu ao menos devia ter feito a barba. É lógico que minha aparência está horrível e ela estranhou —reclamou descontente. —Está tudo bem amor. Calma, vamos relaxar e
Stefano A sagacidade de meu beijo, pareceu me deixar tonto, desci minha boca com rapidez para aquele seio tenro e macio, chupando seu bico com desespero. Se eu entrasse nela, não ia mais sair, mas não podia ser egoísta, era meu prazer e o dela. Redobrei as carícias em sua pele cheirosa, os seios fartos e lindos só pra mim. Ela estava mais linda que nunca, simplesmente minha. Rasguei o restante da veste, uma seda vagabunda que foi jogada longe, para depois arrebentar a calcinha e preencher sua cavidade deliciosa com um de meus dedos. Um gemido doloroso saiu dela e moderei o ritmo, vendo a bucetinha encharcada, o corpo arrepiado, lasciva e louca de vontade de se acabar no meu pau. Saciar o tesão recolhido depois de um longo período sem sexo ia ser um desafio. Mil pensamentos fundiram minha cabeça nessa hora. Eu não queria deixar minha mabele a ver navios. Meu pau endureceu só de ouvir sua voz. Merda fodida de abstinência. Saí de cima dela, deitando na cama, pois minha pelvis faiscava
Alicia Enquanto tomava sol, sentada na espreguiçadeira via duas pessoas adoráveis conversando a poucos metros de distância. Stefano fazia um castelo de areia junto de minha Isabela. Estávamos em Fiji. Os dois conversavam: —Mas papai...eu não quero um castelo com janelas... —Você não quer? Todos os castelos possuem janelas, filha... —Mas eu não quero... —Ai, ai essa princesa está muito exigente. —ele beija sua bochecha. —Você não quer brincar disso, não é? Ela balançou a cabeça esfregando o rostinho com as mãos. Stefano ergueu as sobrancelhas me olhando. —Ela está com sono. —respondi. —Você está com sono? —Ele a pegou no colo e a ergueu rapidamente com muitos beijos. —Sono, é? —Pai...pare papai...! —ela riu pelas cócegas. Stefano a colocou deitada na espreguiçadeira perto de mim. —Durma minha linda. Vamos pra casa daqui a pouco. —ele murmura cheio de amor—Eu te amo, pequeninha. Eu estou admirada, babando nesse pai coruja que Stefano tem se mostrado todos dos dias.
Nova York/Coney Island Andava pela praia de mão dadas com ele, meu futuro noivo. Sentia o cheiro de maresia, ondas quebrando na areia, a brisa dançando meus cabelos, o Sol beijando minha pele e eu radiante. Meu sorriso de orelha a orelha denunciava minha felicidade, enquanto meu coração batia tão descompassado que receava explodir dentro do peito. Carlos, estava prestes a se formar na marinha, e eu iniciava meus estudos em medicina. Mesmo tendo uma diferença de idade de dez anos, fazíamos planos para o nosso casamento ansiosos e felizes. —Mais um mês princesa e finalmente terei você nos braços. —Fez ele me dando um beijo e depois como um garoto levado rodopiou-me no ar. Joguei a cabeça para trás e ri de felicidade. Parou com os lábios sobre os meu dizendo: —Conto os dias e horas pra ter você. — retribui o carinho com uma carícia em seu rosto— Ele me colocou no chão e seguimos de mãos dadas. —Agora, me conte como está sua mãe? —Empolgadíssima. Mais ansiosa que eu. E meu pai, esse
A van tomou velocidade e seu sacolejar entre os dois, serviu para piorar meu pânico. Um filme de terror passou pela minha cabeça, misturado às cenas da morte de meus pais. Minha vida por um triz nas mãos de homens perigosos faziam meu corpo tremer. Queria gritar, pedir ajuda e não consegui ter nenhuma sugestão. As armas em punhos carregadas, e suas caras horríveis só me davam a certeza de que iria morrer. Lágrimas incessantes doíam meu peito, e a custo tentei controlar com medo de sofrer um golpe. Então, o solavanco pela freada me fez pular do assento e tiros passaram acima de nossas cabeças. Do medo, passei ao alerta misturado ao pavor, entendendo a perseguição que se formava do lado de fora, principalmente ao ouvir o sinalizador da polícia. Lutei pra me soltar, porém o carro parou e a porta foi aberta. Fui puxada com estupidez por um deles e aos empurrões entramos em um prédio abandonado, cheirando a querosene com pilhas de pneus, lixo e mais três homens. Gritei quando o sangue a
Deslizei na parede fria até o chão chorando copiosamente. O que fiz para merecer tanto sofrimento? E que tipo de acordo era aquele que meu pai fez? Nunca imaginei que ele pudesse estar tão envolvido com a máfia daquela maneira. Enxuguei as lágrimas, pensando quem me vestiu. Não tinha nada por baixo e se fosse um deles, tive o azar de verem meu corpo. Senti vergonha. Ainda era virgem e não queria ter minha intimidade exposta.Desalentada, fiquei ali sem reação até ouvir um barulho na porta.—Alicia! —A voz era de Stefano e gelei.Não respondi me deparando com ele que parou me vendo na mesma posição.—Levanta daí. E seja rápida, tenho pressa. —OrdenouPor bem, levantei indo até o quarto vendo ele tirar sua camisa na minha frente. Engoli em seco ao ver a protuberância de seu tórax peludo e incomodada olhei para janela ficando de costas para ele.—Você faz medicina, não é?— S-sim. —respondi.— Então, já deve ter visto um corpo nu antes.Foi a resposta seca e maliciosa. Ele continuou tira
O chefe da máfia conversava com um dos seguranças dentro da água. Com covinhas no rosto pelo sorriso bem humorado, feliz e simpático, nem parecendo aquele da noite anterior movido a estupidez. Desfocando deles admirei a visão do jardim.Ele nadou vindo em minha direção e apoiou seus braços fortes na borda da piscina. Abriu um largo sorriso dizendo:—Gostou da sua nova hospedagem? —Por trás da expressão sedutora um forte ar de cinismo.Apenas afirmei com a cabeça.—Espero que tenha tido uma boa noite de descanso, vou precisar de você mais tarde. —disse e voltou a nadar. Senti um aperto no estômago. Ontem fui salva pelo telefone, hoje não sei se teria chance de escapar.Eu não tinha ânimo para nada, poderia ter desejo por um homem tão bonito como ele, mas ao contrário sentia ódio. Principalmente de meu pai ter permitido esse absurdo. Quando ele voltou, não consegui evitar a pergunta:—Pretende me deixar presa aqui quanto tempo?Ele mirou meu rosto surpreso, vindo mais perto e disse baix